Você está na página 1de 13

CONTROLE DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL E DE MANUTENÇÃO PARA

REDUÇÃO DO CUSTO OPERACIONAL: UM ESTUDO DE CASO NA


EMPRESA ALFA.

Josias Sulzbacher ¹
Fabiane da Silveira Silveira²

RESUMO

Atualmente, as grandes empresas estão adotando o controle de custos para


serem mais competitivas, já que cortar gastos tornou-se uma questão de
sobrevivência. Ao iniciar este estudo, o objetivo principal foi controlar o consumo
do combustível e de manutenção para redução do custo operacional da empresa
Alfa, buscando uma melhora na área financeira. A pesquisa desenvolve-se em
uma empresa de pequeno porte, atuante no ramo de transporte de passageiros,
na cidade de Santa Cruz do Sul/RS. Para desenvolver este estudo de caso, foi
utilizada uma pesquisa descritiva e bibliográfica. Como instrumento de coleta de
dados, um fluxograma foi elaborado para coleta de dados referente a quantia de
combustível gasta em cada veiculo e para mensurar o custo de manutenção. O
fato da empresa se mostrar interessada nessa pesquisa, demonstra sua
preocupação com o sucesso da mesma e com o bem estar dos clientes.

Palavras chave: Consumo, controle de custos, combustível, manutenção.

ABSTRACT:

Today, large companies are adopting cost control to be more competitive, since
cutting on expenses has become a matter of survival. At the beginning of this
study, the main objective was the control of fuel consumption and maintenance
expenses, in order to reduce the operating costs in the Alfa company and
achieving, by this way, an improvement in the financial area. The research found
place in this small company, that acts in the field of commuting in the city of
Santa Cruz do Sul / RS. To develop this case study, a descriptive method was
used, in addition to a bibliographical survey of authors like Idalberto Chiavenato,
Eva Maria Lakatos and R. Edward Freeman, among others. As an instrument of
data collection, a flowchart was designed to collect data regarding the amount of
fuel used on each vehicle and to evaluate the cost of maintenance. The fact that
the company seems to be very interested in this research demonstrates their
concern about the success of it, previewing the welfare of the passengers.

Keywords: Consumption, cost control, Fuel, maintenance.


1 INTRODUÇÂO

Em um mundo cada vez mais competitivo, a função do administrador se


torna uma determinante de sucesso para qualquer empresa. Nesse sentido o
cálculo de custos se torna uma ferramenta para uma boa administração, deve
ser adotado na empresa de acordo com peculiaridades da instituição, para uma
melhor adequação as necessidades, tendo em vista que cada empresa é
diferente uma da outra. Sendo assim um maior controle de estoque tem por
objetivo minimizar a necessidade de capital para estoque, liberando mais
recursos para outros investimentos.
Atualmente, empresas bem sucedida são aquelas que em menor espaço
de tempo conseguem assimilar todas as informações por elas geradas,
auxiliando a uma gestão eficaz. Neste sentido, o presente estudo tem o seguinte
problema de pesquisa: a substituição de veículos antigos por veículos mais
novos gera redução de manutenção e de combustível na empresa Alfa?
O estudo desenvolve-se na empresa Alfa, (nome fictício utilizado) em uma
empresa do ramo de transporte coletivo que foi fundada em 23/12/1952 pelo Sr.
Adolfo Sulzbacher e Bertholdo Frederico Mueller. A localidade de atuação da
empresa de transporte de passageiros e carga, da se entre as localidades de
Linha Chaves 3° Distrito de Santa Cruz do Sul e o município de Venâncio Aires.
Nos dias atuais, a empresa é caracterizada como empresa familiar, estando no
comando os sócios Adolfo, Ary, Delcio e Moacir Sulzbacher e Walter Becker.
Hoje a empresa conta com mais de 60 colaboradores, sendo estes
divididos entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos, e áreas
administrativas. Localiza-se na Rua Felix Hoppe, 750.
O controle de combustível e de manutenção, é algo imprescindível para
uma organização que possui mais de 40 veículos, sendo que atualmente o custo
do óleo diesel e manutenção, são os principais fatores para formação de preços
do transporte.
Dessa forma, este estudo tem como objetivo geral identificar se a
substituição de veículos antigos por veículos mais novos gera redução de
combustível e de manutenção da empresa Alfa.
Como objetivos específicos, visa:
• Identificar os benefícios que o controle de consumo de combustível irá
proporcionar ;
• Identificar se a renovação de frota geraria redução na manutenção.
• Gerar contribuições na gestão financeira da empresa Alfa
A crescente disponibilidade de sistemas eficazes para gestão do consumo
de combustível, além de eficientes na redução do custo de transporte,
proporciona benefícios ambientais. As empresas tem que conscientizar-se que o
mercado consumidor está voltado para o mercado sustentável. São inúmeros os
benefícios que o controle de consumo de combustível poderá proporcionar a
empresa através de otimização de fluxos, viagens, capacidade de renovação e
utilização de veículos. Esse controle é uma ferramenta muito importante para o
crescimento da organização. Com ele a instituição consegue informações como:
média de consumo da frota, alinhamento com o setor de manutenção,
conseguindo informar qualquer a normalidade de consumo de determinado
carro, possibilitando assim uma manutenção preventiva.
2 Fundamentação Teórica
2.1 Custos

