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DETERMINAÇÃO DA ESTRATIGRAFIA E DA
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS PARA OBRAS
EMERGENCIAIS NA RODOVIA BR-356/RJ
Rio de Janeiro
Janeiro de 2017
O EMPREGO DO ENSAIO DE PIEZOCONE PARA A
DETERMINAÇÃO DA ESTRATIGRAFIA E DA
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS PARA OBRAS
EMERGENCIAIS NA RODOVIA BR-356/RJ
Rio de Janeiro
Janeiro de 2017
O EMPREGO DO ENSAIO DE PIEZOCONE PARA A DETERMINAÇÃO DA
ESTRATIGRAFIA E DA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS PARA OBRAS
EMERGENCIAIS NA RODOVIA BR-356/RJ
Examinado por:
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
JANEIRO DE 2017
Neves, Douglas de Andrade
III
DEDICATÓRIA
IV
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e irmã pelas incontáveis demonstrações de imenso amor, pelos
momentos de ensino, exemplos de vida, por me guiar e apoiar ao longo de toda a minha
vida e, principalmente, ao longo do curso de Engenharia Civil.
Aos meus avós maternos e paternos pelo amor, cuidado e conselhos de vida.
Aos meus familiares e amigos pelas palavras de motivação, orações, por sempre
acreditarem no meu sucesso, me motivando a continuar nos momentos difíceis e sendo
compreensivas na minha ausência.
Aos professores que fizeram despertar em mim a paixão pela engenharia civil e
contribuíram para minha formação acadêmica e moral. Em especial, agradeço ao
professor Fernando Danziger que, mesmo sendo orientador deste trabalho, não se
prendeu somente a esse papel, outra hora tornou-se um amigo e conselheiro para todos
os momentos.
V
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Janeiro/2017
VI
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requeriments for the degree of Engineer.
January/2017
Advisor: Fernando Artur Brasil Danziger, Graziella Maria Faquim Jannuzzi e Claudio
Pereira Pinto.
The determination of stratigraphy and identification of soil type are essential initial
activities in the prediction of soil behavior when external loads are applied in different
ways. The piezocone test has been considered a very powerful tool for both purposes.
A number of methods have been presented for soil classification from piezocone testing,
and the suggestion by Robertson et al. (1986), together with some update, are the most
used. The present work analyses four piezocone tests performed in four representative
regions of geotechnical problems along BR356/RJ highway. The stratigraphy and soil
classification obtained from the piezocone tests has been compared with the data
obtained from adjacent SPT soundings. The advantages of piezocone testing providing
additional information with respect to the SPT soundings have been demonstrated.
VII
SUMÁRIO
1. Introdução --------------------------------------------------------------------------------------- 3
1
5. Análise dos resultados ---------------------------------------------------------------------- 46
8. Anexo -------------------------------------------------------------------------------------------- 94
2
1. Introdução
1.1. Generalidades
A necessidade de ocupação de áreas com a presença de espessos depósitos de solos
moles é cada vez mais comum nas obras de infraestrutura em todo o país. Depósitos
desta natureza são comumente encontrados ao longo de toda a costa brasileira, além
de muitas outras regiões. Os solos considerados moles são aqueles conhecidos pelos
suas características de baixa resistência e elevada compressibilidade.
O ensaio de piezocone (CPTU) em suas origens tinha dois objetivos (Danziger, 1990):
o primeiro, de estabelecer um método de ensaio rápido e barato para a obtenção de
dados sobre a consistência de solos argilosos, para uso em projetos de estradas
(Barentsen, 1936); o segundo objetivava o estabelecimento de um ensaio para substituir
os métodos existentes de estimativa do comprimento de estacas (Laboratory of Soil
Mechanics, Delft, 1936). A classificação e estratigrafia dos solos incorporou-se aos dois
primeiros, a partir sobretudo do trabalho clássico de Begemann (1965).
Rupturas em taludes de aterro na rodovia BR-356/RJ, trecho Divisa MG/RJ – São João
da Barra suscitaram a necessidade de investigações geotécnicas detalhadas. Nesse
contexto, foram realizados ensaios de piezocone pela equipe da COPPE/UFRJ.
3
1.2. Objetivos
O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar a estratigrafia e
a classificação dos solos de quatro locais onde os ensaios de piezocone foram
realizados ao longo da rodovia BR-356/RJ, trecho Divisa MG/RJ – São João da Barra.
A análise foi enriquecida pela existência de sondagens à percussão adjacentes aos
ensaios de piezocone.
4
2. Revisão Bibliográfica
Em 1932, foi realizado o primeiro ensaio de cone. Este ensaio, também chamado de
ensaio de penetração estática (ou quase-estática), ensaio de cone mecânico ou ensaio
de cone holandês1, foi desenvolvido na década de 30, no Laboratório de Mecânica dos
Solos de Delft, na Holanda.
Begemann (1965) foi o primeiro autor a propor que a relação de atrito (f s/qc, sendo f s,
atrito lateral, e qc, resistência de ponta) fosse um parâmetro para classificação das
camadas de solo, o que será visto adiante.
O primeiro cone elétrico desenvolvido no mundo foi o alemão Maihak, provido com um
sistema de corda vibrante (De Ruiter, 1971), entretanto, desde 1950 vários cones
elétricos vinham sendo usados na Holanda, relacionados principalmente a
investigações especiais para pesquisas. Segundo reportado por Lunne et al. (1997),
Broms e Flodin (1988) afirmam que os primeiros equipamentos foram desenvolvidos
provavelmente na Alemanha durante a II Guerra Mundial.
1
Ensaio de cone holandês, expressão comumente empregada no Brasil.
5
No Brasil, os primeiros ensaios de cone elétrico foram realizados em condições offshore,
com a finalidade de obtenção de dados para projetos de plataformas de
exploração/produção de petróleo (Bogossian, 1993, Mello, 1993). Este quadro
apresentou mudanças apenas na década de 1990, com o crescente interesse comercial
pelo ensaio de cone, impulsionado por pesquisas desenvolvidas em universidades
brasileiras.
6
dados de dissipação de poro-pressões são usados para estimar propriedades de
adensamento e permeabilidade.
7
2.2. Interpretação do ensaio
O piezocone é de grande utilidade para definir as propriedades geotécnicas de um
depósito de solo. Bruzzi e Battaglio (1988) citam, entre outras:
Segundo Danziger (1990), Begemann (1965) foi o primeiro autor a propor um ábaco
para a classificação dos solos com base na resistência de ponta (qc) e no atrito lateral
(fs), que, além da classificação, fornece a percentagem de material menor do que 16μm.
