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PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

- PPRA (NR-9) -

Razão Social: EMPREITEIRA FERROBRAZ LTDA

CNPJ: 02.309.133/0001-70;

Endereço: Rua Noel Rosa, 281 – Jardim Itú;

Cidade/UF: PORTO ALEGRE/RS;

Telefones: 3434 0804 – 9266 3065;

CNAE: 41.20-4 00;

Grau de Risco: Três (3);

Atividade da Empresa: Construção de Edifícios;

Período Inspeção: Janeiro/2011;

Horário de Trabalho: 44 horas Semanais, de 2ª a 6ª feira;

Observação: Fica registrado que o proprietário da Empresa executa tarefas de


ferreiro nas obras onde atuam seus empregados.

Peril das Atividades;

➢ Constroem e reparam fundações, muros, paredes e obras completas;


➢ Revestem paredes, tetos e pisos dos edifícios com vários tipos de
argamassa;
➢ Assentam tijolos maciços ou furados e outros materiais de construção, para
edificar muros, paredes e outras obras de alvenaria;
➢ Constroem obras em pedra, como paredes, muros, pilares e arcos;
pavimentam calçadas e meios-fios; colocam meios-fios; revestir as paredes,
muros e fachadas dos edifícios com argamassa de areia, saibro e cimento e/ou
cal ou material similar;
➢ Executam a confecção de armações de aço para estruturas de concreto;
➢ Montam e aplicam armações de fundações, pilares e vigas, cortam e
dobram ferragens de lajes;
➢ Os vergalhões de aço são entregues na obra cortados e no formato
indicado, sendo feito apenas pequenos ajustes com ferramentas manuais;
➢ Atualmente não estão utilizando policorte ou qualquer outro equipamento
fonte de ruído, constando na página 18 deste documento medições que visam
à antecipação de riscos;
➢ Os trabalhos são realizados principalmente a céu aberto, sujeito as ações
climáticas;

1. INTRODUÇÃO:

O PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, é previsto pela


Norma Regulamentadora – NR9, em conformidade com a Portaria Ministerial
3214/78 e atualizada pela redação da Portaria 25/94.

A Direção da EMPRESA, ciente das exigências da Legislação, determinou a


elaboração deste documento sobre as atividades de seus trabalhadores.

A capacidade de realização e de superação dos desafios impostos pelo


mercado em que estamos inseridos depende, fundamentalmente, da
integridade física e mental dos trabalhadores, sejam quais forem às tarefas que
executem na estrutura da Empresa.

É necessário que essa conduta preventiva se incorpore ao perfil dos


trabalhadores representando um diferencial de qualidade agregado aos
produtos e serviços da Empresa.

Este PPRA abrange as principais tarefas exercidas pelos trabalhadores,


identificando os possíveis riscos e indicando os procedimentos de segurança
que devem ser observados. Como algumas destas tarefas não estão presentes
nos trabalhos em execução incluímos no caderno de anexos deste Programa
diversos boletins e ordens de serviço visando à antecipação de riscos.

A empresa sabe que ao proporcionar aos seus empregados as melhores


condições para desenvolver suas atividades, cuida também de oferecer uma
proteção adequada aos mesmos, de forma a adequar seus ambientes de
trabalho ao estabelecido pelas normas e/ou legislação vigentes.

2. OBJETIVO DO PPRA:

O PPRA tem com objetivo a preservação da saúde e a integridade física dos


trabalhadores, através do desenvolvimento das etapas de antecipação,
reconhecimento, avaliação e conseqüentemente o controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir nos locais de trabalho,
levando-se sempre em consideração a proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais.

O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa,


no campo da preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores,
estando articulado com o disposto nas demais Normas Regulamentadoras.
Tem ainda o objetivo de atender as obrigatoriedades legais, previstas nas
normas específicas.

3. ESTRATÉGIA

Identificar, qualificar e quantificar os riscos ambientais atuais, estabelecendo


metas e avaliando os resultados.

4. INTEGRAÇÃO PPRA E PCMAT

Visto A Empresa ter como atividade principal a construção civil recomenda-se


que o PPRA e o PCMAT sejam consultados antes do início dos trabalhos e
implementados em todas as obras para a qual a Empresa for contratada.

A NR-9 estabelece que quando vários empregadores desenvolvem


simultaneamente atividades no mesmo local (obra) tem o dever de executar
ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA de cada
Empresa, complementando-se com as recomendações expressas no PCMAT
especifico de cada obra; riscos e medidas de proteção coletiva ou individual.

Cabem as Empresas contratantes e contratadas implementar os procedimentos


de segurança estabelecidos pela Legislação, garantindo igual nível de proteção
a todos os trabalhadores da obra.

5. REGISTRO DE DADOS
O documento base do PPRA da Empresa foi emitido em Maio de 2007.

Está determinado a forma de registro do PPRA e atualizações, constituindo um


histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA;

➢ Documento base e revisões do PPRA arquivados com a documentação da


Empresa por um período mínimo de 20 (vinte) anos.
➢ Cópias para o Médico coordenador / examinador do PCMSO.

O PPRA deverá ser avaliado anualmente, verificando-se a implementação das


orientações, conforme estabelecido no cronograma de ações.

Conforme item 3.1.1 da NR-9 a elaboração, implementação, acompanhamento


e avaliação do PPRA, poderá ser feita pelo SESMT ou por pessoa ou equipe
de trabalho que a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o
disposto na NR-9.

6. DOCUMENTAÇÃO DE SEGURANÇA

É constituída dos seguintes documentos:

• Ficha de EPI’s (Equipamento de Proteção Individual);


• ASO (Atestado de Saúde Ocupacional);
• Certificados de treinamentos e Ordens de serviço recebidas pelos
trabalhadores;
• CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), se houver;
• PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário)
• Livro de Inspeção do Trabalho

7. LTCAT; Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho

Conforme Instrução normativa do INSS o PPRA atende as exigências


previdenciárias referentes ao LTCAT – Laudo Técnico das Condições
Ambientais de Trabalho.

Atualmente não há trabalhadores que exerçam atividades na Empresa


enquadrada como especial pelo INSS, conforme adiante identificado.

Alterando-se as características das atividades desenvolvidas e havendo


trabalhadores que façam jus a aposentadoria especial, a empresa deverá
elaborar LTCAT minuciosa das funções e/ou setores atingidos e de acordo com
os resultados adequar ás sobretaxas impostas pela legislação do INSS.
8. DESENVOLVIMENTO

Após a realização do Levantamento dos riscos existentes nas obras em


execução e conhecidos os riscos que poderão vir a existir, foi elaborada a
presente revisão do PPRA, seguindo os seguintes passos:

• Realizado monitoramento ambiental;


• Verificada a existência e eficácia das medidas de proteção coletiva e
individual;
• Os trabalhadores são orientados a interromper imediatamente as atividades
em situação de grava e eminente risco, comunicando ao superior hierárquico
direto para as devidas providências.

9. DIVULGAÇÃO

A empresa deverá informar regularmente aos trabalhadores sobre os riscos


ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios
disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.

Os trabalhadores devem ser estimulados a apresentarem propostas e


receberem informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos
ambientais identificados no PPRA ou nas inspeções periódicas do SESMT.

10. RESPONSABILIDADE E ATRIBUIÇÕES

As ações para prevenção de acidentes e doenças do trabalho deverão ter a


participação e o envolvimento de todos os setores da estrutura organizacional e
de seus colaboradores, sendo as responsabilidades compatíveis com os
diversos níveis no organograma funcional da empresa.

