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CARBOIDRATOS NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES

Prof. Dr. Júlio César Teixeira1


Gustavo Augusto de Andrade2

6.1 INTRODUÇÃO

As forragens são a “fundação na qual economicamente são


construídas as rações dos ruminantes”. O papel primário das forragens é
prover fibra. A fibra provém fonte de carboidratos usados como fonte de
energia pelos microrganismos do rúmen. Os ácidos graxos voláteis
produzidos durante a fermentação ruminal são as principais fontes de
energia para o animal. A fibra também é essencial para estimular a
mastigação e ruminação. As forragens também provêm vários nutrientes,
como proteína e minerais.
As forragens são as principais fontes de nutrientes na nutrição de
ruminantes. Além da proteína e energia, as forragens provêm a fibra
necessária nas rações para promover a mastigação, ruminação e saúde do
rúmen. Na formulação de dietas para bovinos, a qualidade e a quantidade
de forragens é o primeiro fator a ser analisado no atendimento das
exigências nutricionais e de fibra. Os componentes concentrados são
usados para complementar as contribuições nutricionais das forragens. A
importância das forragens como a fundação das dietas de bovinos leiteiros
foi ilustrada recentemente por Lundquist em uma pirâmide de alimentação
para bovino leiteiro (Figura 1).

1
Professor Titular do DZO/UFLA - Pós Doctor em Nutrição de Ruminantes.
2
Doutorando em Zootecnia - DZO/UFLA.
Júlio César Teixeira

Figura 1. Pirâmide da alimentação. (Adaptada de Linn e Kuehn, 1997).

As forragens afetam as rações de ruminantes de dois modos: 1)


pela contribuição com nutrientes para a dieta, e 2) pelo impacto deles nos
custos da ração. A qualidade de uma forragem afeta sua habilidade para
contribuir com nutrientes para a dieta. Forragens de alta qualidade pode
prover mais nutrientes e terá uma taxa de inclusão maior em dietas que
forragens de baixa qualidade.
Os carboidratos são os principais constituintes das plantas
forrageiras, correspondendo de 50 a 80% da MS das forrageiras e cereais.
As características nutritivas dos carboidratos das forrageiras dependem dos
açúcares que os compõem, das ligações entre eles estabelecidas e de
outros fatores de natureza físico-química. Assim, os carboidratos das
plantas podem ser agrupados em duas grandes categorias conforme a sua
menor ou maior degradabilidade, em estruturais e não estruturais,
respectivamente (Van Soest, 1994).

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Os carboidratos não estruturais, inclui os carboidratos encontrados


no conteúdo celular tais como os mais simples, como glicose e frutose, e os
carboidratos de reserva das plantas, como o amido, a sacarose e as
frutosanas.
Os carboidratos estruturais incluem aqueles encontrados
normalmente constituindo a parede celular, representados principalmente
pela pectina, hemicelulose e celulose, que são normalmente os mais
importantes na determinação da qualidade nutritiva das forragens (Van
Soest, 1994).

Carboidratos das plantas

Conteúdo Parede
celular
celular

Ácidos Mono+Oligos Amidos Frutanas Substâncias Hemicelulose Celulose


orgânicos sacarídeos pécticas

Galactanos

β - glucanos FDA

FSDN FDN

Substâncias não
amiláceas Polissacarídeos

CSDN

Figura 2. Carboidratos das plantas. FDA = fibra em detergente ácido, FDN = fibra
em detergente neutro, CSDN = carboidratos solúveis em detergente
neutro, FSDN = fibra solúvel em detergente neutro, Açúcares = mono e
oligossacarídeos. Lignina em FDA e FDN não está incluída porque ela
não é um carboidrato (Adaptado de Hall, 2001).

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6.2 CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS

Desde os idos de 1800, carboidratos que não fibra bruta ou fibra


solúvel em detergente neutro (FSDN) têm sido calculados ou estimado por
diferença. Estes carboidratos foram chamados de extrativos não
nitrogenados (ENN e mais recentemente de carboidratos não fibrosos
(CNF). Os CNF continuam a ser calculados, preferentemente, que
analisados diretamente, devido aos vários tipos de carboidratos incluídos
nesta fração (Figura 2).
A falta de métodos ou problemas com ensaios para carboidratos
individuais tornam impraticável a medida individual de CNF e a soma dos
componentes. Geralmente, o conteúdo de CNF dos alimentos é calculado
baseado nas porcentagens de nutrientes subtraídos de 100% de matéria
seca (MS):

CNF% = 100% - (PB% + FDN% + EE% + Cinzas%)


ou
CNF% = 100% - [PB% + (FDN% - PBFDN%) + EE% + Cinzas%]

Onde:
PB= proteína bruta, EE=extrato etéreo, FDN=fibra em detergente neutro e
PBFDN= proteína bruta insolúvel em detergente neutro.

Segundo Hall (2001), embora a primeira equação seja mais


comumente usada, a segunda equação é preferida, porque ela corrige a
FDN para proteína bruta (PBFDN) e evita que se subtraia a PBFDN duas
vezes (como parte de PB e da PBFDN). Efetivamente, a fração CNF
incluem quaisquer carboidratos solúveis em detergente neutro.
A fração de carboidratos dos alimentos mais prontamente
digestível carece ainda de um sistema satisfatório de classificação, embora
eles representem a principal fonte de energia produzida pelos componentes

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dos alimentos. A falta de uma definição adequada é em parte uma função


da diversidade da fração química bem como da falta de pesquisa básica na
especificidade de suas características nutritivas. Os carboidratos não
estruturais são aqueles carboidratos não incluídos na matriz da parede
celular e não são recuperados na fração de fibra em detergente neutro
(FDN). Por esta definição, os carboidratos não estruturais são compostos de
açúcares, amido, ácidos orgânicos e outros carboidratos de reserva como
frutanas.
Carboidratos não estruturais podem também ser classificados
como solúveis em água (incluindo monossacarídeos, dissacarídeos,
oligossacarídeos e algum polissacarídeo) e polissacarídeos maiores que
são insolúveis em água. Carboidratos não estruturais solúveis em água,
como açúcares (glicose e frutose) e dissacarídeos (sacarose e lactose) são
rapidamente fermentados no rúmen e inclui uma fração significante de
alguns alimentos usados na dieta dos ruminantes (melaço, polpa de
beterraba, soro de leite, etc).
O conteúdo de açúcar em gramíneas e leguminosas são
extremamente variáveis e podem exceder até 10 % da matéria seca (MS),
mas em forragens conservadas, como fenos, pré-secados e silagem as
concentrações são baixas devido as perdas na fermentação e respiração.
Gramíneas temperadas armazenam frutanas em folhas e talos. Desta
forma, apesar da fração de carboidrato solúvel em água ser alto em alguns
alimentos individuais, as concentrações são geralmente baixas nas dietas
dos ruminantes.
Galactanas são carboidratos de armazenamento em leguminosas,
e as glucanas são encontradas em farelos ( trigo, cevada, aveia, centeio) e
na parede celular de gramíneas (Aman e Hesselman, 1985; citados por Hall,
2001).
Pectinas são carboidratos associados com a parede celular mas
não é covalentemente unida às porções lignificadas e são digeridas
completamente no rúmen (90 a 100 %). As concentrações de pectina são
altas em polpa cítrica, polpa de beterraba, casca de soja, e em

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leguminosas, mas geralmente é baixa em gramíneas (Allen e Knowlton,


1995; citados por Hall, 2001).
O amido é o principal carboidrato de armazenamento na maioria
dos grãos de cereais. Ele é composto de duas moléculas principais: amilose
e amilopectina. A amilose é um polímero linear de 1-4, unidades de D-
glicose, enquanto a amilopectina é um polímero ramificado com cadeias
lineares de D-glicose que tem um ponto de “quebra” a cada 20 a 25
unidades de glicose. A maioria das forragens contém pequena quantidade
de amido com exceção de silagem de grãos, como silagem de milheto (10 a
20 % da MS), silagem de sorgo (25 a 35 %) e silagem de milho (25 a 35 %
da MS). A degradação ruminal do amido é extremamente variável, da ordem
de 40 a 90 %, dependendo de fonte, processamento e outros fatores.
Segundo Hall (2001), um ponto fraco do cálculo de CNF é que ele
coloca todos os carboidratos solúveis em detergente neutro (CSDN) em um
único “pool”. Este grupo, nutricionalmente diverso, inclui tanto carboidratos
estruturais (parede celular), como carboidratos não estruturais (conteúdos
celulares), conforme mostrado na Figura 1, e carboidratos fibrosos e não
fibrosos (Figura 3). A fibra, neste caso é definida, nutricionalmente, como
carboidrato não digestível por enzimas de mamíferos. As únicas ligações de
carboidratos que as enzimas de mamíferos hidrolizam são aquelas na
sacarose, amido e lactose, deixando todos os outros carboidratos
polimerizados indigestíveis, exceto por microrganismos.
Os ácidos orgânicos não são carboidratos, mas são,
frequentemente, agrupados com CSDN a fim de descrever os componentes
do alimento. Diferentes CSDN tendem a predominar em diferentes
alimentos (Tabela 1).

