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Modelo de Peca Previdenciaria 2
Modelo de Peca Previdenciaria 2
I – DA EXPOSIÇÃO FÁTICA
A autora é inscrita nos quadros da Previdência Social com vinculo de
empregada, tendo contribuído mais de 120 contribuições com a mesma.
Ocorre que desde 17 de novembro de 2010 a autora vem sofrendo
com graves dores nas pernas, que a impedem de ficar muito tempo em pé,
tendo sido constatado a sua incapacidade nessa mesma data. Nesse sentido,
procurou pleitear beneficio de seu direito, qual seja, auxílio-doença,
comparecendo até um PSS – Posto do Serviço Social - para requerer tal
beneficio por entender que preenche os requisitos necessários à sua
concessão.
Fora constatado por laudos periciais do INSS a incapacidade
laborativa. Nesta oportunidade concluiu-se por receber auxilio doença
acidentário CIDM 170 com inicio em 19/11/2010 até 18/01/2011, quando seria
indevidamente cessado.
Ocorre que desde a cessação do beneficio, a autora não vem
fazendo tratamentos em razão da sua incapacidade financeira, já que desde
então encontra-se impedida de laborar. Diante disso, a autora
administrativamente pleiteou pedido de novo beneficio em 22/11/2013, tendo
sido indeferido em 21/12/2013, sob alegação de perda da qualidade de
segurada.
Com o terrível quadro clinico da autora, sua incapacitação para o
trabalho, vem impedindo-a de laborar, comprometendo o seu sustento e de sua
família. Sendo que os 4 últimos exames realizados na autora revelam que a
mesma não ter condições de trabalhar, atestando que sua incapacidade tem-se
continua por prazo indeterminado.
Todos os relatórios médicos declinam que a autora está incapacitada
para o trabalho, mas o perito da autarquia ré, não segue o mesmo
entendimento, sob a fundamentação de que autora teria perdido a sua
qualidade de segurada, sendo que encontra-se dentro do prazo de 36 meses
de prorrogação para segurados desempregados que contribuiram com mais de
120 contribuições.
II – DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Encontra-se a autora em total desamparo, sem assistência da
Previdência Social e sem dela receber o numerário referente ao benefício
suspenso de modo unilateral.
A autora tentou resolver a situação na esfera administrativa com
novo pedido de beneficio, não logrando êxito, restando-lhe somente a busca da
tutela através do Poder Judiciário para fazer valer o seu direito.
A exposição dos fatos, bem como a prova documental acostada, não deixa
qualquer dúvida do direito da autora em perceber o benefício pleiteado, e
cuidando-se de prestação de cunho alimentar, fundado o receio de dano
irreparável ou de difícil reparação repousa no risco do quadro de saúde da
autora agravar-se.
Evidente também o abuso de direito por parte do réu, que resta
demonstrado quando o perito preposto daquele órgão decide primeiramente
pela cassação do auxílio doença da autora mesmo encontrando-se acometida
por sérias complicações, todas demonstradas em laudos médicos, e em
segundo lugar quando indefere novo pedido de beneficio alegando que a
autora teria perdido a sua qualidade de segurada, sendo que ela mantem-se
segurada em prorrogação, conforme documentos acostados.
Quanto aos danos de difícil reparação estes já iniciaram, pois a
autora encontra-se incapacitada para o trabalho, com fortes dores, obrigada a
repousar, não podendo contribuir para sustento de si própria e a sua família
que dela dependem, agravando com isso sua saúde.
Por outro lado, não há que se falar em irreversibilidade ou lesão a
direito por parte do réu, pois todos os documentos anexos demonstram que o
autor não se encontra capacitado para desempenhar suas funções, deixando
claro que o que houve foi um total equívoco por parte do preposto do órgão
previdenciário quando da análise às condições do beneficiário.