Este ábaco (Figura 2-1) deve ser empregado para ensaio de cone mecânico, já que
existem significativas diferenças entre valores de atrito lateral medidos através do cone
elétrico e do cone mecânico.
Segundo Lunne et al. (1986) e Gillespie (1990), o parâmetro atrito lateral medido é
geralmente menos acurado e confiável do que a resistência de ponta do cone e que
diferentes modelos de cones podem produzir diferentes valores de atrito lateral. Para
superar esses problemas associados com a medição do atrito lateral, muitos gráficos
foram produzidos baseados na resistência de ponta e na poro-pressão.
O gráfico proposto por Senneset e Janbu (1984) para classificação dos solos (Figura
2-3) é baseado na resistência de ponta corrigida 𝑞𝑡 e no parâmetro de poro-pressão 𝐵𝑞 ,
sendo 𝑞𝑡 e 𝐵𝑞 dados por:
𝑞𝑡 = 𝑞𝑐 + 𝑢2 ∙ (1 − 𝑎) (II.1)
∆u 𝑢 −𝑢
𝐵𝑞 = q −σ = 𝑞 2−σ 0 (II.2)
t v0 𝑡 v0
10
Sendo:
u0 = poro-pressão de equilíbrio;
Figura 2-3 - Proposta de classificação dos solos (Senneset e Janbu, 1984), conforme
Danziger (1990)
11
Senneset et al. (1989) expandiram a proposta de Sennset e Janbu (1984) e publicaram
um novo ábaco (Figura 2-5), incluindo dados com valores negativos de excesso de poro-
pressão e com resistência de ponta corrigida qt de até 16 MPa.
Figura 2-5 – Àbaco de Senneset et al. (1989), adaptado de Fellenius e Eslami (2010) por
Nejaim (2015)
A experiência tem mostrado que apesar do atrito lateral 𝑓𝑠 não ser tão acurado como 𝑞𝑡 ,
e 𝑢, uma classificação do solo mais confiável poder ser feita usando os três parâmetros
obtidos do ensaio, são eles: 𝑞𝑡 , 𝑓𝑠 e 𝑢. Robertson et al. (1986) foi o primeiro a propor
uma classificação com esses parâmetros. Segundo Robertson (2009), a proposta de
Robertson et al. (1986) tem se tornado de largo emprego. O gráfico original de
𝑓𝑠
Robertson et al. (1986) é baseado em 𝑞𝑡 (em escala log) e FR (= ), como pode ser
𝑞𝑡
12
Figura 2-6 – Ábaco de classificação proposto por Robertson et al. (1986), adaptado de
Danziger (1990) por Nejaim (2015)
Wroth (1984, 1988) sugeriu que os resultados do ensaio CPT deveriam ser
normalizados seguindo os seguintes parâmetros:
(𝑞𝑡 −𝜎𝑣0)
𝑄𝑡 = ′
𝜎𝑣0
(II.4)
𝑓𝑠
𝐹𝑟 = ∙ 100% (II.5)
𝑞𝑡 −𝜎𝑣0
∆u 𝑢 −𝑢
𝐵𝑞 = q −σ = 𝑞 2−σ 0 (II.6)
t v0 𝑡 v0
Sendo:
𝐵𝑞 = parâmetro de poro-pressão
13
Robertson (1990), baseado nesses parâmetros normalizados e utilizando-se de um
extenso banco de dados de ensaios CPTU disponíveis em meios publicados e não
publicados, propôs novos ábacos modificados de classificação do comportamento do
tipo de solo conforme pode ser visto na Figura 2-7.
Figura 2-7 – Proposta de classificação dos solos, segundo Robertson (1990), adaptado
de Bezerra (1996)
Foi incluído nos gráficos da Figura 2-7, além do conceito de normalização de Wroth
(1984,1988), uma zona que representa aproximadamente o comportamento
14
normalmente adensado. Esta nova proposta também aborda outras indicações do
comportamento dos solos.
Robertson (1990) faz os seguintes comentários sobre a utilização dos ábacos propostos
para a classificação de solos:
15
os ábacos propostos devem ser utilizados como guias para definir o tipo de
comportamento do solo;
ocasionalmente, o solo poderá ser classificado em diferentes zonas sobre
cada ábaco; nesses casos a velocidade e a maneira como a poro-pressão se
dissipa durante uma pausa na cravação pode ajudar significativamente na
classificação.
Segundo Robertson (2009) e Robertson (1990), apesar de sugerir dois ábacos com
base em 𝑄𝑡 − 𝐹𝑟 e 𝑄𝑡 − 𝐵𝑞 para a classificação do comportamento do solo, o ábaco mais
confiável é o 𝑄𝑡 − 𝐹𝑟 .
16
3. Área estudada
Figura 3-1 - Mapa do Estado do Rio de Janeiro com foco na região norte (CTESA, 2016)
17
3.2. Localização dos Pontos de Intervenção e dos Ensaios de
CPTU
A Tabela 3.1 relaciona os pontos que foram definidos para a realização dos ensaios de
CPTU, a sua localização na rodovia (km), o município, a posição e a estaca.
As Figuras 3-2, 3-3, 3-4 e 3-5 ilustram a localização dos pontos de intervenção.
18
Figura 3-2 - Localização do Ponto 2, no km 99,2 (CTESA, 2016)
19
Figura 3-4 - Localização dos Pontos 5B, 5C, 5D, 6 e 6A, km 117, 1 ao km 117,7 (CTESA, 2016)
20
3.3. Descrição dos problemas e histórico de ocorrências na
região
Em dezembro de 2008 e janeiro de 2012 ocorreram cheias nos rios Muriaé e Paraíba
do Sul, afetando regiões dos Municípios de São João da Barra, Campos, Cardoso
Moreira, Italva e Itaperuna. Na época das cheias, a rodovia BR-356 foi interditada em
diversos segmentos, que ficaram submersos. A situação foi agravada na região de Três
Vendas, com o rompimento do Dique Boianga, o que contribuiu para o incremento de
volume de água que galgou a rodovia e inundou aquela comunidade (CTESA, 2016).
A rodovia foi construída nos anos 1950, portanto, há cerca de 60 anos. Esse período
pode ser considerado suficiente para que ocorram os recalques por adensamento
primário e secundário, decorrentes da sobrecarga dos aterros executados naquela
época. Em diversos segmentos, são observadas irregularidades no greide da rodovia,
evidenciando os recalques diferenciais que naturalmente ocorrem, devido às variações
nas alturas dos aterros e nas espessuras das camadas de solo muito compressível.
