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Reich localizou sete regiões do corpo onde se formam as tensões musculares, os anéis
ou segmentos de couraça. São elas: a couraça ocular, a oral, a cervical, a torácica, a
diafragmática, a abdominal e a pélvica.
“ Sentir outra pessoa é um processo empático. A empatia é uma função da identificação; isto
é, identificando-nos com a expressão corporal de uma pessoa, seremos capazes de colocar-nos
em seu lugar e de procurar entende-la.”
Sempre será passado atividades teóricas e práticas para os participantes realizarem durante a
semana.
Ou nos espaços ou na escola, abrir horários alternativos para sanar dúvidas, para
esclarecimentos e recuperação de conteúdo e para realizar práticas de meditação.
Ritual nas rodas de partilha: Respiração profunda com olhos fechados, olhar no olho de cada
irmão da roda até se conectar, falar o mais pausadamente possível, deixar vir as emoções,
expressá-las. No final, racionalizar e nomear um sentimento ou emoção que teve enquanto
estava partilhando.
Medita Holos
A base do trabalho é aprender sobre meditação, é em volta desse alicerce que todo
desenvolvimento será construído. Aprender sobre o que é meditação, aprender a meditar, o
porquê se medita e o que essa arte pode nos trazer é a essência do trabalho. A abordagem do
projeto oferece um espaço para a pessoa vivenciar a vida de uma maneira mais profunda, para
se expressar amorosamente tomando consciência do seu mundo interno, para aprender sobre
meditação e sobre energia. Um espaço para os presentes compartilharem a si mesmos
amorosa e livremente enquanto aprendem a meditar.
O fato de o ser humano moderno estar focado demasiadamente fora, no
desenvolvimento do mundo externo, ocasionou o apagar desta consciência interna e, com
isso, tão presente está o auto esquecimento e a falta de cuidado consigo mesmo, a perda da
própria força interior e o perder-se nos infinitos estímulos externos que se apresentam
constantemente. O resultado é o caos interior refletindo-se na sociedade moderna, a angústia,
a ansiedade e o stress proliferando-se em larga escala e o sentimento da maioria das pessoas
de uma falta de sentido na vida, justamente pela ausência do sentir pessoal. A carência de
autoconhecimento agrava a situação, pois incapacita o indivíduo para a assimilação e para a
significação das experiências de seu dia a dia.
Este trabalho constante sobre o nosso Mente-Corpo se dará tendo como base a
perspectiva de nosso sistema energético conter três principais centros de energia. O primeiro
localizado no baixo ventre, chamado de Hara pelos orientais, está mais vinculado à nossa
vitalidade, aos nossos aterramento e presença no corpo e a nossa criatividade; o segundo é o
Cardíaco localizado no peito, relacionado à nossa sensibilidade, e o terceiro é o Espiritual,
localizado na parte de cima do corpo, sendo a expressão mais divina do nosso ser. Essa
consciência dos três centros serve para organizar o foco das práticas, para trazer a cada
encontro um trabalho integral sobre cada indivíduo. Com a consciência destes três centros, o
ordenamento do trabalho meditativo fica mais lúcido e claro, a fim de se trabalhar e de se
movimentar os três centros de energia para se conseguir um desenvolvimento energético
integral do indivíduo.
O trabalho sobre o Mente-Corpo gera diversos frutos na vida daquele que se dispõe a
isso. Começa a emergir um empoderamento pessoal, refletido em um maior domínio sobre si
mesmo e sobre as situações, além de um aprofundamento na sensibilidade, no entendimento
e na visão de mundo do indivíduo. O aumento de energia gera mais expressividade,
espontaneidade e alegria; já o equilíbrio, mais autocontrole. Como resultado, há mais
eficiência, mais disciplina e um melhor desempenho para a superação de limites. Além disso,
obviamente, há mais bem-estar na pessoa, mais saúde gerada pela maior vitalidade, pelo
aumento de fluxo de Prana no organismo. Evidente que, como tudo na vida, não existe passe
de mágica, o desenvolvimento é contínuo e exige perseverança e disciplina aos meditadores,
principalmente, para que consigam estabelecer o hábito da meditação no dia a dia.
