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Lei Complementar nº _______/2019

Dispõe sobre normas de promoção da carreira


de Praças da Polícia Militar do Estado do
Espírito Santo (PMES) e do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo
(CBMES) e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a


seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS E FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece os princípios, os requisitos e as


condições básicas que regulam as promoções da carreira de Praças da Polícia
Militar do Estado do Espírito Santo (PMES) e do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado Espírito Santo (CBMES), tendo em vista:

I - a seleção de valores morais, profissionais, intelectuais e biofísicos para o


desempenho de suas funções;

II - o acesso gradual e sucessivo às graduações e postos das Corporações de


modo a obter um fluxo regular e equilibrado nas carreiras previstas nesta Lei
Complementar.

Art. 2º A carreira de Praças na PMES e no CBMES é composta pelas


graduações de Soldado, Cabo, 3º Sargento, 2º Sargento, 1º Sargento e
Subtenente.

Art. 3º A promoção é um ato administrativo vinculado, voltado ao interesse


público e que constitui direito subjetivo do militar que satisfaça todos os
requisitos legais, e que tem como finalidade básica o preenchimento seletivo,
gradual e sucessivo das vagas pertinentes ao grau hierárquico superior.

Art. 4º O quantitativo do efetivo das Praças, por graduações, será estabelecido


conforme a lei de fixação do efetivo das corporações que estiver em vigor.

CAPÍTULO II
DOS CONCEITOS BÁSICOS

Art. 5º Para os fins desta Lei Complementar:

I – Curso de Formação de Soldados (CFSd): é a última etapa do concurso


público para ingresso na carreira de Praças da Polícia Militar e Corpo de
Bombeiros Militar, cujo objetivo é qualificar o futuro Soldado para a execução
direta das atividades específicas do seu quadro;

II – Curso de Habilitação de Sargentos (CHS): é o curso destinado a preparar


os futuros Sargentos para a execução de atividades inerentes ao cargo nos
termos do art. 35 da Lei nº 3.196, de 1978.

III – Antiguidade: consiste na posição ocupada pelo militar estadual na sua


graduação ou posto, definida após a sua última promoção.

a) em igualdade de graduação será mais antigo aquele que contar com maior
tempo de efetivo serviço na graduação;

b) quando o tempo de efetivo serviço na graduação for o mesmo, prevalecerá a


antiguidade do posto anterior e assim por diante, até o maior tempo de oficial,
ou ainda, caso permaneça a igualdade, a maior idade, ressalvado o disposto
na alínea “c” deste inciso;

c) a antiguidade dos que concluírem o CFSd e CHS será aferida pela


colocação final do respectivo Curso.

IV – Merecimento intelectual: é a ordem de classificação obtida a partir da


média final dos graus auferidos após a conclusão do Curso de Formação de
Soldados (CFSd) e Curso de Habilitação de Sargentos (CHS), oferecidos pela
PMES ou pelo CBMES;

V – Merecimento: consiste no conjunto de valores meritórios, pessoais, morais,


acadêmicos e profissionais do Militar Estadual, expressamente definidos nesta
Lei Complementar, evidenciados na Avaliação de Títulos e Desempenho
Profissional (ATDP), que serão utilizados para a fixação de critérios de
diferenciação em sua ascensão funcional;

VI – Promoção por antiguidade: é aquela que se baseia na precedência


hierárquica dentro da graduação na respectiva qualificação.

VII – Promoção por merecimento: é aquela que se baseia na pontuação obtida


pelo militar estadual após aferição de sua Avaliação de Títulos e Desempenho
Profissional (ATDP);

VIII – Promoção por merecimento intelectual: é aquela que se baseia na


dedicação aos estudos e realizada de acordo com média final dos graus
auferidos após a conclusão do CFSd ou CHS.

X – Promoção post mortem: é aquela que expressa o reconhecimento do


Estado ao militar estadual falecido em serviço ou no cumprimento de missão
policial militar ou bombeiro militar, com circunstâncias apuradas mediante
processo regular.

XI – Promoção em ressarcimento de preterição: é aquela feita para reparar


situação reconhecida na esfera administrativa ou na esfera judicial, que tenha
sobrestado a ocorrência da promoção a que o militar estadual teria direito.

XII – Promoção por Invalidez: é aquela que visa a expressar o reconhecimento


do Estado ao Oficial de Administração ou à Praça lesionada gravemente no
cumprimento do dever, ou em consequência disso;

XIII – Quadro de acesso pelo critério de antiguidade: é a relação dos militares


estaduais incluídos nos limites quantitativos previstos para cada graduação, em
ordem decrescente de antiguidade, que satisfaçam o previsto nesta Lei
Complementar;

XIV – Quadro de acesso pelo critério de merecimento: é a relação das praças


incluídas no quadro de acesso por antiguidade, em ordem decrescente da
somatória dos pontos obtidos na Avaliação de Títulos e Desempenho
Profissional (ATDP), apurada conforme previsto nesta Lei Complementar;

XV – Sub Judice: é a condição de estar o militar estadual processado perante a


justiça pela prática de:

a) improbidade administrativa dolosa;

b) crime doloso comum ou militar, para o qual a lei comine pena máxima de
reclusão superior a dois anos, desconsideradas as situações de aumento ou
diminuição de pena;

c) crimes militares previstos no Título II, nos Capítulos II e III do Título III, nos
Capítulos I, V e VI do Título VII e no Título VIII, todos do Livro I da Parte
Especial do Código Penal Militar.

XVI - Tempo de serviço: é o período, computado dia a dia, compreendido entre


a data de incorporação e a data limite estabelecida para a contagem final ou a
data do desligamento do serviço ativo, permitindo-se em seu cômputo,
também, os acréscimos e averbações previstos na legislação estatutária.

XVII – Tempo de efetivo serviço: é o tempo de serviço calculado nos termos do


art. 122 da Lei nº 3.196/1978.

XVIII – Instituição Militar Estadual: designação utilizada para se estender à


Polícia Militar (PMES) e ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito
Santo (CBMES) todas as disposições desta Lei Complementar.

XIX – Interstício: lapso de tempo estabelecido como o mínimo necessário para


que o militar se habilite à promoção à graduação subsequente, em
conformidade com a disposição estatutária prevista no art. 57 da Lei nº 3.196,
de 1978.

XX – Claro: é a vacância de efetivo previsto em um posto ou graduação.


XXII – Alterações: são as informações do militar estadual constante nos seus
assentamentos funcionais;

XXIII – Encerramento das alterações: data-limite para análise e processamento


das alterações.

XXIV – Substâncias psicotrópicas ilícitas: especificadas em lei ou relacionadas


em listas vigentes e atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da
União, são as aquelas capazes de causar dependência e/ou danos físicos e
psíquicos, assim como aquelas sujeitas a controle especial utilizadas em
desconformidade com a legislação aplicável;

XXV – Inspeção de Saúde: consiste na avaliação da capacidade fisiológica do


militar estadual para o exercício das funções exigidas, verificada através de
exame toxicológico, do tipo “larga janela de detecção”, quando exigível, e
outros definidos pela Junta Militar de Saúde;

XXVI – Exaurimento do Quadro de Acesso: situação em que todos os militares


constantes no Quadro de Acesso foram promovidos ou, ainda que estejam
integrando o quadro de acesso, não haja nenhum militar que preencha todos
os requisitos para serem promovidos, salvo a condição prevista no inciso VII do
art. 8º desta Lei Complementar.

