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Curso e Atualização em:

APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE SOLOS E IRRIGAÇÃO PARA


GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

ADASA
Agência Reguladora de Águas, Energia e
Saneamento Básico do Distrito Federal

Tema 1: Sistema Edafoclimático e demanda


de água pelas culturas.
Assunto: Evapotranspiração e
Demanda hídrica para irrigação
Engenheiro Dr. Marco Antonio Jacomazzi
Outubro de 2016
CONSIDERAÇÕES
GERAIS:
Sistema edafoclimático

3 Principais sistemas para “escoamento” da água e energia:


Sistema Planta: “Que consome água”, mas não armazena
Sistema solo → Reservatório “finito” de água
Sistema atmosfera → Reservatório variável de vapor d’água
Balanço hídrico no Sistema Edafoclimático

Entradas
de água
Saídas de
água no
sistema

• A evapotranspiração representa as perdas de água das superficies naturais para a atmosfera;


• Por superficies naturais entende-se: (i) solo agrícola; (ii) superfície vegetal; (iii) reservatórios e
lagos;
• As perdas de água pelo sistema Planta-Solo podem ser monitoradas e controladas para
previsão das lâminas de irrigação.
RADIAÇÃO SOLAR (ENERGIA)
Balanço de Radiação na Superfície

Ra = 26,26 a 41.08)MJ/dia.m2
(Brasília)

Atmosfera

Rs <<Ra
(MJ/dia.m2)
RADIAÇÃO SOLAR (ENERGIA)
Balanço de Radiação na Superfície
Ra – Rad. Solar Topo Atmosfera;
BOC Ra BOL Rs – Rad. Solar incidente na sup.;
r*Rs – Rad. Incidente refletida;
RATM – Fluxo energia emitida pela atm;
RSUP RSUP – Fluxo energia emitida pela sup.;
QD QC Radiação líquida
Calor latente

r*RS RATM Carlor Sensível

Rn   * E  H  G   outros
Rs Aquecimento atmosfera
Evapotranspiração
Movimento terrestre
Variação da Radiação Ra ao longo do ano

Fonte: Apresentação da aula “Energia Solar”, disciplina 0306 Meteorologia Agrícola, ministrada
pelo prof. Dr.Felipe Gustavo Pilau, Departamento de Engenharia de Biossistemas ESALQ/USP
Visualizado em outubro/2016 de http://www.leb.esalq.usp.br/aulas/leb306_fabio_e_felipe/
FOTOPERÍODO (N)
Número máximo de horas de Brilho

FOTOPERÍODO (horas/dia) em Função da Época e da Latitude


15

14 Lat.0
Lat.20
Número de Horas de Brilho (horas/dia)

Lat.40
13

12

11

10

8
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Atmosfera terrestre
“Sistema Climático”

• Grande reservatório de água na forma de VAPOR, que


influência o balanço de energia na superfície
• Onde atua os fenômenos meteorológicos
Atmosfera terrestre como um Sistema termodinâmico

A atmosfera vai se tornando mais ávida por água


Volume 2 > Volume 1;
T2<T1;
Tensão de vapor
menor;
Umidade relative
menor

Aquecimento
SOL

V1;
T1; Tensão de vapor;
UR
Variação ao longo do ano da Radiação solar para a
região de Brasília - DF

45 13.5
Radiação no topo da atmosfera (Ra,

40
13.0
35

Fotoperíodo (horas
12.5
30
MJ/dia.m2)

25 12.0

20 11.5
15
11.0
10
10.5
5
0 10.0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Radiação Topo Atmosfera Fotoperíodo


Variação ao longo do ano de variáveis climáticas
normais

Balanço Hídrico Normal Mensal


300 100

90
250

Evapotranspiração (mm)
80

70
200
60
Chuva mensal (mm)

150 50

40
100
30

20
50
10

0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação ETP

Fonte: Adaptado do BHBrasil, Balanços hídricos climatológicos de 500 localidades brasileiras


http://www.leb.esalq.usp.br/nurma.html
Conceito físico da evaporação

I. Mudança de fase do estado líquido ao gasoso devido


aumento da energia interna, proveniente da radiação
eletromagnética Solar;
II. “Renovação” da quantidade de vapor de água, por meio
de difusão turbulenta
H2O
Camada Atmosférica Vento
H2O Rs

H2O
H2O
H2O H2O

H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O Tensão
HO HO HO HO HO HO HO HO HO HO HO HO Superficial
H2O2 H2O2 H2O2 H2O2 H2O2 H2O2 H2O2 H2O2 H2O2 H2O2 H2O2 H2O2

H2O H2O H2O H2O H2O H2O


H2O H2O H2O H2O H2O
Conceito físico da evaporação
Comparação com as “roupas no varal”

Por que as roupuas secam mais rápido no varal no quintal, do


que dentro no apartamento?
Processo fisiológico da Transpiração

I. Processo biofísico, da fisiologia das plantas, no qual a água é


“transferida” do solo à atmosfera por meio de fluxo de massa
regidos pelas diferenças de potenciais totais decrescentes;

Fonte: Aulas LEB 360 Meteorologia Agrícola Prof. Sentelhas


Evapotranspiração (ET)=T+Ev

Fonte: Aulas LEB 360 Meteorologia Agrícola Prof. Sentelhas


Utilização das estimativas da evapotranspiração

 Projeto de Grandes reservatórios e determinação das


perdas nas superficies líquidas;

 Balanço Hídrico Hidrológico e restituição das séries de


vazão;

 Irrigação;

 Zoneamento climatológico;

 Climatologia Física.
Definições da Evapotranspiração ET=Ev+T

 Evapotranspiração Potencial ou de Referência (ET0)


Taxa de emissão de vapor de água para a atmosfera por um
superfície vegetada padronizada, em ótimas condições de umidade.
Superfície vegetada padronizada: grama batatais, em crescimento
ativo, cobrindo plenamente a superfície (IAF = 2,88 m2/m2, e altura de
dosse h = 12 cm), sem deficit hídrico e deficits nutricionais e
fitotécnicos.

 Evapotranspiração Máxima ou da cultura (ETc), em condições


padrões
Evapotranspiração para superfície vegetada qualquer, em ótimas
condições de umidade.

 Evapotranspiração Real cultura (ETr).


Evapotranspiração para superfície vegetada qualquer, em
condições reais de umidade.
Definições da Evapotranspiração ET=Ev+T

 Evapotranspiração Potencial ou de Referência (ET0)

𝐸𝑇0 → 𝑚𝑜𝑑𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑎 𝐸𝑇

 Evapotranspiração Máxima ou da cultura (ETc), em


condições padrões

𝐸𝑇𝑐 = 𝑘𝑐 ∗ 𝐸𝑇0
Coeficiente de cultura:
 Evapotranspiração Real cultura (ETr).

𝐸𝑇𝑟 = 𝑘𝑐 ∗ 𝑘𝑠 ∗ 𝐸𝑇0
Coeficiente de depleção
da água do solo:
MODELOS DE
ESTIMATIVA DA
EVAPOTRANSPIRAÇÃO:
Métodos de estimativa da ET0

Categoria Método de estimativa


1. Empíricos  Método do tanque Classe A

 Método de Thornthwaite

 Método de Camargo

 Método de Makkink

 Método da Radiação – método FAO 2 da radiação

 Método de Linacre
 Método de Jesen-Haise
 Método de Hargreaves–Samani

 Método de Blaney–Criddle

2. Aerodinâmicos
3. Balanço de Energia  Método da Razão de Bowen

 Método de Priestley–Taylor

4. Combinados  Método de Penman

 Método de Penman–Monteith

5. Correlação dos Turbilhões


Variáveis meteorológicas e os métodos de estimativa
da ET0

Radiação Insola
Temperatura Umidade Veloc. Solar ção
T (°C) Relativa (%) Vento MJ/m2.dia) (n)
Métodos de estimativa Tmax Tmin Tmed UR.m UR.min U2(m/s) Rn Ra horas
Penman-Monteith
X X X X X X
FAO56 (1)
Priestley–Taylor (1) X X X X X
Hargreaves e Samani X X X
Blaney – Criddle (2) X X X
Thornthwaite X
Rn e Ra – radiação líquida e no topo da atmosfera, respctivamente;

(1) A radiação líquida (Rn) pode ser estimada à partir das variáveis temperaturas máximas e
mínimas (Tmax, Tmin) e pela insolação
(2) O modelo de Blaney-Criddle necessita das estimativas medias anuais para as variáveis
umidade relativa minima (UR.min), velocidade do vento e relação da insolação pelo
fotoperíodo (n/N), somente na definição dos parâmetros regionais “a” e “b”
Dados Meteorológicos
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)

Anemômetro
(Velocidade do vento)

Abrigo
Pluviômetros Meteorológico
(medição chuva)
Evaporímetro
Tanque Classe A
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)

Abrigo
Meteorológico
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)

Psicrômetro

Termohigrófago
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)
Medição da chuva:

Pluviógrafos: intensidade de chuva (mm/hora)

Pluviômetros:
Altura de chuva
mm/dia
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)

Actinógrafo: Medição da radiação solar global (MJ/m2)


Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)
Heliógrafo
(№ horas de brilho dia, Insolação)

Actinógrafo
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)
Termohigrógrafo
(Temperatura e umidade relative ao
longo do dia)
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)

Termohigrógrafo digital
(Temperatura e umidade relative ao longo do dia)
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)
Psicrômetro
(Temperaturas máximas e mínimas diárias)

Termômetro Termômetro
de máxima de mínima
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)

Anemômetro
Velocidade do vento
(km/dia ou m/s)

H=2 metros
(agroclimatológica,
Modelos de ET0 de Penman e PM)

H = 10 metros
(estações meteorológicas)
Estação Meteorológica Convencional
(imagens retiradas da internet)
MODELOS DE
ESTIMATIVA DE ET0 POR
EVAPORÍMETROS:
“Evaporímetros” por Atmômetros
Evaporímetro de Piche

