Você está na página 1de 1

Uma breve definição dos contos e seus diferentes tipos:

Os contos, assim como as lendas, os mitos e as fábulas são tipos de narrativas originárias desde as mais antigas
civilizações. Esses povos, através das histórias que contavam, passavam ensinamentos e preservavam sua cultura.
Graças à tradição oral e, mais tarde, ao texto impresso, a arte de contar histórias foi passada de geração a geração,
constituindo, até os dias de hoje, importantes fontes de informações para entendermos a história das civilizações.
Dentro deste contexto é importante perceber o trabalho dos compiladores desse gênero literário que, até então, se
mantinha no ideário popular, como: Homero com sua Odisséia (poeta grego – séc. VIII a.C.; Charles Perrault (França –
séc. XVIII); os irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm – Alemanha - séc. XVIII) e tantos outros, pois, esses escritos, além de
preservar a memória histórica de um povo, emocionam, por lidar com o imaginário, divertem, criam suspense,
mostram verdades e revelam sentimentos e valores de uma época.

Em cada país, surgiram novas modalidades de contos, regidos de acordo com a época e os movimentos artísticos que
este momento histórico-cultural provocou e adquiriram forma literária e estética. Assim, leem-se hoje, contos de amor,
de humor, contos fantásticos, de mistério e terror, contos realistas, psicológicos, sombrios, todos com estilos próprios
daqueles que os escreveram.

CONTO 1 - A Bela Adormecida (Charles Perrault)

Na festa do batismo da tão desejada princesa, foram convidadas 12 fadas e como madrinhas desta ofereceram-
lhe como presentes a beleza, o talento musical, a inteligência, entre outros valores apreciados.
No entanto, uma velha fada que foi negligenciada, porque o rei apenas tinha doze pratos de ouro, interrompeu o
evento e lançou-lhe como vingança um feitiço cujo resultado seria, ao picar o dedo num fuso, a morte quando a
princesa atingisse a idade adulta. Porém restava o presente da 12ª fada. Assim sendo, esta suavizou a morte,
transformando a maldição da princesa para cem anos de sono profundo, até que seja despertada pelo primeiro beijo
oriundo de um amor verdadeiro.
O rei proibiu imediatamente qualquer tipo de fiação em todo o reino, mas em vão. Quando a princesa contava 15
anos, descobriu uma sala escondida num torreão do castelo onde encontrou uma velha a fiar. Curiosa com o fuso
pediu-lhe para a deixar fiar, picando-se nesse mesmo instante. Sentiu então o grande sono que lhe foi destinado e, ao
adormecer, todas as criaturas presentes no castelo adormeceram juntamente, sob o novo feitiço da 12ª fada que tinha
voltado, entretanto. Com o tempo, cresceu uma floresta de urzes em torno do castelo adormecido, isolando-o do
mundo exterior e dando uma morte fatal e dolorosa nos espinhos a quem tentasse entrar. Assim muitos príncipes
morreram em busca da tal Bela Adormecida cuja beleza era tão falada.
Após cem anos decorridos, um príncipe corajoso enfrentou a floresta de espinhos, mesmo sabendo da morte de
outros tantos, e conseguiu entrar no castelo. Quando encontrou o quarto onde a princesa dormia, estremeceu de tal
maneira ao ver a sua beleza, que caiu de joelhos diante o seu leito. Ele beijou-a e ela acordou finalmente. Então todos
no castelo acordaram e continuaram onde haviam parado à cem anos atrás. O conto termina aqui, na boda do príncipe,
com a famosa frase e viveram felizes até ao fim dos seus dias.

Você também pode gostar