A meta do “ACIDENTE ZERO”, apesar de utópica, deverá ser sempre


perseguida.

a) Diretoria;
Tem responsabilidade final pela execução do Contrato/Obra, dentro dos
padrões mínimos de Segurança e Saúde no Trabalho, estabelecidos pela
legislação em vigor.

São responsáveis pelo planejamento e determinação das Medidas Preventivas


para a execução dos serviços de acordo com o PPRA e o PCMAT da obra.
b) Mestres / Líderes / Encarregados
São diretamente responsáveis pela orientação e controle das Medidas
Preventivas adotadas pelas
equipes sob sua supervisão, visando que os trabalhos sejam desenvolvidos
sem acidentes.

c) Empregados da Empresa
Tem o dever de colaborar na aplicação e cumprimento das Normas
Regulamentadoras e das Ordens de Serviço sobre Segurança e Medicina do
Trabalho.

11. RISCOS AMBIENTAIS

Síntese

De acordo com a NR-9 são considerados RISCOS AMBIENTAIS os agentes


FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS existentes nos ambientes de trabalho
que em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de
exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

A exposição aos agentes acima relacionados, desde que devidamente


caracterizadas; geram os adicionais de insalubridade devidos aos
trabalhadores expostos e aposentadorias especiais pelo INSS.

No PPRA devem ser identificados também os riscos ERGONÔMICOS e de


ACIDENTES que possam se fazer presentes nos locais de trabalho, bem como
a avaliação das CONDIÇÕES DE HIGIENE E CONFORTO estabelecidas na
NR-24.

Os Riscos Ambientais são classificados de acordo com a sua origem, ou seja, a


fonte potencialmente capaz de provocar danos à saúde do funcionário.
CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS DE ACORDO
COM SUA NATUREZA E PADRONIZAÇÃO DE CORES
CORRESPONDENTES (anexo IV – NR-5)

||
|RISCOS AMBIENTAIS |

|GRUPO 1 |GRUPO 2 |GRUPO 3 |GRUPO 4 |GRUPO 5 |


||||||
|R. FÍSICOS |R. QUÍMICOS |R. BIOLÓGICOS |ERGONÕMICOS |DE
ACIDENTES |
|Verde |Vermelho |Marrom |Amarelo |Azul |

|Ruído |Poeiras |Vírus |Esforço físico intenso |Arranjo físico inadequado |


|Vibrações |Fumos |Bactérias |Levantamento e transporte |Máquinas e
equipamentos |
| | | |manual de peso |s/proteção |
|Radiações ionizantes |Névoas |Protozoários |Exigência de postura |
Ferramentas inadequadas ou|
| | | |inadequada |defeituosas |
|Radiações não ionizantes |Neblinas |Fungos |Controle rígido de |Iluminação
inadequada |
| | | |produtividade | |
|Frio |Gases |Parasitas |Imposição de ritmos |Possibilidade de incêndio |
| | | |excessivos |ou explosão |
|Calor |Vapores |Bacilos |Trabalhos em turnos ou |Armazenamento inadequado
|
| | | |noturno | |
|Umidade |Substâncias compostas ou | |Jornadas de trabalho |Animais
peçonhentos |
| |produtos químicos em geral| |prolongadas | |
| | | |Monotonia e repetividade |Outras situações de risco |
| | | | |que poderão contribuir |
| | | | |para a ocorrência de |
| | | | |acidentes |
| | | |Outras situações | |
| | | |causadoras de ESTRESSE | |
| | | |físico e/ou psíquico | |

ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES - NR 15

||||
|ANEXO |RISCO AMBIENTAL |PERCENTUAL |
|1 e 2 |Ruído |20% |
|3 |Calor |20% |
|4 |Iluminação |Revogado |
|5 |Rad. Ionizante |40% ou (periculosidade) |
|6 |Pressões Anormais |40% |
|7 |Rad. Não Ionizantes |20% |
|8 |Vibrações |20% |
|9 |Frio |20% |
|10 |Umidade |20% |
|11 e 13 |Agentes Químicos |10, 20 e 40% |
|12 |Poeiras Minerais |40% |
|14 |Agentes Biológicos |20, 40% |

Risco: pode ser expresso como sendo a razão entre o potencial de perigo
oferecido pelos agentes ambientais presentes na atividade produtiva e a
prevenção aplicada, dando a expressão:
||
|Agentes Ambientais |
|R = |
|Medidas de Prevenção |

Desta forma, quanto mais abrangentes forem às medidas de prevenção


implementadas, menor será o risco da ocorrência de danos à saúde dos
trabalhadores e ao meio-ambiente. E no sentido inverso, quanto menos
abrangentes forem às medidas de prevenção, maiores são as chances de
ocorrência de danos à saúde e à integridade física dos trabalhadores e
degradação do meio-ambiente.

RISCOS FÍSICOS
São gerados por agentes que atuam por transferência de energia sobre o
organismo, quanto maior a quantidade e velocidade da transmissão, maiores
serão os danos à saúde.

Exemplos:

Ruído - Impacto, intermitente e contínuo.


- Medido em decibel (dB)
- Risco de PAIRO
- Exame audiometria

A Norma Regulamentadora NR 15, estabelece os Limites de Tolerância – LT,


para os ruídos contínuos e intermitentes, conforme tabela abaixo:

|||
|Nível de Ruído (dB) |Tempo Máximo de Exposição Diária |
|85 |8h |
|86 |7h |
|87 |6h |
|88 |5h |
|89 |4h e 30 minutos |
|90 |4h |
|91 |3h e 30 minutos |
|92 |3h |
|93 |2h e 40 minutos |
|94 |2h e 15 minutos |
|95 |2h |
|96 |1h e 45 minutos |
|98 |1h e 15 minutos |
|100 |1h |
|102 |45 minutos |
|104 |35 minutos |
|105 |30 minutos |
|106 |25 minutos |
|108 |20 minutos |
|110 |15 minutos |
|112 |10 minutos |
|114 |8 minutos |
|115 |7 minutos |

Vibração

- Uso de máquinas (martelete pneumático)


- Problemas circulatórios;
- Comprometimento das articulações;
- Associada a mais um risco o “ruído”.

Radiações Ionizantes
- Raios X, gama, Alfa,
- Mutações genéticas, anemia, leucemia, catarata e câncer.
- Alteram a estrutura das células.

Radiações Não Ionizantes

- Câncer de pele, queimaduras, catarata


- Microondas (rádios, radares e fornos)
- Raios infravermelhos (sol)
- Raios ultravioletas (sol e solda elétrica)

Frio

- Resfriados, gripes, problemas circulatórios


- Homotérmicos (37° Celsius)
- Indústrias de alimentos, pescados e frigoríficos

Calor

- Desidratação, cãibras, problemas cardiovasculares


- Trabalhos em fundição, siderúrgicas, trabalhos a céu aberto
- Associado a mais um “risco” a radiação não ionizante

Pressões Anormais

- Doenças descompressivas,
- Alterações do nível de oxigênio
- Mergulhadores, alpinistas

Umidade

- Gripes e resfriados, dermatoses


- Exposição a microorganismos
- Locais alagados (esgotos fluviais)

RISCOS QUÍMICOS

São os riscos decorrentes da exposição a substâncias químicas, as quais


podem provocar sérios danos à saúde, inclusive a morte, quando excedem o
Limite de Tolerância - LT de um organismo.

a) Via de penetração o organismo humano:

• Via respiratória
• Via cutânea
• Via digestiva

b) Efeitos no organismo humano:

• Irritantes (ação corrosiva sobre o tecido provoca inflamações)


Ex: cloro, iodo, ácido.