Em período mais recente, a rodovia passou por obras de melhorias, com restauração
do pavimento e implantação de acostamento (largura de 2,0 m), para o que foram
executados movimentos de terra para aumentar a largura da plataforma.
22
Figura 3-6 – Detalhe de escavação na faixa lateral esquerda (estaca 4973) do Ponto 2, em
novembro de 2015, (CTESA, 2016)
23
A situação geral de estiagem que atingiu a Região Sudeste nos anos de 2013 a 2015
levou a níveis mínimos os rios Paraíba do Sul e Muriaé, ocasionando o rebaixamento
do nível do lençol d´água regional. Desta forma, modificou-se o estado de tensões no
terreno subjacente aos aterros, afetando, particularmente, as camadas de argila mole a
muito mole, dada a sua baixa resistência ao cisalhamento e a sua elevada
compressibilidade. Isto reforça a hipótese de escorregamento profundo, pois o
rebaixamento do nível d'água pode acarretar a diminuição do fator de segurança à
estabilidade global. Essa modificação no estado de tensões também acarreta novo ciclo
de recalques por adensamento, uma vez que, ao ser rebaixado o lençol, a camada
acima do nível d’água funciona como uma sobrecarga nas camadas subjacentes, dando
início a um novo ciclo de recalques, com reflexo na plataforma rodoviária.
3.4.1. Ponto 2
O trecho que corresponde ao Ponto 2 se caracteriza por estar localizado em uma várzea
na margem direita do rio Muriaé que, durante as cheias de 2008, conforme ilustra as
Figura 3-8, foi totalmente inundada, tendo ocorrido a submersão de parte da rodovia.
Assim, esperava-se encontrar na campanha de sondagens à percussão executada
nesse trecho depósitos de camadas de solos moles, o que se confirmou. Foram
24
executadas 7 sondagens pela empresa Riscado Engenharia (Anexo - item 8.1) que
indicaram a ocorrência de aterro da rodovia existente, com cerca de 2 a 3 metros, e uma
camada de argila mole a muito mole, com espessura entre 8 e 15 metros, (Figura 3-9 e
Figura 3-10).
Figura 3-8 - Vista aérea do trecho onde está situado o Ponto 2 (km 99), em dezembro de
2008 (CTESA, 2016)
25
Figura 3-10 - Ponto 2, seção geotécnica na estaca 4967+6,6 (CTESA, 2016)
26
Figura 3-11 - Ponto 2, estaca 4973, vista a vante; trinca e abatimento, em agosto de 2015
(CTESA, 2016)
Figura 3-12 - Ponto 2, estaca 4965, vista a ré; trecho com abatimento, em agosto de 2015,
(CTESA, 2016)
Segundo Danziger et al. (2016), o ensaio de piezocone do Ponto 2 teria início no dia 23
de abril, mas devido à extrema dificuldade na realização do pré-furo a um problema na
bomba, foi adiado para o dia seguinte. Um novo processo de saturação dos elementos
porosos e do cone foi realizado e, no dia seguinte, o ensaio pôde ser realizado. Este foi
executado sem revestimento do pré-furo. Nesse caso, o furo foi mantido com água
através de duas mangueiras alimentadas por um reservatório na estrada. Como medida
adicional de segurança, contra a perda da saturação dos elementos porosos, o
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piezocone foi mantido com o recipiente de plástico contendo água, durante a descida
no pré-furo até o nível d´água.
3.4.2. Ponto 3
O Ponto 3 também está localizado uma várzea na margem direita do rio Muriaé,
portanto, situado dentro da planície de inundação do rio (Figura 3-13).
Semelhantemente ao Ponto 2, através de 7 sondagens à percussão, executadas pela
empresa PBS Sondagens e Perfurações de Solo Ltda (Anexo – item 8.2), foi constatada
a ocorrência de argila mole a muito mole com espessura de 7 a 10 metros, estimando-
se uma altura de 3 metros para o aterro rodoviário existente (Figura 3-14, Figura 3-15
Figura 3-16).
Segundo (CTESA, 2016), nas inspeções realizadas entre março de 2015 e janeiro de
2016 no Ponto 3, constatou-se problemas de trincas e afundamentos no pavimento entre
as estacas 5098 e 5101, semelhantes aos observados no Ponto 2, conforme ilustram a
Figura 3-17 e a Figura 3-18.
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Figura 3-13 - Vista aérea do trecho onde está situado o Ponto 3 (km 102), em dezembro
de 2008 (CTESA, 2016)
29
Figura 3-15 - Ponto 3, seção geotécnica na estaca 5116 (CTESA, 2016)
30
Figura 3-17 - Ponto 3, estaca 5114, vista a ré; trincas e afundamento, março de 2015
(CTESA, 2016)
Figura 3-18 - Ponto 3, estaca 5116, vista a ré, em setembro de 2015, (CTESA, 2016)
31
3.4.3. Ponto 5D
Ponto 5D
Figura 3-19 - Vista aérea do trecho onde estão situados os Pontos 5D, 6 e 6A (km 117) ,
em dezembro de 2008 (CTESA, 2016)
Nesse segmento, os defeitos foram observados entre as estacas 5856 e 5862 (Figura
3-20). Nas inspeções realizadas em outubro de 2015 e janeiro de 2016, foram
observadas trincas longitudinais e desníveis, preponderantemente do lado direito,
evidenciando processo de ruptura do maciço de aterro, conforme ilustram a Figura 3-20
e a Figura 3-21. O segmento entre as estacas 5858 e 5862 apresentam então maior
gravidade, com abertura de trincas da ordem de 10 cm (Figura 3-21)
32
Figura 3-20 - Ponto 5D, estaca 5859, vista a vante; trinca e afundamento na faixa do lado
direito, outubro de 2015. (CTESA ,2016)
Figura 3-21 - Ponto 5D, estaca 5860+12, vista a vante; trinca e afundamento na faixa do
lado direito, outubro de 2015 (CTESA, 2016)
A seção geotécnica na estaca 5861, apresentada na Figura 3-22, indica um aterro com
cerca de 5 metros e a ocorrência de duas camadas de argila muito mole com espessura
de 4 a 6 metros.