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Digeridos por Ácidos


enzimas de orgânicos
mamíferos
Açúcares Fermenta
Amidos potencialmente
a ácido lático
Frutanas
Sustenta o
crescimento Substâncias Fermentação
microbiano pécticas reduzida em pH
β-Glucanos baixo
Figura 3. Características nutricionais de carboidratos solúveis em fibra em
detergente neutro (Adaptado de Hall, 2001).

De acordo com Hall (1999), as taxas de Fermentação Típica das


frações de carboidratos solúveis em detergente neutro são: ácidos
orgânicos, ainda não claramente definido, mas em alguns casos
considerada como 0 %; açúcares, de 80 a 350 %/h; amido de 4 a 30 %/h,
fibra solúvel em detergente neutro, de 20 a 40 %/h. Segundo a
pesquisadora, a casca de soja apresenta uma taxa de degradação da FSDN
de 4%/h.

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TABELA 1. Biodisponibilidade dos componentes de forrageiras (Adaptado de Van


Soest, 1994)

Componente Digestibilidade Fator Limitante a


Verdadeira, %
CLASSE I
Carboidratos solúveis 100 Ingestão
Amido 90 ou + Passagem, com perda fecal
Ácidos Orgânicos 100 Ingestão e ou toxicidade
Proteína 90 ou + Fermentação b
Pectina 98 Fermentação c
CLASSE 2
Celulose Variável d Lignificação, silicificação, cutinização
Hemicelulose Variável d Lignificação, silicificação, cutinização
CLASSE 3
Lignina Indigestível Limita uso da parede celular
Cutina Indigestível Limita uso da parede celular
Sílica Indigestível Limita uso da parede celular
e
Taninos, óleos essenciais, polifenois Indisponível Inibe proteases e celulases
Classe 1 = completamente disponível; Classe 2 = parcialmente indisponível devido
a Lignificação; Classe 3 = indisponível. a – primeiro fator limitante relativo a
utilização animal; b – fermentação pode variar pelo catabolismo a AGVs e amônia; c-
pectina pode ser usada somente pela fermentação microbiana a AGVs e outros
produtos microbianos; d – fermentabilidade da celulose e hemicelulose é limitada
pela Lignificação; e – componentes com baixo peso molecular podem ser absorvidos
mas são excretados na urina sem serem utilizados.

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TABELA 2. Valores de composição de alguns alimentos em frações de carboidratos


não estruturais de análises realizadas na Universidade da Flórida.
Adaptado de (Hall, 2000)

Ácidos Fibra
Cinza PB FDN Açúcares Amido
Alimento orgânicos solúvel
% MS
Feno de Alfafa 9,8 21,0 37,8 0,0 5,8 1,9 16,8
Silagem de Alfafa, integral 9,5 19,1 45,5 10,4 1,8 0,7 12,1
Haste de alfafa, madura 7,8 12,4 58,0 4,6 7,2 0,3 10,8
Haste de alfafa, imatura 14,0 18,5 32,9 - - 0,4 16,9
Folha de alfafa, matura 10,5 31,5 22,2 - - 1,0 18,4
Folha de alfafa, imatura 9,2 29,3 18,6 9,1 10,2 3,4 19,4
Polpa cítrica 6,7 7,2 22,1 9 26,5 1 32,9
Silagem de milho (inteiro), 4,9 7,5 50,9 10,6 0,9 18,9 4,3
Silagem de milho (inteiro) 3,8 7,0 41,8 7,9 0,3 30,4 5,8
Casca de algodão - - - - - <1 4
Casca de soja 4,2 9,8 69,0 <1 <1 1 17,4
Polpa de beterraba 8,9 8,0 44,6 0,4 12,8 0 30,0
Feno de Timothy 5,0 8,2 67,3 4,4 9,1 0,4 6,4

A acumulação de carboidratos solúveis nos tecidos das plantas


ocorre quando a taxa de formação de glicose, durante o processo
fotossintético, excede a quantidade necessária ao crescimento e respiração.
Quantitativamente, o carboidrato não estrutural mais importante dos
alimentos é o amido; entretanto, seus níveis nas partes aéreas das plantas
forrageiras são muito reduzidos. Contrariamente ao que ocorre com
gramíneas e leguminosas de clima temperado, que acumulam
principalmente sacarose e frutosanas, e em menor proporção o amido,
especialmente no caule, as espécies de clima tropical acumulam
principalmente amido e sacarose, encontrados tanto nas folhas quanto nos
caules. O amido acumulado por estas espécies apresenta-se com
solubilidade bem mais reduzida, que por exemplo o amido acumulado nas
raízes e sementes, devido ao elevado conteúdo de amilopectina.
Quantitativamente, esse acúmulo de amido e demais carboidratos não

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estruturais na parte aérea de gramíneas e leguminosas tropicais mostra-se


insignificante para a maioria das espécies (Norton, 1982).

6.3 CARBOIDRATOS ESTRUTURAIS

A natureza e concentração dos carboidratos estruturais da parede


celular são os principais determinantes da qualidade dos alimentos
volumosos, especialmente de forragens. A parede celular pode constituir de
30 a 80 % da MS da planta forrageira, onde se concentram os carboidratos
como a celulose, a hemicelulose e a pectina. Além disto, podem constituir a
parede celular componentes químicos de natureza diversa dos carboidratos,
tais como tanino, nitrogênio, lignina, sílica e outros. A lignina constitui um
polímero fenólico que se associa aos carboidratos estruturais, celulose e
hemicelulose, durante o processo de formação da parede celular, alterando
significativamente a digestibilidade destes carboidratos das forragens
(Norton, 1982).

Par
ede
cel
ula
A r B
Figura 4. Representação esquemática de uma célula vegetal (A) e fotografia
microscópica evidenciando a parede celular (B) (Adaptado de Ralph,
1996).

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As forrageiras de clima tropical, em relação às espécies de clima


temperado, são caracterizadas por apresentarem baixos teores de
carboidratos solúveis e pela elevada proporção de parede celular,
consequentemente, de carboidratos estruturais. O elevado conteúdo de
parede celular das gramíneas tropicais está associado a aspectos de
natureza anatômica das espécies em razão da alta proporção de tecido
vascular característico das plantas C4 (Van Soest, 1994).

TABELA 3. Composição bromatológica de gramíneas tropicais em função da idade


de corte

COMPOSIÇÃO*
IDADE
(DIAS) MS PB EE FDN FDA LIG. SIL. CIN. Ca P NDT ELL
(%) (% na MS) Mcal/Kg

Brachiarão (Brachiaria brizantha)


30 19,33 11,79 4,55 81,83 40,58 5,33 1,00 10,68 0,94 0,47 57,29 1,26
60 21,49 10,61 4,04 83,75 43,55 5,60 1,67 10,28 0,71 0,47 54,98 1,17
120 27,83 9,18 3,94 84,41 47,05 6,64 1,99 7,93 0,58 0,39 52,25 1,07
240 30,05 7,26 3,60 81,81 54,47 8,66 4,05 6,82 0,50 0,30 46,47 0,87
360 34,28 9,35 3,78 75,83 57,36 14,97 8,39 5,36 0,28 0,16 44,22 0,78
MÉDIA 28,54 8,63 3,72 81,87 50,67 9,21 3,88 7,47 0,55 0,34 49,43 0,97
Decumbens Africana (Brachiaria decumbens)
30 21,21 10,54 3,42 77,93 37,55 4,48 1,22 10,45 0,88 0,69 59,66 1,34
60 25,75 9,58 3,47 79,96 40,04 5,95 1,52 8,68 0,78 0,55 57,71 1,27
120 28,99 6,59 3,69 87,01 45,77 7,12 1,98 8,25 0,73 0,48 53,25 1,11
240 34,81 6,51 2,49 85,77 51,97 10,06 4,21 6,68 0,59 0,39 48,42 0,94
360 35,52 7,53 2,16 79,88 57,60 15,50 7,41 5,89 0,21 0,29 44,04 0,78
MÉDIA 32,49 7,40 2,94 83,46 49,28 9,52 3,68 7,56 0,62 0,44 50,52 1,05
Coastcross (Cynodon dactylon x Cynodon nlemfuensis)
30 26,02 12,84 3,57 85,07 40,62 4,50 0,64 9,60 0,53 0,43 57,26 1,25
60 27,20 10,51 3,45 85,21 41,52 5,20 1,75 7,22 0,50 0,41 56,56 1,23
120 28,82 10,34 3,67 87,17 43,39 6,05 2,26 6,99 0,48 0,31 55,11 1,18
240 37,81 8,38 3,23 86,91 50,51 7,63 3,63 5,95 0,37 0,26 49,55 0,98
360 38,19 8,87 2,59 84,99 54,39 13,93 6,19 4,43 0,26 0,21 46,53 0,87
MÉDIA 33,22 8,59 3,29 86,51 47,81 8,23 3,28 6,44 0,40 0,30 51,66 1,05

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TABELA 3. Continuação ....