CAPÍTULO III
DAS CONDIÇÕES BÁSICAS DE PROMOÇÃO

Art. 6º O ingresso na carreira de Praças é realizado mediante concurso público


cujos requisitos são definidos pela legislação estatutária.

Art. 7º O ato de promoção das Praças da PMES e do CBMES é de


competência dos respectivos Comandantes Gerais.

Art. 8º Para ser promovido é indispensável que o Militar Estadual esteja


incluído no respectivo Quadro de Acesso e não se enquadre em nenhuma das
seguintes condições impeditivas:

I - estar submetido a Conselho de Disciplina ou Processo Administrativo de Rito


Ordinário (PAD-RO);

II - estar na condição de desertor, desaparecido, extraviado ou ausente;

III - estar na condição de sub judice;

IV - estar preso em flagrante delito ou provisoriamente por ordem judicial,


enquanto a prisão não for revogada ou relaxada;

V - estar agregado por ter tomado posse em cargo, emprego ou função pública
civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta;
VI – estar agregado por motivo de gozo de licença para tratamento de saúde
de pessoa da família por prazo superior a 6 (seis) meses contínuos;

VII – não possuir o tempo de interstício mínimo na graduação, conforme prazos


previstos nesta Lei complementar;

VIII - estar cumprindo sursis ou pena decorrente de sentença condenatória


transitada em julgado proferida em qualquer foro criminal ou em ação de
improbidade administrativa.

§ 1º Não será considerado na condição de sub judice, para os efeitos desta Lei,
o militar estadual processado perante a justiça cuja prática do ato tenha sido
reconhecida como amparada por excludente de ilicitude, ao atuar no exercício
das atribuições de seu cargo ou em decorrência delas, ainda que fora do
serviço, no atendimento de ocorrência policial ou de bombeiro, e com a
intenção de fazer cumprir a lei nas seguintes situações:

a) por ação ou intervenção solicitada pela Corporação ou por qualquer meio de


comunicação;

b) por ação ou intervenção solicitada pela vítima ou por populares;

c) por se deparar com a prática de ato ilícito em tese.

§ 2º Não sendo promovido o militar estadual apenas em razão condição


impeditiva prevista no inciso IV, observado o art. 57 desta lei complementar,
tão logo cessem os efeitos da referida condição mediante a revogação ou
relaxamento da prisão, ocorrerá a promoção retroativamente à data em que
deveria ter ocorrido.

§ 3º A condição prevista no inciso V e VI não impede a promoção por


antiguidade.

§ 4º Cessada a condição impeditiva, o militar estadual voltará a concorrer às


promoções.

§ 5º Cumprido o sursis, considerar-se-á cessada a condição impeditiva do


inciso VIII a contar da data em que se encerraria a pena concreta.

CAPÍTULO IV
DOS CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO

Art. 9º As promoções são feitas pelos seguintes critérios:

I – Antiguidade;

II – Merecimento;

III – Merecimento intelectual;

IV – Por invalidez;
V – Post-mortem;

VI – Ressarcimento de preterição;

Seção I
Das Promoções por Antiguidade, Merecimento e Merecimento Intelectual

Art. 10º As promoções serão efetuadas anualmente por antiguidade


merecimento nas seguintes datas: 06 de abril, 25 de agosto e 25 de dezembro,
para as vagas em aberto até as respectivas datas e sem qualquer efeito
retroativo.

Art. 11 A promoção pelo critério de merecimento intelectual será procedida


pelo Comandante Geral da PMES ou do CBMES, ao término do CFSd ou do
CHS, conforme as normas de ensino em vigor nas respectivas Corporações e
se atendido o disposto nesta Lei Complementar.

Seção II
Da Promoção Post Mortem

Art. 12 A promoção post mortem é aquela que visa expressar o


reconhecimento do Estado ao militar estadual falecido no cumprimento do
dever ou em consequência disto, ou a reconhecer o direito do militar estadual a
quem cabia a promoção, não efetivada por motivo do óbito, desde que não se
enquadre nos incisos II, III e IV do Artigo 8º desta Lei complementar.

§ 1º A promoção “post mortem” independe de vaga e de estar o militar incluído


em quadro de acesso, efetivando-se por proposta do Comandante Geral ao
Governador do Estado, quando o militar falecer em uma das seguintes
situações:

I – no exercício da preservação da ordem pública ou em consequência de


ferimento, doença, moléstia ou enfermidade contraída nesta situação, ou que
nela tenha sua causa eficiente;

II – em acidente de serviço definido em legislação específica ou em


consequência de ferimento, doença, moléstia ou enfermidade contraída nesta
situação, ou que nele tenha sua causa eficiente.

§ 2º Será também promovido post mortem o militar estadual que ao falecer


satisfazia as condições de inclusão em quadros de acesso e fazia jus à
promoção pelos critérios de antiguidade ou de merecimento.

§ 3º Para efeito de aplicação do parágrafo anterior, será considerado, quando


for o caso, o último Quadro de Acesso em que a Praça ou o Oficial de
Administração falecido tenha sido incluído.

§ 4º Não se efetuará a promoção post mortem do militar estadual se ficar


apurado que a morte ocorreu em consequência da prática de conduta
atentatória à honra pessoal, ao pundonor policial militar ou ao decoro da
classe, ou em razão do descumprimento de ordem ou de preceito legal ou
regulamentar.
§5º A promoção referida neste artigo deverá ser precedida de apuração das
circunstâncias do fato, por meio de procedimento próprio regulado pelas
respectivas Instituições Militares Estaduais, e ocorrerá após a expedição de
parecer pela Junta Militar de Saúde (JMS), quando for necessário.

Seção III
Da Promoção por Ressarcimento de Preterição

Art. 13 A promoção por ressarcimento de preterição tem por objetivo reparar


situação, reconhecida na esfera administrativa ou na esfera judicial, que tenha
sobrestado a ocorrência da promoção a que o militar estadual teria direito.

Art. 14 São situações que permitem promoção por ressarcimento de


preterição:

I – quando o militar estadual recupera a capacidade para o trabalho, perdida


temporariamente em decorrência de acidente de serviço ou por gravidez e, em
função desses fatos, teve sobrestado o seu direito à promoção;

II – quando o militar estadual teve sobrestado o seu direito à promoção por


responder a processo criminal ou processo por improbidade administrativa,
sobrevindo a extinção do processo sem sentença condenatória;

III – quando o militar estadual, depois de ser submetido a Conselho de


Justificação (CJ) e, em função desse fato, teve sobrestado o seu direito à
promoção, é declarado sem culpa ou, se declarado culpado, não for
reconhecida transgressão disciplinar que afete a honra pessoal, o pundonor
militar ou o decoro da classe;

IV – quando o militar estadual, depois de ser submetido a Conselho de


Disciplina (CD) ou Processo Administrativo Disciplinar de Rito Ordinário (PAD-
RO) e, em função desse fato, teve sobrestado o seu direito à promoção, é
declarado sem culpa ou, se declarado culpado, permanecer no mínimo no
comportamento militar estadual “bom”;

V – quando por falha administrativa, a qual não deu causa ou não contribuiu
para a sua existência, o militar estadual teve sobrestado o seu direito à
promoção;

VI – quando depois de desaparecido, extraviado ou ausente, justifica o seu


afastamento;

VII – AGUARDAR TEXTO DA CPO, SERÁ INCLUÍDA A PREVISÃO PARA AS


VAGAS SURGIDAS ENTRE A DATA DE APURAÇÃO E A DATA DA
RESPECTIVA PROMOÇÃO.