Detalhe:
“Evaporímetros”
tanques de evaporação

TCA – Tanque Classe A


Tanque cilíndrico construído com chapa de ferro galvanizado #22, com 1,21
metros de diâmetro e 0,255 m de profundidade.
Pintado internamente e externamente com tinta aluminizada;
Apoiado sobre estrado de madeira de 0,15 metros da superfície do solo, na cor
branca;
Área no entorno gramada;
“Evaporímetros”
tanques de evaporação

GGI 3.000 – União Soviética


Tanque cilíndrico com fundo cônico, com 0,618 metros de diâmetro e 0,685 m de
profundidade no centro.
Tanque deve ser enterrado no solo com borda livre de 7,5 cm;

Tanque 20m2
Tanque cilíndrico com fundo plano, com 5 metros de diâmetro e 2,0 m,
resultando em superfície de evaporação de 20m2.
Tanque deve ser enterrado no solo com borda livre de 7,5 cm;
Medidas de evaporação são as mais próximas das condições de superfícies livres
dos reservatórios;
“Evaporímetros”
tanques de evaporação

Tanque 20m2
“Evaporímetros”
tanques de evaporação

Oliveira, 1971 para as condições de Piracicaba

E20  0,76 * ECA  0,95 * EGGI3000

Volpe & Oliveira, 2003 para as condições de Jaboticabal

E20  0,75 * ECA  0,85 * EGGI3000


Tanques de evaporação:
Tanque Classe A - TCA

EV  kp * ECA

Coeficiente do Tanque
Valores do Coeficiente de Tanque para Evaporação:
Estudos iniciais por Sleight (1917)
Seguidos pelos trabalhos de Gangopadhayaya (1966) e etc…

Oliveira 1971, em Piracicaba


Valores de kp no TCA: de 0,67 a 0,87 -> kpMED=0,76
Valores Recomendados entre 0,7 a 0,8
Tanques de evaporação: Tanque Classe A
Determinação da evapotranspiração (ET)

Dados Climáticos
ECA Bordadura Vento
kc (mm/d) UR % (R,metros) U2 (m/s)

Kt=f(UR,R,U2)

ET0 = kt*ECA

ETc = kc*kt*ECA
Tanques de evaporação: Tanque Classe A
Medição da evapo(transpi)ração (ET)
Tanques de evaporação: Tanque Classe A
Coeficientes de Tanque (Kt)
Valores do coeficiente do tanque Classe A (Kt), em função dos dado meteorológicos da região e do
meio em que está instalado, segundo Doorenbos e Pruit (1994)
Exposição A Exposição B
TCA circundado por grama TCA circundado por solo nu
Velocidade Posição UR % (média) UR % (média)
Vento TCA (R,m) Baixa Média Alta Baixa Média Alta
U2 bordadura UR<40% 40%≤UR≤70% UR>70% UR<40% 40%≤UR≤70% UR>70%
Vento Leve 1 0.55 0.65 0.75 0.70 0.80 0.85
< 175 km/d 10 0.65 0.75 0.85 0.60 0.70 0.80
< 2 m/s 100 0.70 0.80 0.85 0.55 0.65 0.75
1000 0.75 0.85 0.85 0.50 0.60 0.70
Moderado 1 0.50 0.60 0.65 0.65 0.75 0.80
175 - 425 km/d 10 0.60 0.70 0.75 0.55 0.65 0.70
2 - 5 m/s 100 0.65 0.75 0.80 0.50 0.60 0.65
1000 0.70 0.80 0.80 0.45 0.55 0.60
Forte 1 0.45 0.50 0.60 0.60 0.65 0.70
425 - 700 km/d 10 0.55 0.60 0.65 0.50 0.55 0.75
5 - 8 m/s 100 0.60 0.65 0.75 0.45 0.50 0.60
1000 0.65 0.70 0.75 0.40 0.45 0.55
Muito 1 0.40 0.45 0.50 0.50 0.60 0.65
Forte 10 0.45 0.55 0.60 0.45 0.50 0.55
> 700 km/d 100 0.50 0.60 0.65 0.40 0.45 0.50
> 8 m/s 1000 0.55 0.60 0.65 0.35 0.40 0.45
FAO - Food and Agricultural Organization.
R ou bordadura (em metros) é a menor distância do centro do tanque ao limite da bordadura
Modificado de: Bernado et. Al (2006), Manual de Irrigação - Ed. UFV
Tanques de evaporação: Tanque Classe A
Coeficientes de Tanque (Kt)

Valores do coeficinete do Tanque Classe A, em função


da bordadura (R)
0.90

0.80

0.70
kt

0.60

0.50

0.40
1 10 100 1000
Extensão da bordadura (R,metros)

UR<40% 40%≤UR≤70% UR>70%


Tanques de evaporação: Tanque Classe A
Coeficientes de Tanque (Kt)

Alternativa para estimative do coeficiente de Tanque (kt), à partir do ajuste de


regressão descrito em Allem (1998), citado em Sentelhas (2007)

Condição da Bordadura vegetada por grama:


𝑘𝑡
= 0.108 − .00286 ∗ 𝑈2 + .0422 ∗ 𝐿𝑛 𝑅 + 0.1434 ∗ 𝐿𝑛 𝑈𝑅 − 0.00063
∗ 𝐿𝑛 𝑅 2 ∗ 𝐿𝑛 𝑈𝑅
Em que:
R – bordadura do tanque com cobertura padrão (metros);
U2 – velocidade do vento a 2 metros de altura (m/s); e
UR – umidade relative media diária (%)
Na ausência de informações meterológica, exceto o ECA, conforme estudos de
Sentelhas et al. (1999), citado em Sentelhas (2007), pode-se empregar um valor
constante para kt de 0.72
Exemplo.1 Determinação da evapotranspiração
pelo método Tanque Classe A

Dados:
Barreira, 16/02/2003, considerando ECA = 6mm/d; U2=2,2 m/s; UR=55%;
considerando bordadura por grama e extensão R = 10 metros

A) 𝑘𝑡
= 0.108 − .00286 ∗ 2.2 + .0422 ∗ 𝐿𝑛 10 + 0.1434 ∗ 𝐿𝑛 55 − 0.00063
∗ 𝐿𝑛 10 2 ∗ 𝐿𝑛 55 → 𝑘𝑡 = 0.7035

→ 𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎(𝑘𝑡) → 𝑘𝑡 = 0.7

B) 𝐸𝑇0 = 0.7 ∗ 6 → 4.22 𝑚𝑚 𝑑

C) Oprocesso de medição de evaporação pelo TCA é fácil e direto,


porém o uso desse instrument o vem diminuendo. Por quê?
1 - Justificativa técnica e 1 justificativa operacional.
Thornthwaite (1948), Método empírico

i. Equações foram ajustadas à partir do balanço hídrico de bacias


em lisímetros de pesagem, correlacionando as medidas da ET0
estimada apenas pela variável independente Temperatura
Média do Ar (Ta);
ii. A ET0 estimada é média mensal, considerando: (i) mês com 30
dias; (ii) fotoperíodo de 12 horas/dia; (iii) superfície padrão de
gramados;
iii. Desenvolvida para condições de Clima Úmido, logo, tende a sub
estimar para regiões de clima seco;
iv. Um dos modelos de estimativa de ET0 mais empregados no
mundo.
Equacionamento THORNTHWAITE (1948)

SE 0<Tm<26,5°C
 NHD   NDM 
ac

ET0  16 * 10 * Tm  *
  * 
1-  I cr   12   30 
SE Tm>26,5°C
2-
ET0  415,85  32,24 * Tm  0,43 * Tm 2
Tm – Temperatura média mensal (˚C);
NHD – Número de horas do dia (horas);
NDM – Número de dias no mês;
Icr – Índice de Calor Regional – Estimado pela Equação (03) – é
um coeficiente “padrão” da região;
ac – coeficiente de ajuste estimado pelo índice Icr;
THORNTHWAITE (1948), Ajuste dos Parâmetros
Regionais

3 – Índice Regional de Calor


 
1,514
 n

Icr  12 * 0,2 *  Ti

 1
n 

4 – Coeficiente Regional ac:

ac  0,49239  1,7912 * 102 * Icr  7,71* 105 * Icr  6,75 * 107 * Icr
2 3
FOTOPERÍODO (N), Número máximo de horas de
Brilho

FOTOPERÍODO (horas/dia) em Função da Época do Ano e da


Latitude
Latitude S (Graus)
Mês 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 60
Jan 12,00 12,26 12,53 12,80 13,09 13,40 13,74 14,12 14,56 15,07 15,71 17,69
Fev 12,00 12,16 12,32 12,49 12,67 12,86 13,06 13,29 13,55 13,85 14,22 15,27
Mar 12,00 12,04 12,07 12,11 12,15 12,19 12,24 12,29 12,34 12,41 12,49 12,71
Abr 12,00 11,89 11,78 11,67 11,55 11,42 11,29 11,13 10,96 10,76 10,52 9,83
Mai 12,00 11,77 11,55 11,31 11,06 10,79 10,50 10,18 9,81 9,37 8,84 7,23
Jun 12,00 11,71 11,42 11,12 10,80 10,46 10,08 9,66 9,18 8,60 7,89 5,57
Jul 12,00 11,74 11,47 11,19 10,89 10,58 10,24 9,85 9,41 8,89 8,24 6,22
Ago 12,00 11,83 11,66 11,49 11,31 11,11 10,90 10,66 10,39 10,08 9,70 8,59
Set 12,00 11,97 11,94 11,91 11,88 11,85 11,81 11,77 11,72 11,67 11,61 11,43
Out 12,00 12,11 12,22 12,34 12,46 12,59 12,73 12,88 13,06 13,27 13,51 14,21
Nov 12,00 12,23 12,46 12,71 12,96 13,23 13,53 13,86 14,24 14,69 15,23 16,88
Dez 12,00 12,29 12,58 12,88 13,20 13,55 13,92 14,34 14,83 15,40 16,12 18,44
15˚ Dia do Mês
THORNTHWAITE (1948)
Adaptado por Camargo et al. (1999)

i. Adequação do modelo original para demais condições


climáticas;
ii. Substitui a temperatura média mensal (Tm) pela variável
Temperatura Efetiva (TEF), estimatimada pela (Equação 05),
que contabiliza a amplitude térmica média;