Objetivos
Estar mais consciente dos fenômenos internos, do próprio potencial criativo e auto
expressivo implica um empoderamento pessoal. Conseguimos responder às situações mais
satisfatoriamente, impactamos o mundo com mais harmonia, não somos arrastados pelos
acontecimentos; dominamos mais do que somos dominados. O meditador perseverante
perceberá com o tempo um maior centramento e um maior equilíbrio perante a vida, sentir-
se-á também mais vivo. Logo, o trabalho tem como objetivo trazer mais vivacidade e domínio
para a vida dos participantes.
Já está comprovada pela ciência moderna que o que pensamos e sentimos gera reflexo
sobre a nossa saúde. As vivências e técnicas passadas possuem o propósito de melhorar a
qualidade de nossa energia geral, o que, no plano de nosso Mente-Corpo, significa melhores
pensamentos e emoções, maior vitalidade e, por conseguinte, um corpo mais saudável. A
prática da meditação harmoniza a comunicação dos diferentes sistemas do corpo; aprendemos
com ela a não alimentarmos reações exageradas e fantasiosas aos estímulos provocados pelos
acontecimentos, o que estimularia as tensões nervosas e, por conseguinte, o sistema
imunológico e as glândulas hormonais desequilibrada e desnecessariamente.
O trabalho em si pode ser percebido como a criação de um fluxo energético que leva
as pessoas para o desvelamento da Consciência, através de práticas de meditação e de
desenvolvimento da natureza amorosa do Ser. A partir de teoria e de prática, levar o indivíduo
no caminho de entrar em contato consciente com energia, despertando o Amor que já se é.
Perceber-se assim, como um espaço amoroso, capacita o indivíduo para sua jornada de
autoconhecimento e é alicerce fundamental para alguém poder se conhecer profundamente
sem culpa ou outras emoções negativas. Muitas consequências deste despertar inicial podem
ser naturalmente percebidas com o passar do tempo e através da persistência, um
desabrochar natural das mais variadas virtudes podem ser manifestadas em virtude do
trabalho. Então, também, indiretamente, há o objetivo de se cultivar estas virtudes e
potencialidades inatas do Ser humano, sendo a base de todas o Amor.
Ao saber lidar melhor consigo mesmo e com a vida, surge a possibilidade ao indivíduo
de se relacionar com a existência a partir de novos caminhos. O meditador vai percebendo
uma mudança constante em si mesmo com relação ao mundo, há uma abertura maior, mais
empatia e mais carinho com tudo à sua volta. A auto expressão aumenta e o meditador se
percebe mais leve e empático com as pessoas. Sem mais tanta reatividade emocional, e com
um aumento da habilidade de lidar com o stress da vida diária, há uma maior tranquilidade, o
que traz mais saúde para o meditador. Sutilmente, nota-se um aumento da energia interna e,
de suas consequências, aumentam a lucidez, a saúde e o bem-estar. Desenvolver meditação é
acessar a medicina da própria consciência. O estado meditativo é uma medicina, pois leva o
indivíduo de encontro a um estado de Ser no qual o próprio organismo se torna autoregulador.
Aprende-se a se relacionar com o mundo a partir de uma maneira meditativa.
Desenvolver meditação é abrir os canais para uma vida mais espiritual, mudar os
valores pessoais, a maneira como se vê, como se sente e como se pensa. É um processo
natural desenrolado em razão da diminuição do fluxo de pensamentos e do aumento da
conscientização do corpo e das emoções.
Meditação é presença, e aquele que medita se torna mais presente em sua própria
vida; presença é percepção, perceber os sentidos, as emoções, todos os pensamentos que
passam, o ambiente onde estou. Estar mais presente - mais alerta – é estar mais vivo, e esse
estado mais vivo se reflete no modo como o meditador se relaciona com o mundo. As relações
ficam mais transparentes, mais harmoniosas e mais profundas; um reflexo da continua
transformação interior que ocorre na pessoa, já que a mesma se torna mais transparente, mais
harmoniosa e mais profunda na relação consigo mesma.