Art. 15 A matrícula no Curso de Habilitação de Sargentos (CHS) do militar


estadual da ativa enquadrado no art. 14 só será efetivada, em ressarcimento
de preterição, se no processo seletivo do Curso que não pôde participar tenha
sido aprovado e classificado dentro do limite de vagas.
Art. 16 O militar estadual da ativa enquadrado no art. 14 e 15, se
posteriormente aprovado no CHS substitutivo do que deixou de realizar, será
reposicionado na turma a que pertenceria de acordo com a sua nota final.

Art. 17 A matrícula em CHS, em ressarcimento de preterição, na forma dos


arts. 15 e 16, será sempre efetivada com ocupação de vaga.

Art. 18 O militar estadual, enquadrado no art. 14, que se encontrar enquadrado


ou agregado na forma da alínea “b” do § 1º do art. 75 da Lei nº 3.196, de 1978,
ou ter sido transferido em definitivo para a inatividade, será promovido em
ressarcimento de preterição, sendo classificado na turma de CHS a que
pertenceria se não fosse a condição impeditiva, sendo-lhe atribuída a nota final
auferida no último curso de formação ou habilitação do qual participou, desde
que tenha participado de todo o processo seletivo e aprovado dentro do limite
de vagas.

Art. 19 O militar estadual que durante o Curso de Formação de Soldados


(CFSd) ou no Curso de Habilitação de Sargentos (CHS) estiver na condição de
sub judice nos termos definidos por esta Lei Complementar, ou vier a
responder a Conselho de Disciplina (CD) ou Processo Administrativo
Disciplinar de Rito Ordinário (PAD-RO) ou Processo Administrativo Disciplinar
de Rito Sumário (PAD-RS) não solucionado até o final do curso, aguardará na
graduação que se encontrar.

§ 1º O militar de que trata o caput deste artigo somente poderá ser promovido,
se satisfeitas as seguintes condições:

I – quando o militar estadual teve sobrestado o seu direito à promoção por


responder a processo criminal ou processo por improbidade administrativa
dolosa e sobrevier extinção do processo sem sentença condenatória;

II – quando o militar estadual teve sobrestado o seu direito à promoção por


responder a Conselho de Disciplina (CD) ou Processo Administrativo
Disciplinar de Rito Ordinário (PAD-RO) ou Processo Administrativo Disciplinar
de Rito Sumário (PAD-RS) e for declarado sem culpa ou, se declarado culpado,
permanecer no mínimo no comportamento militar estadual “bom”;

III – ser aprovado no respectivo curso.

§ 2º O militar estadual que satisfizer as condições previstas no § 1º deste


artigo, será promovido a contar da data a que teria direito, devendo ser
reposicionado na turma a que pertenceria se não fosse a condição impeditiva,
de acordo com a sua nota final.

§ 3º Se o militar não satisfizer as condições previstas no § 1º deste artigo será


desligado do respectivo curso.

Art. 20. O militar estadual promovido em ressarcimento de preterição retornará


à sua posição no respectivo quadro, ficando na condição de excedente o que
ocupar o último lugar na escala hierárquica.
§ 1º À medida que forem surgindo vagas nos quadros, os excedentes serão
absorvidos, sendo que novas promoções só ocorrerão depois que os
excedentes forem absorvidos e surgirem novas vagas.

§ 2º A promoção do militar estadual em ressarcimento de preterição será


efetuada segundo os critérios de antiguidade, merecimento ou merecimento
intelectual, recebendo ele o número que lhe competia na escala hierárquica
como se houvesse sido promovido na época devida.

Seção IV
Da Promoção por Invalidez

Art. 21 A promoção por invalidez é aquela que visa a expressar o


reconhecimento do Estado ao militar estadual lesionada gravemente no
cumprimento do dever ou em consequência disto, desde que não se enquadre
nos incisos II, III e IV do Artigo 8º desta Lei Complementar.

§1º Efetivada por proposta do Comandante Geral ao Governador do Estado,


mediante processo regular, a promoção por invalidez ocorrerá, independente
de vaga, de data própria e de estar incluído em Quadro de Acesso, quando o
Oficial de Administração ou a Praça sofrer, no cumprimento de suas funções e
no exercício de atividade policial militar ou bombeiro militar, lesões que o
tornem definitivamente incapacitado ou inválido permanentemente para o
serviço ativo da respectiva Instituição Militar Estadual.

§ 2º Para efeito de aplicação do parágrafo anterior, serão consideradas lesões


sofridas pelo Oficial de Administração ou pela Praça no cumprimento de
funções e no exercício de atividade policial militar ou bombeiro militar, ocorridas
nas seguintes situações:

I - no exercício da preservação da ordem pública ou em consequência de


ferimento, doença, moléstia ou enfermidade contraída nesta situação, ou que
nela tenha sua causa eficiente;

II – em acidente de serviço definido em legislação específica ou em


consequência de ferimento, doença, moléstia ou enfermidade contraída nesta
situação, ou que nele tenha sua causa eficiente.

§ 3º A promoção referida neste artigo deverá ser precedida de apuração das


circunstâncias do fato, por meio de procedimento próprio regulado pela
Instituição Militar Estadual, e ocorrerá após a expedição de parecer pela Junta
Militar de Saúde (JMS).

§ 4º O ato de promoção por invalidez retroage, para todos os fins e efeitos


legais, à data do fato que a provocou ou, quando essa data não puder ser
determinada, à data da ata contendo parecer da JMS declaratório da invalidez.

§ 5º Compete ao órgão de direção setorial de recursos humanos da Instituição


Militar Estadual providenciar a análise e os atos de implementação da
promoção por invalidez.
§ 6º O militar estadual incluído no Quadro de Acesso e que for, posteriormente,
julgado inválido ou incapaz definitivamente para o serviço de natureza policial
ou bombeiro militar, em exame de saúde, deverá ser promovido, independente
de vaga e data.

§ 7º Após o parecer conclusivo de relação de causa e efeito da JMS poderá o


interessado ou seu representante legal requerer a promoção por invalidez, que
será encaminhada à Comissão de Promoção de Praças.

§ 8º Não se efetuará a promoção por incapacidade ou por invalidez do militar


estadual se ficar apurado que as lesões ocorreram em consequência de
conduta atentatória à honra pessoal, ao pundonor policial militar ou ao decoro
da classe, ou em razão do descumprimento de ordem ou de preceito legal ou
regulamentar.

§ 9º O militar estadual promovido na forma do “caput” terá seu provento fixado


com base no valor do subsídio da graduação a que foi promovido, e na última
referência da tabela de subsídio, ou com a remuneração calculada com base
no soldo integral correspondente à graduação a que foi promovido, ambos a
contar da data fixada conforme o § 4º deste artigo.

CAPÍTULO V
DAS CONDIÇÕES DE PROMOÇÃO

Art. 22. Para promoção pelos critérios de merecimento intelectual,


merecimento e antiguidade é indispensável que os militares estaduais
atendam, dentre outras estabelecidas nesta Lei Complementar, as seguintes
condições:

I - para ser promovido à graduação de Soldado, o Aluno Soldado (Al Sd) deve
ser aprovado no Curso de Formação de Soldados (CFSd);

II - para ser promovido à graduação de Cabo, o militar estadual deve estar na


graduação de Soldado e ter, no mínimo, 05 (cinco) anos de efetivo serviço na
respectiva Corporação, computados na forma da Lei nº 3.196, de 1978

III - para ser promovido à graduação de 3º Sargento, o Aluno Sargento (Al Sgt)
deve ser aprovado no Curso de Habilitação de Sargentos (CHS);

IV - para ser promovido à graduação de 2º Sargento, o militar estadual deve


estar na graduação de 3º Sargento e ter, no mínimo, 02 (dois) anos de
interstício nesta graduação; 1

V - para ser promovido à graduação de º Sargento, o militar estadual deve


estar na graduação de 2º Sargento e ter, no mínimo, 02 (dois) anos de
interstício nesta graduação;

VI – para ser promovido à graduação de Subtenente, o militar estadual deve


estar na graduação de 1º Sargento e ter, no mínimo, 02 (dois) anos de
interstício nesta graduação;
Parágrafo único. Entende-se por interstício o lapso de tempo estabelecido
como o mínimo necessário para que o militar se habilite à promoção à
graduação ou posto subsequente, em conformidade com a disposição
estatutária prevista no art. 57 da Lei nº 3.196, de 1978.

