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Jaciara Marques da SILVA1; Jeiza Raquel de SOUZA1; Valderlânia dos SANTOS1; Vanusa
Salvianoda SILVA1; Massillania Medeiros GOMES2
RESUMO: Este artigo tem como objetivo possibilitar a reflexão acerca da importância das músicas como, por
exemplo, as cantigas de roda, para a aprendizagem das crianças. Através da elaboração prévia de uma sequência
didática, desenvolvemos atividades que foram aplicadas durante três dias na Escola Espaço da Criança,
localizada no município de Natuba-PB, onde objetivamos desenvolver atividades que estimulassem o gosto pelo
conhecimento específico de músicas populares e que permeiam o universo infantil. Concluímos que a música é
uma forma de linguagem que se traduz expressivamente e produz uma comunicação envolvida com sensações,
sentimentos e pensamentos específicos e harmoniosos, e com isso o ambiente escolar torna-se propício para um
relacionamento participativo fazendo com que o mesmo seja um meio dinamizador da aprendizagem,
colaborando para o bom trabalho entre todos os envolvidos no processo. Nosso trabalho utilizou como base
teórica autores como Weigel (1997) e Barreto (2000).
ABSTRACT: Thys article ains to enable the reflection abaut the importance of musics, for example, ditties
pilgrims for children’s learning. Through the development of a preliminary didactic sequence, we developed
activities that were applied during thrre days at Espaço da criança’s school, located in Natuba-PB, where
weaimed to develop activities that stimulate the need for specific Knowledge of popularsong thatpermeate the
child’s universe. We concluded that the song is a form of languege which translates expressively and produces a
involvesd communication with sensations, feelings and specific and harmonic thaights, buy the way the school
environment becames conductive to a participatory relationaship, so that the same be a way dinamic of learning
collaborating for a good job among all the involved in process of learning. Our work used as a theoric base
authors such as weigel (1997) and Barreto (2000).
INTRODUÇÃO
Se lançarmos um olhar para algumas das escolas de educação infantil de nosso país,
perceberemos que uma boa parte enxerga a música como diversão ou como um passatempo,
atitude esta que, a nosso ver, precisa ser modificada.
Neste sentido, nos dirigimos à Escola Espaço da Criança, localizada no município de
Natuba-PB, onde objetivamos desenvolver atividades que estimulassem o gosto pelo
conhecimento específico das músicas populares e daquelas que permeiam o universo infantil,
sugerindo que esse conteúdo fosse inserido no planejamento das escolas e incorporado como
prática, dentro do planejamento diário do professor, o que pode facilitar na construção de um
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espaço diversificado com múltiplas possibilidades e dessa forma atender as mais diversas
necessidades existentes no ambiente escolar, estimulando e atendendo as particularidades de
cada educando.
Para pormos em prática o nosso intuito, elaboramos previamente uma sequência
didática, que foi aplicada em sala de aula durante três dias, através de atividades
diversificadas e que presaram pelo lúdico, considerando o aluno como um ator do
conhecimento construído em torno da música.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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A criança aos poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos
outros e ao mesmo tempo buscando integrar-se com os outros, além disso, ao expressar-se
musicalmente em atividades que lhe deem prazer ela demonstra seus sentimentos liberando
suas emoções desenvolvendo um sentimento de segurança e auto realizarão. A função da
escola é preparar o educando para o futuro, para a vida adulta com suas responsabilidades. A
música pode contribuir para tornar esse ambiente mais alegre e favorável à aprendizagem.
Segundo Snyders (1992, p.14), propiciar uma alegria que seja vivida no presente é a
dimensão da pedagogia é e preciso que os esforços dos alunos sejam estimulados,
compensados por uma alegria que possa ser vivida no momento presente.
O ambiente escolar mais alegre podendo ser usada para proporcionar uma atmosfera
mais receptiva a chegada dos alunos, oferecendo um efeito calmante após períodos de
atividades físicas e reduzindo a tensão em momento de avaliação a música também pode ser
usada como um recurso no aprendizado de diversas disciplinas o educador pode selecionar
músicas que falem do conteúdo a ser trabalhado, em sua área, isso vai ajudar a recordar as
informações e a música também deve ser estudada como matéria em si como linguagem
artística forma de expressão e é um bem cultural.
A escola deve ampliar o conhecimento musical do aluno oportunizando a
convivência com os diferentes gêneros, apresentando novo estilo proporcionando uma análise
reflexiva do que lhe é apresentado permitindo que o aluno se torne mais crítico.
