HIPOGLICEMIANTES- SUPER RESUMO- GABRIEL ção de massa corporal, pois a metformina diminui o apetite.
BRITO. A ADA recomenda a metformina como fármaco de escolha
1.SULFONILUREIAS contra o DM2. A metformina pode ser usada isoladamente MEDICAMENTOS: CLORPROPAMIDA, ou em associação com outros fármacos de uso oral ou GLIBENCLAMIDAM GLIMEPIRIDA insulina. Pode ocorrer hipoglicemia quando a metformina é MECANISMO DE AÇÃO: Esses fármacos são classificados usada em combinação com insulina ou secretagogos de como secretagogos de insulina, pois insulina, de modo que é preciso ajustar a dosagem. promovem a liberação de insulina das células β do pâncreas. EFEITOS ADVERSOS: Os efeitos adversos da metformina O principal mecanismo de ação inclui a estimulação da são principalmente gastrintestinais (GI). A metformina é liberação de insulina das células β do pâncreas. As contraindicada na disfunção renal devido ao risco de acidose sulfonilureias bloqueiam canais de K+ sensíveis ao ATP, lática. Ela deve ser suspensa em casos de infarto agudo do resultando em despolarização, influxo de Ca2+ e exocitose miocárdio, agravamento de insuficiência cardíaca, sepse ou de insulina. Além outro distúrbio que possa causar insuficiência renal aguda. A disso, as sulfonilureias podem diminuir a produção de metformina deve ser usada com cautela em pacientes com glicose pelo fígado e aumentar a sensibilidade periférica à mais de 80 anos de idade e naqueles com história de insulina. insuficiência cardíaca congestiva ou de abuso de álcool. A EFEITO ADVERSO: Os principais efeitos adversos das metformina deve ser interrompida temporariamente em sulfonilureias são aumento de massa corporal, pacientes que serão submetidos a diagnósticos que requerem hiperinsulinemia e hipoglicemia. Elas devem ser usadas com injeção IV de contrastes radiográficos. Raramente ocorre cautela na insuficiência hepática ou renal, pois seu acúmulo acidose lática, rea- pode causar hipoglicemia. Insuficiência renal é um problema ção potencialmente fatal. O seu uso prolongado pode particular da glibenclamida, pois ela pode aumentar a interferir na absorção da vitamina B12. duração de ação e aumentar significativamente o risco de 4. Tiazolidinadionas ou Glitazonas hipoglicemia. Glipizida ou glimepirida são opções mais MEDICAMENTOS: Pioglitazona e rosiglitazona seguras na presença de disfunção renal e em pacientes MECANSIMO DE AÇÃO: idosos. A glibenclamida pouco atravessa a placenta e pode As TZDs diminuem a resistência à insulina, atuando como ser uma alternativa à insulina em gestantes. agonistas para o receptor γ ativado por proliferador 2.METIGLINIDAS/ GLINIDAS peroxissoma (PPARγ), um receptor hormonal nuclear. A MEDICAMENTOS:REPAGLINIDA E NATEGLINIDA ativação do PPARγ regula a transcrição de vários genes MECANISMO DE AÇÃO: Como as sulfonilureias, as responsivos à insulina, resultando em aumento da glinidas estimulam a secreção de insulina. Elas se fixam em sensibilidade à insulina no tecido adiposo, no fígado e no local diferente na célula β, fechando canais de K+ sensíveis músculo esquelético. Os efeitos desses fármacos nas a ATP, iniciando uma série concentrações de colesterol são de interesse. A rosiglitazona de reações que resultam na liberação de insulina. Contudo, aumenta a lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) e os em contraste com as sulfonilureias, as glinidas têm ação de triglicerídeos, ao passo que a pioglitazona diminui os início rápido e duração mais curta. Elas são particularmente triglicerídeos. Os dois fármacos aumentam a lipoproteína de eficazes na liberação precoce de insulina que ocorre depois alta densidade (HDL-C). Pioglitazona e rosiglitazona podem da refeição e, assim, são classificadas como reguladores ser usadas como monoterapia ou em associação com outros glicêmicos pós-prandiais. As glinidas não devem ser usadas hipoglicemiantes ou com insulina. A dose de insulina deve associadas às sulfonilureias devido à sobreposição dos ser diminuída quando usada em combinação com esses mecanismos de ação. Isso aumentaria o risco de fármacos. A ADA recomenda pioglitazona como um hipoglicemia grave. fármaco de segunda ou terceira escolha para o DM2. A EFEITOS ADVERSOS: Embora as glinidas possam causar rosiglitazona é menos usada devido a preocupações com hipoglicemia e aumento de massa corporal, a incidência é relação aos efeitos adversos cardíacos. menor do que com as sulfonilureias. (Nota: fármacos que inibem a CYP3A4, EFEITOS ADVERSOS: Poucos casos de toxicidade como itraconazol, fluconazol, eritromicina e claritromicina, hepática foram relatados com estes fármacos, mas é podem aumentar o efeito hipoglicemiante da repaglinida. recomendada a monitoração periódica da função hepática. Fármacos que induzem a CYP3A4, como barbitúricos, Pode ocorrer aumento de massa corporal, porque as TZDs carbamazepina e rifampicina, podem ter efeito oposto.) Por podem aumentar a gordura subcutânea ou causar retenção de inibir a biotransformação hepática, o fármaco anti- líquidos. (Nota: a retenção de líquidos pode piorar a hiperlipemiante genfibrozila pode aumentar insuficiência cardíaca. As TZDs devem ser evitadas em significativamente o efeito da repaglinida, e o uso pacientes com insuficiência cardíaca grave.) As TZDs foram concomitante é contraindicado. Esses fármacos devem ser associadas com osteopenia e aumento do risco de fraturas. A empregados com cautela em pacientes com insuficiência pioglitazona também pode aumentar o risco de câncer hepática. vesical. Várias metanálises identificaram aumento potencial 3.BIGUANIDAS de infarto do miocárdio e morte por causas cardiovasculares MEDICAMENTOS: METFORMINA com a rosiglitazona. Como resultado, o uso de rosiglitazona MECANISMOS DE AÇÃO: O principal mecanismo de foi limitado a pacientes inscritos em um programa especial ação da metformina é a redução da gliconeogênese hepática. de acesso restrito. Após revisão dos dados de segurança, as (Nota: o excesso de glicose produzido pelo fígado é uma das restrições ao uso da rosiglitazona foram eliminadas. principais fontes da 5. Inibidores da alfa-glicosidade hiperglicemia no DM2, responsável pela elevada glicemia MEDICAMENTOS: acarbose de jejum.) A metformina também retarda a absorção MECANSIMO DE AÇÃO: Localizadas no bordo em escova intestinal de açú car e melhora a sua captação e uso intestinal, as enzimas α-glicosidases hidrolisam carboidratos periférico. Pode ocorrer redu- em glicose e outros açúcares simples que podem ser absorvidos. Acarbose e devem ser orientados a suspender o uso e contatar seus miglitol inibem reversivelmente a α-glucosidase. Ingeridos médicos imediatamente se sentirem dor abdominal intensa. no início da refeição, esses fármacos retardam a digestão de A liraglutida causa tumor de células C da tireoide em carboidratos, resultando em níveis mais baixos de glicose roedores. Contudo, é desconhecido se ela causa esses pós-prandial. Como tumores ou carcinoma de tireoide em humanos. eles não estimulam a liberação de insulina nem aumentam a sensibilidade à insulina, esses fármacos não causam INIBIDORES DA DIPEPTIDILPEPTIDASE-4 hipoglicemia quando usados em monoterapia. Contudo, MEDICAMENTOS: saxagliptina quando usados com secretagogos de insulina ou insulina, MECANISMOS DE AÇÃO: Estes fármacos inibem a pode