• Asfixiantes (reduzem a concentração de oxigênio, provocam asfixia)


Ex: monóxido de carbono, gás sulfídrico.

• Narcóticos (ação depressora do Sistema Nervoso Central, efeito anestésico).


Ex: éter etílico, acetona

• Intoxicantes Sistêmicos (atingem vários órgãos vitais destacando-se o


Sistema Nervoso Central e circulatório)
Ex: benzeno, tolueno, mercúrio.
c) Para fins de estudo e proteção, os produtos químicos são divididos em três
tipos:

1. AERODISPERSÓIDES

São partículas respiráveis, sólidas ou líquidas, dispersas na atmosfera que,


devido a seu tamanho reduzido, podem ficar muito tempo em suspensão no ar,
dividem-se em:

• Poeiras (ruptura ou fragmentação de um sólido)


Ex: lixadeiras, polimentos, escavações, explosões
Principais doenças: silicose (jateamento com areia) e abestose (amianto).

• Névoas (ruptura mecânica de líquidos)


Ex: processos de pulverizações
Principais doenças: dermatites e problemas pulmonares.

• Fumos (partículas produzidas pela condensação de vapores metálicos)


EX: processos de fundição e soldagem de metais
Principais doenças: saturnismo (fundição com chumbo).

• Neblinas (condensação de gases provenientes de processos térmicos)


Ex: cozimentos de produtos alimentícios, fenômenos meteorológicos.
Principais doenças: irritações da pele, olhos e vias respiratórias.

2. GASES

São substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão


atmosférica, apresentam-se no estado gasoso, dividindo-se em:

• Produzidos pela natureza: nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, ozônio.


• Produzidos por maquinas: monóxido de carbono, dióxido de enxofre.

3. VAPORES

São substâncias gasosas que podem retornar ao seu estado normal (liquido ou
gasoso), destacando-se os vapores produzidos por:
• Solventes, tintas, água e derivados de petróleo em geral.

RISCOS BIOLÓGICOS
São os riscos originados pela presença de microorganismos, que podem
provocar doenças graves aos seres humanos.

➢ Destacam-se como Riscos Biológicos os:

- Vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos.

➢ Podem provocar as seguintes doenças:

EXEMPLOS:
• Dengue;
• Leptospirose;
• Pedículose;
• Escabioses;
• Gripes;
• Meningite;
• Tétano

RISCOS ERGONÔMICOS
São os riscos gerados pela desarmonia entre o trabalhador e seu ambiente de
trabalho. Referem-se à falta de conforto, segurança e eficiência em uma
atividade, do grego ERGON (trabalho) e NOMOS (leis naturais do).

A falta de ergonômica pode provocar as seguintes doenças:

(DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, onde se


destaca a LER – Lesões por Esforços Repetitivos)

- Tenossinovite (inflamação do tecido que reveste os tendões)


- Tendinite (inflamação dos tendões)
- Epicondilite (inflamação das estruturas do cotovelo)
- Bursite (inflamações nas bursas)
- Miosites (inflamação dos músculos)
- Síndrome do Túnel do Carpo (compressão do nervo mediano ao nível do
punho)

Destacamos também o Estresse (stress), como sendo um dos principais


motivos de afastamentos do trabalho.

RISCOS DE ACIDENTES
São os riscos existentes pela falta de organização e segurança do ambiente
e/ou dos processos de trabalho, em razão da falta de manutenção predial,
manutenção de máquinas e equipamentos e falhas de procedimentos.

• Principais Riscos de Acidentes nas Empresas

EXEMPLOS:
- Arranjo físico inadequado
- Máquinas e equipamentos sem proteção
- Ferramentas inadequadas
- Iluminação inadequada
- Eletricidade
- Probabilidade de incêndio ou explosão
- Armazenamento inadequado
- Falta de qualificação profissional
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Lei n° 8.213/91

Síntese:

Art. 19 Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço


da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII
do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.

§1° A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas de proteção e


segurança da saúde do trabalhador.
§2° Constitui contravenção penal, não cumprir as normas de segurança e
higiene do trabalho.
§3° É dever da empresa prestar informações detalhadas sobre os riscos da
operação a executar e do produto a manipular.

Art. 20 Consideram-se acidente do trabalho:

I Doença Profissional (desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a


determinada atividade)

II Doença do Trabalho (desencadeada em função de condições especiais em


que o trabalho é realizado)

§1° Não são consideradas como doença do trabalho:

a) Doença degenerativa;
b) Inerente a grupo etário;
c) A que não produz incapacidade laborativa;
d) Doenças endêmicas adquirida por segurado habitante de região em que ela
se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou
contanto direto determinado pela natureza do trabalho.
Art. 21 Equiparam-se também ao acidente do trabalho:

I O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única...

II O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em


conseqüência; de:
a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo;
b) Ofensa física intencional;
a) Ato de imprudência, negligência ou imperícia
b) Ato de pessoa privada do uso da razão
c) Desabamento, inundação, incêndio...

III A doença proveniente de contaminação acidental;

IV o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de


trabalho:

a) Na execução de ordem e na realização de serviço sob a autoridade da


empresa
b) Na prestação espontânea de qualquer serviço a empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito
c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiado
pela empresa, independente do meio de locomoção, inclusive veiculo próprio.
d) No percurso da residência para a empresa ou desta para aquela,
independente do meio de locomoção.

§1° Nos período destinado a refeição ou descanso, ou por ocasião da


satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante
este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

Art. 22 A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência


Social até o 1° dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de
imediato, à autoridade competente, sob pena de multa.

§1° Cópia fiel da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho, ao acidentado


ou dependente e ao sindicato.
§2° Na falta de comunicação pela empresa podem formalizá-la o acidentado,
seus dependentes, entidade sindical, médico do atendimento, ou qualquer
autoridade publica.

Documentação Legal do Registro de Acidente do Trabalho


Art. 134 do Decreto n° 2.172/97

A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social


(INSS) até o primeiro dia seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de
imediato, à autoridade competente, sob pena de multa.
A comunicação da ocorrência de acidente do trabalho deverá ser feita por meio
do preenchimento de formulário especifico, denominado Comunicação de
Acidente do Trabalho – CAT.

Direitos dos Acidentados no Trabalho

O funcionário que sofrer acidente do trabalho e ou doença do trabalho, quando


afastado do trabalho por um período superior a 15 dias, não pode sofrer
despedida arbitrária do emprego (exceto por motivos previstos na CLT) por um
período de um ano após o retorno ao trabalho.

A empresa pagará o salário do acidentado até os 15 primeiros dias de atestado


médico, a partir deste prazo, a manutenção de sua renda é de
responsabilidade legal do INSS.

Os direitos acima citados são garantidos pelo INSS por meio do preenchimento
e entrega da CAT.

12. DESENVOLVIMENTO DO PPRA

• Reconhecimento
• Avaliação
• Controle

No desenvolvimento do PPRA deverão ser incluídas as seguintes etapas:

* Antecipação: Análise de projeto de novas instalações, métodos ou processos


de trabalho ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos
potenciais e introduzir medidas de proteção para a sua redução ou eliminação.

* Reconhecimento dos Riscos: Identificação, localização e determinação das


possíveis fontes geradoras, trajetórias e meios de propagação dos agentes no
ambiente de trabalho, identificação das funções e dos trabalhadores expostos,
caracterização das atividades e do tipo de exposição, dados de possível
comprometimento à saúde, como decorrência do trabalho, e descrição das
medidas de controle.
Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle.

* Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores:

Comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados


na etapa de reconhecimento, dimensionar a exposição dos trabalhadores,
subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

* Implantação de medidas de controle: Adotar as medidas necessárias e


suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos
ambientais, conforme condições estabelecidas em norma.

( Avaliação da eficácia das medidas: Estabelecer critérios e mecanismos de


avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas, considerando os
dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico de saúde
ocupacional previsto na NR-7.

( Monitoramento da exposição aos riscos: Avaliação repetida e sistemática da


exposição a cada risco, visando introduzir ou modificar as medidas de controle,
sempre que necessário.

( Registro e divulgação dos dados: Histórico técnico e administrativo, mantidos


por 20(vinte) anos, devendo estar disponíveis aos trabalhadores, seus
representantes e para as autoridades competentes. Deverá ser efetuada, pelo
menos uma vez por ano, uma análise global do PPRA para a avaliação de seu
desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de
novas metas e prioridades.

RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS.

1 - Descrição das atividades da Empresa.

|CARGO; FERREIRO |CBO; 7153-15 |


|ATIVIDADES |RISCOS das TAREFAS/AGENTES |
|- Movimentação e Transporte de Materiais |- Agente: Ergonômicos;
Levantamento de peso, posturas inadequadas. |
|- Montagens das Ferragens |- Riscos de Acidentes; Quedas de Alturas,
Projeção de Partículas. |
|- Corte e Dobra de Vergalhões de Aço |- Agente: Físico; Ruído e Vibrações; Na
operação de corte com policorte |
| |e outras situações com níveis de ruído elevados. |
|- Concretagens e Outras Tarefas |- Agente: Químico; Cimento e agregados |
|CARGO; PEDREIRO |CBO; 9-51.10 |
|ATIVIDADES |RISCOS das TAREFAS/AGENTES |
|- Examina o projeto e especificações, para orientar-se na seleção do |- Agente:
Ergonômicos; Levantamento de peso, posturas inadequadas. |
|material apropriado e na melhor forma de execução do trabalho. | |
|- Constrói fundações, empregando pedras, tijolos, ou concreto |- Riscos de
Acidentes; Quedas de Alturas, Projeção de Partículas. |
|- Constroi bases de concreto ou de outro material, baseando-se em |- Agente:
Físico; Ruído e Vibrações; Na operação de corte com policorte |
|especificações |e outras situações com níveis de ruído elevados. |
|- Repara paredes e pisos, trocando telhas, aparelhos sanitários, |- Agente:
Químico; Cimento e agregados |
|manilhas e outras peças | |
|CARGO; SERVENTE DE OBRAS |CBO; 9-59.32 |
|ATIVIDADES |RISCOS das TAREFAS/AGENTES |
|- Efetua a carga, transporte e descarga de materiais, servindo-se das |-
Agente: Ergonômicos; Levantamento de peso, posturas inadequadas. |
|próprias mãos e/ou utilizando carrinhos de mão e ferramentas manuais. | |
|- Escava valas e fossas, retirando terras e pedras com pás, enxadas, |- Riscos
de Acidentes; Quedas de Alturas, Projeção de Partículas. |
|picaretas e outras ferramentas manuais. | |
|- Mistura os componentes da argamassa, utilizando instrumentos manuais |-
Agente: Físico; Ruído e Vibrações; Na operação de corte com policorte |
|ou mecânicos, para permitir sua aplicação em locais apropriados. |e outras
situações com níveis de ruído elevados. |
|- Auxilia pedreiros, carpinteiros, armadores, eletricistas, entre |- Agente:
Químico; Cimento e agregados |
|outros, na montagem e desmontagem de uma construção de obras. | |
|EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS |INDICAÇÕES |
|- Capacete com Cinta Jugular |- Uso obrigatório em todo local de trabalho na
obra. |
|- Calçado de Segurança |- Uso obrigatório em todo local de trabalho na obra. |
|- Luva de Raspa de Couro |- No manuseio de materiais abrasivos, cortantes e
perfurantes. |
|- Óculos de Segurança / Lentes Verdes e Escuras |- Nos trabalhos sob forte
iluminação solar e com possibilidades de |
| |projeção de partículas. |
|- Protetor Facial / Incolor |- No uso de ferramentas elétricas (Policorte) |
|- Bota de Borracha |- Nos trabalhos em lugares encharcados e durante a
concretagem. |
|- Protetor Auditivo tipo Plug |- Na operação de cortes de materiais e outras
situações com níveis de |
| |ruído elevados. |
|- Protetor Respiratório Classe PFF-1 |Cortes e Lixamentos de materiais com
formações de poeiras. |
|- Cinto de Segurança Tipo Pára-Quedista, Fixados ao cabo guia através de|-
Em todos os trabalhos acima de 2 metros de altura que ofereçam risco |
|dispositivo Trava-Quedas |de queda: movimentação vertical – andaimes –
telhados – periferias de |
| |Lages e outros. |

Atenção: A área de trabalho da bancada de armação deve ter COBERTURA


RESITENTE para proteção dos trabalhadores contra quedas de materiais e
intempéries.

➢ É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço


desprotegidas.
➢ Durante a descarga de vergalhões de aço a área deve ser isolada.
➢ As exposições aos agentes não são permanentes, as tarefas são
intermitentes.

ATIVIDADES E AMBIENTES DE TRABALHO.

Todos os locais de trabalho proporcionam conforto, segurança e desempenho


eficiente aos funcionários nas atividades desenvolvidas.

13. TREINAMENTOS DE PESSOAL

➢ Especificações da NR-18:

Todos os empregados devem receber treinamento admissional e periódico,


visando garantir a execução de suas atividades com o máximo de segurança.

O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de 06 horas, ser


ministrado em horário de trabalho e antes do trabalhador iniciar suas
atividades, constando:

1. Informações sobre condições e meio ambiente do trabalho;


2. Riscos Inerentes a sua função;
3. Uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual;
4. Informações sobre os EPI’s e EPC (Equipamentos de Proteção Individuais e
Coletivos).

➢ Treinamento Periódico deve ser ministrado:

A) Sempre que se tornar necessários


B) Ao inicio de cada fase da Obra

Os trabalhadores, por ocasião dos treinamentos, devem receber cópias dos


procedimentos e operações a serem realizadas com segurança.
Manter cópias dos boletins e ordens de serviços fornecidas.

Observar que as NRs 1, 5, 6, 7, e 10 também exigem treinamentos dos


trabalhadores.

➢ Ordens de Serviço:

Atendendo ao estabelecido na NR-1, todos trabalhadores devem receber


Ordens de serviço (normas internas ou regulamentos da empresa)
determinando os procedimentos seguros que os trabalhadores devem
conhecer com o objetivo de:

A) Prevenção de atos inseguros no trabalho e meios para eliminar ou


neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de trabalho;
B) Divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e
cumprir;
C) Orientar aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo
descumprimento das ordens de serviço expedidas;
D) Divulgar as normas determinadas pelo TEM e as condutas que deverão ser
adotadas em caso de acidentes do trabalho e doenças profissionais ou do
trabalho;
E) Os trabalhadores interessados têm o direito de apresentar propostas e
receber informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos
ambientais identificados no PPRA.