COMPOSIÇÃO*
IDADE
(DIAS) MS PB EE FDN FDA LIG. SIL. CIN. Ca P NDT ELL
(%) (% na MS) Mcal/Kg
Tifton 85 (Cynodon spp)
30 25,86 11,46 3,67 89,19 42,17 4,80 0,24 9,52 0,54 0,25 56,05 1,21
60 26,03 10,86 3,57 91,23 43,98 5,59 0,98 8,58 0,52 0,22 54,64 1,16
120 34,67 7,57 2,70 92,36 46,96 6,51 1,75 5,87 0,47 0,21 52,32 1,08
240 37,62 7,84 2,38 90,64 52,56 9,80 2,95 4,99 0,38 0,18 47,96 0,92
360 35,60 8,11 2,78 85,43 58,01 14,63 8,19 3,99 0,25 0,15 43,72 0,77
MÉDIA 34,21 7,93 2,70 89,65 50,73 9,08 3,27 5,81 0,41 0,19 49,39 0,97
Capim-Gordura (Melinis minutiflora)
30 22,05 9,22 2,54 82,25 40,61 4,90 0,55 8,12 0,69 0,52 57,27 1,26
60 25,04 8,26 4,13 83,49 42,65 6,12 1,12 7,20 0,61 0,46 55,68 1,20
120 28,79 6,28 5,62 90,19 46,26 6,87 1,40 6,25 0,47 0,33 52,87 1,10
240 34,75 5,19 5,30 93,62 59,60 10,10 5,35 5,27 0,35 0,27 42,48 0,72
360 34,16 6,47 2,81 86,17 64,39 13,84 8,51 4,07 0,14 0,15 38,75 0,59
MÉDIA 30,90 6,40 4,42 88,92 54,16 9,24 3,67 5,71 0,41 0,31 46,72 0,88
Capim-colonião (Panicum maximum, Jacq
30 24,85 13,85 5,61 76,13 42,54 13,78 2,08 8,32 2,18 0,96 55,77 1,20
60 29,70 7,80 4,13 80,86 46,80 9,08 2,14 6,75 2,29 0,83 52,44 1,08
120 35,12 6,41 1,75 86,16 48,13 16,01 2,83 5,39 2,57 0,80 51,41 1,04
240 33,01 5,49 4,00 85,73 60,68 16,82 1,85 5,24 2,55 0,23 41,63 0,70
360 30,60 5,39 6,12 86,63 59,63 11,81 3,70 5,49 2,24 0,24 42,46 0,72
MÉDIA 33,57 6,33 3,75 85,04 53,74 13,13 3,27 5,89 2,49 0,49 47,04 0,88
Capim-cameroon (Pennisetum purpureum, Schum)
30 21,05 11,56 5,35 74,94 42,56 8,65 1,59 8,71 1,94 0,92 55,75 1,20
60 19,94 8,86 4,51 80,38 48,14 8,08 1,27 6,19 1,98 0,85 50,23 1,00
120 36,83 6,31 2,01 84,53 45,97 8,77 2,47 5,99 2,17 0,36 53,09 1,11
240 49,85 4,53 6,60 83,49 55,64 10,89 2,78 2,43 2,14 0,15 45,56 0,83
360 38,76 4,49 7,75 83,70 54,15 9,11 2,08 2,90 1,65 0,08 46,72 0,87
MÉDIA 37,51 6,04 4,99 83,03 50,81 10,51 2,16 4,15 2,02 0,34 49,53 0,97

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TABELA 3. Composição bromatológica de gramíneas tropicais em função da idade


de corte

COMPOSIÇÃO*
IDADE
(DIAS) MS PB EE FDN FDA LIG. SIL. CIN. Ca P NDT ELL
(%) (% na MS) Mcal/Kg
Capim-napier (Pennisetum purpureum, Schum),
30 18,33 13,66 5,40 75,93 42,31 8,41 1,43 6,94 1,87 1,29 55,94 1,21
60 20,05 8,61 4,56 78,08 49,13 9,13 2,06 6,07 1,95 1,08 50,63 1,02
120 36,98 5,44 2,59 85,34 51,55 13,55 1,16 3,12 2,00 0,62 48,75 0,95
240 47,87 4,12 2,80 87,63 58,13 15,40 1,85 2,16 2,11 0,16 43,62 0,77
360 45,91 5,42 3,24 85,28 55,37 9,40 1,01 2,63 1,68 0,14 45,76 0,84
MÉDIA 41,58 5,87 3,08 84,56 53,14 11,14 1,95 3,37 1,98 0,38 47,50 0,90
Capim-elefante roxo (Pennisetum purpureum, Schum
30 20,30 13,51 6,57 74,94 45,76 8,83 2,37 8,64 2,04 1,06 53,26 1,11
60 17,54 9,21 4,90 80,38 45,57 9,56 2,96 8,06 1,90 0,85 53,40 1,12
120 23,62 6,69 2,21 84,53 48,92 12,89 1,21 3,82 2,06 0,69 50,79 1,02
240 46,02 5,03 2,19 84,90 55,71 11,62 1,76 2,33 1,76 0,19 45,51 0,83
360 33,83 5,06 3,86 83,70 47,47 9,47 1,61 3,36 0,46 0,26 51,93 1,06
MÉDIA 32,09 6,74 3,18 83,36 51,76 12,41 2,28 4,20 1,72 0,46 48,58 0,94
Adaptado de Reis (2000) e David (2001).

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TABELA 4. Equações de regressão e coeficiente de determinação da fibra em


detergente neutro e fibra em detergente ácido de gramíneas tropicais
em função da idade de corte

Coeficiente
Gramíneas Equações de regressão* 2
determinação (R )
Fibra em detergente neutro
2
Brachiarão Y = 80,9275 + 0,0474X - 0,0002X 0,9515
2
Coastcross Y = 83,8518 + 0,0421X - 0,0001X 0,7260
2
Tifton 85 Y = 88,7100 + 1,2872X - 0,1372X 0,9351
2
Capim-Gordura Y = 77,3123 + 0,1315X - 0,0003X 0,8274
2
Decumbens Africana Y = 74,4920 + 3,8668X - 0,2985X 0,8771
Fibra em detergente ácido
Brachiarão Z = 40,6702 + 0,0513X 0,9448
Coastcross Z = 39,2248 + 0,0440X 0,9690
Tifton 85 Z = 41,5358 + 0,0471X 0,9824
Capim-Gordura Z = 39,0905 + 0,0773X 0,9597
Decumbens Africana Z = 37,8801 +0,0585X 0,9653
Adaptado de Reis (2000)
Y = Teor de Fibra em detergente neutro (%);
Z = teor de fibra em detergente ácido(%); X = Idade (dias).

Os níveis de carboidratos estruturais são bem mais elevados em


gramíneas do que em leguminosas, e no caule em relação às folhas. Com o
avançar da maturidade, verificam-se aumentos nos teores de carboidratos
estruturais e redução nos carboidratos de reserva, o que depende, em
grande parte, das proporções de caule e folhas. Isso se reflete na
digestibilidade da forragem, que declina de maneira especialmente mais
drástica para as gramíneas do que para as leguminosas (Reis e Rodrigues,
1993).
Estudos visando a determinação da cinética ruminal da fibra em
detergente neutro de forrageiras tropicais, têm sido realizados em vários
Centros de Pesquisas no Brasil, experimentos utilizando a técnica in situ

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situ e técnicas in vitro. Reis (2000) estudando a cinética da degradação


ruminal da FDN de gramíneas tropicais em diferentes idades de corte,
observou taxas de degradação da FDN em níveis variando de 1,0 a 12,0
%/hora, influenciado pela espécie e idade de corte. Os valores encontrados
para fração solúvel (A) apresentaram-se baixos em função da baixa
solubilidade da FDN em água, principalmente com o avanço da idade,
justificando, assim, os altos valores da fração potencialmente degradada
(B). Nota-se, também, à medida que avança a idade da planta, que ocorre
um aumento da fração indegradável (C), possivelmente devido aos altos
teores de lignina encontrados nesta fração.
Alguns dados obtidos por este autor podem ser visualizados na
Tabela 5.

