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PRODUÇÃO DE MUDAS DE HORTALIÇAS

Sistemas de produção

• Sementes

• Estruturas vegetativas (propagação por


estolhos, estacas, tubérculos, bulbos,
rizomas, raízes, micropropagação)
PROPAGAÇÃO SEXUADA

A SEMENTE É O MEIO PELO QUAL AS


PLANTAS MULTIPLICAM, APÓS
REALIZAREM O CRUZAMENTO
GENÉTICO, ATRAVÉS DOS
PROCESSOS DE POLINIZAÇÃO E
FECUNDAÇÃO OU FERTILIZAÇÃO. OU
SEJA, GENETICAMENTE, AS PLANTAS
ORIUNDAS DE SEMENTES SÃO
DIFERENTES DOS PAIS.
Propagação por sementes

• Semeadura direta (semeadura no local definitivo)

• Semeadura em local não definitivo:

• Semeadura em canteiro, repicagem e transplante


• Semeadura em canteiro e transplante
• Semeadura em recipiente e transplante
• Semeadura em recipiente, enxertia e transplante
Mudanças no setor de produção de
mudas
• Mudas produzidas na mesma área da
produção final

• Mudas produzidas em canteiros

• Transplante de mudas com raízes nuas


Produção de mudas em canteiros
Década de 70
• Produção de mudas de tomate em
copinhos confeccionados de jornal

• Transplante das mudas com as raízes no


substrato (solo)
Produção de mudas em copinho de jornal
Década de 80

Produção de mudas em recipiente


sob ambiente protegido

Mudas produzidas em substratos

Mudas uniformes
Produção de mudas em bandejas
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PRODUÇÃO DE
MUDAS EM RECIPIENTES

VANTAGENS:
- Maior controle fitossanitário;
- Mudas mais desenvolvidas;
- Mudas mais resistentes ao transplante;
- Uniformidade da produção;
- Maior aproveitamento da água, luz e
nutrientes;
- Elevado número de mudas por área;
- Uso de áreas impróprias para o cultivo;
- Redução do período de produção;
- Redução do ciclo da cultura no campo.

DESVANTAGENS:
-Maior custo de implantação;
-Produção da muda em pequeno volume
FATORES A SEREM CONSIDERADOS PARA O
SUCESSO DA ATIVIDADE
-Escolha do local;

-Tipo de estrutura (construção da estufa);

- Controle ambiental;

-Seleção de recipientes e substratos;

- Método de produção

-Sistema de irrigação;

-Nutrição e adubação;

-Controle fitossanitário;

-Relação custo/benefício
ESCOLHA DO LOCAL

-Topografia
- Insolação
- Vento
Estufas agrícolas de madeira
Altura de pé-direito baixo
Estrutura de madeira
Estufas de aço galvanizado
Sombrite
Modernização do setor
Casa-de-vegetação
Controle dos fatores ambientais

Telas termorrefletoras
Controle da temperatura

• Aberturas (Janelas zenitais, laterais e


frontais)
Nebulização
Recipientes
Bandejas de poliestireno expandido (não biodegradável)
Bandejas de poliestireno expandido

• Material não degradável


• Material poluente
Bandejas de polietileno
Bandejas de polietileno flexível
Lavagem das bandejas
Desinfecção
Máquina para lavagem
Secagem das bandejas
Bandejas recicláveis
Vantagens

a) Economia de mão-de-obra;
b) Eliminação da contaminação de mudas por
patógenos existentes nas bandejas;
c) Não há preocupação com o retorno das
bandejas;
CARACTERÍSTICAS DOS SUBSTRATOS

• Isento de resíduos industriais


• Isentos de microrganismos patogênicos
• Leve
• Boa drenagem
• Alta capacidade de retenção de água
• Porosidade (> 80%)
• Água facilmente disponível (20-30%)
Propriedades químicas
CTC

Fertirrigação permanente – CTC não é fator relevante.

Fertirrigação intermitente - substrato com moderada a


elevada CTC

pH ideal - entre 5,5 a 6,8

pH < 5 diminui absorção de N, K, Ca, Mg, B, etc.


pH > 6,5 diminui a absorção de P, Fe, Mn, B, Zn e Cu.
Substratos
Pluma (Visafértil)
Golden Mix (Amafibra)
Mudas e plantio (Biomix)
Multiplant hortaliças (Terra do Paraíso)
HS hortaliças (Holambra substratos)
Equipamentos para semeadura
600 bandejas por hora
Sistemas de produção de mudas
Técnicas de produção de mudas
Enxertia

Definição

Objetivos
• Resistência às doenças
• Resistência à estresse hídrico
• Resistência aos fatores ambientais como altas e baixas temperaturas
• Melhoria na qualidade do produto a ser colhido
• Aumento da produtividade
Enxertia

• Pepino: resistência a Fusarium, maior qualidade dos


frutos.

