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INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

RENATA MARTINS

ÉTICA E LEGISLAÇÃO NA SAÚDE.

TAUBATÉ
2019
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RENATA MARTINS

ÉTICA E LEGISLAÇÃO NA SAÚDE.

Trabalho elaborado para o curso


de MBA Executivo Gestão em
Saúde do IBEC – Polo Taubaté,
para a disciplina de Logística
Aplicada á Saúde.

TAUBATÉ
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2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................ 1
2. DESENVOLVIMENTO .................................................... 3
2.1 Logistica Hospitalar ....................................................... 3
2.2 Fluxo de Insumos........................................................... 5
2.3 A Importância da Logistica Hospitalar;........................... 7
2.4 Logistica de Medicamentos............................................ 9
3. CONCLUSÃO ................................................................. 12
REFERÊNCIAS ................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO

A Ética é um ramo da Filosofia e resulta na Filosofia Moral ou pensar filosófico


acerca da moralidade, dos problemas morais e dos juízos morais. Normas e noções
de moralidade abrangem atitudes e comportamentos emergentes em decisões sobre
problemas que poderiam ser resolvidos no modo regular tradicional ou legalmente
estabelecido.
A enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos
científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais,
éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na
prestação de serviços à pessoa, família e coletividade, no seu contexto e
circunstâncias de vida. O aprimoramento do comportamento ético do profissional
passa pelo processo de construção de uma consciência individual e coletiva, pelo
compromisso social e profissional configurado pela responsabilidade no plano das
relações de trabalho com reflexos no campo científico e político.
Segundo Padilha (1995), ética é o conjunto de princípios morais, valores, que
regulamentam os direitos e deveres de cada cidadão e que são estabelecidos e
aceitos por um povo em um determinado tempo. A palavra moral, segundo
Aranguren (1994), possui diferentes sentidos, sendo associada ao comportamento
humano, que se refere a bem ou mal. Muitas vezes moral é confundida com ética,
no entanto, aquela diz respeito aos valores, aos costumes, às crenças, às culturas,
àquilo que é considerado 'normal', 'padronizado', dentro de uma comunidade.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Definição de Ética e Moral.

No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está


associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o
comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras,
tabus e convenções estabelecidas por casa sociedade.

Definição de Ética.
O termo Ético refere-se aos padrões de conduta moral, isto é, padrões do
comportamento relativos aos pacientes ao empregador e aos colegas de trabalho.
Ter boa capacidade de discernimento significa o que é certo e o que é errado, e
como agir para chegar ao equilíbrio.

Definição de Moral;

Moral é

O conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada


cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus
julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas
responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem,
determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de

agir e de se comportar em sociedade.

tualmente é fato que para a sociedade e, principalmente, para os usuários do


serviço médico-hospitalar que os hospitais precisam estar preparados para cuidar de
grandes demandas. Diante de situações assim, críticas, que a competência da
empresa hospitalar e sua gestão são comprovadas. Assim, a área de gerenciamento
de estoque e os seus fluxos devem estar organizados para atender as necessidades
dos pacientes, em especial dos que entram pelo serviço de emergência ou pronto
atendimento, visto que estes chegam sem hora marcada. Essa demanda coloca o
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serviço médico-hospitalar na lista das atividades mais complexas no mercado,


responsável por preservar a saúde e a vida dos pacientes (EMMANUEL,2009).

É necessário que se adote constantemente inovações no sistema de logística de


insumos de qualquer hospital, este fato está extremamente relacionado a um fato
muito sensível, que significa o quanto o hospital é eficiente e eficaz em sua
atividade, onde muitas vezes estes fatores influenciam diretamente na vida do
paciente (EMMANUEL,2009).

A logística hospitalar hoje representa um dos maiores desafios da gestão


hospitalar, principalmente no que diz respeito ao tamanho da sua importância em
atender às necessidades do hospital e dos clientes, seja no serviço de apoio,
higienização, lavanderia, manutenção, bem como os auxiliares de diagnósticos,
hemodiálise, centro cirúrgico, banco de sangue, especialidades médicas e tantos
outros que estão envolvidos na assistência do paciente (SOUZA,2013).

É necessário mudar a cultura da logística nos hospitais atuais que, em grande


parte, não demandam a importância necessária para a área de gerenciamento de
estoques e seus fluxos. A grande preocupação é até que ponto essa falta de atenção
por parte dos gestores podem levar a perdas irrecuperáveis na qualidade da
prestação dos serviços médico-hospitalares, e também pode provocar prejuízos
financeiros irreparáveis para essas organizações (SOUZA,2013).

