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JR CANDIDO
Recursos Humanos | Cultura | Employee Experience | Qualidade | R&S | T&D | Mentoria
8 artigos
Há algo mais mais frustrante do que não saber as razões de ser preterido quando se tinha
a certeza de que era a pessoa certa para a oportunidade?
Generalizações são a base dos preconceitos, contudo, neste caso, percebe-se a ausência
de uma das habilidades mais necessárias ao moderno profissional de Recrutamento e
Seleção: EMPATIA!
Bem sei que conhecem o termo: colocar-se no lugar do outro, compreendê-lo em seu
ponto de vista, um ser humano diante do entrevistador, ostentando uma imagem de
força, mas internamente fragilizado pelo duro golpe do desemprego e das implicações
decorrentes de seu estado.
Para isso, uma segunda Soft Skill se faz necessária: HUMILDADE! Candidatos não
aprovados precisam ser tratados com a maior consideração e respeito, mesmo porque
não foram desqualificados por não estar à altura da posição oferecida.
Outro fator que precisa ser considerado é que, a exemplo de outras áreas, muitos
profissionais colocados à frente do Recrutamento e Seleção não são qualificados para o
nível de responsabilidade que lhes é exigido.
A maioria das empresas brasileiras são de pequeno e médio porte e não possuem um
setor estruturado de R&S, as contratações ainda são realizadas pelos seus próprios
donos que decidem o que e quem são os melhores para suas organizações, mas que
justificativa tem organizações maiores e melhor estruturadas?
Felizmente, esta evolução pode ser acelerada, há indicadores para alertar o alto escalão
diretivo das organizações sobre o impacto do processo seletivo em seus negócios,
fazendo-os enxergar aquilo que de outra forma não veriam: profissionais que deveriam
entender de seres humanos causando enormes prejuízos à sua empresa, ironicamente,
pela falta de humanismo.
Como pôde perceber, esse artigo não teve como foco orientar como dar feedback aos
candidatos reprovados, mas sim, em despertar meus colegas profissionais de
Recrutamento & Seleção ou qualquer pessoa à frente das contratações de sua empresa,
para a premente necessidade de retorno aos candidatos reprovados.
Resolvi, como resposta, dar esse toque de despertar em suas consciências, o texto foi
muito bem recebido por profissionais da área e leitores de um modo geral, mas por
alguma razão, senti que poderia ser boicotado e fiz a coisa mais estúpida que eu não
fazia há anos, deletei o artigo! Bem sei que calar-se quando é preciso falar beira a
irresponsabilidade.
Felizmente, de lá pra cá o pensamento sobre o assunto evoluiu, a mídia especializada
passou a dar atenção ao assunto, o tema continua sendo debatido aqui no Linkedin e, o
mais importante, as empresas (poucas ainda), passaram a praticar o feedback, desde
pequenas notas de e-mail, telefonemas de agradecimentos a estratégias complexas, mas
todas num tom cordial e edificante. Resolvi republicá-lo, felizmente o arrependimento
não mata senão este artigo não reencontraria o lugar em que nasceu e de onde nunca
deveria ter saído.
Obrigado por ceder seu tempo na leitura deste artigo, se gostou dê a sua
curtida no joinha e compartilhe, isso é muito importante para o seguimento de
nosso trabalho, fique à vontade para comentar e criticar. Não se detenha, siga
em frente e não pare. Até nosso próximo encontro.