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FACULDADE DE TALENTOS HUMANOS - FACTHUS

WESLLEY RODRIGO DA SILVA


DANILO ASSUNÇÃO DA COSTA

DESENVOLVIMENTO DE EQUIPAMENTO PARA MEDIÇÃO DE DUREZA

UBERABA – MG
2017
FACULDADE DE TALENTOS HUMANOS – FACTHUS
WESLLEY RODRIGO DA SILVA
DANILO ASSUNÇÃO DA COSTA

DESENVOLVIMENTO DE EQUIPAMENTO PARA MEDIÇÃO DE DUREZA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade de Talentos
Humanos – FACTHUS, como requisito
parcial de obtenção de título de bacharel
em Engenharia Mecânica.
Orientador: Prof. Nelson Pimenta Neto

UBERABA – MG
2017
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Joilsa Fonseca de Oliveira – CRB6 / 2639

C837d Costa, Danilo Assunção da, 1992-


2017 Desenvolvimento de equipamento para medição de dureza / Danilo
Assunção da Costa, Weslley Rodrigo da Silva. -- Uberaba, 2017.
6 f. : il.

Orientador: Esp. Nelson Pimenta Neto.


Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia
Mecânica). Faculdade de Talentos Humanos (FACTHUS).
Inclui bibliografia.

1. Dureza. 2. Durômetro. 3. Controle de qualidade. 4. Fertilizantes.


I. Silva, Weslley Rodrigo da, 1984. II. Pimenta Neto, Nelson, 1973. III.
Título.

CDU: 621
WESLLEY RODRIGO DA SILVA
DANILO ASSUNÇÃO DA COSTA

DESENVOLVIMENTO DE EQUIPAMENTO PARA MEDIÇÃO DE DUREZA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade de Talentos
Humanos – FACTHUS, como requisito
parcial de obtenção de título de bacharel
em Engenharia Mecânica.
Orientador: Prof. Nelson Pimenta Neto

AREA DE CONCENTRAÇÃO: ENSAIO MECÂNICO

Uberaba, 06 dezembro de 2017.

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Nelson Pimenta Neto – FACTHUS

Prof. Tiago Antônio Borba Oliveira - FACTHUS

UBERABA – MG
2017
Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia Mecânica 2017/2 (FACTHUS)

DESENVOLVIMENTO DE EQUIPAMENTO PARA MEDIÇÃO DE DUREZA

Danilo Assunção da Costa1; Weslley Rodrigo da Silva 1; Nelson Pimenta Neto2; Tiago Antônio Borba Oliveira 3
1
Faculdade de Talentos Humanos - FACTHUS, Uberaba (MG), e-mail: costadanilo18@hotmail.com
1
Faculdade de Talentos Humanos - FACTHUS, Uberaba (MG), e-mail: weslleyrodrigosilva@yahoo.com.br
2
Faculdade de Talentos Humanos - FACTHUS, Uberaba (MG), e-mail: nelson.neto@facthus.edu.br
3
Faculdade de Talentos Humanos - FACTHUS, Uberaba (MG), e-mail: tiago.oliveria@facthus.edu.br

RESUMO: Este artigo traz a construção de um durômetro que mede a dureza em fertilizantes, foi construído na vertical
possibilitando uma fácil limpeza, com um sistema automático de deslocamento do cabeçote até a compressão, com
ferramentas para melhor rastreabilidade dos ensaios e um software que calcula as médias das leituras, desvio padrão,
mediana, podendo assim oferecer agilidade na execução dos ensaios. Os durômetros encontrados no mercado são
construídos na horizontal ou adaptados a uma base de difícil limpeza, com o deslocamento do cabeçote de forma manual
levando bastante tempo para execução dos ensaios. Com o aumento do consumo e da exigência da qualidade dos
fertilizantes, as misturadoras monitoram frequentemente a dureza das matérias primas utilizadas na mistura dos
fertilizantes, sendo necessário a utilização de equipamento que otimize o tempo para realização do ensaio. Os grânulos
devem ser resistentes ao manuseio para evitar ruptura e a formação de grãos menores, mudando sua característica
granulométrica que possa levar a segregação na mistura.

PALAVRAS CHAVE: Dureza; durômetro; controle de qualidade; fertilizantes.