Art. 23 As promoções ocorrerão dentro de cada qualificação de Praças nas


seguintes proporções:

I – para as graduações de Soldado e 3º Sargento, as promoções obedecerão


somente ao critério de merecimento intelectual e se darão logo após a
aprovação nos respectivos Cursos de Formação ou Habilitação, dentro da
estrita ordem decrescente de classificação final obtida;

II – para a graduação de Cabo as promoções obedecerão aos critérios de 2/3


(dois terços) por antiguidade e 1/3 (um terço) por merecimento, efetuadas nas
datas de 06 de abril, 25 de agosto, e 25 de dezembro, conforme disposto no
art. 10º desta Lei Complementar.

III - para as graduações de 2º Sargento, 1º Sargento e Subtenente, as


promoções obedecerão aos critérios de metade por merecimento e metade por
antiguidade, efetuadas nas datas de 06 de abril, 25 de agosto, e 25 de
dezembro, conforme disposto no art. 10º desta Lei Complementar.

§ 1º Para o preenchimento das vagas previstas no inciso II deste artigo, nas


datas nele referidas, as promoções serão efetuadas por antiguidade e
merecimento, obedecendo-se às frações estabelecidas, nos seguintes termos:

a) o preenchimento das vagas dar-se-á primeiramente por antiguidade, até que


se complete a fração respectiva e, em seguida, por merecimento;

b) havendo 01 (uma) única vaga a ser preenchida, a promoção deverá ser


efetuada por antiguidade;

c) havendo 02 (duas) vagas a serem preenchidas, uma promoção será por


antiguidade e a outra por merecimento;

d) havendo mais de 03 (três) vagas a serem preenchidas e não restando


número inteiro após o fracionamento, a vaga que não puder ser dividida será
usada para promoção por antiguidade.

§ 2º Para o preenchimento das vagas previstas no inciso III deste artigo, nas
datas nele referidas, deverá ser obedecida a proporcionalidade prevista,
iniciando pelo critério de antiguidade, alternando com o critério de
merecimento, observada a última promoção ocorrida, mesmo quando da
publicação de novo Quadro de Acesso.

CAPÍTULO VI
DOS RECURSOS

Art. 24. O militar estadual que se sentir prejudicado, por ato administrativo
intrínseco à aplicação desta Lei Complementar, justificando os motivos, poderá
recorrer ao Comandante Geral da PMES ou do CBMES.
§ 1º Os recursos deverão ser interpostos no prazo máximo de 05 (cinco) dias
úteis, contados a partir da data da publicação do ato no respectivo boletim.

§ 2º Os Comandantes terão prazo de até 20 (vinte) dias úteis para julgar o


recurso, não cabendo novo recurso da decisão proferida.

§ 3º Os prazos desta Lei Complementar serão computados excluindo o dia do


começo e incluindo o dia do vencimento.

§ 4º Se o dia do vencimento cair em dia não útil considerar-se-á prorrogado o


prazo até o primeiro dia útil seguinte.

TÍTULO II
DA CARREIRA DE PRAÇAS

Art. 25. O ingresso na carreira de Praças é realizado mediante concurso


público específico para cada quadro, cujos requisitos são definidos pela
legislação estatutária.

Art. 26. A carreira de Praças é composta pelas seguintes qualificações:

I - na PMES: Qualificação Policial Militar de Praças Combatentes (QPMP-C),


Qualificação Policial Militar de Praças Músicos (QPMP-M) e Qualificação
Policial Militar de Praças Auxiliares de Saúde (QPMP-S);

II - no CBMES: Quadro de Praças Combatentes Bombeiros Militares (QPCBM).

Art. 27. É vedada a migração entre as carreiras e qualificações de Praças da


PMES e do CBMES sem a aprovação em concurso público destinado ao seu
provimento.

Art. 28. O quantitativo do efetivo dos quadros de Praças, por graduações, será
o estabelecido conforme lei de fixação do efetivo das corporações em vigor.

CAPÍTULO I
DAS PROMOÇÕES

Seção I
Dos Critérios para as Promoções

Art. 29. As promoções na carreira de Praças ocorrerão a partir de critérios


distintos definidos no Capítulo IV do Título I desta Lei Complementar.

Seção II
Da Avaliação de Títulos e Desempenho Profissional

Art. 30. A Avaliação de Títulos e Desempenho Profissional (ATDP), prevista


nesta Seção, consiste na valoração dos aspectos pessoais, morais,
acadêmicos, físicos e profissionais do Soldado, 3º Sargento, 2º Sargento e 1º
Sargento com o objetivo de confeccionar Quadro de Acesso para promoção
pelo critério de merecimento às graduações de Cabo, 2º Sargento, 1º Sargento
e Subtenente.
Art. 31. A ATDP será obtida somando-se a pontuação referente aos Títulos, ao
Mérito Militar e ao Mérito Disciplinar.

Art. 32. Os Títulos serão assim pontuados:

I – se aprovado em Curso de Formação de Soldados (CFSd) ou Curso de


Habilitação de Sargentos (CHS), oferecidos pela PMES ou CBMES, as médias
finais dos respectivos cursos serão convertidas em conceito acadêmico, com
as seguintes correspondências:

a) caso a média final de curso seja igual ou superior a 9,0 (nove) até a 10,0
(dez), será devida a conversão no conceito acadêmico “Excelente”, ao qual
será atribuído 03 (três) pontos;

b) caso a média final de curso seja igual ou superior a 8,0 (oito) e inferior a 9,0
(nove), será devida a conversão no conceito acadêmico “Muito Bom”, ao qual
será atribuído 02 (dois) pontos;

c) caso a média final de curso seja inferior a 8,0 (oito), será devida a conversão
no conceito acadêmico “Bom”, ao qual será atribuído 01 (um) ponto.

II - os cursos referentes à educação superior serão valorados da seguinte


forma:

a) se diplomado em curso superior, em nível sequencial, realizado em


estabelecimento de educação superior, devidamente reconhecido pelo órgão
federal competente: 0,4 (quatro décimos) de ponto;

b) se diplomado em curso superior, em nível de graduação ou tecnologia,


realizado em estabelecimento de educação superior, devidamente reconhecido
pelo órgão federal competente: 0,6 (seis décimos) de ponto.

c) se diplomado em curso de pós-graduação lato sensu, devidamente


reconhecido pelo órgão federal competente: 0,8 (oito décimos) pontos;

d) se diplomado em curso de pós-graduação stricto sensu, com a titulação de


mestrado ou doutorado devidamente reconhecido pelo órgão federal
competente: 1,0 (um) ponto.

§ 1º Será pontuado o curso de educação superior de maior valoração, sendo


vedada a cumulatividade.

