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BACHARELADO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E PROPAGANDA

ANDRÉ LUIS RIBEIRO E LUIS EDUARDO RIBEIRO

VIOLÊNCIA NOS DESENHOS ANIMADOS

O consumo negativo dos desenhos animados

BELÉM – PA

2019
ANDRÉ LUIS RIBEIRO E LUIS EDUARDO RIBEIRO

A VIOLÊNCIA NOS DESENHOS ANIMADOS

O consumo negativo dos desenhos animados

Artigo cientifico apresentado á disciplina


metodologia do trabalho acadêmico ao docente:
Will Montenegro do Curso de Comunicação Social
– Publicidade e Propaganda da Faculdade
Paraense de Ensino – Fapen

BELÉM – PA

2019
RESUMO

Desde tempos remotos, populistas dominantes espetacularizavam a


tragédia humana, para tirar proveito do interesse que o macabro desperta nas
pessoas. Fatos violentos, reais ou fictícios,continuam sendo explorados como meio
de atrair multidões, hoje através da mídia, de modo efusivo. Para uns, são
inequívocos os efeitos nocivos da violência nos meios de comunicação de massa,
nas interações sociais, restando discutir-se, entretanto a magnitude desses efeitos.
Para outros, imputar a mídia a culpa pela violência social, não tem sentido; é desviar
o foco do problema, para encobrir as verdadeiras causas. A mídia é um recurso
extraordinário conquistado pelo homem que deve, ele próprio, ter o domínio total
dessa maravilha e encontrar meios de inibir seus reflexos adversos, pela razão
inteligente, e estender o debate, exaustivamente, até que se viabilize um final feliz
para esse filme cujo papel principal cabe á sociedade.

Palavras-chave: Violência, mídia, sociedade, comportamento.

INTRODUÇÃO

Que influência tem exercido a mídia no comportamento de crianças e


jovens de todo o mundo? Quais as conseqüências físicas, emocionais e mentais do
consumo televisivo e similares, nessas faixas etárias em desenvolvimento?

A exploração obsessiva da violência pela mídia seria apenas uma


resposta ao publico, para satisfazer a sua curiosidade mórbida e saciá-lo no seu
apetite pelo trágico? No caso do Brasil, vive-se hoje um “estado de violência” ou o
que existe é uma superexploração de fatos violentos? A exposição do público ás
freqüentes cenas de violência, reais ou fictícias, pela mídia pode interferir na postura
comportamental e nas relações sociais?

Que participação teria a mídia nesse quadro de violência estampado na


sociedade brasileira?
Especialmente o rádio e a televisão são instrumentos de mídia poderosos
e de grande capacidade de mobilização social, pela capilaridade do seu alcance e
pelo fascínio que exerce sobre as pessoas. A sociedade terá que saber usar bem
todo o potencial dessa ferramenta que detém nas mãos para reconstruir-se,para
elevar os níveis de cidadania, afastar em definitivo qualquer sombra de censura e
reafirmar as conquistas de liberdade, paz, justiça e solidariedade entre os indivíduos.

CONCEITO DE VIOLÊNCIA NA MÍDIA

MENDES (2003), destacou a importância da mídia, e especialmente a


televisão, na influência de tal instrumento na conduta anti-social que pode ter o
individuo. Depois de ressaltar a irrupção, na sociedade, das modernas técnicas de
difusão, profundamente modificadoras da autonomia humana, o autor afirma, com
inteira razão, que a mídia vem ocupando o universo mental do individuo e, sem
duvida alguma , orientam o sentido de sua conduta.

A violência é um assunto que ocupa parte considerável do conteúdo


veiculado na mídia embora, quase sempre de uma perspectiva superficial e
reducionista. Estima-se que até chegar a idade de 18 anos, um adolescente médio
terá sido exposto a nada menos que 200 mil atos de violência exibidos pela
televisão. A relação de causalidade entre essa superexposição a assassinatos,
estupros, assaltos e a todos os tipos de agressões, de um lado, e o crescimento da
violência e dos comportamentos agressivos entre os jovens, de outro, tem sido
motivo de discussão. Há imensos interesses em jogo, mas a polêmica não tem
razão de ser depois que mais de mil estudos produzidos por técnicos de saúde e
especialistas de relações sociais estabeleceram que, indubitavelmente, há um nexo
de causalidade entre as duas situações (ZAVASCHI,1998).

