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FUNDAMENTOS FINANÇAS

EMPRESARIAIS

2. Valor Actual e Valor Futuro


dos Investimentos
TÓPICOS
 Tópicos de Matemática Financeira;
 Valor actual e a actualização;
 Valor futuro e a capitalização;
 Equivalências de taxas e períodos de
capitalização;
 Múltiplos cash-flows e casos particulares
(rendas e perpetuidades);
 Modalidades de amortizações de
empréstimos.

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Tópicos de Matemática Financeira

Valor de um Activo

O valor de qualquer activo financeiro corresponde ao


somatório de todos os fluxos monetários que se espera que
venham a ser gerados no futuro por esse activo, actualizados
a uma taxa de rendimento exigida de acordo com o seu nível
esperado de risco.

= ∑ fluxos monetários gerados actualizados à tx esperada

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Tópicos de Matemática Financeira

Vale a pena investir?


Como saber se um investimento vale a pena?
Valor Presente Versus Valor Futuro

Valor Valor
Presente Futuro
Montante ao qual
Valor hoje dos
um investimento
fluxos de caixa
ascenderá depois
futuros.
incluir os juros

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Vale a pena investir?

Para responder a esta questão é importante atender ao valor


do dinheiro no tempo.

1€ = 1 € amanhã?

“Um euro hoje vale mais que um euro dentro de um ano!!!”

Conceito de Capitalização

Valor Futuro = Valor Presente (1+r)n


sendo r taxa de capitalização

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Tópicos de Matemática Financeira

Conceito Actualização - Contravalor hoje de um cash flow


futuro.
“Quanto vale hoje um investimento que valerá x€ daqui a
n anos!!”

Valor Presente = Valor Futuro / (1+j)n

sendo j taxa de actualização (taxa utilizada no cálculo de


valores actualizados de cash flows futuros)
Fonte: Brealey and Myers (2000)

NOTA: Cash flow (CF - fluxo de caixa): saldo entre as entradas e


saídas de capital de uma empresa durante um determinado
período de tempo, sendo calculado através do mapa de fluxos de
tesouraria.

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Valores Capitalizados Valores Actualizados


Cn = C0(1+r)n <=> C0 = Cn = Cn (1 + r)-n
(1+r)n

Sendo assim, para determinar o valor de um activo é


necessário:
 identificar os fluxos de rendibilidades esperadas, i.e., os
Cash-Flows que o mesmo irá gerar (montante e vencimento)
 estabelecer a taxa de rendibilidade exigida

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Processo de Capitalização e Sub-Processos


Periódicos de Capitalização

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Processo de Capitalização e Sub-Processos


Periódicos de Capitalização

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Processo de Capitalização e Sub-Processos


Periódicos de Capitalização
 O período de capitalização (S.P.P.C.)corresponde ao
período de referência da taxa de juro (se nada for dito
em contrário)
 No final de cada período de capitalização,
proceder-se-á ao cálculo de juro periódico…

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Juro vs Juro Periódico


 Juro Periódico: Juro produzido em cada período de
capitalização, resultando da aplicação da taxa de juro
ao capital no início de cada período

 Juro: Juro Total produzido ao longo do processo de


capitalização, resultando do somatório de todos os
juros periódicos produzidos.

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Nota: Estamos a assumir Regime Juro Composto (RJC)

O juro periódico é imediatamente incorporado no processo de


capitalização, produzindo juro nos períodos de capitalização
subsequentes, pelo que CIk e, consequentemente, Jk vão
crescendo de período para período.

Assim temos:

C n = C0.(1+i)n e Juro Total = C n - C0 = C0.[(1+i)n - 1]

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 Exemplo
 Um capital de 1.000€ esteve aplicado em RJC
durante dois anos à taxa de juro anual de 5%.
Calcule o Juro Periódico, o Juro Total e o Capital
Acumulado.