§ 2º Exclusivamente no âmbito do CBMES, no Quadro de Acesso por


Merecimento para promoção à graduação de Cabo, observar-se-á o seguinte:

I – Se possuidor da Carteira Nacional de Habilitação, segundo o Código de


Trânsito Brasileiro, na categoria “C” ou “D”: 2,0 (dois) pontos;

II – Se possuidor da Carteira Nacional de Habilitação, segundo o Código de


Trânsito Brasileiro, na categoria “E”: 3,0 (três) pontos.
§ 3º A regra prevista no § 2º deste artigo, entrará em vigor a partir de
1º.01.2020.

Art. 33. O Mérito Militar será composto pelo somatório da pontuação referente
ao Comportamento Militar Estadual, à Medalha “Valor Policial Militar” ou “Valor
Bombeiro Militar”, à experiência profissional e à capacitação física do Militar
Estadual.

§ 1º A pontuação do Comportamento Militar Estadual será aferida da seguinte


forma:

I - estar no Comportamento Militar Estadual excepcional: 3,0 (três) pontos;

II - estar no Comportamento Militar Estadual ótimo: 1,0 (um) ponto.

§ 2º Para aferir a pontuação referente à Medalha “Valor Policial Militar” ou


“Valor Bombeiro Militar” será computado, de forma cumulativa, o somatório dos
valores correspondentes às medalhas conforme classificação abaixo:

I - possuir a Medalha “Valor Policial Militar” ou “Valor Bombeiro Militar”, na cor


bronze: 1,0 (um) ponto;

II - possuir a Medalha “Valor Policial Militar” ou “Valor Bombeiro Militar”, na cor


prata: 1,0 (um) ponto;

III - possuir a Medalha “Valor Policial Militar” ou “Valor Bombeiro Militar”, na cor
ouro: 1,0 (um) ponto.

§ 3º A pontuação relativa à experiência profissional será obtida pelo somatório


dos pontos relativos ao tempo de efetivo serviço, cumulativamente:

I - 0,5 (cinco décimos) de ponto por ano de efetivo serviço na graduação atual;

II – 1,00 (um) ponto por ano de efetivo serviço a contar da data de promoção à
graduação de 3º Sargento, para as promoções às graduações de 2º Sargento,
1º Sargento e Subtenentes.

§ 4º Tempo de efetivo serviço é aquele computado na forma da Lei nº 3.196, de


1978.

§ 5º A pontuação relativa à capacitação física, consistente na submissão ao


TAF (Teste de Aptidão Física) que será aplicado por comissão de aplicação
designada pela Instituição Militar Estadual, com base em tabelas de exercícios
publicadas previamente, será computada da seguinte forma:

I – Média final no TAF inferior a 5,00 (cinco) será convertida em conceito


Insuficiente atribuindo-se 0,0 (zero) ponto;

II – Média final no TAF igual ou superior a 5,00 (cinco) e inferior a 7 (sete) será
convertida em conceito bom atribuindo-se 0,5 (meio) ponto;
III – Média final no TAF igual ou superior a 7,00 (sete) será convertida em
conceito muito bom atribuindo-se 1,0 (um) ponto;

a) O teste de aptidão será realizado anualmente, em datas a serem definidas


pela Instituição Militar Estadual, preferencialmente no primeiro semestre e
antes da data de encerramento das alterações para a confecção de quadros de
acesso.

b) Nos casos de impossibilidade de realização do TAF, em razão de estar a


Praça incapacitada por dispensa ou licença médica expedida por Junta Militar
de Saúde, será considerado, para fins de atribuição de pontuação, o conceito
obtido no TAF realizado no ano anterior.

c) Quando em função da impossibilidade de realização do TAF, em razão de


estar o militar estadual incapacitado por dispensa ou licença médica expedida
por Junta Militar de Saúde, a Praça não realizar o TAF por 02 (dois) anos
consecutivos, e a lesão ou doença não possuir relação de causa e efeito com o
serviço, será computado, para fins de atribuição de pontuação, o conceito
insuficiente.

d) Quando em função da impossibilidade de realização do TAF, em razão de


estar o militar estadual incapacitado por dispensa ou licença médica expedida
por Junta Militar de Saúde, a Praça não realizar o TAF por 02 (dois) anos
consecutivos, e a lesão ou doença possuir relação de causa e efeito com o
serviço, será computado, para fins de atribuição de pontuação, o conceito
obtido no último TAF realizado.

e) Aplica-se no caso de impossibilidade de realização do TAF em razão de


gravidez da Praça, atestada por Junta Militar de Saúde, o disposto nos
parágrafos 2º e 4º deste artigo.

f) O não comparecimento injustificado da Praça para realizar o TAF, implicará


em desconto de 1,0 (um) ponto do somatório apurado em sua ATDP.

Art. 34. O Mérito Disciplinar tem como objetivo estimular a melhoria ou


manutenção do comportamento disciplinar adequado, bem como estabelecer
um diferencial de mérito em relação àquele que não o tem.

Paragrafo único – Cada militar estadual receberá individualmente 10 (dez)


pontos, para cada quadro de acesso, não cumulativos.

Art. 35. Para cada punição decorrente de transgressão disciplinar apurada ao


final do processo administrativo disciplinar, constantes nos assentamentos
funcionais, descontar-se-á, de forma cumulativa, do somatório apurado na
ATDP do militar estadual:

I – 0,5 (cinco décimos) de ponto por punição decorrente de transgressão do


tipo leve – advertência ou repreensão;

II – 1,0 (um) ponto por punição decorrente de transgressão do tipo média;


III – 2,0 (dois) pontos por punição decorrente de transgressão do tipo grave;

IV – 4,0 (quatro) pontos por punição decorrente de transgressão do tipo


gravíssima;

§ 1º Após ser reabilitado da sanção disciplinar, cessarão os respectivos


descontos.

§ 2º Em qualquer caso, quando os valores a serem subtraídos forem maiores


que o previsto no parágrafo único do artigo anterior, o resultado será “zero”.

CAPÍTULO II
DO CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS

Art. 36. O Curso de Formação de Soldados (CFSd) é destinado a brasileiros


possuidores de, no mínimo, ensino médio ou equivalente reconhecido pelo
órgão competente, que ingressam na carreira de Praças, sendo desenvolvido
para qualificar o futuro Soldado para a execução direta das atividades
específicas do seu quadro.

§ 1º O ingresso no CFSd, cujos requisitos são estabelecidos na legislação


estatutária, se dará por meio de concurso público e sua carga horária mínima
será de 1500 (mil e quinhentas) horas-aulas, devendo ser incluído nesta carga
horária, o estágio profissional supervisionado de no máximo 180 horas.

§ 2º Concluindo com êxito o CFSd, o Aluno Soldado será promovido à


graduação de Soldado do respectivo quadro.

§ 3º O Soldado com menos de 05 (cinco) anos de efetivo serviço na respectiva


Corporação, computados na forma da Lei nº 3.196, de 1978, deverá ser
obrigatoriamente empregado na execução da atividade-fim do seu quadro em
suas unidades operacionais, salvo se possuir qualificação técnica
imprescindível à execução de atividade administrativa, mediante autorização do
Comandante Geral justificada e publicada em Boletim da Corporação.

CAPÍTULO III
DO CURSO DE HABILIAÇÃO DE SARGENTOS

Seção I
Da Finalidade

Art. 37. O Curso de Habilitação de Sargentos (CHS) é destinado a preparar os


futuros Sargentos para a execução de atividades inerentes ao cargo nos
termos do art. 35 da Lei nº 3.196, de 1978.

Parágrafo único. A carga horária mínima para o CHS será de 900


(novecentas) horas-aulas.