Muitas doenças físicas são psicossomáticas, ou seja, nascem dos processos psíquicos
do ser humano, causando desarmonia e gerando a doença no plano físico. A mente exerce
influência direta sobre o nosso corpo físico, sobre a qualidade de nossas atividades cerebrais e,
por conseguinte, corporais. Se aquela está interagindo com a realidade em padrões vibratórios
baixos, o corpo humano também não conseguirá exercer seu papel satisfatoriamente. Os
impactos causados pelos acontecimentos e a falta de habilidade de saber lidar com os mesmos
ocasionam níveis demasiados de stress no indivíduo, transformando-se em diversos distúrbios
psicológicos. O stress do dia a dia ocasiona um acúmulo de tensão ao corpo, e o Cérebro,
através do Sistema Nervoso, acaba sendo afetado, diminuindo a sua eficiência e mandando
muitas mensagens desnecessariamente negativas, o que desordena as demais funções
corporais.
Torna-se, assim, mais que uma prática, mas uma maneira de se relacionar e de se
perceber a existência. Nesta linha se mostra muito importante a compreensão sobre o
trabalho e por onde se está percorrendo, é um caminho de ressignificação da própria vida, de
autodescoberta com o poder de transformar a pessoa. Um aprofundamento da vida e de si
mesmo. Trazer a meditação para a sabedoria do dia a dia possui um profundo efeito de
percepção no indivíduo, na medida em que a qualidade dos seus movimentos passa a ser
gradativamente transformada.
A filosofia da meditação nos mostra que a qualidade de nossa observação reflete o
nosso estado de consciência, influenciando o mundo com o qual interagimos. É acessar uma
sabedoria universal, inata ao estado de estar no mundo, a qual tem como alicerce
fundamental a unicidade de todas as manifestações vivas, que tudo o que há provém de uma
única força e por isso tudo está conectado e é interdependente. É acordar para profundas
verdades que naturalmente nos tornam seres mais despertos e amorosos. O trabalho
proposto, com todas as meditações a serem fluidamente praticadas, tem o intuito de levar o
praticante para um espaço interno onde estas verdades são naturalmente sentidas e
percebidas, trazendo um novo estado de consciência.
Por isso, ao perceber a meditação além de uma simples prática, mas como uma
filosofia, pode ser considerada uma ferramenta de profunda transformação interior. Uma
filosofia que nos torna mais atentos com nós mesmos e com nosso entorno. É uma filosofia
que visa ao lapidamento de nossa manifestação humana, a partir do desvelamento de um
natural sentido para a vida.
Introdução às Meditações
A parte das vivências afetivas é quando ocorre interação humana nas vivências, em
duplas, trios ou o grupo inteiro. Abraços, olhar nos olhos com profundidade, mãos dadas e
brincadeiras lúdicas, tudo para ativar o chakra cardíaco e assim trabalhar com o centro das
emoções e com nossa afetividade. Estimular a pessoa constantemente a perceber o que se
está sentindo também será ferramenta importante no trabalho. O objetivo aqui é aprimorar o
indivíduo em seu relacionamento com o mundo, trazendo sensibilidade em sua interação com
o externo e consigo mesmo.
Toda a dinâmica proposta serve também para gerar um estado meditativo contínuo
para o grupo, para ancorar uma frequência de atenção plena durante o encontro; assim, uma
comunicação não verbal pode ser estabelecida. A ideia é trazer o grupo e cada membro para
um fluxo energizador e curativo, estimular o meditador a percorrer diferentes caminhos
internos e acessar novas maneiras de perceber, atuar e sentir. Aprender a perceber cada vez
mais conscientemente o seu modus operandi mental, a fim de se pacificar o seu mundo
interno. Para isso, o estado de testemunho desidentificado, a partir da observação sem
julgamento, é essencial e o alicerce principal de todo o trabalho, e a todo instante esse estado
será chamado.