TABELA 5. Fração solúvel (A), fração potencialmente degradável (B), taxa de


2
degradação (c), coeficiente de determinação (R ), fração indegradável
(C), degradabilidade potencial e efetiva de gramíneas tropicais em
diferentes idades de corte

Fibra em Detergente Neutro


IDADE
(Dias) Frações Degradabilidade
A B c R2 C Potencial Efetiva
Brachiarão (Brachiaria brizantha)
30 3,6089 53,1789 0,0384 0,9802 43,2122 56,79 26,72
60 3,5688 63,5384 0,0363 0,9798 32,8928 67,11 30,28
120 1,7053 59,8867 0,0675 0,9333 38,4081 61,59 36,11
240 4,1230 46,8616 0,0362 0,9812 49,0154 50,98 23,80
360 3,6975 49,9239 0,0476 0,9926 46,3786 53,62 28,04
Coastcross (Cynodon dactylon x Cynodon nlemfuensis)
30 3,8503 53,4308 0,0641 0,9811 42,7190 57,28 33,86
60 4,3718 40,6186 0,1079 0,9787 55,0096 44,99 32,13
120 2,3720 60,0727 0,0492 0,9675 37,5553 62,44 32,17
240 4,8998 41,9437 0,0362 0,9648 53,1566 46,84 22,53
360 3,9455 64,9117 0,1507 0,9647 31,1428 68,86 52,69

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TABELA 5. Continuação .....

Fibra em Detergente Neutro


IDADE
(Dias) Frações Degradabilidade
2
A B c R C Potencial Efetiva
Tifton 85 (Cynodon spp)
30 4,7004 54,3403 0,1359 0,9525 40,9593 59,04 44,42
60 5,9845 27,4112 0,0434 0,9425 66,6043 33,40 18,73
120 4,2877 44,0697 0,0363 0,9849 51,6426 48,36 22,83
240 3,5441 79,4087 0,0219 0,9875 17,0472 82,95 27,75
360 4,5147 36,3356 0,0297 0,9649 59,1497 40,85 18,04
Capim-Gordura (Melinis minutiflora)
30 4,9673 47,3116 0,0355 0,9690 47,7212 52,28 24,61
60 4,6120 50,3816 0,0305 0,9826 45,0064 54,99 23,69
120 4,6852 44,5390 0,0403 0,9633 50,7758 49,22 24,55
240 2,9627 56,9513 0,0247 0,9768 40,0860 59,91 21,78
360 2,3781 68,1319 0,0359 0,9794 29,4900 70,51 30,85
Decumbens Africana (Brachiaria decumbens)
30 4,5993 64,5292 0,0576 0,9583 30,8715 69,13 39,13
60 4,0208 70,2779 0,0374 0,9474 25,7013 74,30 34,10
120 4,8098 73,9375 0,0147 0,9780 21,2527 78,75 21,58
240 2,2833 68,7702 0,0498 0,9603 28,9465 71,05 36,59
360 4,4169 54,2297 0,0386 0,9861 41,3534 58,65 28,04
Adaptado de Reis (2000).

Henriques et al. (1998), avaliando a degradabilidade da FDN do


feno de Tifton 85 em quatro idades de rebrota (28, 35 42 e 56 dias),
observaram queda nos coeficientes de degradabilidade em função da idade,
sendo que as degradabilidades efetivas apresentaram pequena diminuição
em seus valores. Lira et al. (2000) avaliaram a cinética da degradação
ruminal da FDN para o capim-braquiária na estação chuvosa e seca,
também observando valores pequenos para a fração solúvel e valores mais
elevados para a fração potencialmente degradável no rúmen. Os mesmos

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autores verificaram um aumento na degradabilidade potencial (54,92 e


61,92%; respectivamente estação seca e chuvosa) e efetiva (19,88 e
23,25%, respectivamente estação seca e chuvosa).

6.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A DETERMINAÇÃO ANALÍTICA


DE CARBOIDRATOS EM FORRAGENS

6.4.1 Carboidratos não estruturais

Carboidrato não estrutural totais (CNE) inclui amido, açúcar e


frutanas medidas usualmente pelo procedimento de Smith (1981). Variação
considerável pode ser associada com a especificidade das enzimas usadas
na análise de amido e CNE. A tabela provê um resumo de várias fontes de
alimento comuns com valores medidos para CNE e valores de CNF
calculados como uma porcentagem da MS. O conteúdo de amido da
silagem de milho (35 por cento de MS) é em função da maturidade da
planta e proporção de grão na planta inteira. Silagem com 32 % de grãos
contém aproximadamente 22% de amido. Feno de alfafa ou silagem contém
de 2,7 a 20 % de amido.
Hall et al. (1999) desenvolveram um sistema para partição de
CSDN em ácido orgânico, açúcar, amido e frações fibrosas solúveis. O
sistema usa uma extração com 80% de etanol para separar açúcares e
ácidos orgânicos de baixo peso molecular dos polissacarídeos (amido e
fibra solúvel). Os açúcares são medidos diretamente no extrato de etanol e
o amido no resíduo insolúvel em etanol. Os ácidos orgânicos e CSDN, que
são as duas frações mais diversas, em termos de composição, são
calculadas por diferença.
Os cálculos para ácidos orgânicos e fibra solúvel em detergente
neutro são:
AO = (Matéria orgânica da amostra - PB) - (MOIE - PBIE) - EE - Açúcares;
CSDN= (MOIE - PBIE) - (MORDN – PBRDN) – AIE

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Onde:
AO = Ácido orgânicos; PB= proteína bruta, EE= extrato etéreo, PBIE=
proteína bruta insolúvel em etanol a 80%, MOIE= matéria orgânica insolúvel
em etanol a 80%, PBRDN= proteína bruta insolúvel no resíduo de
detergente neutro, MORDN= matéria orgânica no resíduo de detergente
neutro (FDN) e MO= matéria orgânica, AIE=amido insolúvel em etanol a
80%.
Um esquema representativo é mostrado na Figura 4.

Análise
Ácidos Amido de amido
Calculados Orgânicos
Extrato
EtOH
Extract
EtOH
FSDN Calculado
Resíduo
Analises de Açúcares Insolúvel
CSET EtOH FDN
Análise RDN

Carboidratos Carboidratos
extraídos 80% insolúveis no resíduo
EtOH 80% EtOH
Figura 5. Partição do CSDN com etanol (80%), em análise direta e estimativas de
calculo. Etanol 80%= 80:20 etanol:agua (v:v), FDN = fibra em detergente
neutro, RDN = resíduo em detergente neutro, FSDN = fibra solúvel em
detergente neutro, CSET = carboidratos solúveis em etanol 80%.
(Adaptado de HALL et al., 1999).

Segundo os autores da técnica descrita, exceto as análises de


extração em etanol a 80%, todas as outras análises envolvidas neste
sistema, são comumente disponíveis nos laboratórios de análise de
alimentos, e entre os valores fornecidos, a estimativa do ácido orgânico é o
valor mais propenso a erros, em parte, devido ao fato de que ele assume o

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multiplicador 6,25 que se aplica para PB, até mesmo, a compostos


nitrogenados de baixo peso molecular extraídos por etanol a 80%.