O termo custo está inserido em todo nosso cotidiano, desde o nascimento


até a morte. Conforme Ludicibus (1998, p.113.), “na linguagem comercial, custo
significa quanto foi gasto para adquirir certo bem, objeto, propriedade ou serviço.
A noção de custo, portanto, está ligada á consideração que se da em troca de
um bem recebido. Na linguagem comum, não ligada a compras, vendas, etc.”
Com base na idéia mencionada acima, custos nada mais é do que o
desembolso de algum valor, tempo de serviço ou esforço para a criação de um
produto, uma expressão muito utilizada nos dias de hoje. Lembra muito
contabilidade de custos, “custou-me tantas noites de sono para realizar aquele
curso”.
De acordo com Dutra(1998) o custo está classificado em três níveis que
são:
Custos de produção: Ocorrem dentro dos setores de produção e que são
necessários apenas para a fabricação do produto. Por exemplo, a matéria-prima
e mão de obra.
Custos administrativos: é o custo necessário para administração da
organização, controle e programação. Exemplo, os custos com restaurante para
os funcionários.
Custos de comercialização: são essenciais para a movimentação, controle,
distribuição dos produtos, desde a compra e pagamento dos fornecedores até a
distribuição ao consumidor final.
Ainda neste contexto de classificação de custeio, temos o custo indireto e direto.
Custo indireto aquele que não se pode apropriar diretamente a cada tipo
de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência. São aqueles
apropriados aos portadores finais mediante o emprego de técnicas que só
obedecem parcialmente o princípio da causa ação.
Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de
critérios de rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem
que se possa separar a parcela referente a cada um, no momento de sua
ocorrência. Ou ainda, pode ser entendido, como aquele custo que não pode ser
atribuído (ou identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de
custo ou departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros
para atribuição ao objeto custeado.
São aqueles que apenas mediante aproximação podem ser atribuídos aos
produtos por algum critério de rateio. São os materiais (como cola e verniz
consumidos na fabricação de móveis) a mão de obra indireta (chefia,
supervisão, operários que cuidam da manutenção de equipamentos) e os
demais custos de fabricação (seguros, impostos, aluguel da fábrica). São os
custos que, por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços
não podem ser apropriados de forma direta para as unidades específicas,
ordens de serviço ou produto etc. Necessitam, portanto, da utilização de algum
critério de rateio para sua alocação.
O custo direto é aquele que pode ser identificado e diretamente
apropriado a cada tipo de bem ou órgão ou objeto a ser custeado, no momento
de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função
de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou identificado) direto a um produto,
linha de produto, centro de custo ou departamento.
Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado. Ou ainda,
são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos ou serviço. São os
materiais diretos usados na fabricação do produto e a mão-de-obra direta. Os
custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira
objetiva. Os custos são qualificados aos portadores finais (produtos),
individualmente considerados. Por exemplo: a madeira para fabricar móveis, os
salários de todos os operários que trabalham diretamente no produto.
Os custos de despesas diretas constituem todos aqueles elementos de
custo individualizáveis com respeito ao produto, isto é, se identificam
imediatamente com o produto, mantendo com o mesmo uma correlação
biunívoca, ou seja, uma correspondência proporcional. Um mero ato de medição
é necessário para determinar estes custos. A matéria-prima, a mão-de-obra
direta e a embalagem (quando componente do produto acabado), na área
industrial e o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços e o Imposto de
Produtos Industrializados e o Imposto sobre Serviços, bem como Comissões
sobre Vendas, na área comercial, constituem exemplos de custos e despesas
diretos.
Dentro do conceito de custos diretos e indiretos ainda há outra subdivisão
que são os custos fixos e variáveis que são classificados de acordo com seu
comportamento.