DEVELOPMENT EQUIPMENT FOR MEASURING HARDNESS

ABSTRACT: This article presents the construction of a hardness tester that measures the hardness in fertilizers, was built
vertically for easy cleaning, with an automatic head displacement system until compression, with tools for better
traceability of the tests and software that calculates the averages of the readings, standard deviation, median, thus being
able to offer agility in the execution of the tests. The hardness found on the market is constructed horizontally or adapted
to a base of difficult cleaning, with the displacement of the head of manual form taking a lot of time for execution of the
tests. With increasing consumption and the requirement of fertilizer quality, the mixers frequently monitor the hardness of
the raw materials used in the fertilizer mix, requiring the use of equipment that optimizes the time for the test. The
granules must be resistant to the handling to avoid rupture and the formation of smaller grains, changing their
granulometric characteristic that can lead to segregation in the mixture.

KEYWORDS: Hardness; Durometer; quality control; Fertilizers

INTRODUÇÃO partículas componentes em uma mistura de fertilizantes


por ordem de tamanho. O fato que mais favorece esse
O Ministério da Agricultura Pecuária e processo é a ausência de uniformidade no tamanho de
Abastecimento define que fertilizante é uma substância partículas”.
mineral ou orgânica, natural ou sintética, fornecedora de De acordo Padilha et al. (2005) a segregação é um
um ou mais nutrientes das plantas. Contudo, a dureza é processo espontâneo, onde, as partículas se separam de
uma característica física atribuída aos fertilizantes acordo com o tamanho granulométrico, resultando numa
granulados, no qual consiste na determinação da mistura heterogênea, quimicamente desuniforme.
resistência do grânulo à ruptura. De acordo com Tang et al. (2002) a qualidade física
O ensaio analítico de dureza é de extrema de um fertilizante é um importante fator que afeta a
importância, pois ele determina a resistência que o grânulo facilidade, velocidade e uniformidade de aplicação. Os
suporta sobre compressão. Conforme Padilha (2005) os fertilizantes devem fluir livremente, se a aplicação estiver
grânulos devem ter uma estabilidade mecânica para sendo feita por adubadoras a lanço, é essencial que o
suportar o manuseio normal sem se quebrarem e sem produto tenha um tamanho de partícula compatível para
resistência para formar pó. assegurar uma uniformidade ou padrão de aplicação. Com
De acordo com Rodella & Alcarde. (2000) “os a preocupação de todos os fatores apontados, as
grãos com baixa resistência se rompem alterando sua misturadoras de fertilizantes realizam monitoramentos de
granulometria. Mudando assim o perfil granulométrico, ou dureza frequentemente para avaliação das matérias primas
seja, deixando os grãos de fertilizantes com partículas utilizadas nas misturas no intuito de garantir a qualidade.
menores. Como consequência da composição Para medir a dureza utiliza-se um equipamento
granulométrica, os fertilizantes sólidos podem apresentar o denominado durômetro, o qual exerce uma compressão
fenômeno da segregação, ou seja, a separação das sobre o granulo de fertilizante; O princípio do

1
Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia Mecânica 2017/2 (FACTHUS)

funcionamento dos durômetros, consiste no deslocamento periféricos, o desenho compacto do equipamento facilita a
de um cabeçote onde o corpo de prova que está depositado limpeza, e manuseio.
na célula de carga, sofre uma compressão entre a célula de Durante o desenvolvimento da estrutura utilizou
carga e o cabeçote levando assim à ruptura, com o alivio um motor de velocidade constante conforme figura 2, com
pela fragmentação é registrado a força utilizada no cabeçote rosqueável conforme fissura 3, acoplado ao
esmagamento. motor, de forma que o movimento seja acionado por um
Os durômetros disponíveis no mercado são botão, deslocando o cabeçote até de encontro com o grão,
construídos na horizontal, tal fato faz com que haja sendo que nos durômetros usuais, o deslocamento do
espaços entre a base e a célula de carga. cabeçote é de forma manual.
O corpo de prova ao se romper deposita fragmentos
nesses espaços travando a célula de carga e levando ao erro Figura 2 – Motor 69 rpm.
analítico, sendo uma desvantagem de grande relevância
para empresas.
A maior parte dos durômetros atuais apresentam
o deslocamento do pino que exerce a compressão de forma
manual, e quando realizados diversos ensaios o trabalho
torna-se repetitivo e lento, outro fato é que para obtenção
dos resultados finais, os cálculos são feitos de forma
manual o que torna o trabalho passível de erro laboral
conforme apresentado na Figura 1.

Figura 1 – Durômetro modelo 298 DCP empresa Nova


Ética.

Fonte – Arquivo pessoal dos Autores (2017).

Figura 3 – Cabeçote.

Fonte – Manual do equipamento Durômetro Nova Ética


Indústria Comércio e Serviços Ltda 2017.