6.4.2 Fibra em Detergente neutro

A fração de fibra em detergente neutro inclui celulose,


hemicelulose e lignina como os componentes principais. Existem três
modificações principais no método de FDN, cada qual gerando valores
diferentes que dependem do alimento que é analisado. O método original de
FDN descrito por Van Soest e Wine, 1967 usa sulfito de sódio para remover
proteínas contaminantes da FDN partindo ligações disulfídicas e
dissolvendo muitas ligações de proteína (Mertens, 2001). Foi demonstrado
que o método original não remove adequadamente amido dos grãos e de
silagem de grãos. Uma modificação no resíduo de detergente neutro foi
desenvolvido, incluindo uma amilase estável a quente no procedimento para
remover amido, porém, sulfito foi removido do procedimento por causa de
preocupações sobre a possível perda de lignina e compostos fenólicos
(Van Soest et al.,1991). A FDN amilase-tratada modificada (aFDN) foi
desenvolvida para medir FDN em todos os tipos de alimentos e usa amilase
e sulfito de sódio para obter FDN com contaminação mínima de amido ou
proteína. Este método modificado foi adotado como o método de referência
para FDN pela National Forage Testing Association e está sendo avaliado
em um estudo colaborativo para aprovação pela AOAC como um método
oficial. O uso de sulfito de sódio é crucial para a remoção de contaminação
de nitrogênio de alimentos tratados com calor. Se o objetivo é medir a fibra
total com precisão em alimentos com contaminação mínima através de
proteína digestível ou amido o método de aFDN é preferido.
O método de determinação de FDN tem a reputação por ser mais
difícil e variável que outros métodos de fibra. As maiores fontes de variação
em FDN entre laboratórios são devido a diferenças em método e técnica de
laboratório. Ambos os problemas podem ser minimizados seguindo um
método de FDN padronizado. Embora o conceito de fibra seja baseado em
um critério nutricional, a medida química de fibra é definida pelo método de

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laboratório que é usado. Modificações do método de FDN afetam a "fibra"


que está sendo medida, causas de valores diferentes entre laboratórios, dá
a impressão errônea que FDN não pode ser medido com precisão.
O método de FDN original não remove amido adequadamente do
concentrado ou silagem que contiveram grãos. Robertson e Van Soest
(1980) desenvolveram o método de resíduo de detergente neutro (RDN)
que usa uma amilase termo-estável e detergente-estável para remover o
amido. Eles também eliminaram o uso de sulfito de sódio porque poderia
remover componentes fenólicos pensando ser lignina. Sulfito de sódio foi
incluído no método original para reduzir a contaminação da proteína no
FDN. Embora o método de RDN resolva muitos problemas para medir fibra
em alimentos com amido, não eliminou todas das dificuldades para
estabelecer o FDN como um método preciso, rotineiro.
Infelizmente, os resultados de todos os três métodos (FDN, NDR,
e aFDN) são chamados "freqüentemente FDN" embora os resultados dos
três métodos possam ser bastante diferentes (Tabela 5). Então, é
importante saber que "está sendo informado FDN" e entender que algumas
das discrepância entre laboratórios, e os resultados de FDN podem ter
diferenças devido ao método utilizado. Embora as diferenças possam ser
pequenas para forragens, quando alimentos estão aquecidos (como
destilados ou grãos de cervejaria) o uso de sulfito de sódio fica crucial para
a remoção da proteína que é desnaturada ou é incrustada com o
carboidrato em Reação de Maillard. Porque sulfito remove contaminação de
proteína, os valores de aFDN darão substancialmente mais baixos para
fibra em alimentos secos do que o método de RDN e resultará em
estimativas mais precisas de fibra.

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TABELA 6. Valores obtidos usando vários métodos para medir FDN (Mertens, 2001)

a b c
FDN RDN FDNa FDNa/RDN (%)
Alimento
(----------% de MS-------)
Capim Timóteo 67,2 68,0 65,1 95,7
d
Feno de alfafa 47,2 50,4 46,3 91,9
Feno de alfafa - 45,5 44,3 97,4
Silagem de alfafa - 43,6 42,2 96,8
Silagem de milho 55,9 55,0 52,6 95,6
Trevo - 31,9 30,3 95,0
Grãos de cervejaria - 52,3 40,9 78,2
Grãos de destilaria - 38,6 27,9 72,3
Farelo de soja - 18,5 12,4 67,0
Grão de milho - 11,4 10,1 88,6
Polpa cítrica - 21,3 20,2 94,8
a
Fibra em detergente neutro – método original com sulfito, mas sem amilase (Van
Soest e Wine, 1967).
b
Resíduo em detergente neutro – sem sulfito, mas com amilase (Robertson e Van
Soest, 1980).
c
Fibra em detergente neutro tratada com amilase – com sulfito e amilase
(Undersander et al., 1993).

6.4.3 Fibra em Detergente ácido

A fração de fibra em detergente ácido (FDA) dos alimentos inclui


celulose e lignina como componentes primários além de quantidades
variáveis de cinza e compostos nitrogenados. A concentração de nitrogênio
insolúvel em detergente ácido (NIDA) é usada para determinar a
disponibilidade de proteína em alimentos tostados. Taninos, se presente, é
uma possibilidade para aumentar a proteína insolúvel associada com a
parede celular da planta. Outro é a reação de Maillard ou não enzimática
causada pelo aquecimento e secagem. O nitrogênio nestas frações tem
baixa disponibilidade biológica e tende a ser recuperado na FDA.

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A concentração de NIDA em forragens tem uma alta correlação


negativa com a digestibilidade aparente da proteína. A composição química
do NIDA (Weiss et al., 1986) e a relação entre concentrações de NIDA e
digestibilidade é diferente entre concentrados e forrageiras, portanto, o uso
de uma única equação para relacionar NIDA com digestibilidade para todos
os alimentos não está correto.

6.4.4 Lignina

A lignina é um composto, não carboidrato, de alto peso molecular


que constitui uma classe diversa de compostos fenólicos. O procedimento
para determinação de lignina em detergente ácido (LDA) inclui ambos os
métodos hidrolítico (ácido sulfúrico) e oxidativo (permanganato de potássio);
a variante ácida sulfúrica de LDA é o mais popular. A lignina de Klason é o
resíduo remanescente depois de um hidrólise por ácido sulfúrico em duas
fases, que é comumente usada para determinar os componentes de açúcar
neutro dos polissacarídeos da parede celular. A lignina de Klason é um
melhor marcador para a digestibilidade que a lignina de permanganato. A
correlação entre a digestibilidade de forragem e concentrações de lignina
em detergente ácido e lignina de Klason foram estudadas por Jung et al.,
1997 citada por Mertens, 2001. Neste trabalho, trinta e seis forragens,
incluindo C3, leguminosas e gramíneas C3 e C4, foram analisadas para
lignina de detergente ácido, lignina de Klason, e digestibilidade in vitro da
MS e FDN. Vinte destas forragens também eram usadas em um
experimento com cordeiros, com ingestão restrita para medir a
digestibilidade da MS e da FDN. Digestibilidade in vivo e in vitro da MS e
FDN das forragens foram negativamente correlacionadas com as medidas
de lignina.

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6.5 SISTEMA DE FRACIONAMENTO DOS CARBOIDRATOS

Atualmente, os sistemas de avaliação de alimentos para


ruminantes, que dão suporte à formulação de rações, requerem que os
alimentos utilizados pelos animais sejam fracionados para melhor
caracterizá-los (Sniffen et al., 1992).

6.5.1 Partição de carboidrato de alimento

A composição, degradação ruminal e digestão intestinal de


frações de carboidrato divididas pelo sistema de detergente está mostrada
na tabela (Van Soest, 1994). As frações A e B1 são solúveis em detergente
neutro. De acordo com as definições do modelo, a fração A consiste de
açúcares, a Fração B1 consiste de amido, pectinas, e glucanas (Sniffen et
al., 1992).

TABELA 7. Composição, degradação ruminal e digestão intestinal das frações de


carboidratos

Degradabilidade Digestibilidade
Fração Composição
Ruminal, %/hora Intestinal, %
Açucares Chega muito pouco
A 200 a 350
Ácidos Orgânicos 100%
B1 Amido, Pectinas e Glucanas 20 a 40 75 %
Fibra disponível, celulose e
B2 2 a 10 20 %
Hemiceluloce
Lignina e fibra associada à
C 0 0
lignina

Devido a degradação ruminal da fração A ser de 200 a 300 %


/hora, menos de 5% chegam no intestino. Schofield e Pell (1995)
questionaram estas altas taxas de degradação ruminal. Estes
pesquisadores mostraram taxas de degradação de 15 a 19% /hora para

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solúveis em detergente neutro de forragens. Solúveis em detergente neutro


contêm mais que açúcar, como amido e substâncias pécticas e frações não
carboidrato, como proteína, compostos fenólicos solúveis, cinza e lipídeos.
Apesar disto, até mesmo quando estas baixas taxas de degradação são
aplicadas, menos que 20 a 25% da fração A escapa da fermentação
ruminal. A quantidade limitada de Fração A que escapa da fermentação
ruminal é completamente digerida no intestino.
A degradação ruminal da Fração B1 é 20 a 40%/h. Esta taxa é
variável e depende da fonte de amido, dos métodos de processamento e
armazenamento. Entre 70 e 90% do amido do alimento é fermentado no
rúmen. O amido que escapa da degradação ruminal tem uma digestibilidade
intestinal de 75%.
A hemicelulose, celulose e lignina são insolúveis em detergente
neutro. O modelo fraciona a fibra fração disponível (B2) e fração
indisponíveis em base de lignina e fibra. A fibra indisponível é lignina x 2,4,
e representa o material remanescente após 72 horas de fermentação in vitro
(Mertens, 1973). A lignina não impede a digestão simplesmente pelo
encrustamento ou encobrindo os nutrientes. Ao contrário, a lignina protege o
carboidrato "associado" da digestão. Este mecanismo ainda não é
inteiramente conhecido (Van Soest, 1994).
A degradação ruminal da Fração B2 é de 2 a 10%/hora. Entre 30 e
70% da fibra disponível (Fração B2) é fermentado no rúmen. A fração de
FDN disponível que escapa do rúmen tem uma baixa digestibilidade
intestinal (20%). A fibra indisponível (Fração C) não é fermentada nem no
rúmen e nem é digerida no intestino.
O modelo prediz que 25 a 50% da fibra do alimento (Fração B2
mais Fração C) é fermentada no rúmen. Devido a fração C (fibra
indisponível) ser definida como lignina x 2,4, a proporção de lignina na FDN
tem um grande impacto na fermentação ruminal da fibra dos alimentos do
que a taxa de degradação ruminal da fibra disponível (Fração B2).
A partição dos carboidratos dos alimentos tem uma ligação fraca
no Sistema de Carboidrato e Proteína de Cornell (The Net Carbohydrate

