Você está na página 1de 7

ANO LECTIVO 2010 / 11

ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DE CARÁCTER PERMANENTE

O DL nº. 3/2008 de 7 de Janeiro, prevê:


- um conjunto de medidas educativas;
- a criação de condições para a adequação do processo educativo às NEE dos alunos com limitações significativas ao nível da actividade e
participação decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente;
- que as medidas educativas sejam aplicadas cumulativamente, com excepção das medidas previstas nos artº 18º e 21º, não cumuláveis entre si;
- que a aplicação de qualquer das medidas educativas implica a autorização prévia do Encarregado de Educação.

Medidas Educativas Especiais


EDUCADOR DE INFÂNCIA/ PROF. TITULAR DE TURMA Prof. EDUCAÇÃO ESPECIAL
previstas no DL 3/2008 de 07/Janeiro
Art. 17º- Apoio Pedagógico Personalizado - Colaboração com os
 Consiste:  Artº 17º: educadores, Professores,
a) reforço das estratégias utilizadas no grupo/turma, ao nível Técnicos especializados,
da organização, do espaço e das actividades; - Apoio definido nas alíneas a), b) e c) é prestado pelo Pais/Enc. de Educação e outros
b) estímulo e reforço das competências /aptidões da educador/a ou pelo prof. titular da turma. elementos da comunidade.
aprendizagem; - Apoio definido na d), também pode ser prestado pelo
c) antecipação e reforço da aprendizagem de conteúdos educador/ prof. da turma . -Participação no processo de
leccionados no seio do grupo/turma; avaliação dos alunos.
d) reforço e desenvolvimento de competências específicas.
Art.º 18 º- Adequações Curriculares individuais -Participação na elaboração do
Têm como padrão o currículo comum:  Artº 18º: relatório técnico-pedagógico.
- na educação pré-escolar as adequações que respeitem as
orientações curriculares; Tendo sempre em conta a aquisição das competências -Determinação dos apoios
- no ensino básico as que não põem em causa a aquisição de referidas nas orientações curriculares (pré-escolar), as especializados, das
competências terminais de ciclo; terminais de final de ciclo (ensino básico) ou das adequações do processo de
- no ens. secundário as que não põem em causa as competências essenciais das disciplinas (ensino ensino/aprendizagem e
competências essenciais das disciplinas. secundário): tecnologias de apoio de que o
-seleccionar estratégias/actividades diversificadas; aluno deve beneficiar.
.....................................................................................................................................................................................................................................................
Agostinho Oliveira - GEE - Informações aos Educadores/ Professores 1CEB Decreto-Lei nº 3/2008
Pág. 1
ANO LECTIVO 2010 / 11
 Consiste: -seleccionar material pedagógico adequado;
-introdução de áreas curriculares específicas, (leitura e escrita -diferenciar tempos de aprendizagem; -Participação na elaboração do
em Braille, orientação e mobilidade, treino de visão e -elencar os conteúdos e competências específicas PEI, do CEI e do PIT.
actividade motora adaptada, etc.); para o aluno em questão.
-adequação do currículo dos alunos surdos; - Orientar e assegurar o
-introdução de objectivos/conteúdos intermédios, em função desenvolvimento do currículo
das competências terminais de ciclo ou de curso, das específico individual.
características de aprendizagem e dificuldades específicas dos
alunos; -Colaboração, sempre que se
-dispensa das actividades de difícil execução em função da justifique, com o Educador/
incapacidade do aluno e só se aplicam quando o recurso a Professor da turma na
tecnologias de apoio não é suficiente. implementação das medidas
educativas.
Art.º 19º- Adequações no processo de matrícula
-Intervenção directa junto do
- Frequência do jardim-de-infância ou escola aluno, na realização de
independentemente da área de residência, em escolas de actividades que se destinem ao
referência, em escolas com unidades de apoio especializadas reforço e desenvolvimento de
ou com unidades de ensino estruturado. competências específicas.

- Adiamento da matrícula no 1º ano de escolaridade apenas - Participação na elaboração do


por um ano, não renovável. relatório de avaliação das
medidas educativas
- podem efectuar a matrícula por disciplina, nos 2º e 3º ciclos implementadas, no final de ano
do ens. básico e no ens. secundário, desde que se assegure a lectivo, tendo em conta a
sequencialidade do regime educativo comum. avaliação com recurso à CIF:
Art.º 20º - Adequações no processo de Avaliação  Artº 20º: -alunos que usufruíram de
medidas educativas;
 Consiste na alteração: - Definir tipo de provas e instrumentos de avaliação - alunos que não beneficiaram
- tipo de provas; diversificados. de respostas no âmbito da Ed.
- instrumentos de avaliação e certificação; - Definir a (s) modalidade (s) de avaliação a valorizar. Especial, mas que foram
- condições de avaliação (formas e meios de - Definir os momentos e período de tempo necessários avaliados por referência à CIF.
comunicação do aluno; periodicidade; duração; local de para a respectiva realização.
execução).