2.2 Custos Fixos


Custos fixos são aqueles que mantêm um dimensionamento constante,
independentemente do volume de produção (não variam de acordo com a
quantidade produzida) ou ainda, os custos de estrutura que permanecem
período após período sem variações, não ocorrendo em conseqüência de
variação no volume de atividade em períodos iguais.
São os custos que permanecem constantes dentro de determinada
capacidade instalada, independente do volume de produção, ou seja, uma
alteração no volume de produção para mais ou para menos não altera o valor
total do custo. Exemplo: salário dos chefes, aluguel, seguros etc.
O exemplo característico é o aluguel de imóvel ocupado por indústria,
cujo valor mensal é o mesmo em cada período, independentemente do volume
produzido. Mesmo quando o valor do aluguel é reajustado, o custo continua fixo
porque houve apenas uma atualização do valor contratado, em função da
desvalorização do poder aquisitivo da moeda.
Outro exemplo é a depreciação calculada pelo método das cotas
constantes, em que o valor de cada período é sempre o mesmo
independentemente do volume produzido pelo equipamento que esta sofrendo
depreciação.
Segundo Ludícibus (1987), os custos fixos, por sua vez, são fixos mas
nas intenções dos que assim os classificam do que na realidade. Muitas vezes,
embora fixos quanto à intensidade do esforço ou do serviço envolvido, sofrem
variações devidas apenas à inflação ou acréscimo de preços. Somente algumas
despesas, tais como ordenados do pessoal administrativo, são fixas, ou pelo
menos previsíveis para o período orçamentário, desde que os reajustes sejam
previsíveis.
2.2 Custos Variáveis
Podem ser definidos como custos que variam de acordo com o objeto de
custeio ou ainda, em alguns casos que se modificam em função da variação do
volume/atividades das operações, ou seja, da variação na quantidade produzida
no período. Quanto maior for o volume de produção, no período, maior será o
custo variável.
Em uso geral, a palavra “variável” significa simplesmente “mutável”,
porém em contabilidade, variável tem um significado mais restrito. Refere-se,
não as mudanças que ocorrem no tempo, ou a estações, mas somente as
mudanças associadas com o nível de atividades, isto é, com o volume. Se o
custo aumenta à medida que cresce o volume, é um custo variável. Segundo
Anthony, “os custo variáveis variam direta e proporcionalmente com o volume”.
Na realidade são os custos que mantêm relação direta com o volume de
produção ou serviço. Dessa maneira, o total dos custos variáveis cresce à
medida que o volume de atividades da empresa aumenta (varia de acordo com a
quantidade produzida).
2.3 Planejamento Financeiro e controle
Segundo Gitman, o planejamento financeiro é importante nas operações
das empresas, pois fornece um mapa para orientação, a coordenação e o
controle dos passos dados pela empresa em busca de seus objetivos. No
planejamento financeiro dois aspectos são fundamentais: o planejamento de
caixa e o planejamento de lucros. O primeiro envolve a elaboração do
orçamento de caixa da empresa, e o segundo envolve elaboração de
demonstrações pró-forma.
As abordagens a estimativa das demonstrações pró-forma se baseiam na
crença de que as relações financeiras contidas nas demonstrações financeiras
referentes ao passado da empresa permanecerão inalteradas no próximo
período. Gitman (2010)
Ainda segundo Gitman o processo de planejamento financeiro começa
pelos planos financeiros de longo prazo, ou estratégicos. Desta forma são
criados posteriormente os planos de curto prazo, objetivando alcançar os
objetivos de longo prazo.

3 METODOLOGIA
Para a realização do presente estudo, que refere-se ao controle do
consumo de combustível da empresa Alfa. situada em Santa Cruz do Sul,
realizou-se uma pesquisa descritiva que segundo os autores Marconi e Lakatos
(2002)aborda quatro aspectos: descrição, registro, analise e interpretação de
fenômenos atuais, objetivando o seu funcionamento no presente.

