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-Etimológica: filosofia vem do grego ILOLYD WKC VRILYD , isto é, amor da sabedoria,
ou amor à sabedoria.
-Definição real: “É a ciência das causas últimas de todas as coisas”
Divisão Histórica
Filosofia Antiga (sécs. VI a.C.- II d.C.): Os primeiros filósofos, chamados de “pré-
socráticos”: Tales de Mileto; Anaximandro; Anaxímenes; Anaxágoras; Pitágoras; Parmênides;
Heráclito. Sócrates e os Sofistas. Os socráticos: Platão e Aristóteles. Os pós-socráticos:
Estóicos; Epicuristas. Plotino (neoplatônico).
Característica básica: a descoberta da razão como a melhor maneira de conhecer a realidade.
Filosofia Medieval (sécs. II - XV ): Patrística: filosofia dos Padres da Igreja. O nome mais
importante é Agostinho. Escolástica: é a mais técnica que a anterior; a razão é o grande trunfo
do homem na apresentação de sua fé.
Filosofia Moderna (sécs. XVI - XVIII ): O “eu” é a base do pensamento moderno
(antropocentrismo). O grande nome da revolução moderna foi René Descartes (“Penso, logo
existo”).
Característica básica: matematização (sistematização) do saber.
Comumente se diz que Santo Agostinho cristianizou Platão, assim como Aquino cristianizou
Aristóteles. Como este, Aquino parte do sensível para chegar ao inteligível como processo de
conhecimento.
Assim, o filósofo cristão distingue cinco vias para caracterizar o conhecimento e provar a
existência de Deus. Vejamos quais são:
1. Primeiro motor imóvel: esta primeira via supõe a existência do movimento no universo.
Porém, um ser não move a si mesmo, só podendo, então, mover outro ou por outro ser movido.
Assim, se retroagirmos ao infinito, não explicamos o movimento se não encontrarmos um
primeiro motor que move todos os outros;
2. Primeira causa eficiente: a segunda via diz respeito ao efeito que este motor imóvel acarreta:
a percepção da ordenação das coisas em causas e efeitos permite averiguar que não há efeito
sem causa. Dessa forma, igualmente retrocedendo ao infinito, não poderíamos senão chegar a
uma causa eficiente que dá início ao movimento das coisas;
3. Ser Necessário e os seres possíveis: a terceira via compara os seres que podem ser e não ser.
A possibilidade destes seres implica que alguma vez este ser não foi e passou a ser e ainda vem
a não ser novamente. Mas do nada, nada vem e, por isso, estes seres possíveis dependem de um
ser necessário para fundamentar suas existências;
4. Graus de Perfeição: a quarta via trata dos graus de perfeição, em que comparações são
constatadas a partir de um máximo (ótimo) que na verdade contém o verdadeiro ser (o mais ou
menos só se diz em referência a um máximo);
5. Governo Supremo: a quinta via fala da questão da ordem e finalidade que a suprema
inteligência governa todas as coisas (já que no mundo há ordem!), dispondo-as de forma
organizada racionalmente, o que evidencia a intenção da existência de cada ser.
Todas essas vias têm em comum o princípio de causalidade, herdado de Aristóteles, além de
partirem do empírico, ou seja, de realidades concretas e de um mundo hierarquicamente
ordenados. Vale também notar como Tomás de Aquino concebe o homem. Para ele, o homem é
um ser intermediário. É composto de corpo (matéria) e alma (forma) sem as quais nada
significa, isto é, nada é isoladamente. Assim, o homem é um ser intermediário entre os seres de
forma mais elementar, como os minerais, as plantas e os animais, e os seres mais perfeitos como
os anjos e Deus. O homem possui as características dos anteriores a ele e também dos
procedentes na hierarquia do universo.