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DEFINIÇÃO x CONCEITO
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a) como consumidor
A resposta para o exercício está
diretamente ligada em duas
posições básicas ao
analisar a qualidade dos
b) como observador externo
produtos:
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CAUSO CARANGUEJO
“Uma vez, eu estava observando como o caranguejo é
CAUSO CARANGUEJO pescado no mangue. Durante a pesca, conhecida também por
“catação”, o pescador enfiava o braço no barro até encontrar o
caranguejo, e o puxava para fora.
Com o caranguejo em sua mão, ele o amarrava num barbante
e começava a procurar o próximo. Ele ia amarrando no
barbante um a um os caranguejos pescados. Mas uma coisa
chamava a atenção: ele não amarrava o barbante em lugar
nenhum. Todos os caranguejos ficavam amarrados a um
barbante que estava solto! Perguntei por que ele não amarrava
o barbante, de modo a assegurar que os bichinhos não
fugissem.
Ele respondeu:
- Não precisa, não. Todos eles querem
fugir, mas cada um quer ir para um lado diferente. Como eles
não falam, acabam ficando no mesmo lugar...”
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CASO CARANGUEJO
QUALIDADE
O que fazer?
Nos exercícios sobre qualidade, tivemos
É preciso, então, chegar a um conceito mais
várias opiniões a cerca do assunto.
específico que sirva para diferenciar os
comportamentos das pessoas nas Imagine a nossa discussão com: Diretor
organizações. de Vendas, Diretor de Engenharia de
Em outras palavras? Produto, Diretor Industrial?
É preciso, dizer aos Caranguejos o que significa É aí que começam os problemas com a
na prática, FUGIR
Gestão da Qualidade. No Início -> MAR
DE ROSAS.
QUALIDADE QUALIDADE
Depois de Resultados Negativos -> cada QUAIS SERIAM AS CAUSAS DAS FALHAS
um age de acordo com as suas convicções. NOS PROGRAMAS?
• Deficiência conceitual (desprezadas nas
Empresas).
• Falta de definição não só do que significa
fazer “qualidade”, mas como ela se aplica
de forma específica a cada negócio.
(ex. Farmácia)
É nesta deficiência que grande parte dos
“Programas” não deram os resultados • Falta de envolvimento da Alta
esperados. Administração.
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QUALIDADE EXEMPLO 1
Estes aspectos conceituais são cruciais na
Gestão da Qualidade, fundamentalmente por O QUE SE PENSA SOBRE QUALIDADE:
uma razão simples: o problema não está nos - a qualidade nunca muda.
equívocos cometidos no processo de
DECORRÊNCIAS:
Gestão, mas sim, nos reflexos críticos e no
- qualidade é um conceito definido, imutável.
impacto do equívoco.
REFLEXOS EM TERMOS DE GESTÃO DA
QUALIDADE:
Definir qualidade de forma errônea leva a - pode-se incorrer no equívoco de achar que é
Gestão da Qualidade a adotar ações cujas bobagem acompanhar tendências de mercado, ou seja,
consequências podem ser considerar que o consumidor nunca altera
extremamente sérias para a suas preferências; uma vez que ele
seleciona um produto de certa marca
empresa, e em alguns casos,
ou de uma empresa, permanecerá sempre com ele. (posto
fatais. de gasolina)
EXEMPLO 2 EXEMPLO 3
O QUE SE PENSA SOBRE QUALIDADE:
O QUE SE PENSA SOBRE QUALIDADE: - qualidade é um requisito mínimo de funcionamento.
- qualidade é a capacidade que um produto ou um
DECORRÊNCIAS:
serviço tenha de sair conforme seu projeto. - se o produto funciona, ele com certeza satisfará ao
consumidor.
DECORRÊNCIAS:
- o que se considera é a relação entre o projeto e o REFLEXOS EM TERMOS DE GESTÃO DA QUALIDADE:
produto, sem sequer verificar se existe relação real entre - a administração da fábrica deve garantir as condições
o projeto e os possíveis usuários daquilo que se projetou. mínimas de operação que fazem o produto funcionar.
Feito isso, a qualidade está atendida. Do ponto de vista
Reflexos em termos de Gestão da Qualidade: do processo produtivo, pode-se considerar que qualquer
esforço, por menor que seja, induz à qualidade,
- pode-se incorrer no equívoco de considerar que
porque produz essas condições
todo investimento em qualidade mínimas. Conclui-se que não vale a
resume-se a ter fábricas capazes de pena “esquentar a cabeça”...
desenvolver os produtos Qualidade não requer muito esforço. O
projetados. E só. equívoco desse raciocínio é evidente.
