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PROGRAMA MAIS ALFABETIZAÇÃO

SUGESTÕES DE ATIVIDADES
DE LÍNGUA PORTUGUESA
Criação de situações de escrita
espontânea e dirigida
A alfabetização envolve processos de codificação e decodificação da língua. Embora na vida cotidiana a
leitura seja uma prática geralmente mais frequente que a escrita, esta é tão importante quanto aquela no
processo de alfabetização. Nesse processo, a escrita dos estudantes deve ser promovida em diferentes
situações:

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Escrita espontânea pelos alunos. É importante que o professor incentive as crianças a escreverem
espontaneamente, com diferentes objetivos comunicativos, gêneros diversos ligados, principalmente,
a situações da vida cotidiana, tais como: bilhetes, listas, agendas, legendas para fotos, dentre outras
possibilidades. Nessas escritas, os estudantes evidenciam as suas hipóteses sobre como se escreve:
se usam apenas uma letra para representar um sílaba; se utilizam ora uma letra para cada sílaba,
ora uma letra para cada som da sílaba; se utilizam uma letra para cada som, mas nem sempre a
letra convencional, dentre outras possibilidades. Essas escritas são um importante instrumento para
a avaliação diagnóstica do professor. Além disso, incentivam os estudantes a acreditarem em sua
capacidade de escrever, a terem confiança e a experimentarem interações por meio da linguagem
escrita.

2
Escrita a partir de ditado feito pelo professor. Os ditados são organizados pelo professor prevendo
o tipo de estrutura silábica que desejam incentivar os alunos a escreverem, por exemplo. A
atividade de ditado não precisa, necessariamente, seguir o modelo tradicional de palavras soltas ou
descontextualizadas. O professor pode, por exemplo, ditar uma lista de ingredientes para uma receita
que a turma fará, ou uma lista de objetos que devam ser trazidos para a escola para a realização
de alguma atividade específica, dentre outras possibilidades. As escritas por meio de ditado devem
ser corrigidas pelo professor individualmente, com cada criança, levando-a a observar o modo como
escreveu e a problematizar possíveis equívocos nessa escrita.

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Produção de textos. Mesmo quando as crianças ainda não escrevem com autonomia, elas são capazes
de produzir textos orais, como o reconto de histórias ouvidas e o relato de experiências vividas,
ajustados à modalidade escrita da língua. Nessas situações, incialmente o professor é o escriba da
turma, registrando por escrito os textos produzidos oralmente pelos estudantes. À medida que as
crianças vão ficando mais autônomas em suas escritas, podem produzir, elas mesmas, pequenos
textos, ainda que eles não estejam ortograficamente adequados. Por isso, é importante que o professor
alfabetizador incorpore, a sua rotina, atividades de escrita, para que os estudantes possam exercitar
essa prática e perceber que é possível e necessário escrever com diferentes propósitos: auxiliar a
memória, registrar acontecimentos, narrar experiências, dentre outras possibilidades.

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