- VER CADERNO DE ANEXOS COM MODELOS DE ORDENS DE SERVIÇO -

14. RISCOS AMBIENTAIS / FASES DA OBRA

Principais agentes de risco presentes nas fases da obra, agrupados de acordo


com as cores padronizadas no anexo I da NR-9;

||
|ESCAVAÇÕES e FUNDAÇÕES |
|Grupo I - verde |Grupo II - vermelho |Grupo IV - amarelo |Grupo V - Azul |
|||||
|Riscos Físicos |Riscos Químicos |Riscos Ergonômicos |Riscos de Acidentes |
|Umidade |Poeiras |Esforço físico intenso |Quedas de nível |
|Frio e Calor | |Levantamento e Transporte manual de |Choque com Objetos
Materiais e |
| | |peso |Pessoas |
|Ruídos e vibrações | | | |

||
|SUPRA ESTRUTURA e ALVENARIA |
|Grupo I - verde |Grupo II - vermelho |Grupo IV - amarelo |Grupo V - Azul |
|||||
|Riscos Físicos |Riscos Químicos |Riscos Ergonômicos |Riscos de Acidentes |
|Umidade |Poeiras |Esforço físico intenso |Quedas de nível |
|Frio e Calor | |Levantamento e Transporte manual de |Choque com Objetos
Materiais e |
| | |peso |Pessoas |
|Ruídos e vibrações | | | |

➢ Ordem e Limpeza:

O canteiro da obra deve ser mantido limpo, organizado e desimpedido, com


especial atenção nas vias de circulação, passagens e escadarias. É proibido
manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais inadequados no interior
do canteiro de obras.

O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regularmente coltados e


removidos. Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados cuidados
especiais, de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos.

Quando houver diferença de nível. A remoção de entulhos ou sobras de


materiais deve ser realizada por meio de equipamentos mecânicos ou calhas
fechadas. A saída da calha deve ter dispositivo de proteção. Evitando a queda
de caliça quando houver pessoal trabalhando na remoção da caçamba.

A caçamba coletora de resíduos deve ser sempre mantida coberta com lona,
evitando-se a dispersão de poeiras.

É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de


obras.
Manter recipientes separados para lixo orgânico e reciclável. Os cestos
destinados a coleta de lixo devem dispor de sacos plásticos, facilitando a
remoção pelos trabalhadores.

➢ EPI’s indicados – Os produtos de higiene e limpeza devem ser utilizados


com:

Luvas de Látex, botas de borracha e óculos de proteção, em trabalhos em que


haja possibilidade de respingos de produtos químicos.

Orientar o trabalhador designado para tarefas de limpeza para evitar o contato


direto com qualquer tipo de resíduo, utilizando-se para tal fim de pá, vassoura,
rodo e luvas.

15. MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS

Os equipamentos de transporte vertical de materiais e pessoal (Guinchos)


serão dimensionados por empresa especializada com supervisão de
profissional legalmente habilitado e com experiência nas instalações do
equipamento.

As torres devem ser montadas e desmontadas por trabalhadores qualçificados


e utilizando-se de cintos de segurança.

Observar necessidade de emissão de A.R.T pelo Engenheiro responsável do


dimensionamento, montagem e manutenção do guincho. A manutenção será
executada por trabalhador qualificado, sob a supervisão do Profissional.

No transporte vertical e horizontal de ferragens, formas e outros materiais, é


proibida a circulação ou permanência de pessoas sob a área de movimentação
da carga, devendo a mesma ser ISOLADA E SINALIZADA ANTES que sejam
iniciados os trabalhos de movimentação.

No transporte e descarga de perfis, vigas e elementos estruturais devem ser


adotadas medidas preventivas quanto à sinalização e isolamento da área.

Antes do inicio dos serviços, os equipamentos de guindar devem ser


vistoriados com relação à capacidade de carga, altura de elevação e estado
geral do equipamento. Estruturas ou perfis de grande superfície somente
devem ser içados com total precaução contra rajadas de vento.

Precauções especiais quando da movimentação de máquinas e equipamentos


próximos de redes elétricas.

Os equipamentos de transporte de materiais devem possuir dispositivos que


impeçam a descarga ou queda acidental do material transportado.

O levantamento manual ou semi mecanizado de cargas deve ser executado de


forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua
capacidade de força.

Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e
ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as
suas partes defeituosas.

Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais só devem


ser operados por trabalhadores qualificados.

➢ EPI’s indicados – Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas:

Luvas de raspa de couro ou de algodão, com palma antiderrapante, capacete


com cinta jugular e Botinas.

Cinto de segurança tipo pára-quedista – utilizar obrigatoriamente nos trabalhos


de içam, então vertical entre pavimentos a partir de 2 metros de altura, ligado a
cabo guia de aço amarrado a estrutura da obra.

Proteger os ombros quando forem usados para o apoio durante o transporte


manual. Os EPI’s devem ser mantidos limpos e em perfeitas condições de uso.
Ferramentas não devem ser carregadas nos bolsos.

-TODO O EQUIPAMENTO SERÁ INDICADO, EM LUGAR VISÍVEL, A CARGA


MÁXIMA DE TRABALHO PERMITIDA-

16. TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

O transporte manual de cargas é uma das formas de trabalho mais antigas e


comuns, sendo responsável por um grande número de lesões e acidentes do
trabalho.

Estas lesões em sua grande maioria, afetam a coluna vertebral, mas também
podem causar outros males como, por exemplo, a Hérnia Escrotal.

17. LEVANTAMENTO DE CARGAS

O joelho deve ficar adiantado em ângulo de 90 graus. Braços esticados entre


as pernas. Dorso plano. Queixo não dirigido para baixo.
Pernas distanciadas entre si lateralmente. Carga próxima ao eixo vertifical do
corpo. Tronco em mínima flexão.

A técnica indicada para a movimentação lateral de carga é a seguinte: posição


dos pés em ângulo de 90 graus, para evitar a torção do tronco.

No carregamento de uma caixa, o porte da carga é feito com os braços retos


(esticados), de modo a obter menor tensão nos músculos dos mesmos.

A movimentação manual de cargas é cara, ineficaz (o rendimento útil para


operações de levantamento é da ordem de 8 a 10%), penosa (provoca fadiga
intensa) e causa inúmeros acidentes. Portanto, sempre que possível, deve ser
evitada ou minimizada.

A mecanização das atividades pode ser feita com o emprego de: polias,
transportadores de correia, talhas, empilhadeiras, carrinhos de transporte,
elevadores, guindastes, pontes rolantes, etc. O uso desses equipamentos
representa uma melhoria das condições de trabalho, mas requer cuidados
adicionais.

- RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS -

➢ Evitar manejo de cargas não adequadas ao biótipo, à forma, tamanho e


posição;
➢ Usar técnica adequada em função do tipo de carga;
➢ Procurar não se curvar; a coluna não deve servir como suporte;
➢ Quando estiver com o peso, evite rir, espirrar ou tossir;
➢ Evitar movimentos de torção em torno do corpo; mantendo a carga na
posição mais próxima do eixo vertical do corpo;
➢ Procurar distribuir simetricamente a carga; transportar a carga na posição
ereta;
➢ Movimentar cargas por rolamento, sempre que possível;
➢ Posicionar os braços junto ao corpo; usando o peso do corpo, de forma a
favorecer o manejo da carga.

18. ÁREA DE VIVÊNCIA

As condições de conforto e higiene oferecidas aos funcionários devem atender


ás especificações da
NR-18.

Os trabalhadores devem ter à disposição chuveiros e armários para guarda do


vestuário, devendo realizar as refeições em local adequado.
O dimensionamento das instalações sanitárias deve ser adotado, observando-
se que os mestres das obras sejam orientados de que são os responsáveis
para que as instalações da área de vivência sejam mantidas sempre limpas e
organizadas.