Um dos principais objetivos dos hospitais é o de melhorar a condição da saúde


de seus pacientes e para que isso ocorra é necessário que existam e utilizem
ferramentas de gestão capazes de minimizar os impactos que podem ser gerados
durante um atendimento ou uma internação. A logística hospitalar, é uma ferramenta
de gestão que pode garantir que todos os recursos necessários para o tratamento
dos pacientes estejam disponíveis no lugar certo e na hora certa. Para que isso
ocorra é necessário um eficiente esquema de planejamento das atividades de
compras, armazenagem, gerenciamento de materiais em estoque, bem como na
distribuição desses materiais destinados ao uso em atividades hospitalares, é
necessário um fluxo bem descrito e de conhecimento de todos da instituição
(LORENI,2010).
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Quando se tem um bom sistema de gerenciamento dessas atividades isso faz


com que minimizem os elevados custos com a manutenção desses estoques. É
muito comum em qualquer hospital o uso contínuo de uma vasta quantidade e
variedade de materiais de uso técnico específico. O responsável por toda essa
atividade necessita possuir um amplo conhecimento sobre o manuseio e
gerenciamento desses itens, caso não possua, podem ser gerados grandes
impactos para quem manipula diretamente os materiais e também para quem utiliza
os serviços prestados (LORENI,2010).

Atualmente não é comum encontrar profissionais que dominem e possuam


habilidades para planejar, executar e analisar todas as atividades de forma
sistematizada da cadeia de insumos, isso resulta em problemas quanto ao
armazenamento inadequado, erros de estoque, fluxo de entrada e saída de insumos,
erros no recebimento, esquecimento e atraso na emissão de documentos
necessários para entrada e saída de insumos (LORENI,2010).

A logística hospitalar vem sendo reconhecida em todo território e está com cunho
competitivo entre as instituições, uma cadeia de insumos bem descrita e
sistematizada possibilita uma redução de custos significativamente para empresa.
Se a instituição utilizar corretamente os fluxos logísticos que estão pré-definidos isso
resultará no aumento produtividade das empresas, que por meio da otimização das
estratégias de suprimento, armazenagem e distribuição de bens e serviços, tornam-
se mais eficazes e eficientes (EMMANUEL,2009).

2.2 Fluxo de Insumos

2.2.1 Processo de Compras

O processo de compras inclui atividades relacionadas com a obtenção de


produtos ou materiais de fornecedores externos. Abrange a compra e a organização
da movimentação de entrada de materiais, incluindo a execução do planejamento de
recursos, localização de fonte de fornecimento, negociação, colocação de pedidos,
transporte de saída, recebimento e inspeção, armazenagem e manuseio, e, garantia
de qualidade. A função do setor de compras tem um papel estratégico nos negócios
devido ao volume de recursos envolvidos. A função do setor de compras deve ser
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vista como parte do processo de logística das empresas, podendo assumir outros
papéis também, como a negociação de preços com os fornecedores. Essa
negociação pode determinar o preço final dos produtos e serviços e a
competitividade da empresa (LORENI,2010).

Os objetivos de compras devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da


empresa, visando o melhor atendimento ao cliente interno e externo. O profissional
de logística visualiza oportunidades para redução de custos substanciais nas
atividades de compra, especialmente na sincronização dos fluxos de materiais, na
determinação das quantidades compradas, na origem dos materiais e na negociação
de preço. São questões fundamentais o que, quanto, quando e como comprar. O
processo de compras relaciona-se com quatro objetivos, que são preços baixos,
continuidade de fornecimento, qualidade consistente e relações favoráveis com o
fornecedor. O processo de compras tem por finalidade suprir as necessidades de
materiais ou serviços, assegurando que os materiais exigidos estejam à disposição
nas quantidades certas, nos períodos desejados e pelo preço mais
favorável(LORENI,2010).

Outro ponto importante neste processo é o estoque, a quantidade de estoque


depende do setor em que a empresa atua e da sazonalidade temporal. Para isso, é
preciso um planejamento de estoque, que consiste num controle das quantidades de
materiais que entram e saem, as épocas em que ocorrem e o tempo que decorre
entre essas épocas com os pontos de pedidos de materiais, além de uma
retroalimentação sobre o planejamento, que é a comparação dos dados de controle
com os dados do planejamento, a fim de constatar seus desvios e determinar as
causas. O objetivo dos estoques é de otimizar os investimentos em materiais,
aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa e minimizando as
necessidades de capital investido em estoques (LORENI,2010).