 C n = C0.(1+i)n=1000.(1+0,05)2= 1102,5€
 Juro Total = C n - C0 = 1102,5 – 1000 = 102,5€
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Concordância entre o período da Taxa de Juro e o


período de Tempo

 No cálculo de juro dever-se-á respeitar o


período de capitalização e deverá haver sempre
concordância entre o período da taxa de juro (i)
e o período de tempo (n)

 Exemplo:
 Se o período de capitalização é anual, dever-se-á
usar uma taxa de juro (i) referida ao ano e o
tempo (n) deverá ser expresso em anos.

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 Taxas Efectivas

 Definição : são aquelas que efectivamente presidem à


formação do juro.

 Uma taxa é efectiva quando o período a que se reporta


coincide com o período da capitalização que lhe está
associado (ex.: uma taxa semestral é efectiva se o período
de capitalização que lhe corresponde for o semestre).

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 Taxas Nominais
 Definição : são apenas declaradas como presidindo à
formação do juro.
 Uma taxa “anual” nominal não leva em conta o efeito de
sucessivas capitalizações, ou seja, a produção de juros
sobre juros
 Assim, em RJC, quando a capitalização se faz m vezes
ao “ano” (m ≠ 1) e é declarada uma taxa “anual”
nominal, esta nunca é aplicada directamente - servirá
apenas para calcular uma taxa efectiva.

Esta conversão é efectuada utilizando uma relação de


proporcionalidade.
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 Taxas Efectivas vs. Taxas Nominais
 Exemplo:

 Num determinado processo de capitalização trimestral,


a taxa de juro trimestral é uma taxa efectiva, já que,
estando reportada ao período de capitalização, é a taxa
que efectivamente vai ser utilizada para calcular os
juros periódicos.

 Porém, nas convenções concretas da actividade


comercial e bancária, é usual declarar-se, não a taxa
efectiva trimestral, mas sim a taxa anual nominal, i.e.,
teremos que calcular a taxa efectiva trimestral que é
proporcional à taxa anual nominal.
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 Simbologia:

 i = taxa anual efectiva


 i(m) = taxa anual nominal, composta m vezes ao ano
 i1/m = taxa periódica (efectiva), referida a um período
que corresponde a 1/m ao ano
 m = número de vezes que a capitalização de juros
ocorre ao ano
 Se m=4 (capitalização trimestral); m=2 (capitalização
semestral)

 Exemplos:
 i(4) = taxa anual nominal composta trimestralmente
 i1/12 = taxa periódica (efectiva) mensal

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 Taxas Efectivas e taxas Nominais em RJC

Relação Relação
Proporcionalidade Equivalência

1+ i =
i(m) = m.i1/m
(1+ i1/m)m

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 Exemplos Conversão em RJC
 De uma taxa anual efectiva (i) para uma taxa periódica (i1/m)
relação de equivalência

 Qual a taxa semestral equivalente à taxa anual efectiva de 6%?


1+ i =(1+i1/m)m assim 1+6% =(1+i1/2)2 ⇔ (1+6%)1/2=1+i1/2⇔ i1/2
=2,95%

 De uma taxa anual nominal (im) para uma taxa periódica


(i1/m) relação de proporcionalidade

 Qual a taxa semestral correspondente à taxa anual nominal de


6% composta semestralmente?
i(m) = m.i1/m assim 6% = 2. i1/2 ⇔ i1/2 = 6%/2 ⇔ i1/2= 3%

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 Exemplos Conversão em RJC
 De uma taxa periódica anual efectiva (i1/m) para uma taxa
anual efectiva periódica (i) relação de equivalência

 Qual a taxa anual efectiva equivalente à taxa mensal de 2%?


1+ i =(1+i1/m)m assim 1+i =(1+2%)12 ⇔ i = (1+2%)12 -1⇔ i = 26,8%

 De uma taxa periódica (i1/m) para uma taxa anual nominal


(im) relação de proporcionalidade

 Qual a taxa anual nominal composta mensalmente


correspondente à taxa mensal de 2%?
i(m) = m.i1/m assim i(12) = 12. 2% ⇔ i(12) = 24%

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 Inflação
 A subida do nível geral de preços (inflação) é também
uma variável que influencia as taxas de juro.

