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I

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CAMPUS BLUMENAU
Rua João Pessoa, 2750, Velha, Blumenau – SC

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Impressora 3D

Isadora Gonçalves
Janaina Roberta Ribeiro
Leidiane Caroline Correa
Vinícius Peres Celestino

Prof. Dr. Ana Paula S. Immich Boemo


Ciência dos Materiais Têxteis

Blumenau
2016
II

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1
2. HISTÓRIA DA IMPRESSORA 3D 2
2.1. COMO SURGIU ? 2
2.2. EVOLUÇÃO DA IMPRESSORA 3D 2
3. FUNCIONAMENTO E MATERIAIS UTILIZADOS NA IMPRESSÃO 3D 5
3.1. MODELAGEM POR FUSÃO E DEPÓSITO ( FDM) 6
3.2. SINTERIZAÇÃO SELETIVA A LASER ( SLS ) 7
3.3. ESTEREOLITOGRAFIA ( SLA) 8
3.4. MATERIAIS UTILIZADOS 8
4. PRÓS E CONTRAS 8
4.1. VANTAGENS 9
4.2. DESVANTAGENS 9
5. APLICAÇÕES 10
5.1.ALGUMAS ÁREAS DE APLICAÇÕES 10
5.1.1. ENGENHARIA

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5.1.2 ARQUITETURA 10
5.1.3 EDUCAÇÃO 11
5.1.4 ALIMENTAÇÃO 11
5.1.5 MEDICINA E ÁREAS DA SAÚDE 11
5.1.6 MODA 12
6. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 13
6.1 OBJETIVO FOCAL DA INOVAÇÃO 13
6.2 IMPACTO DA INOVAÇÃO 13
7. CONCLUSÃO 15
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16
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1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, de um modo geral, o mundo clama por inovação nas diversas
área para que uma certa comodidade seja aplicada no dia a dia das pessoas. Um
exemplo disto são objetos e métodos de processos que acabaram se aprimorando,
melhorando com o tempo acabando com alguns inconvenientes de seu uso e
aplicações, exemplos disso são o ferro de passar roupas e a maneira com que se
faz comercio hoje em dia (e-commerce).
Quando pensamos em criação, seja algo um tanto simples ou mais complexo,
logo vem à cabeça todo um processo de engenharia para projetar algo com
dimensões diferentes, com a chegada da impressora 3d isso ficou de uma certa
forma um pouco mais fácil, mais eficiente, e muitas vezes mais barata.
Primeiramente, o mercado que mais aderiu a esta tecnologia é a área
industrial, pois tem se notado o barateamento de desenvolvimento de protótipos e a
diminuição de desperdício de matéria prima. Numa impressora 3D é possível
imprimir objetos, podendo estes ser de diversos tipos e tamanhos, e que sejam
formados à partir de diversos tipos de materiais, assim como diferentes tipos de
processos produtivos. Existem várias áreas de aplicações, sendo a área médica a
que mais tende crescer. O desenvolvimento de pesquisas e projetos em impressoras
3 é crescente desde que a tecnologia foi lançada no mercado.
O diferencial desta inovação está no seu processo de fabricação e no produto
final, pois naturalmente, estamos acostumados a ver a forma tradicional de
impressão – plana, com a impressão 3d, podemos pegar o produto nas mãos, sentir.
Os materiais para impressão são filamentos, pós, borrachas, metais, os mais
variados materiais. Haverá uma mudança na forma de negócio, pois para um
arquiteto por exemplo poderá substituir a apresentação de uma planta física plana
por uma em três dimensões, oferendo uma certa customização ao usuário.

2. HISTÓRIA DA IMPRESSORA 3D

2.1. Como surgiu?


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A primeira impressora 3D foi inventada por Charles Hull, um norte-americano