A música na educação auxilia a percepção, estimula a memória e a inteligência
relacionando se ainda com habilidades linguísticas e lógica-matemática ao desenvolver
procedimentos que ajudam o educando a reconhecer e a se orientar melhor no mundo.
Quando o Educador seleciona algumas canções para trabalhar com as crianças, é
importante que ele ofereça a elas um repertório variado, pois cada região do Brasil têm suas
músicas típicas, que foram influenciadas pelas várias culturas que compõem o nosso País.
Temos uma diversidade enorme de instrumentos e ritmos, apresentando as crianças essa
riqueza musical, estamos despertando nelas respeito pelos colegas de outras regiões.
Quando a criança escuta uma música, ela se concentra e tenta acompanhá-la
cantando e fazendo movimentos com o corpo, isso desenvolve o senso do ritmo nos pequenos.
De acordo com ROSSETI (2007, p. 109) “Aprendendo a ouvir, a criança pode repetir uma
música recriando-a”.
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Um dos aspectos que permite com que a criança se sinta bem no ambiente escolar é o
vínculo afetivo, não só do educador, mas de todos com quem mantém contato dentro
ambiente de ensino. Wallon (1975) define o termo afetividade como sendo a capacidade do
ser humano de ser afetado positiva ou negativamente tanto por sensações internas como
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Sendo assim, a aprendizagem deve estar associada ao ato afetivo, e deve ser
prazerosa. Segundo Andrade (2007):
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Wallon (1975), afirma que tanto os laços de afetividade quanto a aprendizagem tem
início no âmbito familiar e se estende posteriormente à escola, e a criança irá conviver nestes
dois meios durante a principal fase de sua vida, fase esta, em que sua personalidade está em
formação. Nesta fase muitos conflitos podem ser gerados, e o professor pode fazer a
diferença.
Lúdico é todo e qualquer movimento que tem como objetivo produzir prazer na sua
execução, ou seja, divertir o praticante. As características dos jogos lúdicos são: brinquedos
ou brincadeiras menos consistentes e mais livres de regras e normas; são atividades que não
visam à competição como objetivo principal, mas a realização de uma tarefa de forma
prazerosa; existe sempre a presença de motivação para atingir os objetivos. (Rezende, 1993)
Sob o ponto de vista de Vygotsky (1991, p. 97), as atividades lúdicas são fontes de
desenvolvimento proximal, pois a criança quando brinca demonstra e assume um
comportamento mais desenvolvido do que aquele que tem na vida real, envolvendo-se por
inteiro na brincadeira. Estas oportunizam situações de atuação coletiva, possibilitam imitações
de comportamentos mais avançados de outro semelhante, a prática de exercício de funções e
papéis para os quais ela ainda não está apta; o conhecimento e o contato com objetos reais e
com aqueles criados para atender aos seus desejos de experimentação. O professor pode
desenvolver, por meio da brincadeira, conhecimentos, habilidades e comportamentos que
estão latentes ou em estado de formação na criança. Para Pinho (2009):
De acordo com Barbosa (2011, p. 18), “a Arte como uma linguagem aguçadora dos
sentidos transmite significados que não podem ser transmitidos por intermédio de nenhum
outro tipo de linguagem, tais como a discursiva e científica”. Nesse sentido a música é um
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DESCRIÇÃO DA ESCOLA
A professora tem uma formação pedagógica excelente, porém ela não utiliza uma
metodologia inovadora, faz o uso do método tradicional constantemente.
A sala de aula possui uma grande janela, 2 portas de acesso, quatro lâmpadas
fluorescentes, dois armários, quadro branco, 24 mesas com 1 cadeira cada, proporcionais ao
tamanho das crianças, dois ventiladores de teto.
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A decoração das paredes é feita com desenhos, letras, números, cartazes com letras
musicais, cantinho da leitura, palavras encantadas e datas de aniversários.
RELATO DA EXPERIÊNCIA
Nos dias 23, 24 e 25 de maio do ano de 2016, nos dirigimos à escola Espaço da
Criança, a fim de realizarmos o nosso relatório de intervenção na turma do pré-I, cuja
professora regente era Clemilda Barbosa A. da Silva.
No dia 23 de maio, procedemos à aula da seguinte forma: iniciamos com uma
oração, logo após demos início a nossa sequência didática, colocando as crianças em círculos
e começamos uma conversa sobre música. Os alunos de início ficaram tímidos e não queriam
interagir, mas com o decorrer da aula deixaram a timidez de lado e logo começaram a se
soltar e participar das atividades propostas.