ocorrer hipoglicemia. (Nota: é importante que a enzima DPP-4, que é responsável pela inativação dos hipoglicemia neste contexto seja combatida com glicose, em hormônios incretina, como o GLP-1. O prolongamento da vez de sacarose, pois a sacarase também é atividade dos hormônios incretina aumenta a liberação de inibida por esses fármacos.) insulina em resposta às refeições e a redução na secreção EFEITOS ADVERSOS: imprópria de glucagon. Os inibidores da DPP-4 podem ser Os principais efeitos adversos são flatulência, diarreia e usados como monoterapia ou em associação com cólicas intestinais. Os efeitos adversos limitam o uso desses sulfonilureias, metformina, TZDs ou insulina. fármacos na prática clínica. Pacientes com doença Diferentemente dos incretinomiméticos, estes fármacos não inflamatória intestinal, ulcerações colônicas ou obstrução causam saciedade ou plenitude e são neutros em relação à intestinal não devem usar esses fármacos. massa corporal. 6. Inibidores da SGLT-2 ( co-transporte de glicose sódio EFEITOS ADVERSOS: 2) Em geral, os inibidores da DPP-4 são bem tolerados. Os MEDICAMENTOS: CANAGLIFLOZINA efeitos adversos mais comuns são nasofaringite e cefaleia. MECANISMOS DE AÇÃO: O cotransportador 2 sódio- Embora infrequente, a pancreatite ocorreu com todos os glicose (SGLT2) é responsável por reabsorver a glicose inibidores da DPP-4. Inibidores potentes da CYP3A4/5, filtrada no lúmen tubular dos rins. Ao inibir o SGLT2, estes como ritonavir, atazanavir, itraconazol e claritromicina, fármacos diminuem a reabsorção podem aumentar a concentração de saxagliptina. Por isso, de glicose, aumentam a sua excreção urinária e diminuem a devem-se usar dosagens reduzidas de saxaglip glicemia. A inibição do SGLT2 também diminui a reabsorção do sódio e causa diurese osmótica. Por isso, os inibidores do SGLT2 podem reduzir a pressão arterial. Contudo, não são indicados no tratamento da hipertensão. EFEITOS ADVERSOS: Os efeitos adversos mais comuns dos inibidores do SGLT2 são infecções genitais de mulheres por fungos (p.ex., candidíase vulvovaginal), infecções do trato urinário e frequência urinária. Também ocorreu hipotensão, particularmente em pacientes idosos ou sob tratamento com diuréticos. Assim, o estado hídrico deve ser avaliado antes de iniciar estes fármacos 6. INCRETINAS Glicose administrada por via oral resulta em maior secreção de insulina do que quando uma mesma quantidade é dada por via IV. Esse efeito é referido como “efeito incretina” e está fortemente reduzido no DM2. O efeito incretina ocorre porque o intestino libera hormônios incretina, notavelmente o peptídeo tipo glucagon-1 (GLP-1) e o polipeptídeo insulinotrópico glicose-dependente em resposta à refeição. Os hormônios incretina são responsáveis por 60 a 70% da secreção pós-prandial de insulina. A exenatida e a liraglutida são incretinomiméticos injetáveis usados no tratamento de pacientes com DM2 MEDICAMENTOS: LIRAGLUTIDA E EXANATIDA. MECANISMO DE AÇÃO Os incretinomiméticos são análogos do GLP-1 e exercem sua atividade atuando como agonistas de receptores de GLP- 1. Esses fármacos melhoram a secreção de insulina dependente de glicose, retardam o esvaziamento gástrico, diminuem a ingestão de alimento aumentando a saciedade (sensação de plenitude), diminuem a secreção pós-prandial de glucagon e promovem a proliferação de células β. Consequentemente, diminuem o ganho de massa corporal, a hiperglicemia pós-prandial e os níveis de HbA1C. EFEITOS ADVERSOS Os principais efeitos adversos dos incretinomiméticos são náuseas, êmese, diarreia e constipação. Exenatida e liraglutida foram associadas com pancreatite. Os pacientes