do estado da Califórnia, em 1984, utilizando a estereolitografia, (a estereolitografia é
um método aditivo de construção, pois nele a cada etapa (camada) mais material é
adicionado ao objeto final) tecnologia precursora da impressão 3D. Hull já havia
desenvolvido um ano antes a tecnologia do que viria a ser a máquina, quando ela
tinha duas funções principais, sendo uma delas a criação de lâmpadas para
solidificação de resinas, primeiro objeto criado pela ferramenta.
A principal, entretanto, foi a confecção de partes de plástico de forma rápida,
já que o processo tradicional levava de seis a oito semanas.
Sendo assim, com a produção desses componentes em um ambiente controlado e
de maneira muito mais veloz, a impressora 3D já demonstrava flexibilidade e
rapidez, duas de suas principais características até hoje.
Poucos anos depois, Charles Hull fundou a 3D Systems Corp., patenteando
sua criação e diversas formas de impressão, assim como iniciando a
comercialização da tecnologia. Para se ter uma ideia do sucesso, a empresa
permanece como uma das líderes do segmento até hoje.
O custo de fabricação e o avanço nos métodos de impressão vem barateando
cada vez mais essas impressoras. Em 1990 era preciso desembolsar em torno de
um milhão de dólares por uma delas. Vinte anos depois, existem modelos que
podem ser adquiridos por até mil dólares, apenas, se comparado ao inicial. Em um
futuro não muito distante, a tecnologia estará disponível para grande parte da
população, como a impressora normal, podendo ser utilizada no dia a dia.

2.2. Evolução da impressora 3D

Como citado anteriormente, os primeiros modelos começaram a ser


desenvolvidos em 1984, pelo norte-americano Charles Hull, com o uso de uma
técnica batizada de Estereolitografia. Ela consistia na impressão de objetos físicos
através de dados digitais.
O primeiro modelo de impresso 3D do mundo, porém, só surgiu dois anos
após, quando Charles Hull fundou a empresa 3D systems. Apesar disso, a primeira
impressora tridimensional a ser disponibilizado para o público geral foi a SLA-250,
lançada pela mesma empresa em 1988.
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Figura 1 – Impressora 3D System SLA-250.

No mesmo ano que a SLA-250 chegou ao mercado, a Scott Scrump


desenvolveu uma técnica chamada Fused Deposition Modeling (FDM), utilizada para
modelagem e fabricação de protótipos. No ano seguinte, o americano fundou a
Stratasys, empresa responsável pelo lançamento da 3D Modeler, a primeira
máquina baseada no sistema FDM.

Figura 2 – Impressora 3D Modeler.

Já em 2001 encontramos a SD 300. O modelo da empresa Solidimension


representou um importante avanço tecnológico. Essa impressora 3D foi a primeira a
ser utilizada em um desktop. O equipamento também tinha por grande atrativo o seu
tamanho reduzido, que possibilitava o seu uso em escritórios.
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Figura 3 – Impressora SD 300.

Em 2005, a Z Corporation apresentou a Spectrum Z510: a primeira


impressora 3D capaz produzir objetos coloridos em alta definição.

Figura 4 – Impressora Spectrum Z 510.

Três anos depois, em 2008, a Connex500 chamava a atenção pelo seu


sistema inédito de prototipação rápida. Com ela, foi possível imprimir objetos
utilizando dois materiais diferentes pela primeira vez.

Figura 5 – Impressora Connex 500.

Uma das últimas novidades no mercado de impressoras 3D é a iBox Nano. O


equipamento anunciado no site pesa apenas 1 Kg e pode ser carregado na mochila
graças ao seu tamanho reduzido.
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Ela ainda traz ainda uma bateria com autonomia de 10 horas, o que dá mais
liberdade ao usuário. Outra vantagem, que poderia ser apontada como a mais
importante, é o seu preço: US$ 299 (aproximadamente R$ 750 em conversão
direta), cerca de US$ 500 abaixo que as concorrentes.

Figura 6 – Impressora IBox Nano.

Para fechar a lista temos a inovadora impressora 3D Multi Jet Fusion. O


aparelho utiliza um sistema novo de produção, capaz de produzir três objetos ao
mesmo tempo e com maior riqueza de recado.

Figura 7 – Impressora 3D Multi Jet Fusion.

3. FUNCIONAMENTO E MATERIAIS UTILIZADOS NA IMPRESSÃO 3D

A impressão 3D não é novidade para as grandes indústrias, onde as mesmas


utilizam a técnica para fabricação de protótipos, porém é novidade para o
consumidor final. Atualmente, existem três técnicas de impressão 3D, o conceito
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entre elas é praticamente o mesmo, porém o que difere é o material utilizado. As


técnicas são abordadas a seguir.