5 – Temperatura Efetiva (TEF):

TEF  0,36 * 3 * TMAX  TMIN 


ORGANOGRAMA GERAL PARA ESTIMATIVA DA ET0
PELO MÉTODO DE THORNTHWAITE

• Série histórica de tempertura (Tm, TMAX, Tmin);


• Latitude local

• Estimativa do Índice Regional de Calor – Icr

• Estimativa do coeficiente

 *  NHD  *  NDM 
ac
• Calcular a ET0 por: ET0  16 * 10 * Tm I     
 cr   12   30 
ET0  415,85  32,24 * Tm  0,43 * Tm 2
Exemplo.2: Estimativa da evapotranspiração pelo
método de Thornthwaite
Determinar ET0 para região de Brasília, em 15/01/03,
considerando superfície gramada
a. Brasília -> Latitude:ф = 15,78⁰
b. Superfície -> Gramado: r=0,23
c. Data -> 15/01/2003: N=12,92horas
d. Demais Dados Estação: Tmax=30,9⁰C; Tmin=18,95⁰C
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
TMED
21.6 21.8 22 21.4 20.2 19.1 19.1 21.2 22.5 22.1 21.7 21.5
(˚C)
N
12.92 12.69 12.33 11.86 11.44 11.13 11.07 11.29 11.69 12.14 12.58 12.87
(horas)
Exemplo.2: Estimativa da evapotranspiração pelo
método de Thornthwaite

1 – Coeficientes regionais:
12
1.514 1.514
Ir = 0.2 ∗ 21.6 + ⋯ + 0.2 ∗ 21.5 = 106,89𝑚𝑚
1
a𝑐 = 0,49239 + 1,7912. 10−2 ∗ 106.9 − 7,71. 10−5 ∗ 106.92 + 6,75. 10−7 ∗ 106.93 = 𝑎𝑐
= 2.35

2 – Evapotranspiração mensal:
24,925 2.359 117.87𝑚𝑚
𝐸𝑇𝑝𝑑 = 16 ∗ 10 ∗ → 30𝑑∗12ℎ
106.89 𝑑

3 – Correção para fotoperíodo e número de dias do mês:


𝐸𝑇 = 117.87 ∗ 31 30 ∗ 12.92 12 = 131.14𝑚𝑚 = 4,23𝑚𝑚/𝑑𝑖𝑎

4 – Considerando Temperatura efetiva


𝑇𝑒𝑓 = 0.36 ∗ 3 ∗ 30.9 − 18.95 = 26,55℃
26.55 2.359
𝐸𝑇 = 16 ∗ 10 ∗ ∗ 31 30 ∗
12.92
12 → 152.25𝑚𝑚 → 4.91 𝑚𝑚 𝑑𝑖𝑎
106.89
Método de Blaney-Criddle

A evapotranspiração estimada pela (Equação 03) é o modelo de Blaney-Criddle.


𝑇𝑚𝑎𝑥 + 𝑇𝑚𝑖𝑛
𝐸𝑇𝑃 − 𝐵𝐶 = 𝑎 + 𝑏 ∗ 𝑝. 0.457 ∗ + 8,15
2

Esse modelo empírico foi desenvolvido na década de 50, para regiões áridas e semi-áridas
dos EUA, sendo inicialmente proposto para estimativas mensais.
Para a utilização desse modelo é necessário apenas a medição das temperaturas médias,
sendo utilizado neste caso as máximas (Tmax,°C) e mínimas (Tmin,°C).
O fator p (empírico), denominado por a porcentagem efetiva do total de fotoperíodo médio
mensal, estimado em função da latitude e do mês .
Doorenbos e Pruitt (1984) pelo boletim FAO-24 propôs um fator de correção do método,
possibilitando utilização para outras condições climáticas.
O fator de correção é estimado a partir das variáveis: umidade, velocidade do vento e
insolação (Smith et al., 1996). A equação 4 é o método de Blaney-Criddle modificado e
apresentado no boletim FAO-24.
Método de Blaney-Criddle
Tabela com os valores dos coeficientes a e b
𝑇𝑚𝑎𝑥 + 𝑇𝑚𝑖𝑛
𝐸𝑇𝑃 − 𝐵𝐶 = 𝑎 + 𝑏 𝑝. 0.46 ∗ + 8,15
2
Método de Blaney-Criddle: Tabela com os valores do
percentual das horas de luz (p)
Valores da percentagem mensal das horas de luz (p), para latitues sul, para o modelo Blaney-Cridlle
Latitude Sul Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
0° 8.50 7.65 8.45 8.23 8.50 8.22 8.49 8.51 8.22 8.48 8.12 8.49
2° 8.57 7.70 8.49 8.20 8.43 8.16 8.42 8.45 8.21 8.51 8.29 8.57
4° 8.63 7.74 8.50 8.17 8.38 8.06 8.35 8.40 8.20 8.55 8.35 8.66
6° 8.69 7.79 8.51 8.13 8.32 7.98 8.27 8.37 8.20 8.58 8.42 8.74
8° 8.77 7.83 8.52 8.09 8.27 7.89 8.20 8.33 8.19 9.60 8.49 8.82
10° 8.82 7.88 8.53 8.06 8.20 7.82 8.14 8.23 8.18 8.63 8.56 8.90
12° 8.90 7.92 8.54 8.02 8.14 7.75 8.06 8.22 8.17 8.67 8.63 8.98
14° 9.98 7.89 8.55 7.99 8.06 7.68 7.96 8.18 8.16 8.69 8.70 9.07
16° 9.08 8.00 8.56 7.97 7.99 7.61 7.89 8.12 8.15 8.71 8.76 9.16
18° 9.17 8.04 8.57 7.94 7.95 7.52 7.79 8.08 8.13 8.75 8.83 9.23
20° 9.26 8.08 8.58 7.89 7.88 7.43 7.71 8.02 8.12 8.79 8.91 9.33
22° 9.35 8.12 8.59 7.86 7.75 7.33 7.62 7.95 8.11 8.83 8.97 9.42
24° 9.44 8.17 8.60 7.83 7.64 7.24 7.54 7.90 8.10 8.87 9.04 9.53
26° 9.55 8.22 8.63 7.81 7.56 7.14 7.46 7.84 8.10 8.91 9.15 9.66
28° 9.65 8.27 8.63 7.78 7.49 7.04 7.38 7.78 8.08 8.95 9.20 9.76
30° 9.75 8.32 8.64 7.73 7.44 6.93 7.28 7.70 8.07 8.99 9.26 9.88
32° 9.85 8.37 8.66 7.70 7.36 6.82 7.18 7.62 8.06 9.03 9.35 10.00
34° 9.96 8.43 8.67 7.65 7.25 6.70 7.08 7.55 8.05 9.07 9.44 10.14
36° 10.07 8.50 8.68 7.62 7.14 6.58 6.98 7.48 8.04 9.12 9.53 10.26
38° 10.18 8.56 8.68 7.58 7.06 6.46 6.87 7.41 8.03 9.15 9.62 10.39
40° 10.32 8.62 8.71 7.54 6.93 6.33 6.75 7.33 8.02 9.20 9.71 10.54
Método de Hargreaves & Samani

A evapotranspiração estimada pela (Equação 02) é o modelo de Hargreaves e Samani.

𝑇𝑚𝑎𝑥 + 𝑇𝑚𝑖𝑛 𝑅𝑎
𝐸𝑇𝑃 − 𝐻𝑆 = 0,0023. + 17,8 . 𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚𝑖𝑛.
2 2,45 𝑀𝐽 𝑚𝑚

Esse modelo empírico foi desenvolvido na década de 70, para regiões áridas e semi-áridas dos EUA.
Para a utilização desse modelo é necessário apenas a medição das temperaturas máximas (Tmax,°C) e
mínimas (Tmin,°C).
Faz-se necessário estimar a radiação no topo da atmosfera (Ra, MJ/m2.dia), sendo esta variável
constante .
A temperatura média (Tmed) pela média entre a Tmax e Tmin.
É uma alternativa para estimativas de ETP para condições com poucos dados meteorológicos, sendo
recomendado para uso desde que haja calibração com medições locais.
Por ser desenvolvido para regiões áridas (secas), tende a superestimar a ETP.
O boletim FAO – 56, recomenda que após as estimativas pelo método original (Equação 2), os resultados
sejam comparados ao valor de referência, que poderia ser (i) medidas de lisímetros, ou (ii) as
estimativas pelo método de Penman-Monteith. 59
Radiação Solar no Topo da Atmosfera (Ra)
Radiação no Topo da Atmosfera (Extratosfera) (MJ/m2.dia) em
Função da Época do Ano e da Latitude