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Figura 3-22 - Ponto 5D, seção geotécnica na estaca 5861 (CTESA, 2016)
Figura 3-23 - Ponto 5D, seção geotécnica na estaca 5859 (CTESA, 2016)
Segundo Danziger et al. (2016), no dia 31 abril, dia seguinte à realização do ensaio de
piezocone do ponto 3, a despeito de se tentar realizar o ensaio no Ponto 5D, verificou-
se que o Munck estaria muito próximo do limite de descarga, apresentando risco na
operação. Além disso, o trecho do ensaio apresentava operação em meia pista, o que
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significava a necessidade de interrupção total da rodovia para carga e descarga dos
equipamentos. Decidiu-se então realizar o ensaio remanescente após a conclusão da
recuperação da rodovia no trecho. O que ocorreu no dia 14 de maio, empregando-se os
mesmos procedimentos e cuidados tanto na operação quanto na saturação dos
elementos porosos.
Uma vez retirado o revestimento, a máquina de cravação foi posicionada sobre o pré-
furo de modo que as hastes e o piezocone ficassem centralizados em relação a este,
tendo sido em seguida patolada e ancorada.
3.4.4. Ponto 8
35
Figura 3-24 - Ponto 8, estaca 6757, vista a ré, em janeiro de 2016 (CTESA, 2016)
Segundo Danziger et al. (2016), o ensaio de piezocone do Ponto 8 foi realizado no dia
22 de abril e foi o primeiro ensaio de toda a campanha. A máquina de cravação foi
posicionada com auxílio de Munck de grande alcance, às margens do rio Paraíba do
Sul.
36
Solicitou-se a realização prévia do pré-furo, que foi executado e revestido com tubo de
diâmetro de 2 ½ ”. Realizou-se um teste prévio com as hastes de ensaio e se verificou
que, em função da pequena folga entre as hastes e o tubo de revestimento do pré-furo,
uma pequena inclinação deste com a vertical estava ocasionando atrito entre a haste
de cravação e o interior do tubo. Esse fato poderia implicar um dano tanto ao piezocone
quanto ao ensaio. Decidiu-se, então, retirar o tubo de revestimento do pré-furo e realizar
o ensaio com o pré-furo sem revestimento. Naturalmente, isso implicaria em uma
dificuldade adicional, de vez que o revestimento tem dupla finalidade: (i) reduzir as
perdas de água no interior do pré-furo; (ii) minimizar a possibilidade de flambagem da
composição de hastes durante o ensaio, com cargas elevadas. A utilização de um
recipiente friável com água, que se quebra no contato com o solo, foi importante para a
garantia da saturação dos elementos porosos.
37
4. Apresentação dos resultados dos ensaios de piezocone
4.1. Introdução
Os ensaios de piezocone (CPTU) analisados na presente pesquisa foram realizados
pela equipe da COPPE/UFRJ, composta de 2 engenheiros e 2 auxiliares técnicos. Os
ensaios de CPTU foram realizados no período de 21 de abril a 14 de maio de 2016, de
forma a caracterizar geotecnicamente a região, com ênfase nos depósitos de argila
muito mole.
Conforme mencionado anteriormente no item 3.2 deste trabalho, entre os 20 pontos das
ocorrências geotécnicas ao longo da rodovia BR 356/RJ, 4 (quatro) foram designados
para a realização dos ensaios de piezocone. A Tabela 4-1 relaciona os pontos dos
ensaios de CPTU, o período de realização, as profundidades máximas atingidas,
profundidades solicitadas, comprimento do pré-furo e o nível d’água aparente antes do
ensaio.
38
Um procedimento de relevância, no início da cravação do piezocone, é o emprego de
um copo de plástico frágil, com água, na ponta do piezocone. Este procedimento é uma
garantia adicional de manutenção da saturação dos elementos porosos do piezocone
quando da descida no pré-furo, conforme ilustra a Figura 4-1.
Figura 4-1 - Descida do piezocone com copo plástico com água no ponto 2, em furo sem
revestimento (Danziger et al., 2016)
Para o transporte da máquina de cravação até o local dos ensaios, foi utilizado um
caminhão Munck.
39
Figura 4-2 - Máquina de cravação de fabricação Pagani, com ensaio em andamento no
Ponto 3, durante a adição de haste à composição (Danziger et al., 2016)
4.2.3. Piezocone
O piezocone utilizado é o COPPE-IV, com 10 cm2 de área de ponta e 150 cm2 de área
lateral da luva de atrito, capaz de medir resistência de ponta, atrito lateral e poro-pressão
em dois locais (na face, u 1, e na base do cone, u2). A medida de poro-pressão em dois
locais não é prática internacional, e representa uma vantagem significativa em relação
à medida em apenas um local (u 2), conforme recomendações internacionais. Nenhum
piezocone em operação no Brasil possui essa característica.
2
International Society for Soil Mechanics and Geotechnical Engineering
41
Figura 4-5 - Resultados de qt, fs, u1, u2 e inclinação do ensaio realizado no Ponto 2
42
Figura 4-6 - Resultados de qt, fs, u1, u2 e inclinação do ensaio realizado no Ponto 3
43
Figura 4-7 - Resultados de qt, fs, u1, u2 e inclinação do ensaio realizado no Ponto 5D
44
Figura 4-8 - Resultados de qt, fs, u1, u2 e inclinação do ensaio realizado no Ponto 8
45
5. Análise dos resultados
Em seguida as planilhas Excel dos dados foram utilizadas para o tratamento dos dados,
conforme descrito no item 5.2.
Vale salientar que em pelo menos dois dos ensaios de piezocone (pontos 2 e 3) há
dúvidas quanto à acurácia dos valores de poro-pressão medidos. Isso decorre da dúvida
quanto à identificação correta, prévia (antes da realização do pré-furo), do nível d´água.
A metodologia adotada para a organização dos dados pode ser dividida em três subitens
respectivamente: identificação preliminar das camadas, tratamento e manipulação dos
dados e manipulação do programa.
46
5.2. Identificação preliminar das camadas
De posse do relatório técnico PEC 19937- rt1, os dados brutos foram analisados
visualmente, a priori, para identificação das diferentes camadas de solo, sem
preocupações quanto aos limites exatos entre as camadas.
Após a análise preliminar das camadas, efetuou-se uma identificação mais acurada das
profundidades de início e término de cada camada. Para isto, procurou-se identificar nos
dados brutos da planilha Excel a profundidade exata correspondente às variações
bruscas das diversas grandezas medidas. A Figura 5-1 ilustra claramente a mudança
de comportamento do solo através da variação da resistência de ponta corrigida e das
poro-pressões, para uma profundidade, para o caso do ponto 5D.
Cabe ressaltar que não houve a preocupação nessa etapa de identificar pequenas
camadas ou lentes, e sim de destacar as principais mudanças de comportamento do
solo.