Objetivando ampliar os conhecimentos teóricos sobre o tema referente a


redução de custos, este estudo contou com o apoio de uma revisão bibliográfica
de vário autores, como: CHIAVENATO (2000), COELHO (2004), MARCONI
(2002), entre outros
A pesquisa bibliográfica é utilizada no desenvolvimento do estudo, para
se ter um maior domínio da literatura sobre controle de estoque. Para Manzo
(1971, p.32), a bibliografia pertinente “oferece meios para definir, resolver não
somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os
problemas não se cristalizaram suficientemente”, e tem por objetivo permitir ao
pesquisador “o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de
suas informações” (TRUJILO, 1974,p.230). Ou seja, não é apenas uma
repetição do que já foi escrito sobre determinado tema, e propícia uma avaliação
sob um novo enfoque, chegando a outras conclusões.
Em relação a abordagem do problema, a pesquisa é do tipo quantitativa
A abordagem quantitativa foi utilizada na identificação do consumo e custo
mensal de combustível da empresa e também para descrever os dados
analisados para o desenvolvimento de um modelo de gestão e controle de
custos. Conforme Gonçalves e Meirelles (2004), o método quantitativo, é
apropriado, pois visa localizar e avaliar as idéias e os aspectos do objeto de
estudo provindos das argumentações dos entrevistados envolvidos na pesquisa.
Neste sentido, o presente estudo de caso segundo Yin (2005), é uma
investigação empírica que visa a analise profunda de uma situação atual dentro
do seu contexto.

4 DESCRIÇAO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 Caracterização da Empresa

A história da empresa Alfa no Brasil começa em 1952 quando então os


Srs. Adolfo Sulzbacher e Bertholdo Frederico Mueller, fundaram a empresa,
percebendo a carência de transporte de cargas. A localidade de atuação da
empresa de transporte de passageiros e carga, dá-se inicialmente entre as
localidades de Linha Chaves 3° Distrito de Santa Cruz do Sul e o município de
Venâncio Aires.
Na data de 30 de setembro de 1957 foi extinta a sociedade supra e
constituída uma nova sociedade com o mesmo fim e direito entre Ari Sulzbacher
e o Sr Alberto Henrique Ammon, sendo que Adolfo Sulzbacher passou os 50%
para Ari e Bertholdo vendeu sua parte (50%) para Alberto. Continuou-se assim
na mesma sistemática, de transportar pessoas com um ônibus e as mercadorias
com um caminhão de cargas, sob a razão social de ‘Sulzbacher & Ammon que
durou até 22 outubro de 1963, nesta data constituiu-se a sociedade Limpa, isto é
só da Família Sulzbacher, quando a parte do sócio Alberto H. Ammon foi
adquirida. Nesta data com os mesmos objetivos denominada de A. Sulzbacher &
Cia formada pelos sócios Adolfo, Ary, Delcio e Moacir Sulzbacher além de Walter
Becker.
Em 31 de agosto de 1975 foi retirado da sociedade por alteração do
contrato o sócio fundador Adolfo Sulzbacher, ficando dividido as cotas conforme
contrato. No ano de 1980 foi constituída uma nova razão social que perdura até
os dias atuais.
Atualmente a empresa conta com mais de 60 colaboradores, sendo estes
divididos entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos, chapeadores,
lavadores, abastecedores e áreas administrativa e localiza-se em Santa Cruz do
Sul/RS. A empresa que inicialmente tinha apenas uma linha, hoje conta com
ligações para diversos distritos e municípios, como: Monte Alverne/RS,
Boqueirão do Leão/RS, Candelária/RS, Rio Pardo/RS, entre outros.
Com o objetivo de reduzir custos e tornar a empresa mais competitiva no
mercado será feita uma analise dos dados disponibilizados pela empresa com
fins de contribuir no fomento e sucesso da Alfa.
GRÁFICO 1 - IDADE MÉDIA DA FROTA 1º SEMESTRE 2013 E 1º SEMESTRE
2014