Latitude S (Graus)
Mês 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 60
Jan 36,12 37,94 39,51 40,83 41,88 42,66 43,18 43,44 43,45 43,22 42,80 41,62
Fev 37,40 38,49 39,31 39,84 40,10 40,06 39,75 39,15 38,29 37,18 35,83 32,55
Mar 37,89 38,03 37,87 37,43 36,71 35,70 34,43 32,89 31,11 29,09 26,85 21,79
Abr 36,82 35,87 34,65 33,18 31,46 29,51 27,35 24,99 22,45 19,76 16,94 11,04
Mai 34,81 33,09 31,14 28,99 26,65 24,14 21,50 18,73 15,88 12,99 10,08 4,50
Jun 33,43 31,36 29,09 26,66 24,07 21,36 18,55 15,67 12,77 9,88 7,07 2,05
Jul 33,82 31,88 29,73 27,40 24,91 22,28 19,53 16,70 13,82 10,93 8,09 2,85
Ago 35,60 34,26 32,68 30,86 28,83 26,60 24,19 21,62 18,92 16,11 13,23 7,42
Set 37,22 36,86 36,22 35,30 34,12 32,68 30,98 29,06 26,91 24,56 22,03 16,48
Out 37,38 38,09 38,51 38,65 38,51 38,08 37,37 36,38 35,14 33,65 31,92 27,85
Nov 36,36 37,95 39,29 40,36 41,17 41,69 41,95 41,94 41,67 41,16 40,44 38,56
Dez 35,61 37,60 39,36 40,87 42,12 43,12 43,85 44,34 44,58 44,60 44,45 43,92

15˚ Dia do Mês


Exemplo.3 aplicando método de Hargreaves para
dados do Exemplo.2

a. Brasília -> Latitude:ф = 12,78⁰


b. Demais Dados Estação: Tmax=30,9⁰C; Tmin=18,95⁰C

A) Calculo da radiação no topo da atmosfera:


𝑀𝐽 0.78 ∗ 1.05
20 − 15 ° → 41.88 − 40.83 𝑀𝐽
𝑚2 . 𝑑 → 𝑋 = → 0.164
5 𝑚2 . 𝑑𝑖𝑎
15.78 − 15 ° → 𝑋

𝑀𝐽
𝑅𝑎 = 𝑅𝑎 𝜑 = 15° + 0.164 → 40.99
𝑚2 . 𝑑𝑖𝑎

B) Calculo da Evapotranspiração:

30.9 + 18.95 40.99


𝐸𝑡 = 0.0023 ∗ + 17.8 ∗ 30.9 − 18.95 ∗ → 5.68 𝑚𝑚 𝑑𝑖𝑎
2 2.45
BALANÇO DE RADIAÇÃO

i. Contabiliza as interações da energia com a superfície e a


atmosfera – “BALANÇO VERTICAL DE ENERGIA”;
ii. Energia incidente na Superfície (Rs) é a radiação Solar,
representanda pelo Balanço de Energia de Ondas Curtas (BOC);
iii. Energia Emitida pela Atmosfera representada pelo Balanço de
Energia de Ondas Longas (BOL);

Lei de Stefan Boltzmann:


EL   *  * T 4

“….Todo corpo que aumenta a temperatura interna, emite radiação


eletromagnética proporcional à quarta potência da temperatura
total…”
BALANÇO DE RADIAÇÃO
Parcelamento da Radiação Efetiva

Calor Latente:
Evapotranspiração
Λ = 2,45 MJ/L Fotossíntese

Rn   * E  H  G  P  F

Calor Sensível
Aumento Temperatura

NET RADIATION – “RADIAÇÃO LÍQUIDA OU EFETIVA”


BALANÇO DE RADIAÇÃO
Parcelamento da Radiação Efetiva

Rn   * E  H  G  P  F

E  Rn  H  Rn

E  BOC  BOL
BALANÇO DE RADIAÇÃO

E  BOC  BOL
Modelo de Angström - Prescott

  n 
BOC  Ra * a  b *   * 1  r 
  N 
Razão de Insolação
a , b – coeficientes regionais;
r – albedo ou “reflexão”;
N – Número máximo de horas de luz ou Fotoperíodo;
 n – insolação ou número de horas de brilho ou céu limpo;
PENMAN (1948): Modelos Combinados

i. “Somam” os efeitos do balanço de energia com o poder


evaporante do ar – transporte de massa “de ar”;
ii. Baseado em “princípios físicos corretos”;

(1) (2)

E 
s
Rn  G  Ea
s s
Termo Termo
Energético “aerodinâmico”
PENMAN (1948): Modelos Combinados


E 
s
Rn  G  Ea
s s
e 4098 * es
s 
T T  237,3 2

Constante Psicrométrica
P kPa 
  0,0016286 *
  
C

Ea  f U2  * esa  ea  “Função Empírica”


PENMAN-MONTEITH: Conceito das Resistência a
Transferência

O fluxo de água
para as camadas
superiores da
atmosfera deve
vencer a resistência
superficial (plantas)
e aerodinâmica
(camada mais baixa
de ar).

Allen (1998)
PENMAN-MONTEITH: Parametrização proposta por
Allen et al. (1998), FAO 56

Modelo Geral para Qualquer tipo de Cobertura:


e
0s * Rn  G  86400 *  * cp *
ra
ET0 
 
s   1  rc
ra

Parametrização da FAO – Allen (1998):
•Cobertura: Gramado;
•Altura padronizada hc = 12 cm
•Relaçao: rc/ra=0,33U2 e ra=208/U2
 
0,408 * s * Rn  G    * U2 * es  ea 
900
Tm  273 
ET0  
s  1  0,34 * U2 
Exemplo.5: PENMAN-MONTEITH

Determinar ET0 para região de Uberlândia, em


16/06/2002, considerando superfície gramada

a. Radiação Efetiva ->Rn=8,5MJ/m2.dia


b. Calor Sensível no Solo-> G=0,8MJ/m2.dia
c. Temperaturas ->TMAX=30 ⁰C e TMIN=18 ⁰C
a. Tmed=(30+18)/2=24
d. Vento ->U2=1,8m/s
e. Umidade Relativa ->URMAX=100% e URMIN=40%
Exemplo.5: PENMAN-MONTEITH

1 – Pressão de Saturação media


17,27 ∗ 30
𝑒𝑠. 𝑇𝑚𝑎𝑥 = 0,61 ∗ 𝐸𝑋𝑃 = 4,23𝑘𝑃𝑎
237,3 + 30
17,27 ∗ 18
𝑒𝑠. Tmin = 0,61 ∗ 𝐸𝑋𝑃 = 2,056𝑘𝑃𝑎
237,3 + 18
𝑒𝑠.𝑇𝑚𝑎𝑥+𝑒𝑠.𝑇𝑚𝑖𝑛 4.23+2.056
𝑒𝑠 = = = 3.15𝑘𝑃𝑎
2 2
2 – Tensão atual de vapor:
1 + 0.4
𝑒𝑎 = ∗ 3.15 = 2,203𝑘𝑃𝑎
2
∆𝑒 = 3.15 − 2.203 = 0,95𝑘𝑃𝑎

3 – Declividade da tensão de saturação pela temperature:


4098 ∗ 3.15
𝑠= = 0.1891𝑘𝑃𝑎/°𝐶
24 + 237.3 2
900
0,408∗0.1891∗ 8.5−0.8 +0.063∗ 24+273 ∗1.8∗0.95
4 – 𝐸𝑇0 = = 3.16 𝑚𝑚 𝑑𝑖𝑎
0.1891+0.063∗ 1+0.34∗1.8
FATORES QUE AFETAM A TAXA DE
EVAPO(TRANSPI)RAÇÃO:

Umidade Relativa do Ar;

Temperatura do Ar;

Vento;

Tipo de Solo e de Vegetação;

Umidade e Tipo do Solo;

Tamanho da Superfície Evaporante;

Impurezas e Películas sobre a Superfície Evaporante;


ESCOLHA DOS MÉTODOS DE ESTIMATIVAS DA
EVAPO(TRANSPI)RAÇÃO:

Qual o melhor método para Estimar a ETP?

(Penman-Monteith é considerado o método de estimativa Padrão da FAO)

Fatores a considerar na escolha;

i. disponibilidade de dados meteorológicos

ii. representatividade espacial

iii. Escala de tempo da estimativa

iv. Região de estudo próxima as do ajuste das equações empíricas;

Excessivas críticas aos modelos empíricos, sendo utilizados de forma diversa


das condições da calibração;

Possibilidade de Calibração dos modelos empíricos à partir de um padrão


confiável;
Evapotranspiração da cultura (ETc) em condições
adequadas de umidade do solo:
No início do ciclo das culturas a demanda evaporativa é baixa, devido a pouco superfície de
exposição, logo em seguida apresenta crescimento da área foliar até início da fase
reprodutiva, permanecendo num patamar de ET alto até início da maturação quando a
demanda decresce progressivamente.

Evolução da Evapotranspiração para culturas anuais

1.4 200

floração

Colheita
germinação

Maturação
180
1.2

% cobertura do terreno
160
1 140
120
ETc/ETP

0.8
100
0.6 80
0.4 60
40
0.2
20
0 0
0 20 40 60 80 100 120
Dias após plantio
Etc/ET0 %Cobertura Terreno
Fonte: Adaptado da Figura 2.10 Manual de irrigação (Bernardo et al., 2006)
Evapotranspiração da cultura (ETc) Fases
padronizadas de desenvolvimento da cultura:
Fase 1
Fase 4
inicial Fase 2 Fase 3 Maturação
Desenvolvimento Formação da Produção Fisiológica
emergência

vegetativo

Crescimento Aumento do volume


Radicular de solo explorado
Evapotranspiração da cultura (ETc) Fases
padronizadas de desenvolvimento da cultura:
Estádio de Caracterização do estádio de desenvolvimento kc
desenvolvimento das culturas agrícolas Etc/ET0
da germinação até a cultura cobrir 10% da superfície do
1 Inicial terreno, ou 10 a 15% do seu desenvolvimento 0.2 a 1
vegetativo
Secundário ou de do final do primeiro estádio até a cultura cobrir de 70 a varia
2 desenvolvimento 80% da superfície do terreno ou atingir de 70 a 80% do linearmente
seu desenvolvimento vegetativo até estádio 3
intermediário ou do final do segundo estádio até o início da maturação
3 formação da produção Também denominado estádio de formação da 0.9 a 1.25
produção (inclui estádios reprodutivos, florescimento)
4 final ou de maturação do início da maturação até a colheita ou final da linearmente
(maturação fisiológica) maturação fisiológica (fim das irrigações) até 0.3 a 1.0
não é um estádio fisiológico das culturas, mas uma fase
5 matura da dos tratos culturas, sendo aguardado a redução da umi- 0.4 a 0.25
colheita dade da produção para colheita. Nesta fase não se rea-
liza irrigações, sendo a chuva prejudicial
Fonte: Tabela 214 - Coeficiente da cultura (kc) em função do estádio desenvolvimento in Bernardo et al. (2006)
Manual de Irrigação, adaptado do Doorenbos e Pruit (1977)
Coeficiente de cultura (kc), para culturas anuais em
diferentes fases de desenvolvimento
Kc.2 > kc.1 (desenvolvimento vegetativo)
Kc.1 (início do desenvolvimento vegetativo)