A Tabela 5-1 apresenta o número de camadas para cada ensaio CPTU (identificado
como ponto 2, 3, 5D e 8) assim como a sua profundidade estimada de início e término.
47
Tabela 5-1 – Tabela resumo das camadas identificadas em cada ensaio
Tabela 5-2 - Compacidade das areias em função do SPT, conforme Souza Pinto (2001)
48
Tabela 5-3 – Consistência das argilas em função do SPT, conforme Souza Pinto (2001)
As Figuras 5-2, 5-3, 5-4 e 5-5 mostram os resultados dos ensaios de piezocone dos
pontos 2, 3, 5D e 8, respectivamente, com a identificação das camadas. Nas mesmas
figuras são apresentados os perfis de sondagem à percussão realizadas nos pontos
mais próximos dos ensaios de piezocone; exceção é feita para o Ponto 2, cuja
sondagem foi escolhida em função da cota da boca do furo ser a mais coerente com a
cota na qual foi realizado o ensaio de piezocone.
Cabe salientar que a diferença na estratigrafia do ensaio pode ser justificada entre
outras coisas pela:
49
Figura 5-2 - Resultado de piezocone (qT, fs, u1 e u2) realizado no Ponto 2 e a sondagem à percussão SP-06, com base em Danziger et al. (2016) e CTESA (2016)
50
Figura 5-3 - Resultado de piezocone (qT, fs, u1 e u2) realizado no Ponto 3 e a sondagem à percussão SP-03, com base em Danziger et al. (2016) e CTESA (2016)
51
Figura 5-4 - Resultado de piezocone (qT, fs, u1 e u2) realizado no Ponto 5D e a sondagem à percussão SP-06, com base em Danziger et al. (2016) e CTESA (2016)
52
Figura 5-5 - Resultado de piezocone (qT, fs, u1 e u2) realizado no Ponto 8 e a sondagem à percussão SP-03, com base em Danziger et al. (2016) e CTESA (2016)
53
I. Ponto 2
Conforme pode ser visto na Figura 5-2, a variação da resposta do piezocone, no trecho
correspondente à camada 1, sugere uma camada um pouco mais resistente do que a
camada subjacente, visto que há uma perda da resistência de ponta corrigida e do atrito
lateral. Assim, o parâmetro corrigido qT caracterizaria uma camada mais resistente, o
que justificaria o número de golpes registrado (N spt = 4) no ensaio SPT para a faixa de
3 m a 4 m de profundidade no perfil geotécnico da sondagem à percussão. O aumento
de fs , na camada 1, pode representar a presença de um solo mais grosso. Neste caso,
a presença de areia fina, que foi detectada na sondagem à percussão justificaria o
ganho de resistência observado no gráfico de 𝑓𝑠 versus profundidade.
II. Ponto 3
Pode-se observar na Figura 5-3 que a camada 1 apresenta baixos valores de resistência
de ponta e de atrito lateral, assim como geração positivo de excesso de poro-pressão,
cabe ser salientado que neste ensaio a saturação dos elementos porosos não se
54
manteve durante o ensaio. Segundo o perfil geotécnico obtido na sondagem a
percussão, a profundidade da camada de argila orgânica siltosa muito mole, vai de
1,20m a 9,8 m de profundidade. Esta camada, cujo N spt < 2, corresponde as camadas 1
e 2 do ensaio de piezocone.
III. Ponto 5D
55
IV. Ponto 8
Pode-se observar através da Figura 5-5 que a primeira camada compreendida entre as
profundidades de 4,0 m a 4,75 m, baixos valores de q T e f s e valores crescente para u1
e u2 até aproximadamente 4,75 m. Pode-se verificar que na sondagem à percussão esta
camada vai até 4,95m e é classificada como argila siltosa com areia fina, mica e turfa,
cujo NSPT = 2.
Na camada 3 (de 12,0 m a 15,0 m de profundidade), pode ser observada uma tendência
constante de qt, e fs, e um expressivo aumento de excesso de poro-pressão u1 e u2. O
ensaio indicou geração positiva de excesso de poro-pressão em ambas as posições.
Segundo a sondagem à percussão, há a ocorrência de uma argila siltosa, com areia fina
com mica, entre as profundidades de 12,90 m e 25,60m, com NSPT = 3. Verifica-se uma
diferença de profundidade correspondente a 0,90 m na determinação desta camada
utilizado a sondagem e o piezocone.
A Tabela 5-4 apresenta o número de camadas para cada ensaio CPTU (identificado
como ponto 2, 3, 5D e 8), assim como a sua profundidade estimada de início e término.
56
Tabela 5-4 - Tabela resumo das camadas identificadas em cada ensaio
Ponto estaca Camada Profundidade (m) SPT caracteristico Nspt classificação do solo pelo sondador comportamento do solo
Camada 1 3,00 a 4,60 4 argila siltosa com areia fina, cinza clara argiloso
Ponto 2
argila siltosa com areia fina, com mica e detritos
(Pré-furo de 4967 + 6,6 Camada 2 4,60 a 13,00 SP-06 2 argiloso
vegetais, cinza escuro
3,00 m)
Camada 3 13,00 a 14,12 >14 argila siltosa com areia fina, cinza claro argilo/arenoso
Ponto 5D Camada 1 1,80 a 4,00 <1 argila siltosa muito mole argiloso
(Pré-furo de 5861 SP-06
argila siltosa muito mole/areia(fina a média) pouco
1,80 m) Camada 2 4,00 a 13,29 10 arenoso
siltosa
Camada 1 3,00 a 4,75 2 argila siltosa com areia fina, com mica e turfa argiloso
Ponto 8
Argila siltosa com areia fina com mica/ areia média com
(Pré-furo de 6753 Camada 2 4,75 a 12,00 SP-03 04/jun argiloso com lentes de areia
mica
3,0 m)
Camada 3 12,00 a 15,07 3 Argila siltosa com areia fina com mica argiloso
57
5.4. Tratamento dos dados brutos
Os dados básicos de entrada do programa são os valores diretos obtidos pelo ensaio
de piezocone, ou seja: (i) profundidade, (ii) resistência de ponta, (iii) atrito lateral e (iv)
medida de poro-pressão na base (u2) ou na ponta (u1). Esses dados podem ser
importados via arquivos de texto em formato *.txt, *.dat ou *.cor, planilhas Microsoft
Excel em formato *.xls, ou dados com a extensão *.gef (geotechnical exchange format).
