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À cabeça do Terceiro Estado encontram-se os homens de letras, muito respeitados pelo saber. Estão divididos
em diversos grupos hierarquicamente ordenados, conforme a importância da função que exercem. Seguem-se
os mercadores, com eles ombreiam alguns ofícios superiores como o de boticário, joalheiro e chapeleiro.
Todos estes homens podem usar o titulo de burguês, e constituem a elite do Terceiro Estado.
Vêm depois aqueles cujo trabalho «assenta no corpo». Em primeiro, os lavradores que têm terra própria ou de
renda. Abaixo os que desempenham «ofícios mecânicos», ou seja, os artesões; logo seguidos dos mais
humildes trabalhadores, que executam trabalho assalariado e, muitas vezes incertos.
Depois de hierarquizados, restam aqueles que não cumprem a função social do Terceiro Estado, isto é, que
não trabalham: mendigos, vagabundos e indigentes.
Ricos ou pobres, todos os elementos do povo pagam impostos e, com as poucas excepções dos que possuem
rendimentos, vivem do seu trabalho. A maior parte é constituída por camponeses, que no Antigo Regime
excedem os 80% da população.
Mostrar a fusão do poder político com o poder económico nas Províncias Unidas(página 58-60)
A Republica das Províncias Unidas era uma federação de estados com uma estrutura descentralizada, o que
multiplicava os cargos e as oportunidades de interferir na governação. Estes cargos eram disputados pelas
famílias nobres e burguesas.
Aos nobres cabiam as funções militares, recaindo a suprema chefia dos exércitos - o cargo de Stathouder-
Geral (aquele que defende o Estado) - nos príncipes de Orange.
Foi o dinheiro que abriu à burguesia das Províncias Unidas as portas da ascensão social. Com o tempo, a
ascensão da burguesia de negócios foi consolidada pela educação, pelo casamento e pela dedicação aos
cargos do Estado: graças à descentralização administrativa, eram os chefes das famílias burguesas que
dominava os conselhos das cidades e das províncias formando uma elite governante.
Foram-se quebrando, desta forma, os princípios da sociedade de ordens baseados nos privilégios do
nascimento.
Concluindo, ao poder centralizado do rei e à preponderância da nobreza que marcaram o século XVII
europeu, opunham as Províncias Unidas a descentralização governativa e o domínio da burguesia. Nesta
pequena “república de mercadores” os interesses do Estado e os do comércio uniram-se estreitamente. Foi
esta união que fez da Holanda uma potência marítima e colonial capaz de ombrear com os grandes estados
Europeus.