Estruturas de Betão I

Aula 02
 Estruturas de Betão I
Sumário:
1. Pecas de betão armado sujeitas a esforços axiais (normais):
• Compressão Simples
• Tração Simples
2. Disposições construtivas e regulamentares para pilares
3. Exemplos
 Introdução
• Diz-se que um elemento está sujeito à compressão ou tracção simples,
quando, sob uma acção de forças paralelas ao seu eixo, este se mantiver
rectilíneo durante a deformação provocada por essas forças.
• Em estruturas de betão armado não é corrente o aparecimento de
peças sujeitas a compressão ou tracção simples devido a inevitáveis
excentricidades dos esforços normais ou à continuidade com outros
elementos.

3
 Compressão Centrada

Calculo das secções (Princípios de Cálculo):

• A determinação da capacidade resistente das secções baseia-se num

modelo que simule o comportamento último das secções e em hipóteses
simplificativas (art.º 52 do REBAP) que especificam as condições em que
se considera que a secção atingiu a sua capacidade última:

4
 Compressão Centrada

Calculo das secções (Princípios de Cálculo):

• Aderência perfeita entre betão e armadura:

• a deformação da armadura s, é admitida igual à deformação da fibra
de betão c, junto a esta armadura.
• Manutenção das secções planas na deformação
• Valida a Hipótese de Bernoulli: compatibilidade das deformações, a
extensão tem variação linear
• Diagrama tensão-deformação (de cálculo) na armadura e no betão
• ELS – admite-se comportamento linear elástico : valida Lei de Hooke.
• ELU – considera -se diagramas de cálculo dos materiais

5
 Compressão Centrada

Calculo das secções (Princípios de Cálculo):

Betão Aço

6
 Compressão Centrada
Esforços (tensões)

7
 Compressão Centrada
Calculo em fase elástica (Estados limites de utilização)
• Lei Hooke:

• Da equação de equilíbrio e das desigualdades anteriores obtém-se:

8
 Compressão Centrada
Calculo a rotura (Estados limites últimos)
• Na rotura, as tensões nos elementos que funcionam à compressão
simples atingem os seus valores limites:
 O betão funciona a uma tensão igual à sua resistência
 Os aços funcionam ao seu limite de cedência
 Quanto à carga de rotura esta é dada pela soma que
o betão e o aço podem suportar

9
 Compressão Centrada
Calculo aos Estados Limites Últimos (Rotura)

• Verificação da segurança
 Dados: Esforço de Calculo Nsd,
Secção transversal da peca,
Quantidade de Armaduras,
Classe do betão e do aço

 Pedido: Verificação da segurança

10
 Compressão Centrada
Calculo aos Estados Limites Últimos (Rotura)

• Dimensionamento
 Dados: Esforço de Calculo Nsd,
Classe do betão e do aço
 Pedido: Área da secção transversal (Ac),
Quantidade de armadura (As)

11
 Compressão Centrada
Deformações (extensões)

12
 Compressão Centrada
Deformações (extensões)

13
 Compressão Centrada

14
 Compressão Centrada

15
 Compressão Centrada

16
 Compressão Centrada

17
 Compressão Centrada

18
 Tracção Centrada

• Antes da fendilhação:

• Após a Fendilhação:

19
 Tracção Centrada

20
 Disposições Regulamentares e Construtivas para pilares

• As armaduras longitudinais constituem a armadura principal e têm

como função absorver esforços de compressão (em conjunto com o betão)
e esforços de tracção quando sujeitas à flexão composta ou a esforço
transverso.
• As cintas constituem a armadura secundaria e têm como principal
função evitar a encurvadura das armaduras longitudinais e contribuir para
a resistência ao esforço transverso.

21
 Disposições Regulamentares e Construtivas para pilares

• Dimensões mínimas da secção transversal (art.120º REBAP):

 secções rectangulares: 20x20 cm2
 secções em T, L ou I: largura = 15 cm
 secções ocas: espessura = 10 cm

• Armadura longitudinal mínima (artº 121º do REBAP)

• Armadura longitudinal máxima (artº 121º do REBAP)

22
 Disposições Regulamentares e Construtivas para pilares

• Armadura longitudinal deve compreender:

 1 varão em cada canto da secção;

 6 varões no caso de secções circulares;
 diâmetro mínimo de 12 mm para A235 e 10 mm para A400 e A500;
 espaçamento máximo entre varões de 30 cm, exceptuando para
secções de 40 cm onde se mantém 1 varão em cada canto da secção.

23
 Disposições Regulamentares e Construtivas para pilares

• Armadura transversal serve para cintar o betão e evitar encurvadura dos

varões longitudinais, cujo espaçamento (s) deverá ser menor que um dos
seguintes valores:
 12Ø, em que Ø é o menor diâmetro dos varões longitudinais.
 Menor dimensão da secção do pilar.
 30 cm.
• Quando a armadura longitudinal for de diâmetro superior a 25 mm, a
armadura transversal não poderá ser inferior a 8 mm, bem como:

24
 Disposições Regulamentares e Construtivas para pilares
• Recobrimento Mínimo:

• Armadura de Pele:

25
 Disposições Regulamentares e Construtivas para pilares

Armaduras principais – Art.º 74, REBAP.

• As armaduras principais asseguram a resistência do elemento estrutural
relativamente aos esforços de dimensionamento.

Armaduras secundarias – Art.º 74, REBAP.

• As armaduras secundárias garantem o bom funcionamento das
armaduras principais, ajudam a rigidificar as malhas de armaduras,
controlam a fendilhação localizada e asseguram a ligação entre partes de
elementos que têm tendência a destacar-se.

26