Kc.3 > kc.2 Máximo (final do desenvolvimento)


Kc.4 > Máximo (formação do produção)
Coeficiente de cultura (kc), para culturas anuais em
diferentes fases de desenvolvimento
Kc.2 > kc.1 Kc.3 > kc.2
Kc.1 (fase inicial, somente (desenvolvimento vegetativo) (desenvolvimento vegetativo)
evaporação do solo)

Kc.4 > kc.3 Máximo (final do desenvolvimento)

Kc.5 < kc.4 (maturação da colheita)


Coeficiente de cultura (kc), típico para culturas
anuais, Segundo valores tabelados FAO :

Coeficiente de cultura do Milho (FAO, 24)


1.4
Coeficiente de cutlura (kc, ETm/ET0)

kcmed
1.2 Maturação
1 fisiológica
emergência
0.8
kcfim
0.6
kcini
0.4
Fase I Fase II Fase III Fase IV
0.2 Desenvolvimento Período Reprodutivo
Estabelecimento Maturação
0 Vegetativo Definição da produção
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Dias apos Emergência (DAE, dias)
Coeficiente de cultura (kc), típico para culturas
anuais, Segundo valores tabelados FAO :

Coeficiente de cultura do Milho (FAO, 24)


1.4 Irrigações frequentes
emergência
Coeficiente de cutlura (kc, ETm/ET0)

kcmed
1.2
Maturação
fisiológica
1
Faixa de
0.8 valores kcfim
possíveis
0.6 para o
kcini
0.4 Irrigações normais
Fase I Fase II Fase III Fase IV
0.2 Desenvolvimento
Estabelecimento Período Reprodutivo Maturação
Vegetativo Definição da produção
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Dias apos Emergência (DAE, dias)
Coeficiente de cultura (kc), típico para culturas
anuais, Segundo valores tabelados FAO :
Coeficiente de cultura do Milho (FAO, 24)
1.4

Coeficiente de cutlura (kc, ETm/ET0)


1.2

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Dias apos Emergência (DAE, dias)

Questões:
1 – Onde há maior consume de água para a irrigação, considerando mesmas
condições climáticas?
2 – Por que ocorreria essa variação do kc no ínício da cultura de grãos?
3 – Qual das das irrigações será mais eficiente, ou seja, qual apresentará melhores
resultados de eficiência de uso da água (EU, kgMS/mm)?
Coeficiente de cultura (kc), tabelados pela FAO
Culturas Estádio UR.min > 70% UR.min < 20%
agrícolas desenvolvimento U2 <5 m/s 5<U2<8 m/s U2 <5 m/s 5<U2<8 m/s
Todas as culturas 1 (inicial) Fig. 29 FAO 56 Fig. 29 FAO 56
Todas as culturas 2 (Des. Vegetal) Interpolação Interpolação
Feijão (vagem) 3 0.95 0.95 1.00 1.05
4 0.85 0.85 0.90 0.90
Feijão (grãos) 3 1.05 1.10 1.15 1.20
4 0.30 0.30 0.25 0.25
Cenoura 3 1.00 1.05 1.10 1.15
4 0.70 0.75 0.80 0.85
Milho (verde) 3 1.05 1.10 1.15 1.20
4 0.95 1.00 1.05 1.10
Milho (grãos) 3 1.05 1.10 1.15 1.20
4 0.55 0.55 0.60 0.60
Algodão 3 1.05 1.15 1.20 1.25
4 0.65 0.65 0.65 0.70
Repolho, couve-flor 3 0.95 1.00 1.05 1.10
e brócolis 4 0.80 0.85 0.90 0.95
Pepino 3 0.90 0.90 0.95 1.00
4 0.70 0.90 0.75 0.80
Grãos 3 1.05 1.10 115.00 1.20
4 0.30 0.30 0.25 0.25
Coeficiente de cultura (kc), tabelados pela FAO
Culturas Estádio UR.min > 70% UR.min < 20%
agrícolas desenvolvimento U2 <5 m/s 5<U2<8 m/s U2 <5 m/s 5<U2<8 m/s
Todas as culturas 1 (inicial) Fig. 29 FAO 56 Fig. 29 FAO 56
Todas as culturas 2 (Des. Vegetal) Interpolação Interpolação
Lentilha 3 1.05 1.10 1.15 1.20
4 0.30 0.30 0.25 0.25
Alface 3 0.95 0.95 1.00 1.05
4 0.90 0.90 0.90 1.00
Melão 3 0.95 0.95 1.00 1.05
4 0.65 0.65 0.50 0.75
Cebola 3 0.95 0.95 1.05 1.10
4 0.55 0.55 0.60 0.60
Amendoim 3 0.95 1.00 1.05 1.10
4 0.55 0.55 0.60 0.60
Batatinha 3 1.05 1.10 1.15 1.20
4 0.70 0.75 0.75 0.75
Sorgo 3 1.00 1.05 1.10 1.15
4 0.50 0.50 0.55 0.55
Soja 3 1.00 1.05 1.10 1.15
4 0.45 0.45 0.45 0.45
Tomate 3 1.05 1.10 1.20 1.25
4 0.60 0.60 0.65 0.65
Trigo 3 1.05 1.10 1.15 1.20
4 0.25 0.25 0.20 0.20
Coeficiente inicial das cultura (kc.in), tabelados pela
FAO
Figura 30 da publicacão: FAO Irrigation and Drainage Paper nr. 56
Crop Evapotranspiration
Allen et al. (1998)
Coeficiente de cultura (kc), típico para culturas de
milho, segundo estudos no Brasil

Coeficiente de cultura do Milho (Alfonsi et. ali, 1990)


1.4
Coeficiente de cutlura (kc, ETm/ET0)

1.2
1
0.8
Precoce
0.6
Normal
0.4
Tardio
0.2
0
0 20 40 60 80 100 120
Dias apos Emergência (DAE, dias)
Coeficiente de cultura (kc), típico para culturas de
milho, segundo estudos regionais DF

Evapotranspiração da cultura do Milho para Planaltina


DF (Guerra et. al, 2003)
7 2.0

Coeficiente de cutlura (kc, ETm/ECA)


Evapotranspiração (ETm, mm/d)

6
5 1.5
4
1.0
3
2 0.5
1
0 0.0
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130
Dias apos Semeadura (DAS, dias)
Evapotranspiração real (ETr) em condições atuais de
umidade:

ATMOSFERA

FOLHA

RAIZ DA PLANTA

SOLO

Movimento de água (espontâneo)


A > B > C > D
Figura 1: Movimento de água no sistema solo  planta  atmosfera
Evapotranspiração real (ETr) em condições atuais de
umidade:

A evapotranspiração real estima se a taxa de emissão de vapor de água sob


condições atuais da umidade do solo, ou seja, considera a capacidade do solo de
atender a demanda atmosférica pela cultura. Essa “capacidade de transmissão” é
calculada pelo fator de depleção ks, que é função do armazenamento de água
atual.

𝐸𝑇𝑟 = 𝑘𝑐 ∗ 𝑘𝑠 ∗ 𝐸𝑇0 [mm/dia]

𝐴𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝐴𝑅𝑀


𝑘𝑠 = →
𝐶𝐴𝐷 − Á𝑔𝑢𝑎 𝐹𝑎𝑐𝑖𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷

Equação recomendada pelo Boletim FAO 56 (Allen, 1998)


Água disponível no solo:

𝐴𝑅𝑀
𝑘𝑠 =
Capacidade de campo: 𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷
𝐶𝐴𝐷 = 𝜃𝑐𝑐 − 𝜃𝑝𝑚𝑝 ∗ 𝑍𝑟 → Representa a capacidade total de água armazenada
no volume do solo, ou seja, é a “caixa deágua”

Água Facilmente Disponível:


𝐴𝐹𝐷 = 𝜃𝑐𝑐 − 𝜃𝑐𝑟𝑖𝑡 ∗ 𝑍𝑟 → Nem toda a água armazenada no volume de solo
está “prontamente disponível”, ou seja, há uma
restrição na retirada de água pelas culturas à partir de
uma umidade crítica (qcc). A lamina de água no solo
entre a capacidade de campo e essa umidade crítica é
considerada como facilmente disponível.