O presente artigo apresenta uma proposta de


construção de um durômetro na vertical com design que
extingue os espaços entre a base e a célula de carga,
fazendo com que os erros analíticos causados pelo
travamento da célula deixem de existir com materiais
resistentes corrosão operando automático. Um
equipamento com display digital com ferramentas para
melhor rastreabilidade dos ensaios e um software que
calcula as médias das leituras, desvio padrão, mediana.

MATERIAL E MÉTODOS

A construção do durômetro constituiu em três


etapas. A primeira etapa foi a de desenvolvimento da
estrutura, a segunda etapa realizou-se a programação do
microcontrolador Arduino e a terceira etapa Fonte – Arquivo pessoal dos Autores (2017).
desenvolvimento do software.
A primeira etapa consiste no desenvolvimento da
estrutura na vertical, utilizando acrílico por ser um material
leve e resistente a corrosão.
O design do equipamento foi construído de forma
compacta e anatômica favorecendo a acoplagem de todos

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Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia Mecânica 2017/2 (FACTHUS)

Para medição da deformação foi empregado uma


célula de carga com sensibilidade 2,00 mV/V +/- 10% de Para alimentação foi utilizado uma fonte de 12v,
momentos de torção e flexão, com capacidade de 24 kg, onde a mesma alimenta o motor de 69 rpm, a placa do
fabricada em alumínio, modelo SPLT conforme Figura 4. microcontrolador Arduino e a célula de carga.
Sendo acionado, o cabeçote se desloca para de
Figura 4 – Célula de carga modelo SPLT para medição da encontro ao grão, onde esmaga o mesmo, assim realiza
deformação. várias leituras simultâneas onde não havendo variação de
deformação da célula de carga, o equipamento entende que
houve alivio e registra o valor da deformação, sendo salva
no cartão de memória acoplando na lateral do
equipamento.
Na terceira etapa, foi desenvolvido um software
utilizando a plataforma JAVA, o mesmo permite a
importação das leituras salvas no cartão de memória,
acoplado na lateral do durômetro, ao final das medições,
Fonte – Aeph do Brasil Ltda 2017. retira-se o cartão de memória e conecta-se no computador
abre o software e descarrega as informações registradas no
A segunda etapa é o desenvolvimento do cartão, logo o software realiza cálculo de média, mediana,
microcontrolador Arduino, onde estabelece-se a desvio padrão, amplitude das rupturas, de acordo com a
programação das funções do durômetro. figura 5.

Botão para selcionar as funções de entrada do Figura 5 – Tela do Software com os cálculos da média,
numero de restreio informado nas amostras e para mediana, desvio padrão, amplitude e números de grãos
selecionar o início dos ensaios. rompidos.

Botão de seleção dos números de forma


crescente para inserção do número de rastreio.

Botão de seleção dos números de forma


decrescente para inserção do número de rastreio.

Botão Ok para confirmação de dados


inseridos e para aciomento do deslocamento do cabeçote.
Na lateral do equipamento, foi anexada uma saída
para cartão de memória, cuja a função seria de armazenar
todas as leituras das medições realizadas no equipamento
para que seja transportado para o computador.
Não sendo possível informar os códigos utilizados
no desenvolvimento do Arduino, por opção dos Fonte – Arquivo pessoal dos Autores (2017).
construtores.
A Figura 5 representa os botões de acionamento das A amostragem do fertilizante para análise com
funções do equipamento. equipamento construído seguiu os princípios descritos na
Instrução Normativa número 53 do Ministério da
Figura 5 – Vista Frontal Durômetro. Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o qual estabelece o
procedimento de quarteação, ou seja um processo que
separa a amostra em partes iguais e homogênea.
Quanto a determinação da dureza no durômetro
construído, foi adotada a metodologia do International
Fertilizer Development Center (IFDC), no qual estabelece
a classificação dos grãos a serem analisados, tomando
como princípio o fracionamento da amostra utilizando o
sistema de peneiramento nas malhas Tyler 7 (2,80 mm) os
grãos maiores que 2,80 mm ficam armazenados, já na
peneira Tyler 8 (2,36 mm), fica retido os grãos maiores do
que 2,36 mm e menores que 2,80 mm. O método descrito
pelo IFDC estabelece que o ensaio deverá ser realizado nos
grânulos retido na peneira Tyler 8 no intuito dos grãos
terem a mesma área aproximada.

Fonte – Arquivo pessoal dos Autores (2017).

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Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia Mecânica 2017/2 (FACTHUS)

Seleciona-se 25 grânulos e coloca-se um a um sob U = K×Uc (1)


pressão, até a sua ruptura. Lê-se o valor (quilos) para
desintegrá-lo, e o resultado é expresso em Kg/Grão. U – Incerteza
K – Fator de Abrangência
RESULTADOS E DISCUSSÃO Uc – Incerteza padrão que é dada pelo desvio padrão.