3.1. Modelagem por fusão e depósito (FDM)

O modelo mais comum de impressora 3D funciona de maneira


surpreendentemente simples. O primeiro passo da criação é o desenvolvimento do
objeto no computador. Com a ajuda de um software de edição em três dimensões,
você pode fazer praticamente o que quiser, sendo que o único limite é a sua
imaginação.
Assim que o modelo tridimensional está pronto, é preciso enviá-lo para o
software da impressora para que você possa definir as características principais,
como as dimensões e a “resolução” da imagem, que é medida pela espessura das
camadas sobrepostas no momento da impressão. Quanto mais detalhes, melhor
será a qualidade do objeto, porém maior será o tempo de impressão.
Assim que você termina de selecionar as configurações principais, o software
de impressão compila todos os dados e “fatia” o objeto em centenas de camadas.
Depois disso, esses dados são enviados para a impressora, que inicia o processo de
criação.
O mecanismo da impressora é relativamente simples. O injetor de material
aquece e puxa uma espécie de filamento plástico que fica enrolado em uma bobina,
como se fosse um rolo de barbante. Conforme o mecanismo derrete o material, ele o
injeta em uma base, movimentando-se nos eixos X e Y para criar as camadas.
Assim que uma camada fica pronta, a base — fixa no eixo Z — desce alguns
milímetros e o mecanismo procede com a criação da próxima camada até que o
objeto fique pronto. Esse processo pode levar de poucos minutos até algumas
horas; o que vai determinar esse tempo é a complexidade do modelo impresso e, é
claro, a qualidade da impressora.
Esse também é o tipo de impressora mais utilizado por aqueles que procuram
apenas um hobby, uma vez que sua fabricação é relativamente simples e elas
podem ser montadas em casa com relativa facilidade. Uma das vantagens desse
tipo de modelo é que muitas das peças mecânicas utilizadas pela impressora podem
ser fabricadas por elas mesmas.
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3.2. Sinterização seletiva a laser (SLS)

A Sinterização Seletiva a Laser é um processo um pouco diferente de


impressão 3D, principalmente porque o equipamento utilizado é mais robusto que o
modelo anterior. Em vez de depositar uma camada de cada vez, a máquina utiliza
laser para esculpir os objetos em uma espécie de pó extremamente fino, que pode
ser de plástico, metal ou outros materiais.
Assim como no modelo anterior, o primeiro passo é esculpir o seu objeto no
computador e enviá-lo para o software da impressora, que se encarrega de fatiá-lo
em centenas de partes.
Para iniciar o processo de fabricação, é preciso preencher a câmara de
impressão com o pó. Depois disso, a máquina se encarrega de nivelar o material em
uma camada completamente uniforme.
Em seguida, um laser de altíssima potência é projetado no pó; o material
entra em fusão, criando uma camada. Para continuar, a plataforma central desce e
um rolo aquecido passa sobre toda a superfície de impressão, cobrindo a camada
recém-criada com mais pó e gerando uma nova camada uniforme.
Depois disso, o laser cria uma nova camada e o processo se repete até que o
objeto esteja completamente pronto.
No final, é preciso remover todo o excesso de pó do objeto impresso. É
possível fazer isso com um jato de ar comprimido ou escovas próprias para esse
propósito. É importante lembrar que todo o excesso de material pode ser reutilizado
mais tarde, portanto o desperdício é mínimo.
A qualidade do objeto impresso, assim como o tempo de impressão, varia
conforme o tamanho e a definição do item, determinados inicialmente.
A grande vantagem dessa impressora é que ela pode trabalhar com uma
grande variedade de materiais diferentes, desde polímeros e plásticos até metais.
Além disso, é possível imprimir objetos já pintados, pois cada camada pode ser
colorizada separadamente no momento da impressão. A versatilidade do
equipamento também permite a criação de objetos mais complexos, contendo,
inclusive, partes móveis.
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3.3. Estereolitografia (SLA)

Stereolithography ou “Estereolitografia” é semelhante ao processo anterior.