• Pimentão: murcha de Phytophthora capsici; nematóides.

• Berinjela: murcha bacteriana, murcha de fusário,


nematóides.

• Tomateiro: controle de doenças, resistência ao estresse


hídrico; estresse salino.
Enxertia por encostia
Enxertia por garfagem

¾ do Ø do caule
1,0 cm

Fenda Enxerto

Retirada do Corte em bisel


meristema
apical

Porta-enxerto
Enxertia por garfagem
Pimentão
Aquisição das sementes

• Aquisição de sementes

Embalagem: volume de produção


Qualidade
Baldes

Baldes com 5 e 10 kg
de sementes
Latas

Latas de 25, 50, 100, 200,300,


400 e 500 g

Latas com 5000 sementes


peletizadas de alface

Latas de 50000 sementes


encrustadas de cenoura
Envelopes

Envelopes com 1, 3, 5, 6,
10 e 12 g de sementes

Envelopes com 50,100, 500


ou 1000 sementes
Tipos de sementes

• Sementes nuas
• Sementes peliculizadas
• Sementes incrustadas
• Sementes peletizadas
Sementes nuas
Sementes peliculizadas

pepino
Sementes incrustadas
Sementes peletizadas
Recobrimento das sementes

Vantagens:
• Reconhecimento da semente pela cor
• Favorece a semeadura
• Possibilita a incorporação de produtos
• Pode ser associada com outras
técnicas
Reconhecimento da espécie ou
variedade pela cor

Alface Grandes Lagos Americana – amarela

Alface Itapuã – vermelha

Alface Regina de Verão – verde

Alface Mimosa – laranja

Alface Crespa Grand Rapids – azul


Peletização

Vantagens:

• Favorece a semeadura
• Elimina a prática de desbaste
• Possibilita a incorporação de produtos no
pelete.
• Pode ser associada com outra técnica
(Priming)
Desvantagens

• Custo mais elevado

• Perda de vigor das sementes

• Menor velocidade de emissão da raiz


primária
Temperatura ideal para a germinação de
algumas hortaliças.

Hortaliça Faixa ideal de temperatura (ºC)


Alface 20 a 24
Melão 28 a 32
Pepino 27 a 28
Pimentão 25 a 30
Tomate 25
Dormência em alface

• Fatores responsáveis: luz e temperatura


• Termodormência
• Termoinibição
• Fotodormência

Quebra de dormência
Baixas temperaturas
Luz
Priming
Priming
• Solução aquosa com baixo potencial osmótico
(KNO3) ou mátrico (vermiculita ou silicato de cálcio).

• Temperatura adequada por determinado tempo.

• Desidratação para a umidade original.


Priming
• Quebra da fotodormência
• Quebra da termodormência
Germinação total (TG) e tempo para a primeira germinação
(FG) de sementes alface ‘Dark Green Boston’ que receberam
ou não o priming (Nascimento, 2003)

Temperatura (˚C)

20˚C 30˚C

TG FG TG FG

Condicionadas 100 5 100 4

Não 100 17 4 18
condicionadas
Velocidade de germinação e germinação de
sementes de melancia ‘Crimson Sweet’,
condicionadas e não condicionadas.
Embrapa, 2004

Tratamento Veloc. Germinação Germinação (%)


(horas)
15˚C 25˚C 15˚C 25˚C

Condicionadas 144b 40,8a 59a 95a

Não 210,6a 55,2a 56a 93a


condicionadas
Priming

• Quebra da dormência
Desvantagens

• Custo mais elevado

• Perda de vigor das sementes

• Menor velocidade de emissão da raiz


primária
Escolha do substrato

• Fibra de coco: necessidade de


umedecimento.
• Substratos à base de casca de pinus e
outros materiais (turfa, vermiculita)
• Substratos enriquecidos ou não com
fertilizantes.
• Vermiculita: cobertura das sementes
Substrato a base de casca de pinus
Fibra de coco prensada
Fibra de coco- Processador de substrato
Preenchimento das bandejas
Semeadura
Germinação das sementes
Temperatura ideal para a germinação de
algumas hortaliças.

Hortaliça Faixa ideal de temperatura (ºC)


Alface 20 a 24
Melão 28 a 32
Pepino 27 a 28
Pimentão 25 a 30
Tomate 25
Desenvolvimento das mudas na casa-de-vegetação
SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO

Aspersão:

Aspersores estacionários

Sistema fog ou de nebulização

Aspersores móveis
Aspersores estacionários
Nebulização
Nebulização
Barra móvel
Controle de pragas
Fertirrigação
Fertirrigação
Transporte
Transporte das mudas
Transporte inadequado

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