Partindo da premissa de que mente e corpo são dois polos de uma mesma
manifestação, deve-se buscar o desenvolvimento de ambos. Além disso, a mente aqui engloba
tanto o mental quanto o emocional, esta uma área onde se encontram muitos dos entraves
para a manifestação pura e amorosa do indivíduo. Por isso, serão frequentes vivências que
visem à integração afetiva das pessoas com suas flutuações emocionais.
Consciência/Silêncio
Praticar meditação, seja em grupos, seja na nossa prática diária, ou então como
filosofia de vida, é, em última instância, criar uma ponte do manifesto para o imanifesto, da
terra para o céu, do nosso eu pessoal para o nosso Eu divino. Este Eu divino é o único eu que
existe verdadeiramente, sendo da mesma natureza para todos os seres e na filosofia hindu é
chamado de Atman.
Energia
Por isso, uma parte do trabalho será voltado para o movimento das nossas energias, a
fim de preparar um campo saudável para que o estado de meditação aconteça, para que a
Consciência amorosa que já somos floresça. Trabalhar com a vitalidade é colocar-se em
movimento, movimentar-se-á com a respiração consciente, aprendendo a respirar, com o
movimento de nossas emoções, conectando-se com elas e com a auto expressividade, e com o
movimento de nosso corpo, através de práticas meditativas. O intuito é movimentar a energia
liberando emoções e bloqueios energéticos.
Mente-Corpo
As vivências não trarão a intenção direta de transformação, não será algo a ser
buscado o reconhecimento de limitações, ou então o forçar algum tipo de expressão diferente.
O fluxo da existência é algo a acontecer naturalmente, e no estado meditativo não há qualquer
espécie de conflito. A profundidade do ensinamento é que o espaço onde ocorrem as
transformações, os recondicionamentos, é a prórpia inteligência divina a qual em tudo está, a
unidade por trás de toda dualidade. Então, o mente-corpo não se transforma devido a uma
intenção de si mesmo, mas segundo os ditames da nossa verdadeira natureza, e a mudança
acontece quando deixamos de querer assumir o controle das acontecências, e a Consciência –
a inteligência divina – adquire espaço para movimentar, fluir e acontecer.
Logo, as vivências do Medita Holos têm o intuito de proporcionar o movimento
ascendente – o refinamento – de nossas energias pessoais, a partir de diversas práticas
meditativas, gerado pela simples consciência de nós mesmos, pela observação sem julgamento
de nossas manifestações.
Encontros
A vivência Medita Holos foi desenvolvida a partir de uma estrutura com o intento de
gerar um trabalho psicoenergético meditativo no praticante. Então haverá uma ordem a ser
seguida sobre a qual a desordem pode naturalmente acontecer e, a partir da mesma, gerarem-
se novos caminhos de expressão e de consciência. Começará com um aquecimento corporal
buscando a energização do corpo e o relaxamento das tensões musculares, tendo em vista que
os músculos do corpo humano estão intimamente ligados com os padrões energéticos e com
as emoções. Além disso, trabalhos de respiração para movimentar e para harmonizar o campo
energético pessoal e muitas vivências para movimentar o emocional e o mental. Tudo
acontecendo em constante chamado da matriz cósmica da meditação. Na parte final do
encontro, haverá a prática tradicional da meditação, sendo seguida pelo relaxamento final.
Conclusão
O estado de meditação não pode ser forçado a acontecer. Assim como a planta cujo
crescimento acontece naturalmente pelo cuidado com as condições ideias para o seu
desenvolvimento, o estado de meditação também surge quando nos preparamos
adequadamente. Para isso, o físico, a vitalidade, as emoções e os pensamentos vão sendo
trabalhados, desenvolvidos a partir da tomada de consciência mais profunda proporcionada
pelos encontros. A meditação, portanto, não se faz, mas se é, o indivíduo se torna um com a
mesma quando não há mais separação entre os dois; cessa-se a busca.