É observada a proibição de preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais


estabelecidos e deve ser observada a proibição de espiriteiras a álcool ou
outros dispositivos improvisados para aquecimento das refeições.

19. DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

|Instalação |Dimensionamento |Proporção ou Fração |


|Bebedouros Refrigerados |Deslocamento máximo: 1,50 mt |1: 25
Trabalhadores |
| |Deslocamento vertical: 15 mt | |
|Vasos Sanitários |Deslocamento máximo: 150 mt |1: 20 Trabalhadores |
| |Área mínima: 1 mt | |
|Lavatório |Calha 0,60 = 1 unidade |1: 20 Trabalhadores |
|Mictórios |Calha 0,60 = 1 unidade |1: 20 Trabalhadores |
|Chuveiros |Área mínima: 0,80 mt |1: 10 Trabalhadores |
| |Altura: 2,10 mt | |
|Local de Refeições |Bancos Largura 0,30 mt |Com lavatório, aquecedor e
bebedouro |
| |Mesas e Bancos Laváveis | |
|Vestiários |Bancos largura 0,30 mt |Sem ligação com refeitório |
| |Ventilação: 1/10 área do piso | |
|Armários |Com dispositivo para cadeado |1: 1 Trabalhador |
|Ambulatório |Obra com mais de 50 trabalhadores |
|INSTALAÇÕES SANITÁRIAS: Devem ser Separadas por Sexo |

20. UNIFORMES

Aos empregados devem ser fornecidas periodicamente vestimentas para o


trabalho adequado aos riscos ocupacionais verificados. São preferenciais as
confecções em tecido 100% algodão.

Recomendamos que sejam fornecidas calças de brim resistentes com


modelagem tipo cargo, com bolsos nas pernas, facilitando a guarda de EPI’s:
Luvas, Protetores auditivos, óculos.

21. ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM DE MATERIAIS

Os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a não prejudicar o


trânsito de pessoas e de trabalhadores, a circulação de materiais, o acesso aos
equipamentos de combate ao incêndio, não obstruir portas ou saídas de
emergência e não provocar empuxos ou sobrecargas nas paredes, lajes ou
estruturas de sustentação além do previsto em seu dimensionamento.

As pilhas de materiais, agranel ou embalados, devem ter forma e altura que


garantam a sua estabilidade e facilitem o manuseio.

As madeiras retiradas de andaimes, tapumes, formas e escoramentos devem


ser empilhadas, depois de retirados ou rebatidos os pregos, arames e fitas de
amarração.

Em pisos elevados, os materiais não podem ser empilhados a uma distância de


suas bordas menor que o equivalente a altura da pilha. Exceção feita quando
da existência de elementos protetores dimensionados para tal fim.

Nenhum material pode ser empilhado diretamente sobre o piso instável, úmido
ou desnivelado. Tubos, vergalhões, perfis, barras, pranchas e outros materiais
de grande comprimento ou dimensão devem ser arrumados em camadas, com
espaçadores e peças de retenção, separadas de acordo com o tipo do material
e a bitola das peças.

22. MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

Todas as máquinas e equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e


parada localizado de modo que:

A) Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;


B) Não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento;
C) Possa ser desligado em caso de emergência, por outra pessoa que não seja
o operador;
D) Não acarreta riscos adicionais, devendo as partes móveis e transmissões de
força ser protegidas;
E) Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador, ou
qualquer outra forma
acidental.

Toda a máquina deve possuir dispositivo de bloqueio para impedir seu


acionamento por pessoa não autorizada.

As inspeções e manutenção devem ser anotadas em documento com data,


falhas observadas, medidas corretivas e indicação de que realizarão.

➢ Observar a nescessidade de treinamento para todos os trabalhadores, com


especial atenção para os funcionários designados para executarem tarefas
com maquinas ou equipamentos que ofereçam riscos para o operador e
terceiros.

- Policorte: Instalações e Normas de Segurança – Ver caderno de anexos -

23. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Conceito
Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele
composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um
ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só
poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de
Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. (206.001-
9 /I3).
Aplicação
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
situações previstas na legislação.
Recomendações
Todos os fornecimentos de EPI aos empregados devem ser registrados na
ficha de EPI, com o registro do número do CA respectivo.

23.1 TIPOS E INDICAÇÕES DOS EPI’s


Luvas: A luva é um dos equipamentos de proteção mais importantes pois
protege as partes do corpo com maior risco de exposição: as mãos. É o
equipamento com maior diversidade de especificações, existindo vários tipos
de luvas e a utilização deve ser de acordo com o tipo de formulação do produto
a ser manuseado. Os tipos básicos de luvas são:

➢ Raspa de Couro: Para trabalhos com materiais que ofereçam


Risco de corte (vergalhões, cabos de aço, madeiras brutas) e a
Soldagem ou corte a quente.

➢ Amianto: Para trabalho em altas temperaturas.

➢ Borracha: Em serviços elétricos sob tensão, com cinco


Classes de acordo com a voltagem.

➢ Pelica: Protegem as luvas de borracha contra


Perfurações; podendo ser utilizados em trabalhos que
exigem tato (manuseio de cabos telefônicos e elétricos.

➢ Lona ou Algodão: Tricotado com punho de malha (evita riscos e


cortes no manuseio de materiais leves).

➢ PVC ou Látex: Com forro de malha fina, indicado para trabalhos com
Cimentos e agregados e no manuseio de produtos sólidos ou formulações
Que não contenham solventes orgânicos. (Sem forro. O que permite
maior mobilidade que a versão forrada).

➢ Borracha Nitrílica ou Neoprene: Indicada para tarefas com produtos


Químicos e solventes à base de petróleo, ácidos, sais, cetonas, detergentes,
Alcoóis, cáusticos e gorduras animais.
Proteção Respiratória: Respiradores purificadores de ar tipo peça semifacial
filtrante para micro-partículas, gases e vapores:

|||
| |A peça possui formato tipo concha, possui uma camada de microfibras |
| |impregnadas com partículas de carvão ativado finamente granulado, Nas |
| |laterais da peça existem quatro grampos metálicos, dois de cada lado, |
| |por onde passam pontas de dois tirantes elásticos brancos, A parte |
| |superior interna possui uma tira de espuma, A parte superior externa |
| |possui uma tira metálica moldável. |
|||
|||
|||
| |Indicações: Nos trabalhos com formação ou dissipação de poeiras, |
|Classe PFF 1 |lixamento manual, varreção, carga e descarga de cimento,
cortes de |
| |madeiras. |
|||
| |Indicações: Nos trabalhos com formação ou dissipação de poeiras, |
|Classe PFF 2 |lixamento, corte de perfis metálicos. |
|||
| |Indicações: Proteção contra vapores orgânicos até 50 PPM (FBC1), |
| |poeiras, névoas e fumos, Para trabalhos de pintura com pincel em locais |
|Classe PFF 2 com FBC1 |ventilados. |
| |Não Aplicado a pintura com pistola de ar comprimido. |
|||
|Classe PFF 3 |Indicações: Trabalhos de solda e corte a quente que originam
fumos |
| |metálicos. |

➢ Vida Útil – Deve ser trocada sempre que estiver saturada (sentir dificuldade
de respirar), perfurada, RASGADA OU COM ELÁSTICOS SOLTOS OU
ROMPIDOS. Não deve ser feito qualquer tipo de manutenção ou reparo no
produto.