Assim como nos outros modelos, o início do processo se dá pela criação de um
modelo em três dimensões no computador. Depois disso, o software da impressora
fatia o modelo em centenas de camadas e envia esses dados para a impressora,
que inicia o processo de fabricação.
Um recipiente precisa ser preenchido com um líquido especial, uma espécie
de resina plástica que pode ser “curada” com luz ultravioleta.
O laser é, então, projetado na superfície do líquido, que se solidifica somente
no local em que o laser foi projetado. Depois disso, a plataforma central desce um
pouco — exatamente o espaço necessário para que a próxima camada seja criada
— e o líquido cobre tudo novamente. O processo continua assim até o final.
Depois que o objeto está concluído, é preciso remover o excesso de líquido
das peças e posicioná-las dentro de uma espécie de “forno” ultravioleta que serve
para completar o processo de cura dos plásticos.
Esse tipo de equipamento pode criar modelos complexos e resistentes de
maneira relativamente rápida, porém as máquinas são relativamente mais caras
para o público e o custo do litro da resina plástica líquida pode ultrapassar as
centenas de dólares, o que torna o processo de fabricação ligeiramente mais caro
do que o de outros modelos.

3.4. Materiais utilizados

 Plásticos (ABS, polímeros, acrílico);


 Metais (aço, titânio, ouro, prata);
 Compostos de cerâmica;
 Borracha;
 Areia.

4. PRÓS E CONTRAS

Transformar desenhos virtuais em objetos físicos está ao alcance de todos.


Projetos antes somente possíveis na imaginação ou realizados apenas em ambiente
virtual, portanto, próximos da ficção científica começam a surgir de forma prática e
até econômica: uma tendência que deve aumentar nos próximos anos.
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Desde 2007, com o fim de algumas patentes que impediam sua


disseminação, a tecnologia de impressão 3D ficou mais acessível e vem sendo
aplicada por consumidores e pequenas empresas. Antes de difícil acesso ao usuário
doméstico, essa tecnologia foi simplificada, ficou mais barata e conquista novos
adeptos diariamente.
Veja a seguir algumas das vantagens e limitações das impressoras 3D.

4.1. Vantagens

 Abaixo o desperdício: itens são criados usando apenas o material de que


necessitam.
 Comunidade engajada: proprietários compartilham realizações e incentivam
outros a obterem o melhor desempenho possível de suas máquinas.
 Customização: em vez da produção em massa, desenvolvimento de objetos
personalizados. Não é preciso encomendar um item quando se pode criá-lo
do seu jeito.
 Inovação: caem as barreiras para a criação de novos negócios e produto.

4.2. Desvantagens

 Complexidade: trabalhos mais difíceis exigem máquinas mais apuradas e


caras. As impressoras 3D mais comuns imprimem principalmente objetos
simples.
 Manuseio: montar e operar uma máquina dessas exige bastante
conhecimento, pode-se levar meses até a impressora ficar calibrada de
maneira satisfatória.
 Preço: apesar de ter sido muito reduzido nos últimos anos, as impressoras 3D
ainda saem caras para o usuário doméstico.
 Tempo: o processo é demorado, levando cerca de 45 minutos para fabricar
um objeto do tamanho de um ovo, e algumas horas para itens maiores.
 Variedade: esses periféricos ainda imprimem principalmente com plástico,
apesar de a diversidade de materiais compatíveis estar aumentando.
5. APLICAÇÕES

Os campos para a aplicação do processo de impressão 3d são muito amplos,


basicamente qualquer coisa que se possa imaginar é possível desenvolver através
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deste método. Necessariamente não são específicos para isto ou para aquilo mas
sim se encaixam em “tudo”.

5.1. Algumas áreas de aplicações

5.1.1. Engenharia

O uso mais “conhecido” das impressoras 3D no campo da engenharia


certamente está na construção de protótipos. Áreas como a indústria aeronáutica,
automobilística, telefônica, informática, mecânica são as que mais necessitam de
desenvolvimento de protótipos e com o avanço desta tecnologia os processos de
desenvolvimento de produtos permitirá que as empresas sejam mais ousadas e que
se possam utilizar novos materiais mais resistentes e sofisticados de forma mais
barata. Os modelos são muito mais baratos do que o produto final e servem para
que sejam testados antes de chegar aos usuários e consumidores. O uso destes
equipamentos na indústria pode levar a uma considerável economia nos processos.
Isso porque, por exemplo, para produzir uma peça de titânio pelo método tradicional
se tem um desperdício de 90% do material bruto; já com a impressão, o desperdício
de matéria prima é zero.