Seção II
Do Processo Seletivo para o Curso de Habilitação de Sargentos
Art. 38. O processo seletivo para o CHS selecionará Cabos com no mínimo 02
(dois) anos de interstício nesta graduação, computados na forma da Lei nº
3.196, de 1978, para ingressarem no curso e serem habilitados à progressão
na carreira do respectivo quadro.

Art. 39. As normas de funcionamento do CHS serão reguladas pelos


Comandantes Gerais das respectivas Corporações, observadas as regras
constantes na presente Lei Complementar.

Art. 40. O processo seletivo será iniciado por meio de publicação de Diretriz
quando:

I na PMES houver um Claro mínimo de 80 (oitenta) vagas na graduação de 3º


Sargento QPMP-C;

II no CBMES houver um Claro mínimo de 20 (vinte) vagas na graduação de 3º


Sargento.

§ 1º O claro para o CHS será apurado no dia 31 de agosto de cada ano, sendo
esta a data de encerramento das alterações dos candidatos.

§ 2º Serão acrescidas às vagas do CHS o quantitativo de vagas surgidas até a


publicação do resultado final do processo seletivo, limitado ao número de 240
(duzentos e quarenta) vagas na PMES e 50 (cinquenta) vagas no CBMES.

§ 3º A Diretriz deverá ser publicada pelos Comandantes Gerais no prazo


máximo de 10 (dez) dias úteis contados da data do encerramento das
alterações.

§ 4º A matrícula no CHS dos aprovados dentro das vagas do processo seletivo


deverá, dentro das possibilidades da Administração Pública, ser feita no prazo
máximo de 180 (cento e oitenta dias) da publicação da Diretriz, devendo o
curso ser iniciado no mês de março do ano subsequente.

Art. 41. O processo de seleção para ingresso no CHS obedecerá às seguintes


proporções:

I – 2/3 (dois terços) das vagas pelo critério de antiguidade;

II – 1/3 (um terço) das vagas pelo critério de merecimento.

Paragrafo único – Não restando número inteiro após o fracionamento, a vaga


que não puder ser dividida será usada para disponibilizada para o critério de
antiguidade.

Art. 42. As vagas por antiguidade serão preenchidas pelos Cabos mais antigos
de cada quadro, desde que atendam aos demais requisitos desta Lei
Complementar.

Art. 43. As vagas pelo critério intelecto-profissional serão preenchidas pelos


Cabos aprovados na Prova de Conhecimento Intelecto-Profissional (PCIP), na
estrita ordem decrescente de classificação, desde que atendam aos demais
requisitos desta Lei Complementar.

Art. 44. As vagas a que se refere o § 2º do art. 40 desta lei complementar


serão distribuídas na PMES nas seguintes proporções:

I – 85% para os militares provenientes da Qualificação Policial Militar de Praças


Combatentes (QPMP-C);

II – 10% para os militares provenientes da Qualificação Policial Militar de


Praças Auxiliares de Saúde (QPMP-S);

III – 5% para os militares provenientes da Qualificação Policial Militar de Praças


Músicos (QPMP-M).

Parágrafo único – As vagas não preenchidas poderão ser remanejadas entre


as qualificações conforme diretriz do respectivo processo seletivo.

Seção III
Da Prova de Conhecimento Intelecto-Profissional

Art. 45. A Prova de Conhecimento Intelecto-Profissional (PCIP), prevista nesta


Seção, tem como objetivo aferir o nível de conhecimento intelectual e
profissional do Cabo.

Art. 46. A PCIP será elaborada e aplicada pelas Corporações, ou por


instituições de ensino ou por fundação ou por empresa privada, conforme
Diretrizes dos respectivos Comandantes Gerais.

§ 1º A PCIP será composta de 100 (cem) questões objetivas abrangendo


conhecimentos específicos, com 05 (cinco) horas de duração, conforme
conteúdo programático previsto pelas respectivas Corporações.

§ 2º O conteúdo programático deverá ser elaborado pelo setor de ensino das


Corporações e publicado nos respectivos boletins no mês de dezembro, com
efeito para o ano seguinte.

§ 3º Caso ocorra empate na PCIP, o desempate será feito pela antiguidade do


militar.

§ 4º A PCIP terá caráter meramente classificatório.

Seção IV
Dos requisitos para ser matriculado no Curso de Habilitação de Sargentos

Art. 47. Para ser matriculado no CHS são exigidos os seguintes requisitos,
apurados na data do encerramento das alterações:

I - ser Cabo da respectiva qualificação com no mínimo 02 (dois) anos de


interstício nesta graduação, computados na forma da Lei nº 3.196, de 1978;

II - estar apto em inspeção de saúde, segundo normas internas da corporação;


III - ser aprovado em exame toxicológico, do tipo “larga janela de detecção” ou
outro de aferição superior, realizado em caráter confidencial e comprovado pela
Diretoria de Saúde;

IV - estar classificado, no mínimo, no comportamento militar estadual “bom”;

V - não estar respondendo a Conselho de Disciplina (CD) ou Processo


Administrativo Disciplinar de Rito Ordinário (PAD-RO);

VI - não estar enquadrado ou agregado na forma do artigo 75, § 1º, “b” da Lei
nº 3.196, de 1978;

VII - não estar na condição de sub judice, nos termos desta lei complementar;

VIII - não estar cumprindo sursis ou pena decorrente de sentença condenatória


transitada em julgado proferida em qualquer foro criminal ou em ação de
improbidade administrativa;

IX - não estar na condição de desertor, desaparecido, extraviado ou ausente,


conforme legislação vigente;

X - não estar em gozo de licença para tratar de interesse particular;

XI - não estar em licença para tratamento de saúde de pessoa da família.

Art. 48 O resultado do exame toxicológico, previsto no inciso III do artigo


anterior, deverá ser disponibilizado antes da realização da matrícula no curso.

§ 1º O militar estadual que se recusar a se submeter ao exame toxicológico


previsto no inciso III artigo anterior, ou que apresentar resultado positivo para
uma ou mais substâncias psicotrópicas ilícitas, será considerado inapto em
inspeção de saúde, afastado de suas funções e submetido a Processo
Administrativo Disciplinar de Rito Ordinário (PAD-RO) ou Conselho de
Disciplina.

§ 2º A recusa poderá ser expressa ou tácita, podendo esta se constituir, dentre


outras hipóteses, pelo não comparecimento ao local de coleta do material, ou
pelo comparecimento em qualquer condição injustificável, a juízo do Diretor de
Recursos Humanos, que inviabilize o fornecimento do material biológico.

§ 3º Caso o militar estadual não compareça ao local de coleta do material, em


virtude de se encontrar afastado total e temporariamente do serviço, nos
termos da legislação vigente, poderá solicitar a suspensão dos efeitos da
incidência do disposto no § 1º deste artigo, por intermédio da instauração de
processo regular no âmbito do setor responsável da Diretoria de Recursos
Humanos, que, ao final, no prazo de 30 (trinta) dias, pronunciar-se-á
definitivamente sobre a procedência, ou não, da justificativa apresentada.

§ 4º A suspensão prevista no § 3º deste artigo, deverá ser requerida ao Diretor


de Recursos Humanos, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de
realização do exame.
§ 5º A circunstância de encontrar-se o militar estadual afastado de suas
funções por dispensa médica ou por licença para tratamento de saúde própria
não o exime da obrigação de comparecer ao local de coleta do material e de
realizar o exame, salvo se a moléstia impossibilitar o comparecimento, hipótese
em que o militar deverá franquear, no mesmo dia, o acesso dos integrantes da
Diretoria de Recursos Humanos até o local onde se encontre.