➢ Limitações de Uso – Os respiradores não podem ser utilizados em


ambientes onde tenha a possibilidade de haver deficiência de oxigênio, como
em ambientes fechados e sem ventilação, tais como poços artesianos, silos,
valas de esgotos, tanques, caixas d’agua, tubulações, etc.
Para entender a importância dos óculos, basta lembrar que a exposição à
radiação ultravioleta (UV-A e UV-B), acontece a todo momento, são raios
invisíveis da energia solar. Boa parte desses raios é absorvida pela estrutura
do olho, chegando à retina. A exposição prolongada aos UV-A e UV-B pode
causar uma espécie de “queimadura” na córnea, chamada ceratite actínica.

O resultado dessa queimadura é o lacrimejamento constante, vermelhidão, dor,


sensação de areia nos olhos e intolerância à claridade.

Tal exposição à radiação ultravioleta também aumenta em 60% a chance de


desenvolvimento de cataratas, doença responsável por 50% dos casos de
cegueira no planeta. “Vale lembrar que os efeitos da radiação UV são
cumulativos, ou seja, os olhos que são expostos aos raios apresentam
problemas que se agravam com o passar dos anos”, afirmam os especialistas.

Proteção Facial:

|||
| |Protetor Facial: Visor fabricado em acrílico incolor com 19,5 cm de |
| |largura e 20 cm de comprimento, carneira (suspensão) e coroa fabricados |
| |em plástico, Possui carneira com regulagem simples de altura e de |
| |diâmetro, sendo que a carneira é fixada ao visor através de parafusos e |
| |borboletas plásticas. |
| |Indicações: Trabalhos com alto risco de projeção de partículas; Serra |
| |circular de bancada, operação com policorte, trabalhos com |
| |esmirilhadeiras e lixadeiras, Pode ser acoplado ao capacete. |
|||
|||
|||
|||

Capacete de Segurança:

|||
| |Capacete: Injetado em polietileno de alta densidade, de aba frontal, |
| |suspensão com carneira ajustável em plástico de baixa densidade e tira |
| |de espuma para absorção de suor. |
| |Indicações: Proteção da cabeça contra impacto nos trabalhos de |
| |construção civil e industrias em geral. |
|||
|||
|||
| |Função da cinta jugular: Acessório projetado para suprir uma deficiência|
| |do capacete, Objetiva que após ajustada a suspensão envolva o crânio do |
| |usuário de tal forma que submetendo-o a movimentos bruscos não ofereça |
| |risco de queda. |
|||
|||

Botina de Segurança:

| |Calçado de Segurança: Tipo botina, modelo blatt, fechamento em elástico,|


| |confeccionado em couro curtido ao cromo, sem biqueira de aço, palmilha |
| |de montagem em não-tecido, solado de poliuretano bidensidade ingetado |
| |diretamente no cabedal. |
| |Indicação: Proteção dos pés do usuário contra riscos de natureza leve. |
|||
|||
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|||
|||
|||

Bota PVC ou Borracha:

|||
| |Bota de Segurança: Confeccionada em PVC ou borracha na cor preta, cano |
| |longo, sem biqueira de aço. |
| |Indicação: Proteção dos pés do usuário nos trabalhos nos locais úmidos, |
| |lamacentos ou encharcados. |
|||
|||
|||
|||
|||
|||
|||
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Cinto de Segurança Tipo Paraquedista + Talabarte com Mosquetão:

➢ Características: Fabricado com cadarço de nylon, com 50mm de largura,


argolas e mosquetões de aço forjado com travas, ilhoses de materiais não
ferrosos e fivela de aço forjado ou material de uma resistência e durabilidade
equivalentes, com cabo de espia de nylon de 3/8” de diâmetro, de um 1,60 mt á
1,80 mt de comprimento. Fornecer modelos com regulagem e diferentes
tamanhos.

➢ Mosquetão: Elemento conector, metálico, com trava de segurança dupla,


para engate do cinturão de segurança a um dispositivo de posicionamento,
retenção ou limitação de quedas. Os mosquetões de fechamento automático
possuem dupla trava e alto bloqueio. Possuem resistência em torno de 3,600
libras (1,633 Kg) e tem uma força mínima de rompimento de 5,000 libras (2,268
Kg).

||||
| |Em deslocamentos verticais deve ser usado | |
| |conectado a dispositivo trava-quedas, podendo | |
| |ser ancorado em cordas ou cabos de aço | |
| |específicos para cada tipo de trava-quedas | |
||||
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||||
||||
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||||

Acessórios utilizados em conjunto para atividades com os Cinturões e Trava-


quedas:

| |Talabarte de Segurança: Confeccionado em corda de poliamida de 12,5mm


de|
| |diâmetro, com alma de aço no interior da corda, com um mosquetão de aço |
| |com trava dupla com abertura de 55mm fixo em uma das extremidades da |
| |corda através de duas anilhas de alumínio e a outra extremidade é dotado|
| |de um laço feito por meio de duas anilhas de alumínio. |
|||
|||
|||
|||
|||
|||

|||
| |Trava-Quedas Tipo Corda Poliamida ou Nylon: Modelo com talabarte e |
| |mosquetão, para uso em cabo de corda de poliamida trançada, equipamento
|
| |com trava posicionamento. Fabricado em aço inoxidável, com dupla trava |
| |de segurança, permite movimentação livre na subida e descida mantendo a |
| |função trava-quedas, pode ser conectado ao cabo guia, fechamento em |
| |rosca. |
|||
|||
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24. IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE RUÍDO E NÍVEIS DE PRESSÃO


SONORA

Relacionamos abaixo o resultado das medições dos níveis de ruído dos


equipamentos habitualmente utilizados em obras:
➢ As exposições aos riscos adiante citados são de caráter eventual, não sendo
considerados insalubres se observando os procedimentos de segurança.

|FONTE/LOCAL |NÍVEL MÉDIO |EPC EFICAZ |EPI EFICAZ |


| |DE RUÍDO: dB (A) |S/N |S/N |
|Martelete Elétrico |95 |Não |Sim |
|Furadeira de Impacto |96 |Não |Sim |
|Policorte |98 |Não |Sim |

Devido às características das atividades da construção, os níveis de ruído


apresentam variáveis, em virtude dos locais onde são instalados ou utilizados
os equipamentos geradores de ruído, bem como os diferentes materiais
trabalhados.

PAIR: PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO OCUPACIONAL


A perda auditiva induzida por ruído ocupacional – PAIR – constitui-se em
doença profissional de significativa ocorrência. É uma diminuição gradual da
acuidade auditiva, decorrente da exposição continuada a níveis elevados de
ruído.

O ruído é um agente físico universalmente distribuído, estando presente em


praticamente todos os ramos de atividade. O surgimento da doença está
relacionado com o tempo de exposição ao agente agressor, às características
físicas do ruído e à susceptibilidade individual. O surgimento de PAIR pode ser
potencializado por exposição concomitante a produtos químicos –
principalmente os solventes orgânicos, a vibração, por uso de medição
ototóxica.

O ruído torna-se fator de risco da perda auditiva ocupacional se o nível de


pressão sonora e o tempo de exposição ultrapassarem certos limites. A NR-15
da portaria nº 3.214/78, nos anexos 1e 2, estabelecem os limites de tolerância
para a exposição ao ruído.

Como regra geral, é tolerada exposição de no máxima, 8hs diárias à ruído


contínuo ou intermitente, com média ponderada no tempo de 85 dB(A), ou uma
dose equivalente.

(C) No caso de níveis de pressão sonora impacto, o limite é de 120dB(C).

➢ A NR-9 estabelece que ações preventivas devem ser adotadas pela


Empresa que mantenha trabalhador exposto à equipamentos que apresentem
níveis de ruído superiores a 80 dB(A).