5.1.2 Arquitetura

Atualmente, o processo de construção de uma maquete física poderia ser


facilitado adotando uma impressora 3D para a tarefa, o que poderia diminuir o tempo
de entrega e da mesma forma aumentar o grau de precisão de seus projetos.
Objetos como outdoors decorativos poderiam ser inteiramente impressos, fazendo
com que eles pudessem ser mais flexíveis, além de adotar materiais que poderiam
ser reciclados posteriormente.

5.1.3 Educação

Com relação à educação, uma impressora 3D pode ser utilizada para


reproduzir itens para a utilização em escolas e universidades para auxiliar nos
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estudos. A ideia é bem ampla, variando de modelos topográficos de regiões à


reprodução de animais ou itens existentes na fauna terrestre. Modelos de planetas e
galáxias também poderiam ficar muito mais atrativos se fossem montados em uma
impressora 3D.

5.1.4. Alimentação

A impressão 3D também vem ganhando espaço no ramo da alimentação. As


ideias são variadas, servindo tanto para a confecção de esculturas de chocolate ou o
doce de uma maneira geral, quanto abrindo caminho para fazer verdadeiras obras
de arte com doces, como enfeites de bolo (à base de açúcar). Porém, já existem
impressoras capazes de criar macarrão, bolos, biscoitos e até mesmo
hambúrgueres, trabalhando com materiais orgânicos. No futuro, espera-se que a
impressão 3D possa ajudar na criação de novos sabores aproveitando as
propriedades nutritivas de vários alimentos, gerando até mesmo combinações mais
saudáveis. Além disso, também há o apelo visual causado, pois um prato
combinando texturas variadas pode se tornar mais atrativo mesmo para quem não
aprecia o sabor de alguns alimentos.

5.1.5 Medicina e áreas da saúde

Em um primeiro momento, ao pensar em itens médicos e hospitalares feitos por


meio de impressoras 3D, a primeira ideia que provavelmente vem à mente de muitas
pessoas são próteses, para membros ou ossos. Inclusive, já houve um caso no qual
um paciente norte-americano teve 75% do seu crânio substituído por um implante
produzido dessa forma. O modelo foi montado levando como base imagens da
cabeça do paciente obtidas por um scanner 3D. Inclusive, o modelo possui alguns
“furinhos” com o objetivo de encorajar o crescimento de novas células e osso no
futuro. Outro feito muito interessante no campo médico foi a orelha biônica criada
por cientistas da Universidade de Princeton. O modelo foi impresso utilizando células
e cartilagem cultivadas artificialmente. Até o momento, a orelha artificial é capaz de
captar ondas de rádio e, com o uso de diferentes sensores, pode conseguir fazer o
mesmo para sons acústicos – tornando-se, teoricamente, algo muito superior às
nossas orelhas comuns. Embora o projeto ainda se trate de um protótipo, pois
seriam necessários testes para comprovar a capacidade de ele ser ligado às
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terminações nervosas de um ser humano, já representa um grande avanço do uso


de impressoras 3D para fins médicos. Outro ótimo exemplo foi o gesso criado por
Jake Evill, recém-graduado na Universidade Victoria na Nova Zelândia. O “Cortex
Cast”, como é chamado o produto, se trata de um “exoesqueleto” para a proteção do
membro quebrado. Como vantagens, ele é mais leve que o material utilizado para a
função, é reciclável e possibilita que a pele “respire melhor”, pois permite a entrada
de ar pela sua estrutura. Além disso, ainda no campo médico, há estudos de outros
itens que poderiam ser impressos por meio de tecnologia 3D, como órgãos internos,
pele, membros, células tronco, vasos sanguíneos e implantes em geral.