Questionamos das crianças o seguinte: se gostavam de música, se gostavam de
dançar, que músicas conheciam, que cantigas de roda eles gostavam de brincar. Em seguida,
começamos a brincadeira da caixinha dos animais, junto com a música da barata. E, enquanto
a cantiga tocava a caixinha ia passando de mão em mão e quando parava a música parava o
aluno abria a caixa e retirava um animal, falavam o nome do mesmo e se conheciam uma
música do animal cantavam para todos. Apresentamos a cantiga “A Barata Mentirosa”, onde a
diversão foi garantida. Observamos que com essas atividades lúdicas as crianças se
socializaram, onde se permitiram participar das atividades de forma divertida e descontraída.
Brincando, pulando, cantando a música e adquirindo conhecimento de forma divertida.
Questionamos os seguintes valores: mentira se é certo ou errado? Logo após,
realizamos uma atividade em relação ao assunto abordado.
No dia 24, a aula iniciou com uma oração e música. Demos prosseguimento à aula
com movimentos usando música que trabalhe a coordenação motora como “Estátua”,
“Cabeça, ombro, joelho e pé”, “Soco bate, soco vira”, “Mexe, mexe”. Em seguida, fizemos
um círculo e realizamos a brincadeira da caixinha onde havia dentro tirinhas de nomes de
músicas, onde líamos e as crianças cantavam, escolhiam seus coleguinhas para fazer seu par
na realização da cantiga de roda. Após o intervalo, as regentes e os alunos tiveram um
questionamento sobre a música do sapo, onde trabalhamos as sílabas e vogais. Percebemos
que as crianças adquiriam conhecimentos de forma lúdica e divertida. Promovendo a
integração das crianças dando oportunidade de expressar sensações, sentimentos e
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pensamentos, ampliando desta forma, seu conhecimento do mundo. Com essa sequência
didática as crianças tiveram uma aula diferenciada e muito descontraída, pois as mesmas
demonstravam nos gestos, sorrisos de alegria que transmitiam durante as atividades.
No dia 25, demos início a nossa culminância onde foram reproduzidas músicas no
DVD. E, seguida, discutimos sobre as atividades que foram trabalhadas nos dias anteriores e
passamos à confecção de máscaras (sapos e baratas). Foi uma aula produtiva e proveitosa.
Onde eles demonstraram afetividades com os estagiários e falaram que iriam sentir saudades
das mesmas, pois gostaram muito das aulas.
AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA
Poder participar da rotina escolar foi de suma importância para nosso aprimoramento
pedagógico, sem falar que estar próximo do trabalho docente nos permite a desconstrução de
vários mitos que alimentamos durante toda nossa formação, entre eles de que a escola é um
“caos” uma “bagunça”, onde não se consegue dar aula, que os alunos são “preguiçosos”, não
prestam “atenção”, ou seja, o que chega até os estudantes de graduação, uma visão negativa
da escola e do trabalho do professor.
Com este trabalho podemos perceber como é importante estar bem preparado e
qualificado para exercer tal profissão, e de como é importante ter amor a seu trabalho. A
escola que observamos apresenta uma estrutura que deixa muito a desejar, mas com relação
aos seus profissionais são excelentes, estão muito bem preparados.
Com relação aos profissionais observados, percebemos que são ótimos profissionais,
pois demonstraram um excelente domínio de sala de aula, e de conteúdo, com uma
metodologia um pouco aprimorada, um trabalho que obteve frutos.
Foi de suma importância o trabalho realizado, pois com ele podemos aprender
diversas técnicas de ensino, como trabalhar com os alunos, como interagir com eles, conhecer
um pouco a dificuldade de cada um. Conhecendo melhor o ambiente escolar e o mundo da
educação infantil.
Tudo isso só veio para enriquecer nosso aprendizado, compreendendo a Música
como uma nova aliada no processo da aprendizagem, percebendo que ser professor não é
profissão e sim vocação, e que apesar de todos os obstáculos que encontramos se quisermos,
podemos fazer diferente, podemos ser o diferencial.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRÉSIA, Vera Lucio Pessagno. Educação musical bases psicológicas e ação preventiva
São Paulo: Átono, 2003.
MARIA Clotilde, Rosseti Ferreira, os fazeres na educação infantil Ed. São Paulo,
cartez,2007.
ROSSINI, M. A. S. Aprender tem que ser gostoso. 3ª edição, Petrópolis, ed. Vozes, 2003.
SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música. 2. Ed. São Paulo:
Cortez, 1994.
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VIGOSTSKY, L. S. A formação social da mente. 4ª ed. São Paulo, Martins Fontes, 1991.
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