Como podemos analisar no gráfico, a idade média da frota de ônibus no ano de


2013 era de 22,86 anos, idade relativamente alta comparada a outras empresas
do mesmo setor, mas já em 2014 esta idade media reduziu para 15,97%, ou
seja, houve um decréscimo de 3,65 anos. Esta renovação esta acontecendo de
forma gradativa e pretende-se chegar a idade máxima de 15 anos por veículo.
Troca esta que trazem inúmeros benefícios, como maior eficiência em consumo
de combustível, menor custo de manutenção, maior conforto e segurança aos
passageiros, menores emissões de gases nocivos ao meio ambiente, entre
outros.
GRÁFICO 2 – CUSTOS COM MANUTENÇÃO POR TRIMESTRE

Como se pode observar no gráfico de manutenção por trimestre, a


redução da idade da frota de 2013 para 2014 é percebível a partir do 4 trimestre
de 2013, onde os veículos mais antigos já não operavam mais, esta renovação
de frota repercutiu algo em torno de 18,33 % de redução trimestral com custos
de manutenção, se comparados a média dos 3 primeiros semestre de 2013, em
termos financeiros uma redução de custos em torno de R$ 22.000,00
trimestralmente, valor este que se pode reinvestir novamente em renovação,
fazendo com que a cada veículo mais novo que compõem a frota, fará com que
esta redução de custos aumente mais.
Atualmente com o mercado cada vez mais competitivo, empresas que
não conseguirem reduzir seus custos estarão fadadas ao fracasso, por estes
motivos, a redução de custos das organizações deve ser buscada de forma
incessante, pelo simples fato de permanecerem operando, caso contrário
perderão mercado para concorrentes mais eficientes.
A renovação de frota trouxe uma redução maior de custos na área de
manutenção do que na área de combustível, como era esperado inicialmente
pelo presente estudo.
GRÁFICO 3- LITROS GASTOS POR TRIMESTRE

Conforme se pode analisar, a quantidade de litros gastos também diminui


a partir do último trimestre de 2013, para efeito de comparação, no primeiro
trimestre de 2013 houve um gasto de 110, 869 litros, ou seja 11150 litros a mais
do que no mesmo período deste ano, em termos financeiros esta redução
equivale a R$24,753, considerado o custo de compra da empresa que é de
R$2,22 por litro.
Esta redução de litros se deve principalmente a diminuição de linhas
deficitárias, e também perda de 3 linhas em licitação, comparadas ao mesmo
período do ano passado. Mas há também redução por conta dos veículos novos
que são mais eficientes energeticamente, mas a redução quase não avoluma
números palpáveis, por só terem sido trocados algo em torno de 10% da frota, o
que impede uma comparação mais eficiente, mas que mesmo assim se
percebem os resultados.
GRÁFICO 4- FATURAMENTO

Apesar de diversos cortes de linhas de transporte de passageiros,


algumas por parte da empresa e outras por conseqüência de licitações, nota-se
que quase não houve queda de faturamento, comparando-se o primeiro
trimestre de 2013 com o primeiro trimestre de 2014, esta pequena queda de
faturamento se deve ao fato de inadimplência de pagamento de licitação por
parte de uma prefeitura atendida pela empresa.
Ou seja, isto comprova que todos os cortes de gastos, e investimentos em
veículos mais novos, não afetaram o faturamento da empresa, pelo contrário, só
diminuíram custos, tornando a empresa mais competitiva, e conseqüentemente
fizeram com que a empresa pudesse reinvestir estes recursos em novos
veículos, fazendo um ciclo de quanto mais investimentos menores as
deficiências (veículos antigos e ultrapassados).
GRÁFICO 5- Manutenção Média Veículos Novos
Com base no primeiro trimestre de 2014 e levando em conta, somente os
gastos de manutenção com 5 veículos adquiridos no período (semi-novos),
chegamos a um gasto trimestral de R$1.291,80 por veículo
GRÁFICO 6- Projeção Renovação Total de Frota.