2.2.2 Processo de Armazenagem

A movimentação física de materiais é outro ponto de interesse vital para o


administrador de materiais. O recebimento de uma empresa é um conjunto lógico e
combinado de cinco elementos principais: espaço físico, recursos de informática,
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equipamentos de carga e descarga, pessoas e procedimentos normatizados


(LORENI,2010).

A armazenagem, uma das áreas mais tradicionais da logística, tem passado por
profundas transformações, por isso exige uma nova abordagem gerencial. Essas
mudanças refletem-se na adoção de novos sistemas de informação aplicados ao
gerenciamento da armazenagem, em sistemas automáticos de movimentação e
separação de produtos e até na revisão do conceito do armazém como uma
instalação cuja finalidade principal é a estocagem de produtos, podendo também
oferecer serviços de valor agregado(LORENI,2010).

O objetivo da armazenagem é utilizar o espaço da maneira mais eficiente


possível, obtendo, entre outros benefícios, a máxima utilização do espaço e o pronto
acesso a todos os itens, sendo que este processo depende também dos modelos de
fluxos de materiais. Para maximizar a produtividade e minimizar custos, deve-se
observar a utilização máxima do espaço cúbico, garantindo acesso imediato a todos
os pontos e utilizar de forma eficaz os equipamentos e a mão de obra
(LORENI,2010).

Para facilitar a localização dos itens em estoque, é indicado agrupar itens


funcionalmente relacionados; agrupar itens de giro rápido e agrupar itens
fisicamente semelhantes. A movimentação de materiais deve fazer fluir
eficientemente os produtos dos fornecedores para os pontos de venda e, ainda,
permitir a execução da logística reversa. Mercadorias podem ser devolvidas por
várias razões. É necessário também considerar o custo e o impacto da logística
reversa, pois envolvem pallets, caixas e materiais de embalagem, bem como
mercadorias avariadas ou obsoletas (LORENI,2010).

2.2.3 Processo de Distribuição

A distribuição é a articulação de processos otimizados para o fornecimento dos


produtos, de acordo com as necessidades e expectativas dos clientes e
consumidores. A distribuição envolve a movimentação de produtos acabados para
entrega aos clientes, incluindo o recebimento e processamento de pedidos externos,
movimentação e manuseio de bens e serviços dos pontos de origem aos pontos de
uso ou consumo (LORENI,2010).
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A atividade de transporte executa este movimento gerando os fluxos físicos dos


mesmos ao longo dos canais de distribuição que também são relacionados com a
movimentação das unidades de transporte. Além disso, um canal logístico reverso
precisa ser igualmente administrado, pois a vida de um produto, do ponto de vista da
logística, não se encerra com a entrega ao consumidor. Produtos tornam-se
obsoletos, danificados ou inoperantes e são devolvidos aos seus pontos de origem
para conserto ou descarte (LORENI,2010).

O objetivo da administração da distribuição é criar e operar um sistema de


distribuição que atinja o nível exigido de atendimento aos clientes, possivelmente,
aos menores custos, e para atingir tal objetivo, todas as atividades envolvidas no
transporte e armazenamento de produtos devem ser organizadas em um sistema
integrado. Esta integração é fundamental, pois, a distribuição física representa uma
despesa, ou seja, não agrega nenhuma melhoria ou valor ao produto, e é um custo
que consome certa percentagem do valor das vendas (LORENI,2010).

2.3 A Importância da Logística Hospitalar

Exercer o controle sobre o giro de estoque é uma necessidade das


instituições, a logistica é uma área importante para o funcionamento das instituições
de modo geral, sendo ainda mais importante para as empresas de saúde por lidarem
com a preservação da vida (PEREIRA, 2012).

Com a chegada das inovações tecnológicas, as ferramentas de gestão de


suprimentos evoluíram tanto que já são efetivamente determinantes na melhoria dos
serviços prestados pelos hospitais. Casos de sucesso demonstram que a economia
e os ganhos em qualidade assistencial são frutos de um sistema de abastecimento
racionalizado, que envolva automatização e controle por meio de softwares e de
profissionais bem capacitados no que se refere à utilização dos recursos adotados
(PEREIRA, 2012).

A gestão de suprimentos é uma aliada ao uso eficiente dos insumos. E é por


isso que a implementação dos conceitos de logística para a administração da cadeia
de suprimentos tem se tornado condição indispensável para a organização e a
produtividade dos hospitais (EMMANUEL,2009).
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Em termos de logística, é importante garantir que insumos estejam


disponíveis na quantidade necessária, com segurança e sob custos adequados,
assegurando que o uso dos materiais seja fluido. Este processo engloba,
basicamente, solicitar material, comprar, receber, conferir, cadastrar no almoxarifado
e armazenar, sendo ainda necessário verificar as solicitações de consumo de acordo
com cada setor do hospital, preparar o pedido, realizar a entrega e registrar a saída
(EMMANUEL,2009).