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and Protein System). Isto é especialmente verdadeiro para a fração A que é


definida como açúcar, mas também contém, como em alimentos
fermentados (silagens), ácidos orgânicos. Durante a fermentação da
silagem, alguns dos componentes solúveis do conteúdo celular são
metabolizados a componentes principalmente a ácidos láctico e acético.
Estes ácidos orgânicos são úteis ao animal como um componente da
energia metabolizável, mas não representam nenhuma fonte de ATP para o
crescimento microbiano (Van Soest, 1994). Desta maneira, alimentos
fermentados apresentam pouco efeito na estimativa do valor energético,
mas pode afetar substancialmente a nutrição proteíca pelo decréscimo na
produção de proteína bacteriana.
Um esquema alternativo para partição de carboidrato do alimento
é proposto na Tabela 8, que mostra uma separação dos ácidos orgânicos
dos açúcares e a separação de pectinas e glucanas da fração de fibra
solúvel.

TABELA 8. Composição, degradação ruminal e digestão intestinal das frações de


carboidratos

Degradabilidade Digestibilidade
Fração Composição
Ruminal, %/hora Intestinal, %
A1 Açúcares 200 a 350 Chega muito pouco
A2 Ácidos Orgânicos 1a2 100 %
B1 Amido 20 a 40 75 %
Fibra disponível, Pectina e ID = 0
B2 40 a 60
Glucanas IG = 100 %
Fibra indisponível, Celulose ID = 0
B3 2 a 10
e Hemicelulose IG = 100 %
C Lignina, fibra associada e lignina 0 0
ID = Intestino delgado; IG = Intestino grosso.

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Os carboidratos totais são divididos em carboidratos estruturais,


não estruturais e fibra indigestível, fracionados de acordo com a taxa de
degradação. Os carboidratos não estruturais são solúveis em detergente
neutro. De acordo com o CNCPS, os carboidratos podem ser fracionados
em componentes A (açúcares solúveis e ácidos orgânicos, com rápida
degradação ruminal), B1 (amido e pectina, com degradação intermediária),
B2 (correspondente à fibra potencialmente degradável, com taxa de
degradação mais lenta) e C, que apresenta características de
indigestibilidade. Este fracionamento foi descrito por Sniffen et al. (1992) e
objetiva minimizar as perdas nitrogenadas, estimar as taxas de degradação
ruminal de diferentes frações dos alimentos, além de maximizar a
sincronização do fornecimento de proteína e carboidratos para o rúmen e,
consequentemente, a produção microbiana.
Para predizer o desempenho animal, tal procedimento deverá ser
utilizado empregando-se o sub-fracionamento de carboidratos e proteínas
que compõem os alimentos e o conhecimento do comportamento destas
frações ao longo do TGI (Fox et al., 1992).
O sistema CNCPS desenvolvido por Fox et al. (1992), Russell et
al. (1992), Sniffen et al. (1992) tem, basicamente, o objetivo de melhor
avaliar as dietas completas, visando à minimização das perdas de
nutrientes e à busca da maximização da eficiência de crescimento dos
microrganismos no rúmen (Van Soest, 1994).
Este sistema sugere divisão do ecossistema ruminal em dois
grupos microbianos: os microrganismos que utilizam carboidratos
estruturais e aqueles que utilizam carboidratos não estruturais. Esta
segregação reflete as diferenças quanto às fontes de energia e compostos
nitrogenados utilizados, bem como a eficiência do crescimento microbiano,
pois as bactérias que fermentam carboidratos estruturais (celulose e
hemicelulose) necessitam de amônia como principal fonte de N, ácidos
graxos de cadeia ramificada e não utilizam peptídeos e aminoácidos, sob
condições limitantes de N, apresentam menor crescimento, decorrente dos
maiores custos de mantença dos microrganismos. As bactérias que
fermentam carboidratos não estruturais (amido e pectina) apresentam

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crescimento mais rápido e utilizam, em média, 66% de peptídeos e


aminoácidos e 34% de amônia como fonte de N para seu crescimento
(Russell et al., 1992).

6.5.2 Determinação do fracionamento de carboidratos

Para obtenção do fracionamento dos carboidratos, conforme o


sistema CNCPS, inicialmente foram analisados matéria seca (MS), matéria
mineral (MM), proteína bruta (PB) e extrato etéreo (EE) seguindo
procedimentos padrões (AOAC, 1990) e fibra em detergente neutro (FDN)
e proteína indisponível em detergente neutro (PIDN) (Van Soest e Wine,
1968).
De acordo com Sniffen et al. (1992), os carboidratos totais
(CHOT), fibra indigestível, representada pela fração C, fração lentamente
degradável (B2), carboidratos com elevadas taxas de degradação ruminal (A
+ B1) = CNE e os carboidratos estruturais (CE) foram determinados por
meio das seguintes expressões:

CHOT (%MS) = 100 – [PB (%MS) + EE (%MS) + MM (%MS)];


C (%CHOT) = 100 x [FDN (%MS) x 0,01 x Lignina (%FDN) x 2,4]/CHOT
(%MS);
B2 (%CHOT) = 100 x [FDN (%MS) – PIDN (%PB) x 0,01 x PB (%MS) – FDN
(%MS) x 0,01 x lignina (%FDN) x 2,4]/CHOT (%MS);
CNE (%CT) = MO – (PB + EE + FDNcp).

Onde:
FDNcp constitui a parede celular vegetal corrigida para cinzas e proteínas.
CE = CHOT – CNE

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Os carboidratos não estruturais contêm açúcares (fração A),


amido e pectina (fração B1). Estes representam os carboidratos que são
solúveis em detergente neutro (Sniffen et al., 1992).

TABELA 9. Fracionamento de carboidratos totais (CT) em carboidratos estruturais


(CE), carboidratos não estruturais (CNE), carboidratos rapidamente
degradáveis (A + B1 ) carboidratos lentamente degradáveis (B2) e
carboidratos indigestíveis (C) de diferentes gramíneas tropicais

CT CE CNE A + B1 B2 C
Forrageira Referências
% da MS % da MS % da MS % CT % CT % CT
Aeroceres 14 d 56,78 43,23 13,55 11,25 66,02 22,73 Vittori et al., 2000
Aeroceres 28 d 65,29 48,51 16,78 23,27 48,85 27,89 Vittori et al., 2000
Aeroceres 42 d 66,52 41,48 25,04 33,76 36,67 29,57 Vittori et al., 2000
Aeroceres 56 d 72,98 44,00 28,98 39,14 31,89 28,97 Vittori et al., 2000
Angola 14 d 56,27 44,71 11,56 4,25 66,28 29,47 Vittori et al., 2000
Angola 28 d 63,57 43,75 19,82 22,15 54,21 23,64 Vittori et al., 2000
Angola 42 d 70,05 40,86 29,19 40,30 41,88 17,82 Vittori et al., 2000
Angola 56 d 79,70 58,32 21,38 27,79 47,70 24,50 Vittori et al., 2000
Brachiaria brizanta - - - 11,25 69,99 18,76 Valadares, 2000
Brachiaria decumbens - - - 11,62 72,06 16,32 Valadares, 2000
Cana-de-açúcar 83,62 50,38 33,24 35,99 41,27 22,74 Pereira et al., 2000
Cana-de-açúcar 91,32 55,33 35,99 38,36 38,90 22,74 Pereira et al., 1999
Cana-de-açúcar 93,82 32,95 21,53 45,52 Cabral et al., 1999
Canarana 14 d 59,34 48,29 11,05 12,38 62,24 25,38 Vittori et al., 2000
Canarana 28 d 65,08 47,61 17,47 26,75 46,74 26,51 Vittori et al., 2000
Canarana 42 d 75,75 58,87 16,88 23,01 42,53 34,46 Vittori et al., 2000
Canarana 56 d 80,44 69,98 10,46 18,29 51,33 30,43 Vittori et al., 2000
Capim-elefante - - - 9,85 69,31 20,84 Valadares, 2000
Capim-elefante 42 d 75,31 - - 5,58 69,32 25,10 Cabral et al., 1999
Capim-elefante 42 d 75,47 - - 7,76 67,87 24,37 Cabral et al., 1999
Capim-elefante 63 d 77,79 - - 5,54 68,45 26,01 Cabral et al., 1999
Capim-elefante 63 d 79,47 - - 7,22 66,77 26,01 Cabral et al., 1999
Capim-gordura - - - 7,37 76,79 15,84 Valadares, 2000
Coastcross - - - 5,45 74,38 20,17 Valadares, 2000
Feno de alfafa 71,64 - - 30,25 48,09 21,66 Cabral et al., 1999
Feno de Brachiaria - - - 1,65 73,15 25,20 Valadares, 2000

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TABELA 9. Continuação ....