5.1.6 Moda

O campo da moda pode ser também largamente beneficiado pela impressão


em três dimensões. Atualmente, as impressoras 3D conseguem produzir roupas com
materiais mais “usáveis”, que ficam semelhantes a roupas de tecido no corpo,
usando estruturas intermediárias para criar as costuras e entrelaçados presentes em
muitas peças. Uma das grandes vantagens em produzir peças desta forma seria o
fato de elas já estarem prontas para o uso e terem um custo reduzido, o que
representaria um método de fabricação mais eficiente do que o modelo atual. As
criações para o mundo da moda não param nos acessórios, como bolsas, tiaras e
braceletes, mas peças como vestidos e biquínis impressos dessa forma já foram
para as passarelas. Ainda na área de moda, a confecção de joias já vem se
beneficiando da impressão 3D há algum tempo. A indústria utiliza esse método para
a criação de protótipos, tanto para a montagem de peças novas, com o objetivo de
visualizar como seria o produto, quanto para ideias trazidas por clientes para o
desenvolvimento de itens exclusivos (especialmente para o teste e a observação de
como seria a peça real no corpo). A impressão 3D permite criar designs que seriam
praticamente impossíveis devido à grande precisão empregada na criação de
estruturas complexas. Aqui, assim como no caso da impressão de roupas e
acessórios, o produto também possui a vantagem de ser confeccionado em um
período menor de tempo.

6. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
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Para que uma inovação seja caracterizada como tal, é necessário que seja
causado um impacto significativo na estrutura de preços, na participação de
mercado, na receita da empresa etc.

6.1 Objetivo focal da inovação

Inovação de produto: Consiste em modificações nos atributos do produto, com


mudança na forma como ele é percebido pelos consumidores. Se a impressora
tradicional usa tinta em uma superfície plana, a 3D fabrica objetos reais em três
dimensões e que você pode segurar na mão.

Inovação de processo: Trata de mudanças no processo de produção do produto ou


serviço. Não gera necessariamente impacto no produto final, mas produz benefícios
no processo de produção, geralmente com aumentos de produtividade e redução de
custos. Os materiais para impressão são os mais variados. Borracha, plástico,
resina, metal, gesso, cera, tecidos, cerâmica e papel. Num futuro próximo, qualquer
pessoa poderá imprimir de tudo em casa.

Inovação de modelo de negócio: Considera mudanças no modelo de negócio. Ou


seja, na forma como o produto ou serviço é oferecido ao mercado. Não implica
necessariamente em mudanças no produto ou mesmo no processo de produção,
mas na forma como que ele é levado ao mercado. Nos Estados Unidos, onde a
tecnologia é uma febre, quase tudo já foi impresso: chaves, escovas de dente,
canecas, peças de xadrez, tênis, sapatos de plástico, máscaras, bonecos, tabletes
de chocolates, vestidos e instrumentos musicais. Na arquitetura, a criação de
maquetes em 3D com perfeição de escala e repleta de detalhes já é rotina em
muitos escritórios.

6.2 Impacto da inovação

Inovação Radical: Representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou


serviço é consumido. Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de
mercado, que modifica o modelo de negócios vigente.
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7. CONCLUSÃO
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Com base na pesquisa realizada, é possível afirmar que a impressora 3d é


um grande avanço tecnológico e de inovação, pois há no mercado uma forma
diferenciada de produto, processo de fabricação e consequentemente uma inovação
na forma de negócio fazendo com que o produto seja customizado pelo usuário.
Auxilia e com o desenvolvimento de novas pesquisas auxiliara mais ainda, os
diversos campos de mercado, principalmente na área médica, saúde em geral e na
arquitetura e engenharia.
Atualmente, não são todas as pessoas que tem acesso a esta tecnologia
inovadora, porque ainda exige um grande investimento, existem modelos mais
baratos e futuramente se espera uma grande demanda de consumo destas
máquinas que são adaptáveis a qualquer ambiente. Grandes montadoras já são
adeptas desta novidade pois além de baratear a fabricação, o processo será mais
rápido e com menos desperdício de matéria prima. Mas não para a utilização de
produção continua, sim para fabricação de protótipos, por exemplo. Espera-se ainda,
que com o avanço da tecnologia seja possível montar uma linha de produção
apenas com a utilização da impressora 3d.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
16

Como funciona a impressora 3D. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/impre


ssora-3d/38826-como-funciona-uma-impressora-3d-ilustracao-.htm>. Acesso em 21
junho de 2016.

Tecnologia Impressão 3d. Disponível em: <http://www.terra.com.br/notícias/tecnologi


a/infograficos/impressao-3d/>. Acesso em 21 junho de 2016.

Impressão 3d e suas aplicações. Disponível em: <http://blog.render.com.br/diversos/


impressao-3d-e-suas-aplicacoes/>. Acesso em 21 junho de 2016.

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