Para a análise realizada na presente pesquisa, os dados brutos foram tratados com
intuito de se eliminar possíveis erros na interpretação e evitar dispersão de resultados
com valores que não são representativos do solo da região. Sendo assim, eliminou-se
os dados dos ensaios de dissipação, troca de haste e de descida no pré-furo. Para a
eliminação dos dados referentes ao ensaio de dissipação e troca de haste, identificou-
se os dados correspondentes a velocidade nula de cravação. Esta identificação foi
realizada com o auxílio da ferramenta Filtro disponível no Excel. No que diz respeito aos
dados medidos no pré-furo, os mesmos foram eliminados dos dados de entrada do
programa (CPeT-IT). Para este procedimento eliminou-se os dados referentes à
profundidade em que o pré-furo foi realizado, que foi feita antes do início do ensaio.
Ao todo foram gerados: 11 arquivos *.xls contendo os dados editados de cada camada
separadamente e 4 arquivos *.xls contendo os dados completos de cada ensaio CPTU,
que foram utilizados para o traçado do perfil de comportamento do solo (SBT) de
Robertson (2010).
58
Figura 5-6 - Dados brutos do ensaio de piezocone no Ponto 3
Os dados das camadas de cada vertical de ensaio foram inseridos como input no
programa (CPeT-IT) e os gráficos com os resultados foram gerados.
59
profundidade, qt, fs, u2 e outro dado de referência, por exemplo, f s/qT, conforme ilustra
Figura 5-8.
Figura 5-8 - Detalhe da janela do programa CPeT-IT para entrada e ajuste das unidades
dos parâmetros
60
Figura 5-9 - Detalhe da Janela do programa CPeT-IT onde é definido o peso específico,
relação de área, raio do cone e nível do lençol freático
61
5.6. Análise da Proposta de Robertson et al (1986) modificada
por Robertson (2010).
As Figuras 5-10, 5-11, 5-12 e 5-13 mostram os valores de resistência de ponta corrigida
(qT), relação de atrito (RF%) e poro pressão (u2) versus profundidade. O gráfico mais à
direita das figuras mostra o perfil do tipo de comportamento do solo encontrado, pela
proposta de Robertson et al (1986) modificada por Robertson (2010), para os ensaios
dos pontos 2, 3, 5D e 8, respectivamente.
62
Figura 5-10 - Proposta de classificação do tipo de comportamento do solo de Robertson et al. (1986), modificada em Robertson (2010), Ponto 2
63
Figura 5-11 - Proposta de classificação do tipo de comportamento do solo de Robertson et al. (1986), modificada em Robertson (2010), Ponto 3
64
Figura 5-12 - Proposta de classificação do tipo de comportamento do solo de Robertson et al. (1986), modificada em Robertson (2010), Ponto 5D
65
Figura 5-13 - Proposta de classificação do tipo de comportamento do solo de Robertson et al. (1986), modificada em Robertson (2010), Ponto 8
66
Tabela 5-6 - Tabela resumo dos resultados dos ensaios empregados na proposta de Robertson et. (1986) modificada em Robertson (2010)
Ponto Camada Profundidade (m) Tendência Valor representativo (kPa) Tendência Valor representativo (%) Tendência Valor representativo (kPa)
Camada 1 3,00 a 4,60 Decrescente 1000 a 800 Crescente 2,0 a 4,0 Crescente 100 a 130
Ponto 2
(Pré-furo de Camada 2 4,60 a 13,00 Constante 500 Constante 2,0 Crescente 130 a 300
3,00 m)
Camada 3 13,00 a 14,12 Crescente 500 a 4000 Crescente 2,5 a 6,5 Decrescente 300 a -80
Ponto 5D Camada 1 1,80 a 4,00 Constante 400 Constante 2,0 Constante 175
(Pré-furo de
1,80 m) Camada 2 4,00 a 13,29 Crescente 4000 a 16000 Constante 0,5 Crescente 25 a 120
Ponto 8 Camada 2 4,75 a 11,00 Crescente 500 a 3000 Descrescente 2,5 a 1,0 Crescente 0 a 100
(Pré-furo de
3,0 m) Camada 3 11,00 a 12,00 Crescente 3000 a 9000 Constante 0,5 Constante -60
Camada 4 12,00 a 15,07 Constante 750 Constante 1,0 Crescente 100 a 450
67
As Figuras 5-14, 5-15, 5-16 e 5-17 mostram os resultados das proposta de Robertson
et. (1986) modificada em Robertson (2010), que leva e consideração 𝑞𝑐 /𝑝𝑎 versus FR
(%) e 𝑞𝑡 versus 𝐵𝑞 , para os ensaios dos pontos 2, 3, 5D e 8. Nessas figuras as camadas
são apresentadas separadamente, uma vez que o programa utilizado, CPeT-IT, fornece
todos os dados plotados em conjunto, em uma só cor, dificultando a visualização das
propostas de classificação do tipo de comportamento do solo, nos ábacos de Robertson
et al. (1986) e Robertson (1990), Robertson (2010), que são apresentados no presente
capítulo.
68
Figura 5-14 - Dados das Camadas 1, 2 e 3 do Ponto 2 plotadas no ábaco não normalizado
de Robertson et al. (1986) modificado por Robertson (2010)
69
Figura 5-15 – Dados das Camadas 1, 2 e 3 do Ponto 3 plotadas no ábaco não
normalizado de Robertson et al. (1986) modificada por Robertson (2010)
70
Figura 5-16 - Dados das Camadas 1 e 2 do Ponto 5d plotadas no ábaco não normalizado
de Robertson et al. (1986) modificada por Robertson (2010)
71
Figura 5-17 – Dados das Camadas 1, 2 e 3 do Ponto 8 plotadas no ábaco não normalizado de
Robertson et al. (1986) modificada por Robertson (2010)
72
As Figuras 5-18, 5-19, 5-20 e 5-21 mostram os resultados de todos os resultados
plotados em conjunto dos ensaios realizados no pontos 2, 3, 5D e 8.