 As taxas de juro correntes não reflectem o efeito da


inflação, enquanto que as taxas de juro reais já reflectem
esse efeito.
 A taxa de juro real ao expressar a taxa de juro corrente “corrigida”
pela taxa de inflação permite aferir a rendibilidade real das aplicações
financeiras.

 Se, num determinado período, a taxa de juro corrente é


igual/inferior/superior à taxa de inflação, isto reflecte uma
manutenção/diminuição/aumento do poder de compra. Deste
modo a taxa de juro real será igual/inferior/superior a zero.
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 Taxa juro real

Sendo
 i = taxa de juro corrente (taxa efectiva)
 r = taxa de juro real
 z = taxa de inflação

(1 + i) = (1 + r) . (1 + z )⇔ (1 + r) =

⇔r= -1

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Resumindo:
Taxa Nominal
A taxa de juro nominal é a taxa que obrigatoriamente deve ser indicada em
todos os contratos de crédito ou nas aplicações, e corresponde ao período de
um ano.
Taxa Efectiva
Quando existem capitalizações dentro do período da taxa nominal, esta não
reflecte o valor efectivo da taxa. Assim, torna-se necessário converter a taxa
nominal em taxa efectiva.
Taxa Real
Taxa real é a taxa efectiva corrigida pela taxa de inflação do período da
operação.
Relação entre a Taxa Real, Efectiva e a Taxa da Inflação
A taxa real não é a diferença entre a taxa efectiva e a taxa da inflação.
Na realidade, existe uma ligação íntima entre as três taxas, dadas por:
iEfectiva = [(1 + iReal) x (1 + iInflação)] -1

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 Desconto
 Preço a pagar para se dispor de um capital num
momento de tempo anterior ao do seu vencimento.

 Considerando uma aplicação de um capital C0 durante n


períodos de tempo, temos:

Cn > C0

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 Desconto (cont.)

 Considerando que se pretende dispor do capital t


períodos antes da data do seu vencimento
teremos que calcular o desconto.
 Cn-t será o valor a receber pelo sujeito activo no momento
n-t;
 Sendo Cn-t < Cn pois Cn-t = Cn - Desconto

Desconto

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 Sendo:
 Cn = valor nominal do capital, com vencimento em n

 Cn-t = valor actual do capital (sendo n-t o momento


actual)

 t = prazo que decorre entre o momento actual e o


vencimento

 D = desconto sofrido pelo capital Cn no prazo t.

Cn-t = Cn – D D = Cn – Cn-t

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 No caso do Desconto Composto (Dc),pressupõe-se a


existência de um processo de capitalização com produção
de juros sobre juros entre o momento actual (n-t) e o
momento do vencimento do capital (n).

 O montante do desconto composto Dc :


 é calculado sobre o valor actual do capital (Cn-t), de
acordo com o RJC;
 corresponde ao valor do juro composto produzido pelo
valor actual do capital (Cn-t), durante o prazo t, de modo
a perfazer, no vencimento, o valor nominal do capital
(Cn)
Cn-t (1+i)t= Cn sendo i – taxa de desconto
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 Assim temos:

 Valor actual do capital


Cn-t = Cn (1+i)-t

 Montante do desconto composto


 Sendo Desconto = Cn - Cn –t temos por substituição

Dc = Cn - Cn (1+i)-t ⇔ Dc = Cn . [1 - (1+i)-t ]

 NOTA: t e i terão de estar expressos na mesma unidade de tempo. Para


fracções de período utiliza-se uma taxa equivalente a i.

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Recordando:

Valores Capitalizados Valores Actualizados


Cn = C0 (1+r)n <=> C0 = Cn = Cn (1 + r)-n
(1+r)n

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 Renda – Conjunto de capitais (C1, C2, C3,…, Cn) vencíveis
em momentos equidistantes de tempo, i.e. em intervalos
de tempo iguais.
 Termo da Renda – Cada um dos n capitais. A renda é o
conjunto de todos esses termos;
 Período da Renda – Intervalo de tempo (constante) que
separa dois vencimentos consecutivos;
 A cada período da renda está associado o vencimento de um
termo.