COMO A MÍDIA INFLUENCIA, OU O QUE ELA PODERIA FAZER, QUE


DECISÕES TOMAR EM RELAÇÃO A CERTO TIPO DE PROGRAMA EDUCATIVO
OU NÃO?

Desde que inventaram a televisão todo mundo passou a ter mais uma
forma ou instrumento de diversão, entretenimento e informação dentro de sua
residência. Atualmente quase todas as pessoas dispõem de um aparelho de TV em
sua casa, ou seja isso nos mostra que nos dias atuais o televisor é um aparelho
indispensável na vida de milhares de pessoas.

Apesar de todas as suas utilidades, a televisão apresenta hoje bastante


conteúdo violento e inadequado que pode ser visto por qualquer pessoa a qualquer
momento, inclusive crianças.

Isso deve-se a irresponsabilidade de algumas emissoras de TV, em qual


elas fazem de tudo para aumentar audiência utilizando-se de todas as estratégias
possíveis para ganhar reconhecimento e sucesso. Evidentemente as famílias tem
papel fundamental nesta parte, pois cabem a elas monitorar o quue seus filhos
assistem nos canais de comunicação, no entanto isso não retira a culpa dos
principais infratores que são as emissoras de TV.

COMO ESSE CONTEÚDO É CONSUMIDO, DIRETAMENTE PARA AS


CRIANÇAS?

Segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados


Unidos, a violência exposta na televisão pode conduzir a criança a desenvolver
condutas agressivas. Grande parte desses comportamentos agressivos são
aprendidos através da observação na mente infantil por longos espaços de tempo.

A televisão tem efeitos nas áreas emocionais das crianças, influencia nos
seus interesses e motivações e na sua formação integral. Quanto mais violência a
criança consome pela televisão, menos sensibilidade emocional ela terá diante da
violência real, e passará a usar a agressão como respostas as situações de conflitos
em que se vê imersa.

Alem disso a observação de cenas de dor, horror e sofrimento dá lugar a


sentimentos que a criança descarregará depois, de forma contínua ou logo após a
observação de programas de conteúdo violento.

Na televisão brasileira, vê-se uma verdadeira guerra de audiência entre


as redes de emissoras, o que acaba por puxar cada vez mais para baixo o nível de
qualidade da programação. Por conta dessa disputa desatinada de mercado, vale
tudo.
COMO A VIOLÊNCIA NOS DESENHOS ANIMADOS TEM
CONTRIBUÍDO PARA OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO?

Este é o trabalho indeclinável de cada um, da família, do Estado e,


destacadamente, dos meios de comunicação social. Uma sociedade mede-se pelo
grau de cidadania dos que a compõem. O cidadão, como se vê, é modelado pela
própria sociedade que, para tal, utiliza-se dos meios ao seu alcance. Dentre eles, a
mídia que deve ser passaporte para a inclusão social, promotora da educação em
valores, respeitando a cultura e as crenças de cada comunidade. A mídia detém o
privilegio do alcance pleno. Falta-lhe encontrar seu verdadeiro sentido de indutora
da cidadania, ou seja, despertar no individuo o interesse pelo bem comum, pelo bom
funcionamento das instituições, pelo bem estar da coletividade. Divulgar a idéia da
priorização dos valores fundamentais a vida, a liberdade, a paz , o respeito mútuo.
Motivar o individuo na busca da auto-realização, da mudança de atitudes que
fortaleça o caráter, promova a tolerância em relação a família, aos amigos, aos co-
habitantes. Favorecer o desenvolvimento de uma consciência critica para uma maior
justeza na percepção e discernimento do bens comuns da humanidade.

A VIOLÊNCIA NOS DESENHOS ANIMADOS

As crianças mais novas vêem os desenhos animados porque ele são


“codificados” de uma forma nítida, isto é cada ação é sublinhada por efeitos sonoros
particulares, que visam ajudar a sua compreensão e captar a sua atenção. E, como
a atenção das crianças tem dificuldade em fixar-se, os códigos sonoros vêm ajudá-
las a estar atentas.

Na maior parte do tempo, se a atenção das crianças tem dificuldade em


fixar-se é porque o conteúdo dos programas não lhes é totalmente compreensível.
As crianças captam apenas uma parte do que vêem. Não conseguem compreender
as sequências longas; as motivações e intenções dos diferentes personagens
escapam-lhes em parte. Mas, sobretudo, não são capazes de fazer deduções nem
de compreender o que está implícito.