Possibilidades de rastreamento, por exemplo, permitem que se faça a


conferência do percurso do medicamento por meio da leitura de códigos de barras
no próprio produto, no crachá do profissional que o administra e na pulseira do
paciente (PEREIRA, 2012).

. Um dos principais problemas enfrentados nesse contexto diz respeito ao


desperdício de insumos quando os materiais ou medicamentos continuam a ser
destinados aos pacientes embora eles tenham recebido alta ou até chegado a óbito.
Há também casos em que o estoque completo, apesar de ter um valor elevado,
simplesmente não contém um determinado tipo de medicamento. Assim, em virtude
de altas quantias terem sido destinadas à composição desse estoque, não há
dinheiro disponível para a aquisição imediata do medicamento necessário
(EMMANUEL,2009)..

O controle dos descartáveis é outro motivo relevante para manter uma


rigorosa gestão sobre o estoque, afinal, são materiais com prazos de vencimento
mais curtos. Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) são outros insumos
que exigem mais cuidado, pois possuem custos elevados e costumam ser objetos
de glosa por parte das operadoras. E esse controle implica em monitoramento
cuidadoso, afinal, além de valiosos, são produtos delicados que devem ser
devolvidos em perfeito estado quando não utilizados (LORENI,2010).

Manter o controle também ajuda em situações de recall, possibilitando que


logo se identifique os indivíduos expostos a produtos com problemas em sua
composição. Além disso, uma logística de ponta permite o controle de estoque com
o devido conhecimento sobre as demandas particulares do hospital, mantendo o
volume de materiais disponíveis na proporção da necessidade. O objetivo é
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minimizar custos, já que o armazenamento inevitavelmente gera


despesas(LORENI,2010)..

Uma logística de ponta possibilita também que a instituição planeje melhor a


compra de insumos, proporcionando mais agilidade no abastecimento dos setores,
mais segurança para os pacientes e, ainda, a possibilidade de rastreamento quando
necessário. Isso sem contar que traz mais transparência para a administração da
empresa de saúde como um todo (LORENI,2010)..

Insumos geridos sem organização e controle trazem grandes riscos à


instituição, podendo também afetar a segurança dos pacientes, que algumas vezes
passam por situações de erro cometidas na administração dos medicamentos. Por
essas e outras, o melhor é que o investimento em logística hospitalar seja visto
como prioridade pelos gestores. E como a efetividade operacional é fator
indispensável para a manutenção da estrutura de uma empresa de saúde, é
justamente a logística aprimorada que dará suporte à fluidez dos processos,
impedindo que não existam medicamentos em excesso, tampouco que faltem
(LORENI,2010).

2.4 Logistica de Medicamentos

Logística de medicamentos é o acompanhamento e controle dos insumos


dentro da instituição de saúde, do almoxarifado à entrega ao paciente, passando por
farmácias centrais, satélites e ambulatoriais, feito de forma informatizada e com
equipe especializada. Com rastreabilidade do estoque ao consumo. Já a logística
reversa trata do retorno de produtos não utilizados para o fornecedor e inclui
também o estorno contábil e financeiro destes insumos. Então, se um paciente não
tomou um medicamento separado para ele por qualquer que seja o motivo, haverá
um controle exato e o hospital conseguirá saber quem devolveu o produto
(BARBOSA, 2015).

A logística farmacêutica é o gerenciamento da cadeia de abastecimento,


seguindo-se três etapas: armazenamento, transporte e fornecimento. Apoiada na
rastreabilidade, a logística farmacêutica reduz os prejuízos com roubo de cargas e
furtos, por exemplo, e aumenta a segurança do paciente, evitando erros de
prescrição e administração de medicamentos (SOUZA,2013)..
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A unitarização de medicamentos é o fracionamento dos medicamentos em


doses individuais, embalados e rotulados para que sejam diretamente administrados
ao paciente, na apresentação, horário, quantidade e período prescritos pelo médico.
A unitarização torna o uso do medicamento mais rápido e seguro e previne
desperdícios e extravios (EMMANUEL,2009).