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QUALIDADE QUALIDADE
• pode-se considerar que qualidade seja algo
Em análise preliminar dos equívocos listados,
abstrato, visto que nem sempre os clientes definem,
nos permite concluir que, na verdade, o concretamente, quais são suas preferências e
elemento crítico a ser considerado não é cada necessidades;
uma das situações identificadas como • pode-se considerar que qualidade seja sinônimo
equívoco. de perfeição, da absoluta falta de defeitos no
produto ou no serviço prestado;
De fato, analisados individualmente, todos os • pode-se considerar que qualidade nunca se altera
aspectos citados são identificados com para certos produtos ou serviços;
qualidade, já que, em algum momento: • pode-se considerar que o conceito da qualidade
seja um aspecto subjetivo de que ela varia
de pessoa para pessoa, em função
de especificidades que cada cliente
possui.
CONCLUI-SE QUE:
COMUNICAÇÃO
O maior equívoco está em considerar que algum
desses itens seja, por si só, qualidade, isto é, a
qualidade possa resumir-se a apenas um desses
elementos.
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b) É um sistema gerencial que visa manter os padrões que O TQC baseia-se na participação de todos
atendem às necessidades das pessoas.
os setores da empresa e de todos os
c) É um sistema gerencial que visa a melhorar empregados no estudo e condução da
(continuamente) os padrões que atendam as qualidade.
necessidades das pessoas.
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Prazo Total
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- Custos
- Baixa Qualidade Interfere na produção e
- Prazos de entrega na competitividade.
- Atendimento
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- Qualidade do Produto/serviço.
Empregado Índice de Acidente no trabalho. - Custo.
- Nº de reclamações.
Consumidor Responsabilidade civíl pelo produto. - Atraso na entrega.
- Fração de Produtos Defeituosos.
- Fração de Entrega em Local Errado ou Quantidade
Errada.
- Índice de turn-over, Absenteísmo e Acidentes de
Trabalho.
HISTÓRIA DA
HI
QUALIDADE
Início do Início do Século
• “quer, leva; não quer, deixa que outro compra”;
• Não preocupação com o que produzir;
• Os consumidores eram os inspetores;
• Produziam o que queriam, não o que o
consumidor desejava
• A qualidade queria dizer, claramente,
atendimento às especificações do produto.
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HISTÓRIA DA HISTÓRIA DA
QUALIDADE QUALIDADE
A partir do Início do Século A Partir de Meados da década de 20
• Aumento da concorrência • Origem do CEP - Controle Estatístico dos
• Exigência de que somente produtos adequados Processos (Walter Shewhart - 1925);
seriam liberados para o mercado • Ação corretiva, aplicadas aos processos (causas
• Passou-se a realizar inspeção em 100% dos reais), com amostragem dos produtos finais;
produtos. Problemas percebidos: • Qualidade assegurada por controle de processo;
Dependia do inspetor; • Produziam o que queriam, não o que o
Alto índice de rejeição: aumento do custo de consumidor desejava: procura > oferta.
produção;
Ensaios destrutivos. (Fósforo)
HISTÓRIA DA HISTÓRIA DA
QUALIDADE QUALIDADE
A Partir de Meados da década de 40 Ainda a Partir de Meados da década de 40
• Estabelecimento de requisitos que os diferentes • Os EUA promoveram o treinamento da indústria
fornecedores deveriam atender; fornecedora do exército norte-americano;
• Evidências objetivas que garantisse que os • Incentivando o uso dos métodos estatísticos de
produtos e serviços satisfariam especificações Shewhart para garantir a qualidade exigida pelos
contratuais; produtos militares
• Ênfase aos Sistema da Qualidade do fornecedor, • Departamento de Defesa dos EUA, obrigou os
que englobava controle de processos, requisitos fornecedores de bens e serviços a documentar
do cliente; seus sistemas;
• Sistema de Garantia da Qualidade
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HISTÓRIA DA HISTÓRIA DA
QUALIDADE QUALIDADE
Revolução Japonesa da Qualidade
Pós 2ª Guerra Mundial
• JUSE – Union Japonese Scientists and Engineers;
• Em alguns casos continua a inspeção em 100% dos
produtos; • Deming (1950):iniciou o processo através de
conferências sobre os métodos estatísticos e
• Início da implementação de ações preventivas
técnicas desenvolvidas por Shewhart;
também;
• Juran (1954): deu continuidade ao trabalho de
• Implantação de departamentos da qualidade e a
Deming, através de palestras relacionadas à
utilização de técnicas estatísticas no controle da
gestão da qualidade. Também era discípulo de
qualidade;
Shewhart.
• Início da adoção dos controles de qualidade
voltadas ao processo.