CT CE CNE A + B1 B2 C
Forrageira Referências
% da MS % da MS % da MS % CT % CT % CT
Feno de coastcross - - - 0,74 76,58 22,68 Valadares, 2000
Feno de coastcross 83,88 - - 12,79 65,45 21,76 Cabral et al., 1999
Hemarthria 14 d 65,53 40,25 25,28 27,78 37,08 35,14 Vittori et al., 2000
Hemarthria 28 d 73,37 43,40 30,33 39,69 26,71 33,60 Vittori et al., 2000
Hemarthria 42 d 80,32 56,93 23,39 29,67 47,02 23,31 Vittori et al., 2000
Hemarthria 56 d 83,63 60,03 23,60 29,18 40,85 29,96 Vittori et al., 2000
Setaria 14 d 58,32 50,97 7,35 4,95 74,63 20,42 Vittori et al., 2000
Setaria 28 d 68,96 50,96 18,00 27,00 48,26 24,64 Vittori et al., 2000
Setaria 42 d 76,82 56,27 20,55 26,60 36,90 36,50 Vittori et al., 2000
Setaria 56 d 82,16 68,47 13,69 18,73 52,79 28,48 Vittori et al., 2000
Silagem de Milho 87,25 - - 28,02 43,60 9,56 Backes et al., 2000
Silagem de Milho 89,11 - - 27,08 53,88 8,12 Backes et al., 2000
Silagem de Milho - - - 37,76 49,53 12,71 Valadares, 2000
Silagem de Milho 85,51 - - 17,32 58,6 24,08 Cabral et al., 1999
Silagem de sorgo 87,28 - - 25,25 54,89 19,86 Cabral et al., 1999
Soja perene - - - 29,29 33,92 36,76 Valadares, 2000
T. grass 14 d 62,60 50,46 12,14 14,91 59,22 25,87 Vittori et al., 2000
T. grass 28 d 68,16 43,50 24,66 33,37 40,94 25,69 Vittori et al., 2000
T. grass 42 d 76,87 56,92 19,95 26,03 46,65 27,32 Vittori et al., 2000
T. grass 56 d 79,13 52,54 26,59 34,73 38,07 27,20 Vittori et al., 2000
Tifton 85 14 d 61,78 50,53 11,25 14,06 63,61 22,32 Vittori et al., 2024
Tifton 85 28 d 69,54 43,67 25,87 37,16 43,21 19,72 Vittori et al., 2000
Tifton 85 30 cm 78,12 - - 14,67 68,73 16,60 Cabral et al., 1999
Tifton 85 42 d 76,80 64,82 11,98 12,14 46,10 41,76 Vittori et al., 2000
Tifton 85 50 cm 81,47 - - 11,87 68,76 19,37 Cabral et al., 1999
Tifton 85 56 d 82,35 67,99 14,36 17,82 49,87 32,30 Vittori et al., 2000

6.6 CONCEITOS DE EFETIVIDADE E FIBROSIDADE

Uma das principais características dos carboidratos,


principalmente relacionada aos de forragens é a efetividade em promover a
atividade física motora do trato gastro intestinal. Seletivamente as vacas
retêm fibra no rúmen por um tempo adequado de digestão, ingerindo

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partículas grandes enquanto comem. Estas partículas grandes formam um


mat flutuante no rúmen e provêm o "incentivo" de arranhão que estimula a
atividade de ruminação. Depois de vários ciclos de ruminação ou de
mastigação, as partículas fibrosas são reduzidas a um tamanho tal que
pode escapar do rúmen. Entretanto, quando vacas são alimentadas com
rações contendo um mínimo de fibra, pode haver muito pouca fibra efetiva
para promover ótima fermentação ruminal e produção.
Desta maneira, vários pesquisadores têm sugerido que relações
ideais para forragem:concentrado (F:C) para vacas leiteiras estaria entre
40:60 e 60:40. Mertens (1992) propôs um sistema que usa o nível ideal de
FDN da forragem e as exigências de energia de vacas leiteiras para
determinar a relação ideal de Forragem:Concentrado que maximiza
utilização da forragem na dieta. Segundo este autor, quando a maioria da
fibra de dietas de vacas leiterias está na forma fibra longa ou de forrageiras
grosseiramente picadas, a FDN também pode ser usada para formular
rações com mínimo de fibra, o que não e recomendado quando as
forragens são finamente picadas ou fontes de fibra de origem não forrageira
(subprodutos) são utilizadas.
Segundo Mertens (2001), com o advento de programas de
formulação de ração de mínimo-custo, estimulou-se o interesse no
desenvolvimento de um método quantitativo para assegurar que um mínimo
no requerimento de forragens seja estabelecido. Foi observado que, se
concentrados eram fontes de menor custo relativo de nutrientes que
forragens, estes programas formulariam rações para vacas leiteiras que
contivessem níveis pequenos ou praticamente nenhuma forragem, o que
seria fatal a saúde e a produtividade de vacas leiteiras a longo prazo, não
havendo suficiente estímulo para o funcionamento normal do rúmen e
manutenção da porcentagem de gordura do leite.
Tentativas iniciais para descrever a efetividade dos alimentos em
relação as exigências de forragem foram baseadas em equivalentes feno,
no ajuste de valores de fibra bruta como uma exigência mínima, ajuste de
valores como FDN. Deve-se ressaltar que determinações químicas da fibra,
seja como fibra bruta, fibra em detergente neutro e fibra em detergente

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ácido, nem sempre satisfazem as necessidades de fibra efetiva. Algumas


formas físicas da fibra (finamente moída) nem sempre são efetivas na
manutenção da porcentagem de gordura do leite, o que conduz ao conceito
de fibra efetiva. Na literatura ainda existem poucos dados disponíveis e
poucos claros sobre a determinação da efetividade dos alimentos. Embora o
critério para determinar fibra efetiva fosse porcentagem de gordura no leite,
foi aceito que ambas as propriedades, físicas e químicas da fibra são
importantes na determinação da efetividade.
Da mesma maneira em que se desenvolveu o conceito de fibra
efetiva, determinou-se que as propriedades físicas dos alimentos afetam a
digestibilidade, a taxa de passagem e a função ruminal. Balch (1971), citado
por Mertens (2001), propôs que a atividade de mastigação por unidade de
matéria seca (MS) poderia ser uma medida biológica das propriedades
físicas de um alimento, o que ele chamou de característica de fibrosidade.
Sudweeks et al. ,1979 e 1981, citados por Mertens (2001) unificaram o
procedimento medindo a atividade de mastigação e definindo um índice de
valor de forragem (IVF) para uma variedade de alimentos (minutos de
mastigação total por quilograma de MS). Além disso, eles propuseram que
um mínimo de IVF de 30 minutos de mastigação/kg de MS era necessário
em rações de vacas leiteiras para manter a porcentagem de gordura do
leite.
Considerando estas características, foi definido o índice de
fibrosidade de um alimento como os minutos gastos na atividade de
mastigação por kg de MS e avaliaram o seu potencial como uma ferramenta
na formulação de rações de vacas leiteiras. Estes pesquisadores
observaram que o índice de fibrosidade era altamente correlacionado com a
concentração de fibra bruta nos alimentos e com o nível de ingestão de
matéria seca. Deve-se considerar que a atividade mastigatória (soma do
tempo de mastigação e ruminação) é afetada pela raça, tamanho corporal,
idade, ingestão de matéria seca, concentração de fibra e tamanho de
partícula do alimento e possivelmente pelo método de medir a atividade
mastigatória (monitoramento automatizado ou visual, tempo não monitorado
durante a ordenha, etc.), Mertens (2001).