73
Figura 5-20 - Dados das camadas 1 e 2 do Ponto 5D plotados na proposta de Robertson
et al. (1986), atualizada por Robertson (2010)
74
Tabela 5-7 - Tabela resumo da classificação do solo por Robertson et al. (1986)
Comportamento do Solo
Variação de Variação de Variação de Variação de
Ponto Camada Profundidade (m) Zona SBT Zona SBT
qc/pa FR (%) Bq qt (Mpa)
Camada 1 3,00 a 4,60 3e 4 5,0 a 10,5 1,3 % a 5 % 3, 4 e 5 0,05 a 0,25 0,6 MPa a 1,5 MPa argila siltosa a Silte argiloso
Ponto 2
(Pré-furo de Camada 2 4,60 a 13,00 3e 4 3,5 a 10,0 1,0 % a 5 % 3e 4 0,10 a 0,80 0,4 MPa a 1,0 MPa argila a argila siltosa
3,00 m)
Camada 3 13,00 a 14,12 3, 4, 5 e 6 10,0 a 100,0 0,8 % a 7 % 4, 5, 6, 7 e 8 - 0,05 a 0,30 1,0 MPa a 10,2 MPa areia siltosa a silte argilosa
Camada 1 2,30 a 3,30 1 1,0 a 1,2 1,0 % a 1,2 % 2e 3 0,30 a 0,60 0,1 MPa a 0,2 MPa solo fino sensível ou argila a material orgânico
Ponto 3
(Pré-furo de Camada 2 3,30 a 10,20 2, 3 e 4 3,0 a 10,0 0,5 % a 10 % 4e 5 - 0,20 a 0,45 0,3 MPa a 1,0 MPa argila a argila siltosa
2,30 m)
Camada 3 10,20 a 11,68 3e 4 4,0 a 11,0 1,5 % a 4,0 % 3,4 e 5 -0,20 a 0,35 0,4 MPa a 2,0 MPa silte argiloso a argila siltosa
Ponto 5D Camada 1 1,80 a 4,00 3, 4 e 5 2,0 a 10,0 0,8 % a 4,0 % 3, 4 e 6 0,10 a 0,70 0,3 MPa a 1,0 MPa argila a argila siltosa
(Pré-furo de
1,80 m) Camada 2 4,00 a 13,29 5e 6 10,5 a 200,0 0,2 % a 1,5 % 7,8 e 9 0 1,5 MPa a 11,0 MPa areia limpa a areia siltosa
Camada 1 3,00 a 4,75 3 1,7 a 4,0 1,3 % a 5,0 % 1e 3 0,35 a 1,0 0,2 MPa a 1,3 MPa argila e argila siltosa
Ponto 8
argila siltosa a silte arenoso com uma
(Pré-furo de Camada 2 4,75 a 12,00 3, 4, 5 e 6 3,0 a 100,0 0,2 % a 4,0 % 4, 5, 6, 7 e 8 - 0,20 a 0,50 0,3 MPa a 10,0 MPa
subcamada de areia limpa e areia siltosa.
3,0 m)
Camada 3 12,00 a 15,07 3e 4 6,0 a 11,0 0,6 % a 5,0 % 3, 4, 5, 6 e 7 0,0 a 0,8 0,6 MPa a 2,0 MPa silte argiloso a argila siltosa
75
5.7. Análise do comportamento do solo de acordo com a
proposta de Robertson (1990)
As Figuras 5-22, 5-23, 5-24 e 5-25, mostram os resultados das proposta de Robertson
(1990) para os ensaios dos pontos 2, 3, 5D e 8.
76
Figura 5-22 - Dados das Camadas 1, 2 e 3 do Ponto 2 plotados no ábaco normalizado de
Robertson (1990)
77
Figura 5-23 - Dados das Camadas 1, 2 e 3 do Ponto 3 plotados no ábaco normalizado de
Robertson (1990)
78
Figura 5-24 - Dados das Camadas 1 e 2 do Ponto 5D plotados no ábaco normalizado de
Robertson (1990)
79
Figura 5-25 - Dados das Camadas 1, 2 e 3 do Ponto 8 plotados no ábaco normalizado de
Robertson (1990)
80
As Figuras 5-26, 5-27, 5-28 e 5-29 mostram os resultados de todas as camadas juntas
dos ensaios 2, 3, 5D e 8, com o objetivo de se ter uma visão global dos resultados de
cada ensaio realizado.
81
Figura 5-28 - Dados das camadas 1 e 2 do Ponto 5D plotados na proposta de Robertson
(1990)
Camada 1 3,00 a 4,60 3e 4 6,0 a 12,0 1,3 % a 5 % 3, 4 e 5 6,0 a 12,0 0,05 a 0,25 argila siltosa a silte argiloso
Ponto 2
(Pré-furo de Camada 2 4,60 a 13,00 3 0,2 a 0,8 1,1 % a 7 % 3 0,2 a 0,8 0,10 a 0,80 argila a argila siltosa / normalmente adensada
3,00 m)
Camada 3 13,00 a 14,12 3, 4, 5 e 6 4,0 a 100,0 0,8 % a 8 % 3, 4, 5 e 6 4,0 a 100,0 -0,05 a 0,30 areia siltosa a silte argiloso/normalmente adensada
Camada 1 2,30 a 3,30 2e 3 1,0 a 7,0 1,3 % a 7 % 2e 3 1,0 a 7,0 0,30 a 1,20 argila a argila siltosa
Ponto 3
(Pré-furo de Camada 2 3,30 a 10,20 2, 3 e 4 2,0 a 10,3 0,6 % a 10 % 3, 4 e 5 2,0 a 10,3 - 0,25 a 0,45 argila a argila siltosa / normalmente adensada
2,30 m)
Camada 3 10,20 a 11,68 3e 4 5,0 a 12,0 2,0 % a 4,0 % 3e 4 5,0 a 12,0 - 0,20 a 0,35 argila a argila siltosa / normalmente adensada
Ponto 5D Camada 1 1,80 a 4,00 3, 4 e 5 7,0 a 12,0 1,0 % a 4,0 % 3, 4 e 5 7,0 a 12,0 0,10 a 0,70 argila siltosa / silte argiloso / normalmente adensado
(Pré-furo de
1,80 m) Camada 2 4,00 a 13,29 6 12,0 a 150, 0 0,2 % a 1,5 % 6 12,0 a 150, 0 0 areia limpa a areia siltosa / normalmente adensada
Camada 1 3,00 a 4,75 3 3,0 a 10,0 2,0 % a 6,0 % 1e 3 3,0 a 10,0 0,35 a 1,0 argila a argila siltosa / normalmente adensada
Ponto 8
argila siltosa a silte argiloso / normalmente adensada e
(Pré-furo de Camada 2 4,75 a 12,00 3, 4, 5 e 6 3,0 a 100 0,2 % a 6,0 % 3, 4, 5 e 6 3,0 a 100 - 0,20 a 0,55
uma subcamada de areia limpa a areia siltosa.