VIDA ÚTIL

Conforme pesquisa realizada por Kwtko(2002) os graus de atenuação de


PROTETORES AUDITIVOS TIPO PLUG não sofreram alteração expressiva
com até 24 semanas de utilização. Variável de acordo com os cuidados
tomados pelo usuário.

Estes produtos devem ser descartados quando estiverem fisicamente


deteriorados ou quando estiverem de tal forma sujos que seja impossível limpar
usando métodos convencionais de lavagem com água e sabão neutro.

ORIENTAÇÕES:

➢ Manter o uso obrigatório de proteção auditiva.


➢ Treinar e qualificar os trabalhadores antes de utilizarem os equipamentos.
➢ Manter controle médico e exames audiométricos dos trabalhadores
expostos.

25. TRABALHOS À CÉU ABERTO

Os trabalhos realizam-se com freqüência em locais que não há possibilidade


de cobertura contra intempéries.

É estabelecido o rodízio de trabalhadores quando são executadas tarefas com


exposição ao sol intenso, observando-se a necessidade do uso de capacete e
de vestuário adequado.

A Empresa deverá fornecer óculos de lentes verdes e cremes protetores para a


pele dos trabalhadores que executam trabalhos ao sol.

Nas obras são mantidas capas de chuva para o fornecimento eventual aos
trabalhadores que necessitem executar tarefas emergenciais sob chuva.

26. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS

Oferecem riscos e acidentes em todas as fases da obra. As instalações devem


atender especificações da NR-18 (PCNAT). Revisar diariamente.

Os equipamentos elétricos portáteis somente devem ser ligados através de


conjunto plug-tomada, devendo serem utilizados cabos isolados padrão ABNT-
PP/BWF, sem emendas e com capacidade adequada aos equipamentos que
serão utilizados.

A execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por


trabalhador qualificado e sob a supervisão de profissional legalmente
habilitado.

Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos,


umidade e agentes corrosivos.

As chaves blindadas devem ser instaladas em posição que impessa o


fechamento acidental do circuito. Somente podem ser utilizadas para circuitos
de distribuição, sendo proibido o uso como dispositivo de partida e parada de
máquinas.
Nos casos em que haja possibilidade de contato acidental com qualquer parte
viva energizado deve ser adotado isolamento adequado.

27. NR-7 (PCMSO) – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO (GRAU DE


RISCO: 3)

➢ A empresa vem realizando os exames clínicos relacionados ao PCMSO e no


encaminhamento de exames ocupacional a Empresa informa ao médico do
trabalho das atividades que o empregado vai executar.

➢ Por manter menos de 10 empregados a empresa não necessita indicar


Médico Coordenador do PCMSO, devendo manter cópias dos atestados
médicos e exames complementares de seus empregados pelo período de 20
anos.

28. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA


(G e R: conjunto de Guarda-Corpo e Rodapé)

Atenção especial deve ser observada no atendimento deste item do Programa,


visto que o maior número de acidentes graves que ocorrem na construção civil
é causado pela falta do cumprimento destes procedimentos de Segurança.

É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de


trabalhadores ou de projeção de materiais.

Vão de portas, elevadores, sacadas, perímetro das lajes sem alvenaria,


escadarias, passarelas, andaimes apoiados e suspensos devem dispor de
conjunto Guarda-corpo e Rodapé (G e R) conforme figura abaixo:

[pic] [pic]
Quando composto por elementos metálicos, o (G e R) poderá apresentar
diferentes sistemas de fixação sendo viável, ainda a combinação de estrutura
metálica com peças de madeira, desde que atendidas as características
mínimas de segurança e resistência para o sistema (G e R).

[pic]

28.1 REQUISITOS COMPLEMENTARES DO (G e R)

O espaço compreendido entre o guarda-corpo e o rodapé deve ser fechado por


tela com resistência de 150 Kgf/metro linear (cento e cinqüenta quilogramas-
força por metro linear), com malha de abertura com intervalo entre 20 mm e 40
mm ou material de resistência e durabilidade equivalentes.

Visando evitar a queda de materiais, a tela deve ser fixada do lado interno dos
montantes, podendo para tal fim ser enrolada no sarrafo da figura acima.

29. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

O canteiro de Obras deve ser sinalizado com o objetivo de:

➢ Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;


➢ Indicar a saída por meio de dizeres ou setas;
➢ Manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
➢ Advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes
móveis das máquinas e equipamentos;
➢ Advertir quanto ao risco de quedas;
➢ Alertar quando a obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade
executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de
trabalho;
➢ Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de
materiais por guincho e guindaste;
➢ Identificar os acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra.

30. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - NR-5 (CIPA)

Deverá ser constituída quando a Empresa empregar 20 funcionários:


➢ A empresa deve indicar um responsável pelas atribuições da CIPA;
➢ O funcionário designado deverá obrigatoriamente ter participado de curso de
treinamento para componentes da CIPA;
➢ Recomendamos encaminhar empregado para realizar o treinamento da
CIPA ao SESI, cito a Travessa Francisco Leonardo truda, nº 40, Porto Alegre,
Fone: 3228.3044;
➢ A entidade promove cursos regulares, possui bom material didático e
apresenta custos reduzidos.

Caixa de Primeiros Socorros

➢ A empresa deve manter caixa de medicamentos de primeiros socorros nas


obras. Verificar periodicamente a necessidade de reposição;

➢ Observar que o médico do trabalho deve indicar os medicamentos que


devem compor a caixa de primeiros socorros e as normas para sua utilização.

Equipamento Utilizado na Medicação

➢ Medidor de nível sonoro MINIPA MSL-1351 C – Type II IEC – Escala


A/Slow;
➢ Técnica Utilizada: Leitura direta, realizadas junto aos ouvidos dos usuários.

31. CRONOGRAMA INICIAL DE AÇOES DO P.P.R.A

[pic]
- NOVAS AÇOES DEVEM SER INCLUÍDAS NO CRONOGRAMA DE
ATIVIDADES –

32. REGISTRO DE ATIVIDADES

Todas as ações prevencionistas devem ser registradas. Tornando o PPRA e


suas atualizações um dinâmico histórico das atividades de segurança, higiene
e medicina do trabalho implementados pela EMPRESA.

Anotar as compras de EPI e EPC, realização de exames médicos, alterações


no processo de trabalho, treinamentos realizados, relatórios de inspeção,
designação de pessoal responsável pelas atribuições da CIPA, orientações de
empresas contratantes e contratadas e outros que forem pertinentes.

Para tal fim utilizar esta página e o verso das paginas do PPRA, e se
necessário, anexar documentos ao PPRA.
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PROTOCOLO DE ENTREGA

Conforme item 9.4 da Norma Regulamentadora nº 09 da portaria 3214/78 do


TEM cabe ao empregador estabelecer, implementar e assegurar o
cumprimento do PPRA como atividade permanente.

Cabe ao empregador a efetiva fiscalização do atendimento de todos os


procedimentos de segurança por seus empregados, observando-se que a
recusa injustificada do uso de EPI fornecido pela empresa é considerado ato
faltoso (parágrafo único do art. 158 da CLT) do empregado, desde que
devidamente documentada.

Declaro que recebi cópia deste Programa de Prevenção de Riscos Ambientais,


bem como explicação de todos os itens inseridos no mesmo, com especial
atenção ao conteúdo do Cronograma de Atividades e aspectos relevantes da
Legislação Trabalhista e Previdenciária.

Porto Alegre, RS, ____/_____/ 2011.

Ass:

BIBLIOGRAFIA

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