§ 6º Comparecendo ao local de coleta do material sem qualquer condição de


submeter-se ao exame toxicológico mediante o fornecimento de material
biológico, o militar estadual deverá apresentar imediatamente, no ato de seu
comparecimento, justificativa endereçada ao Diretor de Recursos Humanos
para que esta adote as providências cabíveis, na forma do § 3º deste artigo.

§ 7º O militar estadual que apresentar resultado positivo para uma ou mais


substâncias psicotrópicas ilícitas no exame de prova poderá requerer, no prazo
de 10 (dez) dias, contados da data de sua notificação, o exame de contraprova.
Persistindo o resultado positivo, poderá recorrer ao Diretor de Recursos
Humanos, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data de sua nova
notificação, para que este adote as providências cabíveis, na forma do § 3º
deste artigo.

§ 8º As justificativas que poderão ser apresentadas, para a hipótese prevista no


§ 6º, restringir-se-ão à alegação de utilização regular, impugnação quanto à
especificação em lei ou à associação em listas vigentes e atualizadas
periodicamente pelo Poder Executivo da União, das substâncias psicotrópicas
ilícitas detectadas no exame toxicológico, ou, ainda, ao esclarecimento das
circunstâncias em que foram consumidas referidas substâncias.

§ 9º A Diretoria de Recursos Humanos poderá, a qualquer tempo, convocar o


militar estadual para se submeter a exame toxicológico, independentemente da
data de convocação ou realização do último exame, ou de vir a figurar em
quadros de acesso à promoção.

§ 10º O Comandante Geral regulamentará o rito do disposto neste artigo por


portaria.

Seção V
Das demais regras para o Curso de Habilitação de Sargentos

Art. 49. O Curso de Habilitação de Sargentos (CHS) apresenta caráter


classificatório e eliminatório.

Parágrafo único – A vaga do aluno do CHS desligado por qualquer motivo ou


reprovado será destinada para o próximo CHS, sem qualquer efeito retroativo.

Art. 50. O aluno do CHS será desligado do curso, a qualquer tempo, e


retornará à posição que ocupava na relação de antiguidade e na sua
qualificação de origem, nas seguintes situações:

I – deixar de atender a algum dos requisitos previstos no artigo 47, incisos IV,
VI, VIII, IX, X e XI desta Lei Complementar;
II - por motivos acadêmico-escolares;

III - reforma;

IV - ter sido julgado incapaz definitivamente para o serviço da PMES ou


CBMES pela Junta Militar de Saúde (JMS).

Art. 51. Para participar do processo seletivo é obrigatório que o Cabo tenha, no
mínimo, 02 (dois) anos de interstício nesta graduação, apurados na data do
encerramento das alterações prevista no § 3º do art. 40 desta Lei
Complementar e se inscreva na forma e prazo previstos na Diretriz do certame.

CAPÍTULO IV
DOS QUADROS DE ACESSO

Seção I
Da Organização dos Quadros de Acesso

Art. 52. Os Quadros de Acesso, regulados por esta Seção, serão utilizados
para as promoções às graduações de Cabo, 2º Sargento, 1º Sargento e
Subtenente.

Art. 53. Os Quadros de Acesso serão organizados separadamente para as


promoções pelos critérios de antiguidade e merecimento.

§ 1º Quadro de Acesso por Antiguidade é a relação das Praças em ordem


decrescente de antiguidade.

§ 2º Quadro de Acesso por Merecimento é a relação das Praças em ordem


decrescente da Avaliação de Títulos e Desempenho Profissional (ATDP)
prevista na Seção II do Capítulo I deste Título.

Art. 54. O encerramento das alterações para a formação dos quadros de


acesso será no dia 31 de dezembro de cada ano.

Parágrafo único. Os quadros de acesso serão publicados anualmente até o


dia 15 (quinze) do mês de fevereiro, com vigência para o preenchimento do
claro existente em: 06 de abril, 25 de agosto e 25 de dezembro do ano da sua
publicação.

Art. 55. Os Quadros de Acesso para as promoções às graduações de 2º


Sargento, 1º Sargento e Subtenente serão limitados a 25% (vinte e cinco por
cento) do efetivo previsto em cada nível hierárquico, no qual o militar estadual
se encontre, dentro das respectivas qualificações.

§ 1º Os Quadros de Acesso para as promoções à graduação de Cabo serão


limitados a 15% (quinze por cento) do efetivo previsto de Soldado, observadas
as qualificações.

§ 2º Quando o resultado do percentual não for número inteiro, tomar-se-á o


número inteiro imediato posterior.
§ 3º Quando da abertura do Quadro de Acesso existirem vagas acima do
percentual previsto no caput deste artigo, serão chamados militares estaduais
até o número de vagas a preencher.

§ 4º Os quantitativos dos quadros de acesso poderão deixar de ser atingidos,


desde que, dentre os militares estaduais que os devam integrar, existam alguns
que não satisfaçam todos os requisitos para inclusão.

§ 5º O Quadro de Acesso por Antiguidade será organizado dentre os militares


estaduais mais antigos de cada nível hierárquico, posicionando-os em ordem
decrescente de antiguidade, obedecendo ao percentual previsto no caput e no
§ 1º deste artigo.

§ 6º O Quadro de Acesso por Merecimento será organizado dentre os militares


que integram o quadro de acesso por antiguidade, posicionando-os em ordem
decrescente dos pontos da ATDP. Havendo igualdade no somatório dos pontos
para a composição do quadro de acesso por merecimento, prevalecerá a
antiguidade.

§ 7º O militar estadual que se encontrar agregado na forma do inciso XII da


alínea “c” do § 1º do art. 75 da Lei nº 3.196, de 1978, não figurará no quadro de
acesso por merecimento, só podendo ser promovido por antiguidade.

Art. 56. Quando os Quadros de Acesso se exaurirem deverão ser publicados


Quadros de Acesso Extraordinários em até 45 (quarenta e cinco) dias,
contados a partir da data em que ocorrer o exaurimento.

§ 1º A confecção dos Quadros de Acesso Extraordinários adotará as mesmas


regras utilizadas na confecção dos Quadros de Acesso.

§ 2º A data do encerramento das alterações para a confecção dos Quadros de


Acesso Extraordinários é a data do exaurimento dos Quadros de Acesso.

Art. 57. Para ser incluído nos quadros de acesso, o militar estadual deve
satisfazer os seguintes requisitos, além das demais regras previstas nesta Lei
Complementar:

I - estar apto em inspeção de saúde, segundo normas internas da corporação;

II - estar classificado, no mínimo, no comportamento militar estadual “bom”;

III - não estar enquadrado ou agregado na forma do artigo 75, § 1º, “b” da Lei
nº 3.196, de 1978;

IV – não estar na condição de desertor, desaparecido, extraviado ou ausente,


conforme legislação vigente;

V – não estar em gozo de licença para tratar de interesse particular.

Parágrafo único Exclusivamente no âmbito do CBMES, observar-se-á o


seguinte:
a) só poderá ingressar no quadro de acesso à graduação de Cabo, o Soldado
que tiver concluído com aproveitamento o Curso de Condutor Operador - CCO,
segundo Normas de Planejamento e Conduta de Ensino - NPCE;

b) em qualquer caso, não sendo possível a realização do CCO, a regra prevista


neste parágrafo não será aplicada, se o Comandante Geral do CBMES não
disponibilizar a todos os candidatos que satisfizerem os requisitos para o
respectivo curso, antes da data prevista de publicação dos quadros de acesso;

c) o CCO será ofertado a todos os candidatos ao quadro de acesso, para


promoção a Cabo, melhores classificados segundo as determinações do § 1º
do art. 53, desta Lei Complementar, salvo aos que já o possuírem;

d) a exigência do CCO, para confecção dos quadros de acesso, não seguirá a


data de alteração prevista no caput do artigo 54 desta Lei Complementar
devendo ser observada antes da publicação dos referidos quadros.

e). A regra prevista no parágrafo único deste artigo, entrará em vigor a partir de
1º.01.2020.

