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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACEAR

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ALEX WOICIECHOVSKI
JHONNYFFER DE FREITAS GONÇALVES
JOSIAS JOSÉ GOMES DA SILVA
KESLLEY GOMES BIGON

DRENAGEM URBANA:
Dimensionamento hidráulico de galerias pluviais

CURITIBA
2019
ALEX WOICIECHOVSKI
JHONNYFFER DE FREITAS GONÇALVES
JOSIAS JOSÉ GOMES DA SILVA
KESLLEY GOMES BIGON

DRENAGEM URBANA:
Dimensionamento hidráulico de galerias pluviais

Trabalho apresentado à disciplina de


Saneamento do curso de Engenharia Civil do
Centro Universitário Unifacear para obtenção
de nota parcial do 2º bimestre.

Orientador: Alinne Mizukawa

CURITIBA
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 5
1.1 SISTEMA DE DRENAGEM NATURAL DE BELO HORIZONTE - MG ..........................................................5
1.2 OBJETIVO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .........................................................................................5
2 ELEMENTOS DE PROJETO ........................................................................................ 6
2.1 CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DAS GALERIAS PLUVIAIS ........................................................6
2.2 ELEMENTOS DA PLANILHA DE DIMENSIONAMENTO ...........................................................................7
3 RESULTADOS ............................................................................................................ 11
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 12
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 13
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1 INTRODUÇÃO

1.1 SISTEMA DE DRENAGEM NATURAL DE BELO HORIZONTE - MG

O sistema de drenagem natural da cidade de Belo Horizonte – Minas Gerais,


objetivo deste trabalho, compõe-se pelos ribeirões da Onça e Arrudas. O
desenvolvimento da cidade aconteceu juntamente com a desconsideração da hidrografia
da região, o que prejudicou o desempenho do sistema.

No decorrer do crescimento populacional, os demasiados confinamentos e


canalizações de cursos naturais d’água tornou corriqueira a ocorrência de inundações, e
o estrangulamento do fluxo em canais e galerias provocam, consequentemente, o
alagamento das vias urbanas.

A ocupação irregular das margens de córregos e ribeirões, juntamente à


ausência de um sistema de saneamento para estes lotes, acarreta na poluição e
obstrução dos canais naturais de drenagem das águas no município.

1.2 OBJETIVO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Este trabalho objetiva o dimensionamento hidráulico das galerias de drenagem


urbana de uma parte da cidade de Belo Horizonte, atendendo a todos os requisitos de
norma e buscando a eficiência e economia no sistema.

O desenvolvimento deste iniciar-se-á com a demonstração dos critérios básicos


de início de projeto, seguida do detalhamento dos elementos e procedimentos de cálculo,
e análise dos resultados obtidos para o exercício proposto.
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2 ELEMENTOS DE PROJETO

2.1 CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DAS GALERIAS PLUVIAIS

Os critérios para dimensionamento hidráulico das galeriais pluviais e o esquema


das vias para projeto, fornecidos no enunciado do exercício proposto, encontram-se
presentes na tabela 1 e na figura 1, respectivamente:

Tabela 1 – Critérios para projeto.

Índice Parâmetro Valor Unidade


n Coeficiente de rugosidade do tubo 0,015 -
- Recobrimento mínimo 1 m
DN Diâmetro nominal mínimo 0,4 m
Vmín Velocidade mínima 0,75 m/s
Vmáx Velocidade máxima 5 m/s
F Tempo de recorrência da chuva 5 anos
Tc Tempo de duração da chuva 5 min

Fonte: Autoria própria, com dados do exercício proposto.

Figura 1 – Vias do projeto de drenagem.

Fonte: Exercício proposto.


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2.2 ELEMENTOS DA PLANILHA DE DIMENSIONAMENTO

O dimensionamento das galerias pluviais foi realizado através do preenchimento


da tabela 2, na qual constam os seguintes elementos:

Tabela 2 – Planilha de dimensionamento de galerias pluviais.

Fonte: Secretaria de Obras Públicas de Curitiba (2019, adaptado).

a) Trecho: ligação entre duas seções. Exemplo: o trecho que liga a seção 1 até
a seção 2 seria enumerado como 1-2;

b) Cota do terreno: cotas altimétricas do terreno, a montante e a jusante da


seção, dadas em metros;

c) Extensão (L): comprimento do trecho, em metros;

d) Área: área da bacia de contribuição ou bacia hidrográfica, em hectares;


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e) Tempo de escoamento (Te): é a relação entre a extensão do trecho e a sua


velocidade, em minutos:

Te = L / (V x 60)

f) Tempo de concentração (Tc): tempo, em minutos, necessário para que toda


a bacia hidrográfica contribua para a vazão:

Tc = Tc anterior + Te

g) Intensidade de chuva (i): é a quantidade de chuva distribuida pela unidade de


tempo, em mm/h:

i = (1447,87 x (F ^0,10)) / ((t + 20) ^0,84)

h) Coeficiente de escoamento (run off) (C): é a relação entre o volume de água


de escoamento superficial e a área da bacia de contribuição:

C= ((Cm x A1) + (Cm x A2)) / (A1 + A2)

i) Vazão de Projeto (Q): Obtida pelo Método Racional, em m³/s:

Q=CxixA

j) Declividade:

I. Do terreno: a declividade do terreno está relacionada ao quociente da


diferença de altura entre duas cotas altimétricas e a extensão de um
determinado trecho da rede, em m/m:

I = (Cota do terreno a montante – cota do terreno a jusante) / L


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II. Do coletor: é a declividade utilizada para os cálculos posteriores do


dimensionamento, em m/m;

k) Diâmetro calculado (Dc): o diâmetro está relacionado à geometria do coletor,


em m:

D = 1,55 x (((Q x n) / (I ^1/2))^3/8)

l) Diâmetro adotado (D): diâmetro comercial mais próximo do diâmetro


calculado.

m) Vazão a seção plena (Qp): vazão calculada para a tubulação em estado


crítico, com toda a sua seção preenchida, em m³/s:

Qp = (1 / n) x ((D/4)^2/3) x (I ^1/2) x ((π x D²) / 4)

n) Velocidade a seção plena (Vp): velocidade calculada para a tubulação em


estado crítico, com toda a sua seção preenchida, em m/s:

V = (1 / n) x ((D/4)^2/3) x (I ^1/2)

o) Velocidade real (V): velocidade calculada para a vazão de projeto, em m/s:

V = Q / ((π x D²) / 4)

p) Cota inferior do coletor:

I. A montante: cota altimétrica inferior do coletor a montante do trecho,


em metros:
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Cota inferior a montante = Cota do terreno a montante – recobrimento


mínimo – diâmetro adotado

II. A jusante: cota altimétrica inferior do coletor a montante do trecho:

Cota inferior a jusante = Cota do terreno a jusante – recobrimento


mínimo – diâmetro adotado

q) Profundidade do coletor:

I. A montante: é a diferença de alturas entre as cotas a montante do


terreno e do coletor:

Profundidade a montante = Cota do terreno a montante – cota inferior


do coletor a montante

II. A jusante: é a diferença de alturas entre as cotas a jusante do terreno


e do coletor:

Profundidade a jusante = Cota do terreno a jusante – cota inferior do


coletor a jusante

r) Q/Qp: é a relação entre a vazão de projeto e a vazão em seção plena:

Se Q/Qp ≥ 1, aumentar diâmetro (D)

Se Q/Qp < 1, manter o diâmetro (D)

s) V/Vp: é a relação entre a velocidade real e a velocidade em seção plena:

Se V/Vp ≥ 1, aumentar diâmetro (D)

Se V/Vp < 1, manter o diâmetro (D)


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3 RESULTADOS

Os resultados do dimensionamento para as galerias pluviais, proposta no


exercício, estão presentes na tabela 3. Observa-se que, por questão de organização, os
cálculos intermediários foram omitidos.

Tabela 3 – Resultados.

Fonte: Autoria própria.


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4 CONCLUSÃO

As galerias pluviais do exercício proposto foram dimensionadas seguindo o


roteiro que consta neste trabalho acadêmico.

Conclui-se que, ao observar os resultados obtidos pelos cálculos de


dimensionamento, a rede funcionará de forma eficiente. O diâmetro escolhido para as
tubulações atende aos critérios especificados para a região de atendimento, como as
velocidades mínimas e máximas etc.

Observa-se também que os procedimentos de cálculo – que neste foram


exemplificados com base no exercício proposto – podem ser utilizados para dimensionar
galeriais de drenagem para outros municípios, contanto que sejam observados os demais
aspectos das normas regulamentadoras e documentos oficiais disponibilizados pelas
respectivas prefeituras municipais.

Quanto ao sistema de drenagem da cidade de Belo Horizonte, nota-se que o


principal problema estabelece-se pela prevalência de medidas corretivas e não
preventivas, isto é, o planejamento só sofre mudanças conforme as ocorrências são
registradas. Isto, aliado aos problemas levantados na introdução deste trabalho, resulta
em uma sistema deficiente de drenagem da cidade.

A solução para esta situação encontra-se na reformulação do sistema de


microdrenagem do município, a começar pelo levantamento de dados quantitativos e
qualitativos de ocorrências como inundações e alagamentos de vias urbanas, liberação
de margens de córregos e ribeirões e maior preocupação com o dimensionamento correto
de galerias de drenagem urbana que possam atender às bacias de contribuição
espalhadas pelo território.
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REFERÊNCIAS

CARVALHO, Daniel F. de; SILVA, Leonardo D. Batista da. Hidrologia. Seropédica:


Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2006.

NETTO, Azevedo. et al. Manual de hidráulica. 8. Ed. São Paulo: Editora Edgard
Blücher LTDA., 1998.

PAULA, Heber Martins de. Drenagem urbana. Goiânia: Universidade Federal de Goiás,
2013.

SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E INFRAESTRUTURA (SMOBI). Plano


municial de saneamento de Belo Horizonte – PMS 2016 / 2019. Belo Horizonte,
2016.

SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS PÚBLICAS. Normas para projetos de


drenagem. Curitiba, 2019.

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