Para assegurar a medição precisa do durômetro Obtendo a média dos desvios padrões de 0,0025,
construído, o mesmo foi submetido ao processo de pode-se determinar a incerteza.
calibração.
Para Fidélis et al. (2010) calibração é uma operação U = 2 × 0,0025
que estabelece, sob condições especificadas, uma relação U = 0,005
entre valores e as incertezas de medição fornecidos por
padrões e as indicações correspondentes com as incertezas O resultado obtido de U leva a concluir que a
associadas, visando a obtenção de um resultado de incerteza seria de variação pequena nos resultados das
medição a partir de uma indicação. rupturas dos grânulos.
No equipamento construído foi possível realizar a A tensão de ruptura dos grãos de fertilizantes é
calibração de acordo com a Portaria INMETRO / MICT determinada pela força aplicada sobre a área do grão,
número 236 de 22/12/19941., utilizando pesos rastreáveis conforme a equação (2).
conforme Portaria INMETRO / MICT número 233 de Para A Magalhães Davim et al. (2010) ensaio de
22/12/19942. compressão é uma força axial, que tende a provocar um
A Tabela 1 representa o processo de calibração do encurtamento ou ruptura de um corpo submetido a este
equipamento onde a coluna peso (kg) concebe a massa dos esforço, dada pela equação (2):
pesos padrões rastreáveis utilizados, já a coluna da média
dos valores apresenta resultado da média de repetição de σ=F (2)
10 vezes dos valores conhecidos, mencionados na coluna S0
peso. Já os valores de correção é o resultado do cálculo da
subtração da coluna Peso (kg) pelo valor da coluna média σ – Tensão
dos valores sendo correspondentes à faixa de peso.
F – Força
Tabela – 1 Valores pesos rastreáveis.
S0 – Área
Peso Media Correção Desvio K U
kg dos Padrão Na tabela 2 apresenta alguns valores típicos de
Valores dureza encontrados em alguns fertilizantes.
0,2 0,2 0 0,002 2 0,001
0,5 0,51 0,01 0,002 2 0,001 Tabela 2 – Valores de durezas encontrado em fertilizantes.
1 1,02 -0,02 0,002 2 0,001
2 2,01 -0,01 0,003 2 0,001 Tipos Grade Dureza
5 5 0 0,003 2 0,002 (kg/Grão)
10 10,1 -0,1 0,003 2 0,001 Ureia Prill 46-0-0 1,0
15 15,08 -0,08 0,002 2 0,002
20 20,1 -0,01 0,003 2 0,001 Ureia Granulada 46-0-0 2,55
Fonte – Autor. Sulfato de Amônio 21-0-0 2,55
Nitrato de Amônio 34-0-0 1,7
Os valores do desvio padrão se deu através das 10 Fosfato Diamônico 18-46-00 3,9
leituras realizada de cada peso.
Para calibração foi utilizado um fator de Fosfato Monoamônico 11-55-00 2,5
abrangência (K) de valor 2 de acordo com guia para a Super Fosfato Triplo 0-46-0 2,9
expressão de incerteza de medição fator numérico utilizado Cloreto de Potássio 0-0-60 4,0
como um multiplicador da incerteza-padrão combinada de
Fonte – International Fertilizer Development Center
modo a obter uma incerteza expandida um fator de
(IFDC).
abrangência K, está tipicamente na faixa de 2 a 3.
A coluna (U) é a incerteza dos pesos padrões
rastreável. A incerteza é determinada pela equação (1).

1
Regulamento Técnico referente à fabricação, instalação e
utilização de instrumentos de pesagem não automáticos.
2
Regulamento Técnico referente à fabricação e utilização
de pesos padrão.

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Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia Mecânica 2017/2 (FACTHUS)

Tabela 3.. Resultados de Dureza obtidos pelo durômetro Figura 6 – Durômetro pronto para ser utilizado.
da Nova Ética modelo 298-DGP.

Fertilizantes Formula Kg/Grão


Ureia Granulada 46-00-00 2,7
Nitrato de Amônio 34-00-00 1,9
Sulfato de Amônio 21-00-00 2,2
Super Fosfato Triplo 00-46-00 3,1
Cloreto de Potássio 00-00-60 4,2
Super Fosfato Simples 00-21-00 3,2
Fosfato Monomaníaco 11-52-00 2,8
Super Fosfato Triplo Amoniado 03-44-00 2,7
Super Fosfato Simples Amoniado 03-17-00 2,8
Fonte: Autor.