.Considerados os insumos mais caros e com maior possibilidade de glosa


pelas operadoras, as Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) precisam de
cuidados diferenciados dentro do ambiente hospitalar com o objetivo de garantir que
serão utilizados na quantidade correta e que, em caso de consignação, os materiais
não utilizados serão devolvidos adequadamente ao fabricante, evitando-se furtos e
extravios (EMMANUEL,2009).

O rastreamento dos insumos da origem até a aplicação no paciente usa


ferramentas de automação, como códigos de barras tradicionais. Esta é uma forma
de garantir que o paciente certo recebeu o produto certo no momento certo, além de
permitir mais facilmente a identificação de medicamentos em caso de recall, por
exemplo. No Brasil, há cerca de mil recalls por ano e, sem rastreabilidade, a tarefa
de identificar os pacientes que tomaram medicamentos não adequados é
praticamente impossível (BARBOSA, 2015).

A segurança do paciente deve ser garantida por meio de ações que evitem
morbidade e mortalidade e, mais uma vez, a logística de insumos mostra-se uma
aliada do hospital. Hoje, os erros de administração de medicamentos chegam a
33%, mas podem ser evitados com a correta identificação dos produtos e a
conferência com os dados do paciente na beira do leito (SOUZA,2013).

A Resolução da Diretoria Colegiada nº 59 (RDC 59) foi criada em 2000, para


que os fornecedores de produtos médicos instituíssem Boas Práticas de Fabricação,
como forma de melhorar a qualidade em seus processos e controlar mais
adequadamente os fatores de risco à saúde. A RDC trata de controle, compra,
fabricação, embalagem, rotulagem, assistência técnica e instalação e abrange
produtores nacionais e importadores, que devem também criar seus próprios
sistemas de qualidade. As empresas certificadas são analisadas por seus processos
de armazenamento, distribuição, transporte e rastreabilidade (LORENI,2010).
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3 CONCLUSÃO

A logística para a gestão hospitalar é de grande importância, os processos


logísticos precisam estar integrados para que os produtos, medicamentos ou
equipamentos médicos estejam prontos para serem utilizados e no local certo.
Porém encontramos dificuldades na gestão de compras, de estoques e de
movimentação de materiais e de equipamentos médico-hospitalares. Temos
limitações e dificuldades na gestão, sendo necessário um aperfeiçoamento nas
atividades em geral dos setores da cadeia de insumos. Além de problemas com a
gestão durante todos os processos do hospital, há ainda a influência de problemas
externos ao setor com os fornecedores, por exemplo, estas influencias precisam
estar bem claras e problemas sanados para que a gestão flua e consiga atender a
todas às necessidades da instituição e dos clientes.
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Com o passar do tempo a logística teve seu espaço ampliado e hoje é


considerada uma importante ferramenta para a competitividade entre as empresas.
Podemos perceber que nos hospitais a logística passou por muitas transformações,
e as discussões mais atuais buscam implementar técnicas adequadas de gestão de
estoques sem diminuir a qualidade do serviço de saúde prestado aos pacientes.

Nos hospitais existe uma alta atenção na busca de melhores medicamentos,


equipamentos, diagnósticos e tratamentos, para promover uma resolutividade e
qualidade maior aos pacientes, mas também existe uma grande preocupação em
administrar e estruturar bem os recursos e processos para que minimizem os custos
mas não percam a qualidade.

Posso concluir que para o hospital realizar uma gestão eficaz de sua cadeia de
insumos é necessário tomar medidas com o objetivo de produzir melhorias
contínuas, aumentar resolutividade, diminuir custos dentro da logística hospitalar
interna do hospital.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, K.S.S. Gerenciamento de farmácia hospitalar: otimização da qualidade,


produtividade e recursos financeiros. Revista Saúde e Desenvolvimento. vol. 7,
n.4, jan – dez 2015.

EMMANUEL, R.M. et al. Logística hospitalar: um estudo sobre as atividades do setor


de almoxarifado em hospital púbico. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, v. 2, n. 1, p. 59-
79, jan./abr. 2009.

LORENI,T. et al. Gestão hospitalar e a logística: um estudo de caso. Revista


Ciências Sociais. São Paulo,v.8, n.14, p.65, jan/mai. 2010.

PEREIRA, S.R. et al. Sistemas de Informação para Gestão Hospitalar. J. Health


Inform.; v.4, n.4,p. 170-5, Out-Dez 2012.

SOUZA, P.X. et al. Logística Hospitalar: Um Estudo de Caso Diagnóstico das


Dificuldades na Gestão Logística do Setor de Engenharia Clínica. Revista
Eletrônica de Administração, v. 12, n.1, ed. 22, jan-jun 2013.
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