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 Momentos Relevantes na “Vida” de uma Renda:
 Momento zero: É o momento da constituição da renda;

 Momento w: Corresponde ao início do primeiro período


da renda.
 Ao intervalo [ 0, w ] chamamos prazo de diferimento.

 Momento w + n: Corresponde ao fim do último período


da renda.

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 As Rendas podem classificar-se de acordo com vários
critérios:
 Quanto ao número de termos;

 Quanto ao valor dos termos da renda;

 Quanto ao período da renda;

 Quanto à localização do vencimento em cada período;

 Quanto à dependência face a factores aleatórios;

 Quanto ao diferimento;

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 Quanto ao número de termos:


 Renda Temporária - n.º limitado de termos (n);

 Renda Perpétua – n.º ilimitado de termos (n ∞).

 Quanto ao valor dos termos:


 Renda de Termos Constantes
C1 = C2 = C3 = ... = Cn = C

 Renda de Termos Variáveis


C1 ≠ C2 ≠ C3 ≠ ... ≠ Cn ≠ C

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 Quanto ao período da renda:


 Renda Anual
 Renda Semestral
 Renda Mensal
 etc...

 Quanto à localização do vencimento em cada


período:
 Renda de Termos Postecipados:
 Cada termo vence-se no fim do respectivo período;

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 Quanto à localização do vencimento em cada
período (cont.):
 Renda de Termos Antecipados:
 Cada termo vence-se no inicio do respectivo período;

 Quanto à dependência face a factores aleatórios:


 Rendas Certas;
 Rendas Incertas.

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 Quanto ao Diferimento:
 Renda Imediata (w= 0)
 Neste caso não há prazo de diferimento; a renda é constituída e
começa imediatamente a produzir efeito.

 Renda Diferida de w (w > 0)


 Neste caso há prazo de diferimento; a renda é constituída no
momento actual (0) mas apenas começa a produzir efeito após w
períodos.

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Exemplo
1. Uma empresa industrial adquiriu hoje (01 Novembro) um
equipamento fabril, acordando com o vendedor a seguinte
forma de pagamento: entrega de 500€ no fim de cada mês,
durante 18 meses, vencendo-se a primeira prestação a 30 de
Novembro.
 Assim temos:
 Renda – conjunto capitais que se vencem em intervalos iguais;
 Classificação da Renda:
 Temporária (18 meses);
 Termos Constantes (C = 500€);
 Mensal (período renda mensal);
 Postecipada (vencimento no fim de cada mês);
 Imediata (w=0);

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Exemplo
2. O Sr. Costa decidiu fazer um seguro de vida com as
seguintes condições: pagamento 1500€ no dia 1 de Janeiro
de cada ano, em alternativa a companhia de seguro
compromete-se a pagar o capital de 2.000.000€ ao
beneficiário indicado. O contrato foi realizado em Julho de
2009 e o primeiro pagamento efectua-se a 1 de Janeiro de
2010.
 Classificação da Renda:
 Temporária mas incerta (durante período de vida);
 Termos Constantes (C = 1500€);
 Anual (período renda anual);
 Antecipada (vencimento no inicio do ano);
 Diferida (w = 0,5 ano);

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 O cálculo de uma renda é, regra geral, feito para


um de dois momentos de tempo:
 Valor Actual da Renda, R (0), que corresponde ao
somatório do valor dos seus termos no momento
actual (momento 0)
 Teremos que descontar todos os seus termos para o
momento 0

 Valor Acumulado da Renda, R (w+n), que corresponde


ao somatório do valor dos seus termos no fim do
último período da renda (momento w+n)
 Teremos que capitalizar todos os seus termos para o
momento w+n
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Rendas Temporárias Termos Constantes

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Rendas Temporárias Termos Constantes


 Imediata e Postecipada

 VALOR ACTUAL
R (n)= R (0) . (1+ i)n
 VALOR ACUMULADO

 Imediata e Antecipada

 VALOR ACTUAL

 VALOR ACUMULADO

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Rendas Temporárias Termos Constantes

 Diferida e Postecipada (w>0)

 Diferida e Antecipada (w>0)

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Rendas Temporárias Termos Variáveis


 Rendas de Termos Variáveis Quaisquer
 Para determinar o valor actual e valor acumulado é
necessário, respectivamente, descontar ou capitalizar
individualmente cada um dos termos.