Diante de todos esses fatos, requer seja deferido, liminarmente, o
restabelecimento do benefício de auxílio doença acidentário da autora,
considerando-a INAPTA para retornar às suas funções habituais, até realização
de perícia técnica a ser designada por este digno Juízo. Requer igualmente a
expedição de ofício ao Instituto Nacional de Seguridade Social, a fim de que o
mesmo seja intimado de referida decisão.
Não obstante, caso Vossa Excelência entenda que deve ser
realizada a perícia para a concessão da liminar, requer a realização com
urgência de prova pericial, devendo ser deferida tal prova, a fim de que se
apurem, através de perito oficial designado por este digno juízo, as exatas
condições físicas e clínicas da autora.
O art. 273 do CPC permite que sejam concedidos, total ou
parcialmente, os efeitos da tutela antecipada pretendida no pedido inicial,
desde que seja demonstrada a verossimilhança da alegação.
Em sendo assim, tendo em vista a necessidade de ÚRGÊNCIA,
requer que seja concedida a ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
INALDITA ALTERA PARS.
III – DO DIREITO
IV – DA JUSTIÇA GRATUITA
A autora não tem condições de arcar com as despesas processuais
sem prejuízos ainda maiores ao seu sustento e ao de sua família, até porque
apresenta gastos com medicamentos e seu tratamento. Ademais seria injusto
cobrar do mesmo as custas e despesas processuais, vez que somente vem a
porta da judiciário pleitear direito que lhe está sendo tolhido pela ré.
Diante disso, bem como pelo fato de se tratar de questão previdenciária, requer
sejam concedidos os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assim como assegura
a Lei 1.060/50.
V – DOS REQUERIMENTOS
Ante todo o exposto requer:
1-) A concessão dos benefício da JUSTIÇA GRATUITA, , nos termos da Lei
1060/50;
2-) A concessão de MEDIDA LIMINAR inaudita altera pars, para que a
autarquia ré providencie o imediato restabelecimento do benefício (AUXÍLIO
DOENÇA ACIDENTÁRIO) cassado, desde 18/01/2011, até o trânsito em
julgado do presente feito. Sendo que caso esse não seja implementado de
imediato que pelo menos seja este concedido após a realização da perícia
judicial;
3-) A citação da Autarquia-ré, na pessoa de seu representante legal, para que
conteste, querendo, no prazo legal, sob pena de revelia e confissão, bem como
para que junte aos autos cópia do processo administrativo referente a todos os
benefícios pleiteados pelo autor, quer deferidos, quer indeferidos;
4-) Que a presente ação seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE, nos
seguintes termos:
a-) A confirmação da liminar restabelecendo o AUXÍLIO DOENÇA a autora,
bem como, sua imediata transformação em Aposentadoria por Invalidez,
devendo ser determinado o pagamento das parcelas vencidas a partir da data
que cessou o benefício requerido, bem como a diferença entre o auxílio doença
e a aposentadoria por invalidez desde a constatação da incapacidade
permanente pela perícia, tudo devidamente corrigido desde o respectivo
vencimento e acrescido de juros de mora incidentes até a data do efetivo
pagamento, sob pena astreintes a ser arbitrado por Vossa Excelência. Caso
esse não seja Vosso Nobre entendimento que determine a manutenção do
benefício de auxílio doença até que o autor apresente condições de trabalho ou
que a ré promova a reabilitação profissional do segurado com sua recolocação
no mercado de trabalho OU;
b-) Em sendo o caso, que Vossa Excelência determine a concessão do
benefício previdenciário mais adequado às condições do autor ou seja o auxílio
acidentário;
c-) A condenação da autarquia ré ao pagamento das custas processuais e dos
honorários advocatícios no importe de 20% do valor total da condenação.
5- )Protesta a autora pela produção de provas por todos os meios em direito
admitidos, especialmente a pericial para que seja constatada a incapacidade
laborativa do autor e todas as demais que se fizeram necessárias.
Termos em que,
Pede deferimento.