Para efeito de comparação, no gráfico acima estão dois valores, o


primeiro de R$114.271,00, é a média de gastos em 2013 com manutenção por
trimestre, e o segundo, de R$55.547,40, seria a projeção de gastos, baseados
em uma renovação total de frota antiga, por modelos iguais aos últimos 5
adquiridos.
Essa economia gerada hipoteticamente, e com base no gasto destes 5
veículos durante o primeiro semestre de 2014, seria de em média R$58.723,60,
por trimestre algo em torno de R$234.894,40 anuais. Em percentual de
despesas com manutenção seriam 48,61% a menos. Claro que esta troca
demandaria um alto volume financeiro, mas para o atual trabalho serve de norte
para futuros investimentos, e também para se ter números que comprovem o
retorno de investimentos em renovação de frota.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo objetivou identificar os benefícios que um bom controle de
combustível, traria a empresa, buscou também responder se a renovação de
frota reduziria os custos com manutenção, e também gerar contribuições na
gestão financeira da empresa Alfa.
A metodologia utilizada na pesquisa, caracterizou-se como descritiva,
realizada por meio de um levantamento, com base no sistema de dados da
empresa.
Os resultados encontrados, mostram que a partir do conhecimento gerado
pelos números, um bom controle de combustível auxilia o gestor na tomada de
decisões, pois a partir destes dados foram tomadas atitudes como: suspender
linhas deficitárias, substituir veículos antigos por outros mais econômicos e
eficientes.
Estas decisões se refletem no gráfico 4, onde se percebe uma redução
considerável, a partir do 4º trimestre de 2013, onde começam as intervenções, o
total de litros gastos no 4º trimestre de 2013 e 1º trimestre de 2014 vem
decrescendo, e para efeito comparativo o 1º trimestre de 2014 teve queda de
mais de 10% comparado a igual período do ano anterior.
Observando o gráfico 5, nota-se que a média por litro no 4º trimestre 2013
e 1º trimestre de 2014 é quase estável, mas superior ou igual aos demais
trimestres, o que prova melhora na eficiência energética.
Na questão de que se uma renovação de frota reduziria os custos com
manutenção, pode-se afirmar que sim, o gráfico 9 comprova que com base nos
últimos 5 veículos adquiridos (semi-novos), há uma redução drástica de
manutenção, cerca de 48,61% de economia.
Esse gráfico faz a projeção de gastos baseado em uma renovação total
da frota antiga, por modelos iguais aos últimos 5 adquiridos, essa economia
anual seria de algo em torno de R$234.894,40.
Como recomendação a estudos futuros sugere-se com base nas
informações coletadas, um estudo sobre o retorno de investimento para uma
total renovação da frota.
6 REFERÊNCIAS
AMARAL, Sérgio Pinto. Sustentabilidade ambiental, social e econômica nas
empresas: como entender, medir e relatar. São Paulo: Tocalino, 2004.
BECKER, D. competitividade: um novo padrão de desenvolvimento regional.
1996. (inédito).
BEZERRA, M. C. L.; BURSZTYN, M. Ciência e Tecnologia para o
desenvolvimento sustentável. Brasília: Ministério do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis: Consórcio CDS/ UNB/ Abipti, 2000.
CAVALCANTI, Clóvis. Desenvolvimento e Natureza: estudos para uma
sociedade sustentável. São Paulo: Cortez, 2003.
CHIAVENTO, Idalberto. Administração:Teoria, processo e Prática. 3 ed. São
Paulo: Makron Books, 2000.
COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva,
2004.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12 ed. São Paulo:
Pearson, 2010.
JAMES, A.F. Stoner; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5 ed. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e científicos editora, 1994.
KINLAW, Dennis C. Empresa competitiva e ecológica: desempenho
sustentado na era ambiental. Tradução Lenke Peres Alves de Araújo. São Paulo:
Makron Books, 1997.
YIN, R.K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 3. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2005
MANZO, 1971.32p. Apud Marconi, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria.
Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.71p.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 5
ed. São Paulo: Atlas, 2002.
NAGATA, Marcelo, VIEIRA, Maria Angélica, SILVA, Raquel Rocha
da .Desenvolvimento sustentável e responsabilidade social corporativa. É
possível ser sustentável? Caso Mapfre S.A. Disponível em:
WWW.mudancasclimaticas.andi.org.br. Acesso em 09/05/2013.
SÔNIA, Elisete Rampazzo. A questão ambiental no contexto do
desenvolvimento
econômico. Desenvolvimento sustentável necessidade e /ou possibilidade?.
4 Ed Santa Cruz do Sul: Edunisc,2002.
TRUJILO, 1974. 230p. Apud MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva
Maria. Técnicas de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.71p.

Você também pode gostar