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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CAMPUS BELÉM
DIRETORIA DE ENSINO – ENGENHARIA DE MATERIAIS
PRINCÍPIOS DE ELETRICIDADE

RELATÓRIO DA EXPERIÊNCIA 2

MARIO ANTONIO DE SENA JUNIOR

RELATÓRIO DA EXPERIÊNCIA 2
APRESENTADA À DISCIPLINA PRINCÍPIOS
DE ELETRICIDADE DO CURSO DE

ENGENHARIA DE MATERIAIS, PARA

OBTENÇÃO DE CONCEITO AVALIATIVO.

MINISTRADA PELO PROF. Dr. EVANILDO


PEREIRA DE OLIVEIRA

BELÉM
2019
INTRODUÇÃO

O presente relatório demonstrará de uma forma sucinta a importância de um


transformador e o funcionamento da distribuição de energia desde a sua geração até
o consumidor. Em sequência como se faz o princípio de funcionamento de um
transformador , assim como a relação entre as voltagens no primário e no
secundário, bem como entre as correntes nesse sistema.
O TRANSFORMADOR

A energia elétrica produzida nas usinas hidrelétricas é levada, mediante


condutores de eletricidade, aos lugares mais adequados para o seu aproveitamento.
Ela iluminará cidades, movimentará máquinas e motores, proporcionando muitas
comodidades.

Para o transporte da energia até os pontos de utilização, não bastam fios e


postes, toda a rede de distribuição depende dos transformadores, que elevam a
tensão, ora a rebaixam. Nesse sobe e desce, eles resolvem não só um problema
econômico, reduzindo os custos da transmissão à distância de energia, como
melhoram a eficiência do processo.

Antes de mais nada, os geradores que produzem energia precisam alimentar


a rede de transmissão e distribuição com um valor de tensão adequado, tendo em
vista seu melhor rendimento. Esse valor depende das características do próprio
gerador, enquanto a tensão que alimenta os aparelhos consumidores, por razões de
construção e, sobretudo, de segurança, tem valor baixo, nos limites de algumas
centenas de volts (em geral, 110 V ou 220 V).

Existe uma outra classe de transformadores, igualmente indispensáveis, de


potência baixa, eles estão presentes na maioria dos aparelhos elétricos e eletrônicos
encontrados normalmente em casa, tais como, por exemplo, computador, aparelho
de som e televisor. Cabe-lhes abaixar ou aumentar a tensão da rede doméstica, de
forma a alimentar convenientemente os vários circuitos elétricos que compõem
aqueles aparelhos.

A figura descreve de uma forma simples o funcionamento da distribuição de


energia desde a sua geração até o consumidor, onde inicialmente a energia é
gerada pelo gerador, passando a energia para um transformador de potência, que
eleva a tensão para posteriormente ser levado até os transformadores de
distribuição através das linhas de transmissão.

Após chegar aos transformadores de distribuição os quais estes normalmente


situados nas cidades, à tensão é rebaixada, a nível dos equipamentos
eletrodomésticos, ou que utilizem energia elétrica.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO TRANSFORMADOR

O princípio básico de funcionamento de um transformador é o fenômeno


conhecido como indução eletromagnética: quando um circuito é submetido a um
campo magnético variável, aparece nele uma corrente elétrica cuja intensidade é
proporcional às variações do fluxo magnético.

Os transformadores, na sua forma mais simples (figura 2), consistem de dois


enrolamentos de fio (o primário e o secundário), que geralmente envolvem os braços
de um quadro metálico (o núcleo). Quando uma corrente alternada é aplicada ao
primário produz um campo magnético proporcional à intensidade dessa corrente e
ao número de espiras do enrolamento (número de voltas do fio em torno do braço
metálico). Através do metal, o fluxo magnético quase não encontra resistência e,
assim, concentra-se no núcleo, em grande parte, e chega ao enrolamento
secundário com um mínimo de perdas. Ocorre, então, a indução eletromagnética: no
secundário surge uma corrente elétrica, que varia de acordo com a corrente do
primário e com a razão entre os números de espiras dos dois enrolamentos.
A relação entre as voltagens no primário e no secundário, bem como entre as
correntes nesses enrolamentos, pode ser facilmente obtida: se o primário tem Np
espiras e o secundário Ns, a voltagem no primário (Vp) está relacionada à voltagem
no secundário (Vs) por Vp/Vs=Np/Ns , e as correntes por Np/Ns=Is/Ip. Desse modo
um transformador ideal (que não dissipa energia), com 100 ( cem ) espiras no
primário e cinquenta no secundário, percorrido por uma corrente de 1 Ampere, sob
110 Volts, fornece no secundário, uma corrente de 2 Amperes sob 55 Volts.

Graças às técnicas com que são fabricados, os transformadores modernos


apresentam grande eficiência, permitindo transferir ao secundário cerca de 100% da
energia aplicada no primário. As perdas - transformação de energia elétrica em
calor - são devidas principalmente à histerese, às correntes parasitas e perdas no
cobre.
1. Perdas no cobre. Resultam da resistência dos fios de cobre nas espiras
primárias e secundárias. As perdas pela resistência do cobre são perdas sob a
forma de calor e não podem ser evitadas.

2. Perdas por histerese. Energia é transformada em calor na reversão da


polaridade magnética do núcleo transformador.

3. Perdas por correntes parasitas. Quando uma massa de metal condutor se


desloca num campo magnético, ou é sujeita a um fluxo magnético móvel, circulam
nela correntes induzidas. Essas correntes produzem calor devido às perdas na
resistência do ferro.

Todo esse calor gerado pelas perdas, é refrigerado pelo óleo dielétrico o qual
todo o núcleo do transformador é submerso, sendo assim esse óleo aliado ao
aquecimento, acaba gerando uma corrente de convecção dentro do transformador.
Onde o óleo mais que acaba esquentando fica menos denso e sobe. Após passar
pelos radiadores ele resfria, aumentando sua densidade, e assim se mantém a
refrigeração do transformador, a figura abaixo mostra o esquema da refrigeração
natural.
CONCLUSÃO

A energia elétrica, produzida em grande quantidades, precisa ser transmitida


até os centros consumidores e, por sua vez, distribuída a cada consumidor.
Portanto, em um sistema de geração, transmissão e distribuição costumam coexistir
grandes e pequenos fluxos de energia. No transporte de energia elétrica existe uma
relação direta entre o nível de tensão e a quantidade de potência ativa transmitida,
ou seja, quanto maior a tensão, maior a potência transmitida. Por exemplo, uma
linha de transmissão trifásica de 230 kV é capaz de transmitir cerca de 200 MW,
uma linha de 500kV tem capacidade para transmitir 1200 MW e uma linha de 750 kV
cerca de 2200 MW. Isso então permite controlar a quantidade de potência
transmitida simplesmente variando-se o nível de tensão ao longo do sistema, o que
é facilmente realizado, em circuitos de corrente alternada, através de
transformadores. Os transformadores somente funcionam em corrente alternada,
como ficará evidente mais adiante.

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