Seção II
Da Exclusão dos Quadros de Acesso

Art. 58. O militar estadual será excluído dos quadros de acesso, a qualquer
tempo, sempre que ocorrer uma das seguintes circunstâncias:

I - deixar de atender a algum dos requisitos previstos no art. 57 desta Lei


Complementar;

II - morte;

III - reforma;

IV - promoção;

V - ter sido julgado incapaz definitivamente para o serviço da PMES ou CBMES


pela Junta Militar de Saúde (JMS);

VI - exclusão ou licenciamento das fileiras da corporação, por qualquer motivo.

CAPÍTULO V
DAS CONDIÇÕES GERAIS PARA AS PROMOÇÕES

Art. 59. Para a promoção por antiguidade e por merecimento é indispensável


que o militar estadual esteja incluído no quadro de acesso correspondente.

Art. 60. Tem direito à promoção pelo critério de antiguidade, existindo claro nas
datas a que se refere o caput do art. 10º desta Lei Complementar, o militar
estadual mais antigo dentre os que integram o quadro de acesso por
antiguidade.
Art. 61. Tem direito à promoção pelo critério de merecimento, existindo claro
nas datas a que se refere o caput do art. 10º desta Lei Complementar, o militar
estadual que possua o maior número de pontos dentre os que integram o
quadro de acesso por merecimento.

CAPÍTULO VI
DA COMISSÃO DE PROMOÇÃO DE PRAÇAS

Art. 62. Compete à Comissão de Promoções de Praças - CPP:

I - organizar os Quadros de Acesso para as promoções pelos critérios de


merecimento e antiguidade, de acordo com as normas definidas nesta Lei
Complementar;

II - estudar e emitir pareceres sobre os processos relativos às promoções de


praças na atividade;

III - elaborar os formulários necessários para o atendimento dos dispositivos


previstos nesta Lei Complementar.

§ 1º A CPP apresentará ao Comandante Geral da respectiva corporação, sob


forma de proposta, os quadros de acesso, com a respectiva classificação por
antiguidade e merecimento.

§ 2º Aprovados, os quadros de acesso serão publicados para conhecimento


dos interessados, em boletim aberto.

Art. 63. A CPP é nomeada pelos respectivos Comandantes Gerais com a


seguinte composição:

I - Presidente: 01 (um) oficial superior;

II - Membros: 06 (seis) oficiais, podendo ser intermediários e/ou subalternos do


QOC;

III - Secretário: 01 (um) oficial intermediário ou subalterno do QOC.

Parágrafo único. O Secretário não tem direito a voto.

Art. 64. Ao Presidente da CPP incumbe:

I - fixar as datas das reuniões ordinárias e convocar as extraordinárias;

II - designar, por escala, os relatores de processos, excluindo o Secretário da


CPP;

III - praticar os demais atos administrativos decorrentes de sua função.

Art. 65. Ao Secretário da CPP compete:

I - secretariar as sessões, lavrando atas de todos os trabalhos realizados;

II - controlar a escala de distribuição de processos;


III - despachar diretamente com o Presidente;

IV - preparar toda a correspondência da CPP e submetê-la a despacho do


Presidente ou à assinatura dos seus membros;

V - tomar as medidas necessárias para o preparo e estudo das promoções das


praças;

VI - organizar e manter em dia o fichário e o arquivo da CPP.

Art. 66. Aos membros da CPP compete:

I - tomar parte nas seções, proferindo voto sobre a matéria discutida;

II - relatar os processos distribuídos.

Art. 67. O integrante da CPP não poderá esquivar-se de emitir apreciação a


respeito do militar estadual em julgamento, devendo buscar, pelos meios ao
seu alcance, os elementos que eventualmente lhe faltarem.

Parágrafo único. Só a suspeição justificada por escrito e julgada em plenário


pela CPP poderá constituir motivo para a recusa do julgamento.

Art. 68. Qualquer deliberação da CPP será feita mediante votação aberta,
registrada em ata, que será anexada ao respectivo processo, após a votação.

§ 1º A CPP somente poderá funcionar com a maioria de seus membros


presentes e decidirá sempre por maioria de votos, tendo o seu Presidente
apenas o voto de qualidade.

§ 2º No caso de impedimento do Presidente da CPP, o Subcomandante Geral


designará um Oficial Superior para desempenhar o encargo de Presidente
Provisório da CPP, tendo esse Oficial apenas o voto de qualidade.

TÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 69. Ficam revogados todos os Quadros de Acesso, ordinários e


extraordinários, da carreira de Praças, que estiverem em vigor na PMES e no
CBMES na data de publicação desta Lei Complementar.

§ 1º Novos quadros de acesso deverão ser elaborados com as regras desta Lei
Complementar no prazo de 60 (sessenta) dias da publicação da mesma, com
encerramento das alterações em 31/12/2018, para preenchimento do claro
existente em 06 de abril, 25 de agosto e 25 de dezembro de 2019.

§ 2º Excepcionalmente, para as vagas surgidas até 06/04/2019, caso não


tenha sido publicado Quadros de Acesso com as regras desta lei
complementar em tempo hábil, as promoções terão efeitos retroativos à
mencionada data.
Art. 70. A nota do Curso de Adaptação de Sargento Peculiar (CASP) será
considerada para o cômputo dos pontos previstos no inciso I do art. 32 desta
Lei Complementar.

Art. 71. Para os militares estaduais integrantes da Qualificação Policial Militar


de Praças Auxiliares de Saúde (QPMP-S) e da Qualificação Policial Militar de
Praças Músicos (QPMP-M) não se computam os pontos referentes ao título
previsto no inciso I do art. 32 desta Lei Complementar até 31.12.2030.

Art. 72. Fica mantido o processo seletivo para o CHS, instituído conforme a Lei
Complementar nº 864, de 2017, que estiver em andamento na PMES e no
CBMES na data da publicação desta Lei Complementar.

Art. 73. Esta Lei Complementar será aplicada, no que couber, aos concursos
públicos para admissão ao Curso de Formação de Soldados Combatentes e
Músicos em andamento na PMES ou no CBMES.

Art. 74. As vagas a serem consideradas para fins de promoção são


exclusivamente as provenientes de:

I - promoção;

II - agregação na forma estatutária, salvo a proveniente de candidatura a cargo


eletivo;

III - passagem à situação de reserva, remunerada ou não, e reforma;

IV - demissão;

V - aumento de efetivo;

VI - falecimento.

Art. 75. A pontuação relativa à capacitação física prevista no art. 33 § 5º, desta
Lei Complementar, somente será computada para fins de elaboração de
Quadros de Acesso, após decorrido o prazo de 03 (três) anos contados da
publicação desta Lei Complementar.

Art. 76. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 77. Ficam revogadas a Lei Complementar nº 864 de 02 de agosto de 2017


e o art. 27 da Lei Complementar nº 705, de 27 de agosto de 2013.

Palácio Anchieta, em Vitória, xx de xxxxx de 2019.

JOSE RENATO CASAGRANDE


Governador do Estado

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