Armazenamento Atual água no solo:


𝐴𝑅𝑀 = 𝜃𝑐𝑐 − 𝜃𝑖 ∗ 𝑍𝑟 → Lâmina atual de água armazenada no solo.
Representação da Água disponível no solo:

Umidade Volumétrica do solo (m3/m3)


0.05 0.07 0.09 0.11 0.13 0.15 0.17 0.19
0
Profundidade efetiva (Zr, mm)

50 CC
100 𝜃𝑐𝑟𝑖𝑡 − 𝜃𝑝𝑚𝑝 𝜃𝑐𝑐 − 𝜃𝑐𝑟𝑖𝑡 PMP
150 Critica
200 Umidade<Critica
250 Umidade>Critica
300
350 qpmp q1 qcrit q2 qcc
400

Condição de restrição hídrica Intervalo de umidade adequado de água no solo


Cultura com deficiência Cultura sem deficiência
Etr < ETc ETr = Etc
(Intervalo de aplicação de lâminas de irrigação)
Representação da Água disponível no solo:

100%. 𝐶𝐴𝐷 = 𝜃𝑐𝑐 − 𝜃𝑝𝑚𝑝 ∗ 𝑍𝑟


qcc qcrit qpmp
1.1
q1 > qcrit
evapotranspiração máxima (ks)

1 q2 > qcrit
Coeficiente de depleção da

0.9
0.8
ARM > (CAD-FAD) ARM < (CAD-AFD)
0.7
0.6 Ks < 1
0.5 Ks = 1
0.4
0.3 𝐹𝐴𝐷 = 55%. 𝐶𝐴𝐷 = 𝑝 ∗ 𝐶𝐴𝐷 𝐴𝑅𝐶𝑐𝑟𝑖𝑡 = 𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷
0.2
0.1
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95100
Consumo da Capacidade Total da Água no solo (%CAD)

Coeficiente ks do solo Fração p da água disponível


Máxima fração de esgotamento da água disponível do
solo (p) para fins de irrigação (Allen et al., 1998)
Fator Fator Fator
Cultura p Cultura p Cultura p
(A) Hortaliças pequeno porte (D) Raízes e Tubérculos (I) Cereais
Brócoli 0,45 Mandioca - 1° ano 0,35 Cevada 0,55
Repolho 0,45 Mandioca - 2° ano 0,4 Aveia 0,55
Cenoura 0,35 Beterraba 0,5 Trigo 0,55
Couve-flor 0,45 Batata 0,35 Milho 0,55
Aipo 0,2 Batata doce 0,65 Milheto 0,55
Alface 0,3 Nabo 0,5 Arroz 0,2
Cebola-seca 0,3 (E) Leguminosas (J) Forrageiras
Cebala-semente 0,35 Feijão vagem 0,45 Pasto 0,6
Espinafre 0,2 Feijão grão 0,45 Gramado estação fria 0,4
Rabanete 0,3 Soja 0,5 Gramado estação quente 0,5
(B) Hortaliças - Solanáceas (A) Hortaliças Perenes (K) Cana-de-açúcar 0,65
Berinjela 0,45 Hortelã 0,4 (L) Frutas tropicais e árvores
Pimentão 0,3 Morango 0,2 Banana 0,35
Tomate 0,4 (G) Plantas Fibrosas Cacau 0,3
(C Hortaliças - Curcubitáceas Algodão 0,65 Café 0,4
Pepino 0,5 (H) Plantas Oleaginosas Palmáceas 0,65
Abóbora 0,35 Canola 0,6 Abacaxi 0,5
Abobrinha 0,5 Gergelim 0,6 (M) Uva
Melão 0,4 Girassol 0,45 Uva de mesa ou passa 0,35
Melancia 0,4 Uva para vinho 0,45
(N) Árvores Frutíferas
Maça, cereja, pêra e citros 0,5

Considerando evapotranspiração diária de 5mm/dia.


Para outras condições de Etm, considerar a correção do fator p: 𝐹𝐴𝐷 = 𝑝𝑡𝑎𝑏 + 0,004 5 − 𝐸𝑇𝑐
Representação da deficiência hídrica das
culturas (imagens retiradas da internet):
Condição de estresse hídrico: qatual < qcritica -> Etr << ETc

Redução da área
foliar exposta a
radiação solar
Representação da deficiência hídrica das
culturas (imagens retiradas da internet):
Cultura do Milho com Cultura do Milho sem
deficiência hídrica deficiência hídrica
Exemplo.6: Determinação da
evapotranspiração real
Critérios para estimativa da Fração de água disponível no solo e da Etr:
Umidade na capacidade de campo: q cc= 0.17 m3/m3
Ponto de murcha permanente q pmp= 0.06 m3/m3
Intervalo de umidade disponível q cc - q pmp= 0.11 m3/m3
Profundidade efetiva sist.radicular zr= 250 mm
Capacidade de água disponível CAD= 27.5 mm
Fração de água disponível fração p= 0.55 para Etm=5mm/d
Água facilmente disponível AFD=CAD*p 15.1 mm
Umidade crítica q crit= q cc-AFD/Zr: 0.11 m3/m3
Armazenamento inicial Arm(12/11)= 15.6 mm

ET0 ETM
Potencial kc "Máxima" Arm
Dia Cultura mm (cultura) mm (mm)
11/13/2015 Milho-Safrinha 6 3.99 1.1 4.39 15.6
11/14/2015 Milho-Safrinha 7 4.74 0.9 4.27 11.21
11/15/2015 Milho-Safrinha 7 4.59 0.9 4.13 7.08
11/16/2015 Milho-Safrinha 7 4.63 0.9 4.167 4.52
11/17/2015 Milho-Safrinha 7 4.67 0.9 4.203 2.88
11/18/2015 Milho-Safrinha 7 4.67 0.9 4.203 1.83
11/19/2015 Milho-Safrinha 7 4.39 0.9 3.951 1.16
11/20/2015 Milho-Safrinha 7 0.12 0.9 0.108 0.75
Exemplo.6: Roteiro para cálculo da ETr diária

Lembrando que:
Evapotranspiração máxima da cultura: 𝐸𝑇𝑐 = 𝑘𝑐 ∗ 𝐸𝑇0 (1)

Capacidade de água disponível no solo: 𝐶𝐴𝐷 = 𝜃𝑐𝑐 − 𝜃𝑝𝑚𝑝 ∗ 𝑍𝑟 (2)

Dado lamina de água armazenada no solo Arm=h:

Estima-se a fração da água disponível no solo - FAD:


Atribui-se fração tabelada de água disponível para Etc=5mm/d → ptab (FAO 56):
Correção da fração p em função de Etc: 𝐹𝐴𝐷 = 𝑝𝑡𝑎𝑏 + 0.04 ∗ 5 − 𝐸𝑇𝑐 (3)

Determinação da água facilmente disponível no solo - AFD:


𝐴𝐹𝐷 = 𝐹𝐴𝐷. 𝐶𝐴𝐷 → 𝐴𝑟𝑚. 𝑐𝑟𝑖𝑡 = 𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷 (4)

Água Facilmente disponível Armazenamento crítico


Exemplo.6: Roteiro para cálculo da ETr diária

Água facilmente disponível - AFD: SE


SE
𝐴𝐹𝐷 = 𝐹𝐴𝐷. 1.1 Arm >= (CAD-AFD) Arm < (CAD-AFD)

evapotranspiração máxima (ks)


1

Coeficiente de depleção da
𝐴𝑟𝑚. 𝑐𝑟𝑖𝑡 = 𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷
0.9
0.8 Ks = 1 Ks < 1
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
Coeficiente de depleção - ks: 0.1
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95100
𝐴𝑟𝑚 Consumo da Capacidade Total da Água no solo (%CAD)
𝑘𝑠 = ≤1 (5)
𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷 Coeficiente ks do solo Fração p da água disponível

Estimativa da evapotranspiração real – Etr:


𝐸𝑇𝑟 = 𝑘𝑠 ∗ 𝑘𝑐 ∗ 𝐸𝑇0 (6)

𝐸𝑇𝑟 ≤ 𝐸𝑇𝑐 → 𝐷𝐸𝐹 = 𝐸𝑇𝑐 − 𝐸𝑡𝑟 (7)


Exemplo.6: Determinação da
evapotranspiração real

Dia 13/11: (Sem deficiência hídrica, Arm=15.6mm)


A) 𝐶𝐴𝐷 = 0.17 − 0.06 ∗ 250𝑚𝑚 → 27,5𝑚𝑚. 𝑎𝑔𝑢𝑎
B) 𝐸𝑇𝑐 = 1.1 ∗ 3.99𝑚𝑚 → 4.39𝑚𝑚
C) 𝐹𝐴𝐷 = 0.55 ∗ 0.04 ∗ 5 − 4.39 → 0,574

𝐴𝐹𝐷 = 0.574 ∗ 27.5 → 15.8𝑚𝑚


Observação sobre esgotamento da FAD:
15.8𝑚𝑚
𝐷𝑖𝑎𝑠. 𝑖𝑟𝑟𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = → 4 𝑑𝑖𝑎𝑠
4 𝑚𝑚 𝑑𝑖𝑎

𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷 = 27.5 − 15.8 → 11,7𝑚𝑚

D) 𝐴𝑟𝑚 = 15.6𝑚𝑚 > 𝐶𝐴𝐷 − 𝐹𝐴𝐷 = 11.7𝑚𝑚 → 𝑘𝑠 = 1


E) 𝐸𝑇𝑟 = 𝐸𝑇𝑐 = 4.39𝑚𝑚 → 𝐷𝐸𝐹 = 0
Exemplo.6: Determinação da
evapotranspiração real

Dia 14/11: (início de deficiência, Arm=11.21mm)


B) 𝐸𝑇𝑐 = 0.90 ∗ 4.74𝑚𝑚 → 4.266𝑚𝑚

C) 𝐹𝐴𝐷 = 0.55 ∗ 0.04 ∗ 5 − 4.27 → 0,579


𝐴𝐹𝐷 = 0.579 ∗ 27.5 → 15.93𝑚𝑚

𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷 = 27.5 − 15.93 → 11,57𝑚𝑚

11.21
D) 𝐴𝑟𝑚 = 11.21𝑚𝑚 < 𝐶𝐴𝐷 − 𝐹𝐴𝐷 = 11.57𝑚𝑚 → 𝑘𝑠 = → 0.97
11.57

E) 𝐸𝑇𝑟 = 0.97 ∗ 4.266 = 4.134𝑚𝑚 → 𝐷𝐸𝐹 = 4.27 − 4.13 → 0.13𝑚𝑚


Exemplo.6: Determinação da
evapotranspiração real

Dia 15/11: (deficiência, Arm=7.08mm)