3,0 m)
Camada 3 12,00 a 15,07 3 3,0 a 15,0 1,0 % a 8,0 % 3, 4 e 5 3,0 a 15,0 0,0 a 0,80 argila a argila siltosa / normalmente adensada
83
6. Considerações adicionais, conclusões e sugestões para
pesquisas futuras
Apesar da classificação fornecida pelo programa CPeT-IT versão1.7.6.42 ser muito útil,
não pode ser empregada sem a necessária análise adicional dos resultados. Um
exemplo disso é o caso do ponto 8. De fato, há claramente quatro camadas, sendo a
mais superficial e a mais profunda relativas a argilas, de comportamento que se pode
dizer uniforme em cada horizonte. Já a segunda camada, com variação errática de
resistência de ponta e poro-pressão, revela uma camada de material não homogêneo.
Uma programação de ensaios adicionais ao longo do perfil deve se valer dessa
observação. Ou seja, caso de programassem ensaios de palheta (ou amostragem),
estas deveriam ocorrer entre as profundidades de 3 m e 4 m (caso da camada de solo
mole superficial) e 12 m e 15 m (camada de solo mole profundo). Já a camada com
variação errática de resistência de ponta teria resultados de ensaios de palheta
questionáveis.
84
detalhada, com coleta de amostras indeformadas para a realização de ensaios de
laboratório, visando a obtenção dos parâmetros de resistência e deformabilidade, a
profundidade de amostragem deve ser realizada entre as profundidades de 0,50 m a
4,00 m.
Vale ser salientado que, em pelo menos dois dos ensaios de piezocone (Pontos 2 e 3),
há dúvidas quanto à acurácia dos valores de poro-pressão medidos. Isso decorre da
dúvida quanto à identificação correta e prévia (antes da realização do pré-furo) do nível
d´água.
Observa-se, de forma geral pelo aspecto do gráfico, que o transdutor de poro- pressão,
u1, em todos os ensaios realizados, não foi capaz de manter uma perfeita saturação
durante o ensaio. Já o elemento poroso da poro-pressão (u2) foi capaz de manter uma
boa saturação durante os ensaios, nos pontos 5D e 8.
Cabe ser salientado que as pequenas lentes de materiais intercaladas não são
identificadas na sondagem a percussão, sendo este um dos motivos pelos quais o
ensaio de piezocone se mostra uma ferramenta mais apropriada para identificar a
estratigrafia do solo.
85
A Tabela 6-1 adiante resume as propostas analisadas e apresenta a classificação
adotada pelo autor da presente pesquisa.
Assim como em Nejaim (2015), sugere-se que, na próxima versão do programa CPeT-
IT v.1.7.6.42 da Geologismiki, seja criada uma ferramenta ou opção que permita
distinguir camadas de um mesmo perfil ou perfis distintos através de atribuição de cores,
pré-selecionadas pelo operador.
86
Tabela 6-1 – Tabela resumo com as propostas analisadas e classificação adotada
Ensaio de piezocone
sondagem à Adotado pelo
Identificação do ensaio Análise Robertson et al.
percussão Robertson (1990) autor deste
preliminar (1986)
trabalho
Profundidade Classificação do
Ponto Camada Tipo de comportamento do Solo
(m) sondador
argila siltosa com
Camada argila siltosa a silte argila siltosa a silte argila siltosa ou
3,00 a 4,60 areia fina, cinza argiloso
1 argiloso argiloso silte argiloso.
clara
argila siltosa com argila ou argila
argila a argila
Ponto 2 Camada areia fina, com mica argila a argila siltosa,
4,60 a 13,00 argiloso siltosa/normalmente
(Pré-furo 2 e detritos vegetais, siltosa normalmente
adensada
de cinza escuro adensado.
3,00 m) argila siltosa a silte
argila siltosa com
argila siltosa com argiloso/normalmente
Camada argila siltosa a silte lente de areia
13,00 a 14,12 areia fina, cinza argilo-arenoso adensado (presença
3 argiloso siltosa ou areia
claro de lente de areia a
argilosa.
13,5m)
solo fino sensível
Camada argila orgânica argila ou argila
2,30 a 3,30 argiloso ou argila a material argila a argila siltosa
1 siltosa muito mole orgânica mole
orgânico
Ponto 3 argiloso com argila ou argila
argila a argila siltosa/
(Pré-furo Camada argila orgânica duas lentes de argila a argila siltosa,
3,30 a 10,20 normalmente
de 2 siltosa muito mole material mais siltosa normalmente
adensada
2,30 m) resistente adensada
argila a argila argila siltosa
Camada Argila com areia fina silte argiloso a
10,20 a 11,68 argiloso siltosa/normalmente normalmente
3 muito mole argila siltosa
adensada adensada.
87
Tabela 6-1 – Tabela resumo com as propostas analisadas e classificação adotada (cont.)
Adotado pelo
sondagem à Análise Robertson et al.
Identificação do ensaio Robertson (1990) autor deste
percussão preliminar (1986)
trabalho
Profundidade Classificação do
Ponto Camada Tipo de comportamento do Solo
(m) sondador
argila ou argila
argila/silte
Camada argila siltosa muito argila a argila siltosa mole,
Ponto 5D 1,80 a 4,00 argiloso argiloso/normalmente
1 mole siltosa normalmente
(Pré-furo adensada
adensada
de
argila siltosa muito areia limpa a areia
1,80 m) Camada areia limpa a areia Areia ou uma areia
4,00 a 13,29 mole/areia(fina a arenoso siltosa/normalmente
2 siltosa siltosa
média) pouco siltosa adensada
argila ou uma
argila siltosa com argila a argila siltosa/
Camada argila a argila argila siltosa
3,00 a 4,75 areia fina, com mica argiloso normalmente
1 siltosa normalmente
e turfa adensada
adensado mole
Argila siltosa a silte argila siltosa ou
argila siltosa a silte
argiloso/normalmente silte argiloso com
Ponto 8 Argila siltosa com argiloso com uma
adensada e uma uma subcamada
(Pré-furo Camada areia fina com mica/ argiloso com subcamada (prof
4,75 a 12,00 subcamada (prof (prof. 11,00 a
de 2 areia média com lentes de areia 11,00 a 12,00 ) de
11,00 a 12,00 ) de 12,00 ) de areia
3,0 m) mica areia limpa a areia
areia limpa a areia limpa ou areia
siltosa.
siltosa siltosa
argila ou argila
argila a argila siltosa/
Camada Argila siltosa com silte argiloso a siltosa
12,00 a 15,07 argiloso normalmente
3 areia fina com mica argila siltosa normalmente
adensada
adensada
88
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8. Anexo
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8.2. Boletins de Sondagem do Ponto 3
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8.3. Boletins de Sondagem do Ponto 5D
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8.4. Boletins de Sondagem do Ponto 8
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