Na Tabela 3 foram determinadas as durezas


utilizando um durômetro comumente encontrado no
mercado e o mais utilizado pelas empresas para este ensaio
de compressão, equipamento da empresa Nova Ética Fonte – Arquivo pessoal dos Autores (2017).
modelo 298 –DGP.
Na tabela 4 apresenta os valores dos ensaios
realizados utilizando o durômetro construído neste artigo. CONCLUSÃO

Tabela 4– Resultados encontrados utilizando o durômetro


construido. Neste artigo foi abordada construção de um
durômetro o qual foi passível de calibração.
Fertilizantes Formula Kg/Grão Quando comparado o seu desenho com os outros
Ureia Granulada 46-00-00 2,8 durômetros disponíveis no mercado, o mesmo apresentou
Nitrato de Amônio 34-00-00 1,8 bom funcionamento.
Sulfato de Amônio 21-00-00 2,4 Os resultados analíticos obtidos no equipamento
Super Fosfato Triplo 00-46-00 3,2 construído apresentaram resultados satisfatórios quando
Cloreto de Potássio 00-00-60 4,1 comparados com o outro equipamento já lançado no
Super Fosfato Simples 00-21-00 3 mercado.
Fosfato Monomaníaco 11-52-00 2,6 O design do equipamento construído quando
Super Fosfato Triplo Amoniado 03-44-00 2,8 comparado aos durômetros usuais encontrados no
Super Fosfato Simples 03-17-00 2,7 mercado, proporcionou uma agilidade na obtenção dos
Amoniado resultados uma vez que os mesmos foram calculados de
Fonte – Autor. forma automática e armazenados na memória acoplada ao
equipamento.
Quando comparado os ensaios realizados no O durômetro construído será de muita valia para as
durômetro modelo 298 DGP apresentados na Tabela 3, empresas de fertilizantes pelo fato do mesmo permitir a
com o durômetro onde sua construção foi abordada neste otimização do tempo de realização dos ensaios de dureza e
artigo, do qual tem os valores de dureza encontrados a redução da margem de erro na execução, uma vez que o
conforma Tabela 4, podemos observar que os valores uma vez que seu funcionamento tem menos dependência
encontrados apresentaram uma convergência, validando de operações manuais, nas quais o operador fica
assim o durômetro construído neste artigo. encarregado somente de posicionar o grão e acionar as
A Figura 6 apresenta o durômetro, montado e respectivas teclas na interface do equipamento.
pronto para utilização.

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Trabalho de Conclusão de Curso – Engenharia Mecânica 2017/2 (FACTHUS)

REFERÊNCIAS

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.


DECRETO 4954. Brasília: Mapa, 2004. 32 p.
RODELLA, Arnaldo Antônio; ALCARDE, José Carlos;
DIAS, Av Pádua. Requisitos de qualidade física e química
de fertilizantes minerais. GONÇALVES, J. L. de M.;
BENEDETTI, V. Nutrição e fertilização florestal.
Piracicaba: IPEF, p. 59-78, 2000.
PADILHA, Charles Soares et al. Uniformidade de
aplicação de fertilizantes com diferentes características
físicas. 2005.
TANG, V. M. P.; PATTERSON, P. H. Size segregation
studies using a primary segregation shear cell. ASAE
Meeting Preservation. Chicago, Illinois, USA, 2002.
ÉTICA, Nova. Manual Durômetro 298 DGP. São Paulo:
Nova Ética, 2017.
International Fertilizer Development Center. Manual For
Determining Physical Properties of Fertilizer. Alabama:
International Fertilizer Development Center, 1986.
FIDÉLIS, Gilberto Carlos. Metrologia. Florianópolis :
Cect, 2010
INMETRO. Portaria INMETRO / MICT número
233: Regulamento Técnico referente à fabricação e
utilização de pesos padrão. Rio de Janeiro: Inmetro, 1994.
INMETRO. Portaria INMETRO / MICT número
236: Regulamento Técnico referente à fabricação,
instalação e utilização de instrumentos de pesagem não
automáticos.. Rio de Janeiro: Inmetro, 1994.
LTDA, Aeph do Brasil IndÚstria e ComÉrcio. Manual
Célula de Carga Modelo SPLT. São Paulo: Aeph do
Brasil IndÚstria e ComÉrcio Ltda, 2017.
MAGALHÃES, Antonio; DAVIM, João Paulo. Ensaios
Mecânicos e Tecnológicos. 3. ed. São Paulo:
Publindústria, 2010.
BARATTO, Antonio Carlos; DAMASCENO, Jailton
Carreteiro; ALVES, João Antonio Pires. Guia para a
expressão de incerteza de medição. Rio de Janeiro:
Inmetro, 2008.

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