 Rendas de Termos Variáveis em Progressão Aritmética

 Ck = C1 + (k-1). r sendo r a razão de progressão, sendo:


 C 2= C1 + r e C3 = C2 + r = C1 + 2. r …….

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Rendas Temporárias Termos Variáveis

 Rendas de Termos Variáveis em Progressão Geométrica

 Ck = C1 . r k-1 pois temos :


 C2 = C1 . R
 C3 = C 2 . r = C 1 . R 2
 …

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Rendas Perpétuas
Número ilimitado de termos n ∞

Assim temos:

 VALOR ACTUAL
R (0)PERP= C. (1/i)

O valor de uma perpetuidade de termos iguais a P, um tempo


antes do primeiro pagamento, é, sendo i a taxa de juros, A = P
i

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Sistema de Amortização de Empréstimos

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Sistema de Amortização de Empréstimos – Reembolso
Periódico
Neste sistema o empréstimo é amortizado através de n
pagamentos periódicos (Ck), i.e., através de uma Renda de
Amortização.

Cada termo da renda ,Ck, (pagamento periódico) inclui:


Reembolso de uma parcela do capital em dívida (Mk)
Pagamento do respectivo juro periódico (Jk)

NOTA: Se nada for dito em contrário assume-se que os pagamentos (Ck)


constituem uma renda imediata e de termos postecipados.

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 Para melhor visualizar a evolução do montante da dívida e de
cada um destes 3 parâmetros (Jk, Mk e Ck): o Quadro de
Amortização.

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 Os reembolsos periódicos de capital (Mk) vão


“abatendo” ao montante de capital em dívida (Ck);

 Deste modo, o juro periódico (Jk) é sempre


decrescente - pois o capital em dívida será também
decrescente devido à amortização periódica.

 A evolução da quota de capital (Mk) e do pagamento


periódico (Ck) depende do sistema de amortização
periódica acordado pelas partes.

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 Sistema Francês / Sistema de Amortização Periódica
Crescente / Sistema de Pagamentos Periódicos
Constantes :

 Neste sistema os termos da renda de amortização, (Ck),


são constantes;
Ck = C

 Por definição as quotas de juro Jk são sempre decrescentes,


assim sendo as quotas de capital (Mk), são, neste sistema,
crescentes (daí designar-se também por sistema de amortização
periódica crescente ou progressiva).

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 No Sistema Francês o capital emprestado (CDI1) corresponde ao valor
actual de uma renda de amortização com n termos constantes
iguais a C. CDI1=

 Quadro de Amortização

 Assim Mk = Mk - t .(1 +i)t

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Sistema Francês – Exemplo

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 Sistema Americano / Sistema de Amortização Periódica
Constante / Sistema de Pagamentos Periódicos
Decrescentes :
 Neste sistema as quotas de capital (Mk) são constantes;
Mk = M

 Por definição as quotas de juro Jk são sempre decrescentes,


assim sendo os pagamentos periódicos (Ck), são, neste
sistema, decrescentes (daí designar-se também por sistema de
pagamentos periódicos decrescentes).

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 No Sistema Americano o capital emprestado (CDI1) corresponde ao produto do
número de quotas de capital (n) pelo valor de cada uma (M).
CDI1= n . M

 Quadro de Amortização

 Assim Jk e Ck decrescem em cada período num montante igual a M .i


Ck = Ck-t – t. M . i

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 Sistema Americano – Exemplo

Período Capital em Quota de Juro Quota de Pagamento no


dívida início do Capital fim do período
período
1 25275 1390,13 5055 6445,13

2 20220 1112,10 5055 6167,10

3 15165 834,75 5055 5889,08

4 10110 556,05 5055 5611,05

5 5055 278,025 5055 5333,025

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Referências
 CADILHE, M. e SOARES, C., “Lições de Matemática
Financeira e Noções Complementares”, 2.ª edição.

 QUELHAS, A. e CORREIA, F. (2004), “Manual de


Matemática Financeira”, Almedina.

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