B) 𝐸𝑇𝑐 = 0.90 ∗ 4.59𝑚𝑚 → 4.13𝑚𝑚

C) 𝐹𝐴𝐷 = 0.55 ∗ 0.04 ∗ 5 − 4.13 → 0,585


𝐴𝐹𝐷 = 0.585 ∗ 27.5 → 16.08𝑚𝑚

𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷 = 27.5 − 16.08 → 11,42𝑚𝑚

7.08
D) 𝐴𝑟𝑚 = 7.08𝑚𝑚 < 𝐶𝐴𝐷 − 𝐹𝐴𝐷 = 11.42𝑚𝑚 → 𝑘𝑠 = → 0.62
11.42

E) 𝐸𝑇𝑟 = 0.62 ∗ 4.13 = 2.56𝑚𝑚 → 𝐷𝐸𝐹 = 4.13 − 2.56 → 1.58𝑚𝑚


Exemplo.7: Determinação da
evapotranspiração real, para os demais dias

Coeficiente de depleção
Água Facilmente água no solo
ET0 ETc Disponível no solo (mm) Arm Lógica ks ETr DEF

Dia mm Kc mm FAD AFD CAD-AFD (mm) Arm<(CAD-AFD) mm (mm)


11/13/15 3.99 1.1 4.39 0.574 15.80 11.70 15.6 FALSO 1 4.39 0.00
11/14/15 4.74 0.9 4.27 0.579 15.93 11.57 11.21 VERDADEIRO 0.969 4.13 0.14
11/15/15 4.59 0.9 4.13 0.585 16.08 11.42 7.08 VERDADEIRO 0.620 2.56 1.57
11/16/15 4.63 0.9
11/17/15 4.67 0.9
11/18/15 4.67 0.9
11/19/15 4.39 0.9
11/20/15 0.12 0.9
Exemplo.7: Determinação da
evapotranspiração real, para os demais dias

5.0
4.5
4.0
evapotranspiração (mm/dia)

3.5 ETM
ETR
3.0
Def(15/11)
2.5
Def(16/11)
2.0
Def(17/11)
1.5
Def(18/11)
1.0
Def(19/11)
0.5
0.0
12-Nov

13-Nov

14-Nov

15-Nov

16-Nov

17-Nov

18-Nov

19-Nov

20-Nov

21-Nov
DEMANDA HÍDRICA
PELAS CULTURAS E
IRRIGAÇÃO:
Métodos de monitoramento da irrigação
Manejo da irrigação? → Monitoramento das condições edafoclimáticas.
Decisão de irrigar: (i) momento de irrigação → frequência
(ii) quantidade de irrigação→ definição da lâmina
Técnicas de monitoramento:
1) Turno de rega:
Definição de intervalo(s) fixo(s) entre irrigações. (Somente em regiões com
condições climáticas homogêneas ao longo do ciclo
2) Métodos via solo:
Monitoramento ou da umidade do solo ou da tensão até atingir o potencial crítico.
Medição direta do armazenamento atual de água no solo.
3) Métodos climáticos:
Monitoramento das saídas de água do sistema (ET), executando o balanço hídrico e
estimando o armazenamento de água no solo no período atual.
4) Turno de rega assistido
Métodos de monitoramento via solo
1) Levantamento de propriedades físico-hídricas do(s) solo(s) na área irrigada:
2) Definição dos momentos de irrigação para condução da cultura
Momento irrigação
Cultura profundidade Tensão (Kpa) Referencia
Arroz 15 25 EMBRAPA-SPI (1992) Indicação da tensão água no solo
Cevada 30 80 Guerra (1994)
30 ou 15 60 ou 500 Filgueira et al. (1996) definindo momento de irrigação
Feijão 10 50 Bernardo et al. (1970) para algumas culturas anuais
10 70 - 100 Figuerêdo et al. (1994)
15 60 Azevedo & Caixeta (1986)
15 60 Libardi & Saad (1994) Circular técnica EMBRAPA Cerrados
10 50 Azevedo & Miranda (1996)
10 40 Figuerêdo et al. (1997) Número 6, dezembro de 1999
15 30-40 EMBRAPA-SPI (1993)
Milho 10 40 Guerra et al. (1997)
10 33 - 50 Antonini et al. (1997)
20 70 ** Resende et al. (1990)
20 200 *** Resende et al. (1992)
20 40 **** Resende et al. (1992)
Soja 15 e 30* 37 - 63 Saad & Libardi (1992)
10 70 Guerra et al. (1997)
Trigo 10 60 Silva it al. (1993)
10 60 Guerra et al. (1994)
10 e 20 * 32 97 Saad & Libardi (1992)
* O primeiro valor refere-se aos estádios iniciais de desenvolvimento
vegetativo e o segundo para as fase posteriores do ciclo
** valores para cultura de verão na região Sudeste e de inverno no Semi-árido
*** valor para cultura de inverno na região Sudeste
**** valor para cultura de verão no Semi-árido
Métodos de monitoramento via solo

Potencial matricial de momento de irrigação (Kpa) para se obter produtividade


máxima, para algumas hortaliças.

Circular técnica EMBRAPA Sete Lagoas


Número 136, Setembro de 1999
Métodos de monitoramento via solo

Evolução da tensão de água no solo


(Kpa), em três profundidades, em
um Latossolo Vermelho Escuro,
textura argilosa, ao longo do ciclo
de feijão irrigado, considerando o
momento de irrigação de 70 Kpa a
10 cm de profundidade do solo

Circular técnica EMBRAPA Cerrados


Número 6, dezembro de 1999
Métodos de monitoramento via solo
Resultados de manejo de água obtidos em várias fases da cultura de feijão, cultivar
Rio Nego, irrigado com pivô na região do PAD/DF, obtendo rendimento de 3.445 kg/ha

Circular técnica EMBRAPA Cerrados


Número 6, dezembro de 1999
Métodos de monitoramento via clima

1) Levantamento de propriedades físico-hídricas do(s) solo(s) na área irrigada:


2) Definição do armazenamento crítico do solo, com definição do momento de irrigação a
ser adotado ao longo da safra;
3) Definição dos coeficientes de cultura local;
4) Acompanhamento
- Desenvolvimento radicular da cultura
- Fases fenológicas, ajustando o kc
- Balanço hídrico da cultura: Planilha de monitoramento

5) Balanço hídrico da cultura: Planilha de monitoramento:

𝑆2 = 𝑆1 + 𝐼𝑟 + 𝑃 − 𝐸𝑇𝑟
Exemplo.8: Determinação da evapotranspiração real e
do armazenamento para o Exemplo.7
Critérios para estimativa da Fração de água disponível no solo e da Etr:
Umidade na capacidade de campo: q cc= 0,17 m3/m3
Ponto de murcha permanente q pmp= 0,06 m3/m3
Intervalo de umidade disponível q cc - q pmp= 0,11 m3/m3
Profundidade efetiva sist.radicular zr= 250 mm
Capacidade de água disponível CAD= 27,5 mm
Fração de água disponível fração p= 0,55 para Etm=5mm/d
Água facilmente disponível AFD=CAD*p 15,1 mm
Umidade crítica q crit= q cc-AFD/Zr: 0,11 m3/m3
Armazenamento inicial Arm(12/11)= 15,6 mm
Eficiência do sistema de irrigação Ef= 0,85 mm/mm

ET0 ETM
Potencial kc "Máxima" Arm
Dia Cultura mm (cultura) mm (mm)
11/13/2015 Milho-Safrinha 6 3.99 1.1 4.39 15.6
11/14/2015 Milho-Safrinha 7 4.74 0.9 4.27 ?
11/15/2015 Milho-Safrinha 7 4.59 0.9 4.13 ?
11/16/2015 Milho-Safrinha 7 4.63 0.9 4.167 ?
11/17/2015 Milho-Safrinha 7 4.67 0.9 4.203 ?
11/18/2015 Milho-Safrinha 7 4.67 0.9 4.203 ?
11/19/2015 Milho-Safrinha 7 4.39 0.9 3.951 ?
11/20/2015 Milho-Safrinha 7 0.12 0.9 0.108 ?
Exemplo.8: Estimativa do balanço hídrico do
solo
Dia 13/11: (Sem deficiência hídrica, Arm=15.6mm)
A) 𝐶𝐴𝐷 = 0.17 − 0.06 ∗ 250𝑚𝑚 → 27,5𝑚𝑚. 𝑎𝑔𝑢𝑎
B) 𝐸𝑇𝑐 = 1.1 ∗ 3.99𝑚𝑚 → 4.39𝑚𝑚
C) 𝐹𝐴𝐷 = 0.55 ∗ 0.04 ∗ 5 − 4.39 → 0,574

𝐴𝐹𝐷 = 0.574 ∗ 27.5 → 15.8𝑚𝑚


Observação sobre esgotamento da FAD:
15.8𝑚𝑚
𝐷𝑖𝑎𝑠. 𝑖𝑟𝑟𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = → 4 𝑑𝑖𝑎𝑠
4 𝑚𝑚 𝑑𝑖𝑎

𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷 = 27.5 − 15.8 → 11,7𝑚𝑚

D) 𝐴𝑟𝑚 = 15.6𝑚𝑚 > 𝐶𝐴𝐷 − 𝐹𝐴𝐷 = 11.7𝑚𝑚 → 𝑘𝑠 = 1


E) 𝐸𝑇𝑟 = 𝐸𝑇𝑐 = 4.39𝑚𝑚 → 𝐷𝐸𝐹 = 0
F) 𝐴𝑅𝑚 = 15.6 − 4.39𝑚𝑚 → 11.21𝑚𝑚
Exemplo.8: Estimativa do balanço hídrico do
solo
Dia 14/11: (início de deficiência, Arm=11.21mm)
B) 𝐸𝑇𝑐 = 0.90 ∗ 4.74𝑚𝑚 → 4.266𝑚𝑚
C) 𝐹𝐴𝐷 = 0.55 ∗ 0.04 ∗ 5 − 4.27 → 0,579
𝐴𝐹𝐷 = 0.579 ∗ 27.5 → 15.93𝑚𝑚