Influenciarão estes programas o comportamento das crianças? Centenas


de pesquisas realizadas a partir dos anos 60 – estudos experimentais em pequenos
grupos de crianças, bem como vasta investigações efetuadas em meios diversos,
utilizando técnicas muito variadas – convergem na conclusão de que as crianças
que vêem muita televisão são mais agressivas do que as que vêem pouca. Os
espetáculos violentos não afetam apenas o seu comportamento, mas também as
suas crenças e valores. Por exemplo, em geral, as crianças que vêem muita
televisão temem mais a violência do mundo real. Em contrapartida, outras ficam
insensíveis a essa violência, choca-as menos e reagem a ela com menor
intensidade.

Existem alguns desenhos animados cujos conteúdos são altamente


violentos. Deste tipo encontra-se o Dragon Ball Z e o Naruto.

O Dragon Ball trata da história de um personagem, o Goku, que tem


como missão lutar contra os seres do mal, que pretendem invadir a Terra ou destruir
outros planetas. Este personagem, bem como os seres do mal são dotados de força
e possuem poderes sobrenaturais.

UM BREVE HISTÓRICO

Criado em 26 de Fevereiro de 1986, Dragon Ball também é conhecido


como um dos desenhos mais famosos do mundo. Também conhecido como um dos
desenhos mais violentos, tendo como principal personagem Goku que é um
guerreiro, e sua diversão são as lutas e os grandes desafios.

Com o avanço da tecnologia nos meios de comunicação, a conexão entre


outros países, e a busca por filmes, séries e desenhos, acabam facilitando não
somente na TV , mas nas redes sociais também. Em relação ao desenhos
animados, não é diferente, desenhos como Dragon Ball Z, Naruto e Pokémon que
alavancaram grande audiência na TV, e também os mais procurados na internet
entre o público jovem e crianças, que podem ser uma das mais afetadas pelo fato de
incentivar a violência, mostrando várias cenas de lutas e até cenas de morte. Muitas
vezes esses desenhos são transmitidos em horários e em programas infantis e
educativos.
HTTPS://images.app.goo.gl/fKiLgnS1H7p33LKL9

BREVE HISTÓRICO DO NARUTO

Naruto é um garoto que vive na vila da folha e quer ser o hokage (chefe
da vila), mas é péssimo na escola e discriminado por todos.

HTTPS://images.app.goo.gl/Apa8Y33DcHoPXVe9

CONCLUSÃO

Se, por um lado o instinto humano é dado ao fascínio pela tragédia, como
sugere alguns, por outro, regozijos sejam dados pelo privilégio da razão, do senso
crítico, do discernimento de que é provida a raça humana. Ou seja, feliz o homem
por poder escolher como bem entender, a forma e o destino de como e para onde se
conduzir. A sociedade pode, então enfeixar suas vontades e direcioná-las a seu livre
arbítrio. A mídia é um bem da sociedade e, portanto, deve submeter-se ás suas
vontades. Se a mídia faz parte das circunstâncias formadoras de homens então que
se humanize a mídia. Que os operadores sociais voltem-se para as massas, não
apenas usando-as como meio de lucros e de auto-promoção. Porém, para oferecer-
lhe reais oportunidades de experiência crítica.

A mídia deve apresentar-se como instrumento de promoção do individuo


para a paz, para a convivência harmoniosa, ancorada em princípios de respeito
mútuo, tolerância, solidariedade e consciência de si mesmo. A mídia pode e deve ser
ferramenta de motivação que suscite no individuo uma visão ativa e crítica do
mundo. Encorajando-o a adquirir novas experiências. Todo esse extraordinário
potencial que tem a mídia deve ser canalizado para alavancar a educação e
promover o desenvolvimento da pessoa humana.

Todo poder e alcance da mídia devem ser direcionados como subsídios


nesse imenso desafio que é a construção de melhores condições de vida para as
futuras gerações.

BIBLIOGRAFIA

http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10413.
(s.d.).

http://www.ipv.pt/forumedia/3/3_fe5.htm. (s.d.).

https://br.guiainfantil.com/materias/cultura-e-lazer/tv/os-efeitos-emocionais-da-violencia-na-
televisao-para-as-criancas/. (s.d.).

https://jus.com.br/artigos/5062/a-violencia-na-midia-e-seus-reflexos-na-sociedade/1. (s.d.).

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