.....................................................................................................................................................................................................................................................
Agostinho Oliveira - GEE - Informações aos Educadores/ Professores 1CEB Decreto-Lei nº 3/2008
Pág. 2
ANO LECTIVO 2010 / 11
Art.º 21º – Currículo Específico individual
 Susbstitui:
- competências definidas para cada nível de educação e
ensino.
 Pressupõe:
- alterações significativas no currículo comum (introdução,
substituição e/ou eliminação de objectivos e conteúdos) de
acordo com a funcionalidade do aluno.
 Inclui:
- actividades de cariz funcional centradas nos contextos de
 Artº 21º:
vida, comunicação e organização do processo de transição
para a vida pós-escolar (prioritário);
- Participação na elaboração do PIT, no caso dos
- conteúdos conducentes à autonomia pessoal e social do
alunos que estejam a três anos de atingir o limite da
aluno.
escolaridade obrigatória.
Art.º 22º- Tecnologias de apoio
(ex. cadeira rodas, equipamento informático adaptado,
adaptações materiais – mobiliário, …)

.....................................................................................................................................................................................................................................................
Agostinho Oliveira - GEE - Informações aos Educadores/ Professores 1CEB Decreto-Lei nº 3/2008
Pág. 3
ANO LECTIVO 2010 / 11

Actuação global do Educador/Professor titular da Turma

- Observação e caracterização do aluno.

- Diagnóstico das necessidades educativas.

- Planificação/estratégias da actuação pedagógica concertada.

- Dar o parecer da implementação da(s) medida(s).

- Efectuar o processo de referenciação com fundamentação compreensiva, sempre que


exista suspeita que um aluno necessita de uma resposta educativa no âmbito da Educação
Especial.

- Participação no processo de avaliação.

- Participação na elaboração do PEI.

- Coordenação do PEI.

- Participação na elaboração do relatório de avaliação das medidas educativas


implementadas, no final do ano lectivo.

...............................................................................................................................................................
Agostinho Oliveira - GEE - Informações aos Educadores/ Professores 1CEB Decreto-Lei nº 3/2008
Pág 4
ANO LECTIVO 2010 / 11
FASES INERENTES AO PROCESSO DE REFERENCIAÇÃO E AVALIAÇÃO

REFERENCIAÇÃO

A referenciação é feita aos órgãos de gestão do Agrupamento de Escolas da área de residência,


sempre que se suspeite da existência de Necessidades Educativas Especiais de carácter
permanente, mediante o preenchimento de um formulário, onde se explicitam as razões que
levaram a referenciar a situação e se anexa toda a documentação considerada relevante para o
processo de avaliação compreensiva.

AVALIAÇÃO

O departamento de educação especial e o serviço técnico-pedagógico de apoio aos alunos,


analisam a informação disponível e decidem sobre a necessidade de uma avaliação
especializada por referência à CIF

O aluno não necessita de uma


avaliação especializada

O aluno necessita de uma


avaliação especializada, por
referência à CIF

O aluno não necessita O aluno necessita de


de respostas educativas respostas educativas no
no âmbito de educação âmbito da educação
especial especial

O departamento de Elaboração do PEI, tendo


educação especial e o por base os dados que
serviço técnico- constam do relatório
pedagógico de apoio aos técnico-pedagógico,
alunos procedem ao resultantes da avaliação
encaminhamento do especializada e
aluno para os apoios anteriormente realizada
disponibilizados pela por referência à CIF
escola, previstos no
Projecto Educativo
...............................................................................................................................................................
Agostinho Oliveira - GEE - Informações aos Educadores/ Professores 1CEB Decreto-Lei nº 3/2008
Pág 5
ANO LECTIVO 2010 / 11

Adequações no processo de avaliação - (Art.º 20.º)

Tipo de prova ou instrumento de avaliação:


1- Teste escrito:
 leitura das questões ao aluno
 explicitação individual das questões
 textos curtos e simples
 uso de vocabulário do conhecimento do aluno
 sinónimos das palavras menos comuns
 eliminação/substituição das frases/vocábulos de difícil interpretação
 uso de imagens para facilitar a interpretação
 testes mais curtos
 diversificação da tipologia de exercícios:
 escolha múltipla
 mais reduzidos
 perguntas de resposta directa
 correspondência
 completar espaços
 fazer legendas
 transposição de dados ( texto, gráficos, imagens, …)
 verdadeiro / falso
 resolução orientada
2. dossiers
3. portfolios
4. diários de bordo
5. entrevistas
6. interrogatórios orais
7. relatórios descritivos de actividades / procedimentos
8. pequenos e periódicos questionários de resposta curta
9. registos de:
 observação dos alunos(da responsabilidade do professor e/ou do aluno):
- desempenho
- auto-avaliação
- autonomia
- participação na aula
- empenho do aluno
- trabalho de grupo
- caderno diário
 aprendizagens realizadas (auto-avaliação, hetero-avaliação, recolha de dados das
actividades escritas e orais,…)
 aprendizagens não realizadas
 propostas de remediação
 dificuldades sentidas na realização actividades / tarefas

Outras medidas / estratégias referidas pelos professores:


- prestar mais atenção ao aluno durante a realização das actividades
...............................................................................................................................................................
Agostinho Oliveira - GEE - Informações aos Educadores/ Professores 1CEB Decreto-Lei nº 3/2008
Pág 6
ANO LECTIVO 2010 / 11
- maior valorização da participação oral
- valorização dos TPC
- valorização dos hábitos de trabalho
- valorização do empenho do aluno
- valorização da evolução do aluno
- momentos de avaliação mais frequentes
- momentos de re-avaliação das competências ainda por desenvolver
- propostas de pesquisa e investigação autónomas
-aumentar a frequência de interacções verbais estimulantes.

Siglas utilizadas:

 CEI – Currículo Específico Individual

 CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

 PEI - Programa Educativo Individual

 PIT - Plano Individual de Transição

 NEE - Necessidades Educativas Especiais

...............................................................................................................................................................
Agostinho Oliveira - GEE - Informações aos Educadores/ Professores 1CEB Decreto-Lei nº 3/2008
Pág 7

Você também pode gostar