𝐶𝐴𝐷 − 𝐴𝐹𝐷 = 27.5 − 15.93 → 11,57𝑚𝑚

11.21
D) 𝐴𝑟𝑚 = 11.21𝑚𝑚 < 𝐶𝐴𝐷 − 𝐹𝐴𝐷 = 11.57𝑚𝑚 → 𝑘𝑠 = → 0.97
11.57

E) 𝐸𝑇𝑟 = 0.97 ∗ 4.266 = 4.134𝑚𝑚 → 𝐷𝐸𝐹 = 4.27 − 4.13 → 0.13𝑚𝑚


F) 𝐼𝑟 = 27.5 − 11.21𝑚𝑚 → 16.29/0.85𝑚𝑚 → 19.16𝑚𝑚
G) 𝐴𝑅𝑀 = 11.21 − 4.134 + 16.29 → 23.37𝑚𝑚
Exemplo.8: Estimativa do balanço hídrico do
solo
Cenário 1 – Repondo a lâmina de irrigação, quando chegar no armazenamento crítico
ET0 ETM Água Facilmente Coeficiente de depleção água no solo Ir ETR Defici-
Potencial kc "Máxima" Disponível no solo (mm) Arm Lógica ks Real Real ência
Dia Cultura mm (cultura) mm FAD AFD CAD-AFD (mm) Arm>(CAD-AFD) Arm/(CAD-AFD) mm mm (mm)
13/11/2015 Milho-Safrinha 6 3,99 1,1 4,39 0,574 15,80 11,70 15,6 FALSO 1 4,39 0,00
14/11/2015 Milho-Safrinha 7 4,74 0,9 4,27 0,579 15,93 11,57 11,21 VERDADEIRO 0,969 19,16 4,13 0,14
15/11/2015 Milho-Safrinha 7 4,59 0,9 4,13 0,585 16,08 11,42 23,37 FALSO 1,000 4,13 0,00
16/11/2015 Milho-Safrinha 7 4,63 0,9 4,167 0,583 16,04 11,46 19,24 FALSO 1,000 4,17 0,00
17/11/2015 Milho-Safrinha 7 4,67 0,9 4,203 0,582 16,00 11,50 15,07 FALSO 1,000 4,2 0,00
18/11/2015 Milho-Safrinha 7 4,67 0,9 4,203 0,582 16,00 11,50 10,87 VERDADEIRO 0,945 3,97 0,23
19/11/2015 Milho-Safrinha 7 4,39 0,9 3,951 0,592 16,28 11,22 6,90 VERDADEIRO 0,615 24,24 2,43 1,52
20/11/2015 Milho-Safrinha 7 0,12 0,9 0,108 0,746 20,51 6,99 25,07 FALSO 1,000 0,11 0,00

30 0
Armazenamento Água no solo (mm)

Lâmina de irrigação (mm)


25 5

20 10

15 15
Ir
10 20
Arm
5 25

0 30
12/11/2015

13/11/2015

14/11/2015

15/11/2015

16/11/2015

17/11/2015

18/11/2015

19/11/2015

20/11/2015

21/11/2015
Exemplo.8: Estimativa do balanço hídrico do
solo
Cenário 2 – Irrigar quando a lâmina necessária for maior que 12 mm
ET0 ETM Água Facilmente Coeficiente de depleção água no solo Irrigação (Ir, mm) ETR Defici-
Potencial kc "Máxima" Disponível no solo (mm) Arm Lógica ks Lâmina Ir. Real ência
Dia mm (cultura) mm FAD AFD CAD-AFD (mm) Arm>(CAD-AFD) Arm/(CAD-AFD) Reposição mm mm (mm)
13/11/2015 6 3,99 1,1 4,39 0,574 15,80 11,70 15,6 FALSO 1 14,00 14,00 4,39 0,00
14/11/2015 7 4,74 0,9 4,27 0,579 15,93 11,57 23,11 FALSO 1,000 5,16 4,27 0,00
15/11/2015 7 4,59 0,9 4,13 0,585 16,08 11,42 18,84 FALSO 1,000 10,19 4,13 0,00
16/11/2015 7 4,63 0,9 4,167 0,583 16,04 11,46 14,71 FALSO 1,000 15,05 15,05 4,17 0,00
17/11/2015 7 4,67 0,9 4,203 0,582 16,00 11,50 23,33 FALSO 1,000 4,91 4,2 0,00
18/11/2015 7 4,67 0,9 4,203 0,582 16,00 11,50 19,13 FALSO 1,000 9,85 4,2 0,00
19/11/2015 7 4,39 0,9 3,951 0,592 16,28 11,22 14,93 FALSO 1,000 14,79 14,79 3,95 0,00
20/11/2015 7 0,12 0,9 0,108 0,746 20,51 6,99 23,55 FALSO 1,000 4,65 0,11 0,00

25 13,40
Armazenamento Água no solo (mm)

13,60

Lâmina de irrigação (mm)


20 13,80
14,00
15
14,20
14,40
10 Ir
14,60
Arm
5 14,80
15,00
0 15,20
12/11/2015

13/11/2015

14/11/2015

15/11/2015

16/11/2015

17/11/2015

18/11/2015

19/11/2015

20/11/2015

21/11/2015
Exemplo.#: Resumo da irrigação em fazenda
Monitorada

Resumo Mensal P3 Área Irrigada (ha) 91,55


Irrigação Excesso
Precipitação Etreal Deficiência
Mês Nº irrigações lâmina Armazenamento Volume de água (m3/mês)
(mm) (mm) horas Hídrica (mm)
(mm) (mm)
Agosto 16,0 19,3 8,0 111,3 38,0 0,0 39,0 34.834,4
Setembro 118,0 64,1 11,0 147,2 50,3 0,0 103,6 46.057,5
Outubro 138,0 108,1 8,0 116,1 46,1 0,9 73,5 42.245,3
Novembro 382,5 108,8 4,0 159,9 61,1 9,3 236,5 55.927,3
Dezembro 290,0 49,5 1,0 16,1 5,5 0,0 245,3 5.032,9
32 551 201
Resumo Mensal P11 Área Irrigada (ha) 89,6
Irrigação Excesso
Precipitação Etreal Deficiência
Mês Nº irrigações lâmina Armazenamento Volume de água (m3/mês)
(mm) (mm) horas Hídrica (mm)
(mm) (mm)
Agosto 0,0 3,1 1,0 15,7 7,1 0,0 5,0 6.352,6
Setembro 151,5 43,8 10,0 117,5 53,2 0,0 163,8 47.667,2
Outubro 112,5 76,4 6,0 81,4 36,9 0,0 81,3 33.026,6
Novembro 219,5 100,9 4,0 60,9 27,6 8,4 136,3 24.684,8
Dezembro 288,0 75,6 0,0 0,0 0,0 0,0 208,5 0,0
32 275 125
Métodos de
monitoramento
via clima
Informações de
coeficiente de
cultura (kc) para
DF
Métodos de monitoramento via clima
Informações de coeficiente de cultura (kc) para DF

Feijão Milho

Trigo Arroz
Evapotranspiração ET (mm/dia)

0
1
2
3
4
5
6
7
9/1/2015
9/2/2015
9/3/2015
9/4/2015
9/5/2015
9/6/2015
9/7/2015
9/8/2015
9/9/2015
9/10/2015
9/11/2015
9/12/2015
9/13/2015
9/14/2015
9/15/2015
9/16/2015
9/17/2015
9/18/2015
9/19/2015
9/20/2015
9/21/2015
9/22/2015
9/23/2015
9/24/2015
9/25/2015
9/26/2015
9/27/2015
9/28/2015
9/29/2015
9/30/2015
0

40
35
30
25
20
15
10

Lâmina de irrigação e de chuva (mm)


ET0
ETM
Chuva
irrigação

Média-Etc
Média-ET0
irrigação para a Fazenda Modelo
Exemplo.#: Evapotranspiração o operação da
Exemplo.#: Evapotranspiração o operação da
irrigação para a Fazenda Modelo
Lâminas de água
Sep-15 (mm) (mm/dia)
Os números da ET0 111.80 3.73
Etc 63.81 2.13
irrigação na Fazenda Chuva 118 -
Modelo: Irrigação 50.31 -

Estimativa do número de dias irrigando para um


Pivô com lâmina de projeto de 10 mm/dia:
Dias com chuva maior ou igual a 10 mm/dia → 4 dias chovendo
Lâmina "máxima" irrigação 63.806 / 10mm/dia → 6 dias irrigação
"Adilson Modelo" 50.31 / 10mm/dia → 5 dias irrigação
"João" 70 mm de irrigação ← 7 dias irrigando
Exemplo.#: Evapotranspiração o operação da
irrigação para a Fazenda Modelo
Qual foi a probabilidade de irrigar em um dia de setembro de 2015?

Qual a frequencia de irrigação em setembro para o "Adilson Modelo" ? 5dias / 26 dias → 19%
… e qual a frequencia de irrigação para o "João" ? 7dias / 26 dias → 27%
… e a probabilidade de irrigar "João" e "Adilson" em um dia qualquer? Prob=19%*27% → 5%
… e a probabilidade de irrigar 10x "João" em um dia qualquer? Prob=27%^10 → 2,0E-04

Possível, todos irrigarem simultâneamente? SIM


Fácil? Não!

Quanto dias no mês é possível João e Adilson irrigarem simultâneamente?


№ dias irrigando simultaneamente = 5%*26 dias/setembro → 1,3 dias ≈ 1 dia / Set

Como seria possível acontecer essa frequência baixa de uso simultâneo?


Analogia à hidráulica de um edifício
Caixa de água
Elevada

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