HISTÓRIA DA HISTÓRIA DA
QUALIDADE QUALIDADE
Revolução Japonesa da Qualidade Revolução da Qualidade no Mundo
• Ishikawa: Participou ativamente dos trabalhos da • Feigenbaum (1951): criou o conceito de Total
JUSE. Considerado o pai do CCQ (Círculos de Quality Control – TQC, que amplia a qualidade
Controle de Qualidade) adotados fortemente no para outros setores da organização, aplicado por
Japão a partir de 1962; especialistas;
• Crosby (1960): criou o conceito de zero-defeito:
eliminação completa das operações com erros,
reduzindo seu índice a zero;
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HISTÓRIA DA HISTÓRIA DA
QUALIDADE QUALIDADE
Conceitos Modernos de QUALIDADE Conceitos Modernos de QUALIDADE
• Controle da Qualidade Total (modelo japonês) traz • Qualidade deixou de ser algo que apenas se
o envolvimento de todos os empregados de todos inspecionava, controlava e garantia e passou a ser
os setores da organização, em todos os níveis
algo que devia ser administrado.
hierárquicos;
• Ser preditivo em função de sintomas e tendências Além da Qualidade Total: os sistemas de qualidade
de mercado; novos evoluíram além das fundações colocadas por
• Qualidade como questão de sobrevivência de Deming, por Juran e pelos modelos japoneses de
mercado, passando a ser um problema de qualidade.
estratégica sobre o negócio;
HISTÓRIA DA HISTÓRIA DA
QUALIDADE QUALIDADE
Alguns exemplos de Maturidade: Alguns exemplos de Maturidade:
• Em 2000 a série ISO 9000 foi revisada para • Prêmio como Malcolm Baldrige (EUA) e PNQ
aumentar a ênfase na satisfação de cliente; (Brasil) adicionou critério de avaliação dos
• Yoji Akao, percebe que os métodos de qualidade participantes os resultados do negócio.
existentes são suficientes para eliminar não • O sigma seis, uma metodologia desenvolvida pela
conformidades. O foco também deve estar no Motorola para melhorar seus processos do negócio
consumidor, incorporando estes conceitos em minimizando os defeitos. Quando Motorola
todas as etapas do processo. conquistou o prêmio Malcolm Baldrige em 1988,
compartilhou suas práticas da qualidade com as
outras.
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HISTÓRIA DA
Shewhart
QUALIDADE
Alguns exemplos de Maturidade: • Walter Andrew Shewhart
• Foram criadas versões específicas do modelo da série (1891 a 1967 – EUA)
ISO 9000 para diferentes setores, como Industria • Pai do CEP – Controle
Automotiva (QS-9000), Aeroespaço (AS9000), Estatístico de Processo:
Telecomunicações (TL 9000 e ISO/TS 16949), utilização de ferramentas
Gerenciamento Ambiental (ISO 14000), Laboratórios estatísticas para saber
(ISO/IEC 17025), Alimentos (ISO 22000), dentre outras. quando uma ação deveria ser
• A qualidade moveu-se além do setor da Industria, indo tomada em um dado
para áreas como o serviço, o serviços de saúde, a área processo;
educacional e o Governo. • Influenciou grandes
estatísticos (Deming).
Deming Juran
• William Edward Deming (1900
• Joseph Moses Juran (1904
a 1993 – EUA)
– Romênia )
• 1950: convidado para dirigir
• 1954: Também convidado
ações de formação em
pela JUSE;
estatística e controle de
qualidade no Japão (JUSE – • Ênfase no controle da
Japan Union of Scientists and qualidade;
Engineers);
• Ênfase no controle estatístico
da qualidade;
• Considerado o “pai” do milagre
industrial japonês.
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Ishikawa Feigenbaum
• Kaoru Ishikawa (1915 - • Armand Vallin Feigenbaum
Japão) (1922 - EUA)
• Engenheiro de Qualidade; • Doutor pelo MIT;
• Diversos trabalhos, como • Considerado o pai do TQC
Diagrama de causa e efeito – Total Quality Control;
e os CCQs; • “A qualidade é trabalho de
todos, pode transformar-se
em trabalho de ninguém”
Crosby Falconi
• Philip B. Crosby (1926 – • Vicente Falconi Campos (1940
2001 - EUA ) - Brasil)
• Criou o conceito de “zero • Engenheiro de formação iniciou
defeitos” - A ênfase deve os trabalhos de qualidade em
ser na prevenção e não na 1984;
inspeção. • o único brasileiro escolhido
• Enfatizou que a qualidade é como uma das "21 vozes do
um negócio das pessoas. século XXI" pela American
Society for Quality (ASQ);
• Vários Livros publicados na
área de Qualidade;
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OUTROS GURUS
Fora da lista ficam outros gurus respeitáveis como:
Massaaki Imai: criador da filosofia Kaisen, que
significa melhoria contínua;
James Harrington: cujos passos para a melhoría
contínua ficaram célebres;
Richard Schonberger: que fez a transição de
técnicas japonesas como o just-in-time para o
mundo ocidental;
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