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Staphylococcus

Staphylococcus
staphylé (cacho de uvas)
Características Gerais...

Cocos Gram-positivos
• Grupo heterogêneo de bactérias
• Forma esférica
• ausência de esporos
• São imóveis

• anaeróbios facultativos

• crescem em meios com alta concetração


de sal (10% de NaCl)

•Temperatura de crescimento: 18ºC a


40ºC.
Gênero Staphylococcus
46 espécies – 24 subespécies
As sp. mais importantes na clínica

S. lugundensis S. carnosus S. epidermidis


S. schleiferi S. simulans S. capitis
S. sciuri S. cohnii S. warnei
S. lentus S. xylosus S.saccharolyt.
S. caseolyticus S. saprophyticus S. caprae
S. hyicus S. gallinarium S. hominis
S. chromogenes S. kloosii S. haemolyticus
S. intermedius S. equorum S. auricularis
S. delphini S. arlettae S. aureus
Staphylococcus aureus
De todas as espécies do gênero, o S. aureus é o mais
importante.

É responsável pelo segundo maior número de infecções em


seres humanos e animais.

O S.aureus está presente no trato


respiratório superior, especialmente
nas narinas, de aproximadamente
60% da população.
Staphylococcus aureus

O nome “aureus” significa


“dourado” em latim,
qualidade atribuída ao
pigmento amarelado
característico produzido pela
bactéria.
Cápsula
• 11 sorotipos capsulares em S. aureus

• sorotipos 5 e 7  associado a maioria das infecções

• Inibe a fagocitose
Peptidoglicano
• Consiste de muitas camadas
ligadas cruzadamente o que
torna a bactéria mais rígida

• O peptidioglicano tem uma


atividade semelhante à
endotoxina, estimulado a
produção de interleucina-1 e a
ativação do sistema
complemento.

Ácios Teicóicos
• Medeiam a ligação dos estafilococos às membranas mucosas
através de sua ligação específica a fibronectina.
• Resposta de anticorpos pode ser utilizada para detectar
doença sistêmica.
Proteína A (SpA)
 Tem a habilidade de se ligar à porção FC de IgG,
impedindo, portanto que ela sirva de fator de opsonização
na fagocitose.

Fab Fab
IgG
Fc
SpA
S. aureus
Proteínas que se ligam à Fibronectina, ao Colágeno
e ao Fibrinogênio  Adesão

Matriz
Extracelular
Toxinas
S. aureus produz cinco toxinas
citolíticas que danificam membrana
celular.

Toxina Alfa, Toxina Beta, Toxina Delta,


Toxina Gama e Leucocidina Panton-
Valentine

Superantígenos
Toxina esfoliativa
enterotoxinas
TSST-1
Toxina Esfoliativas
•ETA e ETB
• Quebra de pontes intracelulares na estrato granuloso da
epiderme
• ETA e ETB (possivelmente) se ligam aos glicolipídios
semelhantes a GM4, presentes na epiderme de neonatos e não
em crianças mais velhas e adultos
Enterotoxinas
• Oito tipos sorológicos distintos (A a E, G a I)

• Termoestáveis a 100ºC por 30 minutos

• Resistentes a hidrólise por enzimas gástricas

• Induzem ativação inespecífica de células T e liberação de citocinas


Enzimas dos Estafilococos
Coagulase

*Fator de reação à
coagulase (CRF)
Gênero Staphylococcus
COAGULASE
Positiva Negativa
 S. aureus S. epidermidis
 S. schleiferi subsp. coagulans  S. haemolyticus
 S. intermedius  S. hominis
 S. pseudintermedius  S. warneri
 S. hyicus  S. lugdunensis
 S. delphini  S. saprophyticus
 S. lutrae  S. xylosus
 S. agnetis
Enzimas dos Estafilococos
• Catalase

• Hialuronidase

• Fibrinolisina

• Lipases

• Nucleases

• Penicilinase
Regulação da Produção dos Fatores de Virulência
Staphylococcus aureus

 Piodermite canina

 Mastite bovina

 Doença do abscesso de ovinos

 Estafilococoses cutânea em coelhos domestícos e

silvestres
Staphylococcus intermedius  Piodermite em cães
Staphylococcus hyicus
Epidermite exdudativa de suínos
Staphylococcus epidermidis

• Presente como parte da flora normal da


pele
• Apesar da sua baixa virulência, é uma causa comum
de infecções de implantes: como válvulas cardíacas e
cateteres.
• A aquisição de resistência a drogas por S. epidermidis
e até mais freqüente do que por S. aureus.
• A sensibilidade à vancomicina em geral se mantém,
mas isolados resistentes tem sido relatados.
PIA -lisina
Polysaccharide intercellular adhesion
AAP
Accumulation associated protein

AtlE Fbe
Autolysin of S. epidermidis Fibrinogen-binding protein of S. epidermidis
PS/A AtlE
Polysaccharide adhesin vitronectina
Tratamento e Controle

• A antibioticoterapia adequada das infecções


estafilocócicas dever ser precedida da escolha da
droga com base nos resultados em testes de
suscetibilidade.
• A penicilina é a droga de escolha se a amostra for
sensível.
• A vancomicina e a droga de escolha para o
tratamento das infecções consideradas graves
Resistência aos Antibióticos

A primeira vez que um antibiótico


foi usado, clinicamente, foi contra
uma infecção por Staphylococcus
aureus.

A penicilina funcionou bem


contra infecções estafilocócicas
até os anos 60, quando
rapidamente começaram a
surgir cepas resistentes à
penicilina.
Alexander Fleming
Para contornar o problema, foi
criado o beta-lactâmico sintético
meticilina, que era resistente
à ação das beta-lactamases.

meticilina

A meticilina funcionou bem até os anos 70,


quando começaram a surgir as cepas
resistentes a meticilina (MRSA).

As cepas MRSA são resistentes não só


à penicilina, mas a todos os antibióticos
beta-lactâmicos!
Em 1997, foi relatada no Japão, a
primeira cepa clínica de Staphylococcus
aureus resistente à vancomicina
(VRSA), pelo Prof. Keiichi Hiramatsu,
da Univesidade Juntendo em Tóquio.
Cultura Diagnóstico
Ágar Sangue
S. aureus S. epidermidis
S. aureus – β-hemolíticos
Microscopia
Coloração de Gram

Forma – Cocos
Arranjados em Cachos

Gram-positivos
Prova da Catalase

+ -
Micrococcaceae Streptococcaceae
As bactérias desta As bactérias desta
família são catalase família são catalase
POSITIVAS NEGATIVAS
Coagulase

Coagulase positiva

S. aureus
Coagulase negativa

Staphylococcus
Coagulase negativa
(SCN)

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