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Mertens em 1986 observando que a atividade mastigatória foi


correlacionada a FDN (característica química) e tamanho de partícula
(propriedade física), propôs o termo unidade de valor forrageiro (UVF) para
definir a efetividade dos alimentos em estimular a atividade de mastigação,
sendo que a UVF foi baseado em uma definição clara de padrão. O máximo
UVF para um alimento é 100 que representa um alimento hipotético que
contém 100% de FDN em uma forma física que estimula o máximo de
atividade mastigatória/kg de FDN (feno de gramínea de fibra longa que
contenha 100% de FDN). Neste sistema, o UVF de um alimento seria
diretamente proporcional a sua concentração de FDN multiplicada por um
fator de ajuste forrageiro (0 a 1) que é baseado no tamanho de partícula do
alimento (Mertens, 2001).

6.6.1 Conceito de FDN efetivo e fisicamente efetivo

Segundo Mertens (2001) a efetividade da fibra na manutenção da


porcentagem de gordura do leite é diferente da efetividade de fibra em
estimular a atividade de mastigação. Para esclarecer estes conceitos dois
novos termos foram desenvolvidos: FDN efetivo (eFDN), que está
relacionado à habilidade total de um alimento em substituir a forragem de
forma que a porcentagem de gordura do leite seja mantida e FDN
fisicamente efetivo (peFDN), que esta relacionado às propriedades físicas
da fibra (principalmente tamanho da partícula) que estimula a atividade
mastigatória e estabelece a estratificação bifásica do conteúdo ruminal
(flutuam no mat partículas grandes em um conteúdo líquido e partículas
pequenas). O peFDN deveria ser sempre menor do que o FDN, ao passo
que eFDN pode ser menor ou maior que a concentração de FDN em um
alimento. Estes conceitos podem ser visualizados na Figura 6.

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Gordura

Tampão
eNDF peNDF NDF

Proteína
solúvel

Carboidratos
solúvel

Figura 6. Ilustração das relações entre FDN, FDN fisicamente efetivo, e FDN efetivo
(Mertens, 2001).

Conceitualmente, peFDN é relacionado a característica de


fibrosidade, índice de valor forrageiro, estrutura física e índice de fibrosidade
porque todos foram relacionados a atividade mastigatória. Porém, peFDN
difere destes conceitos porque é um atributo do alimento que está baseado
em uma escala fixa de valores de referência (idêntico ao conceito de UVF
proposto por Mertens em 1986, em vez de ser apenas uma resposta
biológica (minutos de mastigação/kg de MS) que varia com as condições
sobre as quais foram feitas as medidas. O peFDN fornece uma medida mais
consistente da fibra efetiva que a atividade mastigatória, porque está
baseado em duas propriedades fundamentais dos alimentos: fibra e
tamanho de partícula, e independência de fatores animais.
O conceito de eFDN pode representar todas as características do
alimento que ajudam a manter a síntese de gordura do leite. Embora baixa
porcentagem de gordura de leite seja um indicador de dietas inadequadas,
podem ser observado laminite em rebanhos, sem depressão de gordura do
leite que sugere que a depressão na gordura do leite não seja o melhor
indicador de função ruminal ou saúde animal. Assim, eFDN pode ser um

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indicador menos sensível que peFDN da efetividade da fibra prevenindo


depressão de consumo, acidose, laminite, ou deslocamento de abomaso
em vacas leiteiras.
De acordo com Mertens (2001) uma redução no nível de fibra
efetiva na dieta, resulta numa série de eventos que ocorrem em cascata:
menor mastigação pelo animal, menor secreção de saliva “tamponante”,
maior produção de ácidos graxos voláteis, decréscimo no pH ruminal,
mudança nas populações microbianas, redução na relação
acetato:propionato (A:P), depressão da gordura do leite e “desvio” de
nutrientes para engorda.

TABELA 10. Conteúdo de Fibra em detergente neutro e ácido e tempo gasto na


mastigação de alguns alimentos. (Adaptado de Mertens, 2001)

Tempo de mastigação,
Alimentos FDN, % MS FDA, %MS
minutos/Kg
Forragens
Longa 52 38 60
Alfafa Peletizada 52 38 37
Silagem 52 38 57
Corte grosseiro 50 27 66
Silagem
Corte médio 50 27 60
de milho
Corte fino 50 27 40
Feno de Corte precoce 50 29 75
capim Corte tardio 72 42 90
Casca de algodão 89 71 31
Polpa de citrus 28 22 31
Caroço de algodão inteiro 39 28 28
Sub produtos Resíduo de cervejaria 52 23 15
Espiga de milho 88 39 15
Resíduos de destilaria 45 16 13
Casca de soja 65 47 9
Milho 9 3 9
Grãos Cevada 23 7 15
Farelo de soja 10 6 7

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TABELA 11. Efeitos típicos da variação nas proporções de fibra e forragem em


rações, nas respostas fisiológicas de vacas leiteiras. (Mertens, 2001)

% de feno longo de gramínea na dieta


Item
100 80 60 40 20 0
% de FDN 70 59 48 36 25 14
% de FDN fisicamente efetiva 70 57 44 32 18 6
Tempo de mastigação (min/d) 1080 1040 970 820 520 320
Secreção de saliva (L/d) 200 196 189 174 143 123
Bicarbonato salivar (kg/d) 2,5 2,4 2,3 2,2 1,8 1,5
pH ruminal 6,8 6,7 6,5 6,2 5,8 5,0
AGV ruminal (mM) 85 95 105 115 125 135
Acetato ruminal (%molar) 70 66 61 55 48 40
Propionato ruminal (%molar) 15 18 22 27 33 40
Relação acetato:propionato 4,7 3,7 2,8 2,0 1,4 1,0
Gordura no leite (%) 3,7 3,6 3,5 3,4 3,0 1,0

Dos métodos de determinação de fibra a FDN é a melhor medida


do conteúdo de fibra total de um alimento, servindo como base para
determinar fibra efetiva. Mertens (1997) usou a atividade mastigatória para
desenvolver os fatores de efetividade física que são necessários para
calcular peFDN do FDN e compilando os dados de atividade de mastigação
de 45 experimentos publicados. Mertens (1994) concluiu que duas variáveis
(ingestão de FDN e forma física) eram as maiores características dos
alimentos que afetam a atividade mastigatória. Assim, ingestão de FDN de
cada fonte e forma física foram determinadas para cada uma das 274
combinações de vacas e tratamentos.

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6.6.2 Fatores de medida da efetividade física

Mertens propôs que deveriam ser relacionadas só partículas de


fibra longa bastante para ser retido no rúmen e requerer mastigação para
ser relacionada a valores de forragem (ou peFDN). Para medir peFDN, é
crucial determinar o tamanho de partículas que são retidas no rúmen e são
ruminadas. Dixon e Milligan (1981) citados por Mertens (2001) informaram
que partículas retidas em peneiras com aberturas >3,2 mm passam
lentamente do rúmen e requerem mastigação adicional e que partículas
retidas em uma peneira de 1,18-mm tem uma resistência alta a passagem
em bovinos e ovinos. Cardoza, 1985 citados por Mertens (2001) medindo o
tamanho das partículas nas fezes de vacas leiterias observou que <5% das
partículas foram retidas em peneiras 3,35-mm (movimento vertical). Estes
resultados têm sugerido que partículas que atravessam uma peneira de
1,18-mm passam prontamente pelo rúmen e promovem pequeno incentivo
para mastigar.
Como a fibra em detergente neutro mede somente as
características químicas mas não mede as propriedades físicas, como
tamanho de partícula, que afeta a efetividade da fibra satisfazendo as
exigências mínimas de vacas, Mertens (2001) propõe um método de
laboratório combinando métodos químicos e físicos para calcular peFDN.
Um alimento seria medido quimicamente para FDN e a proporção de MS
retida em uma peneira de 1,18 mm seria medida, sendo o pef de um
alimento igual à proporção de MS retida em uma peneira de 1,18-mm. O
peFDN de um alimento é o produto da sua concentração de FDN e seu pef.
Para calcular um peFDN para um alimento obtém-se o pef para sua classe
de alimento da Tabela 3 e multiplica-se pelo FDN medido (peFDN = FDN x
pef).

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TABELA 12. Fatores de efetividade física (PEF) por kg de fibra em detergente


neutro a partir de várias fontes e formas físicas. (Adaptado de
Mertens, 2001)

Feno de Silagem de Silagem Feno de Silagem Concentra Sub-


Classificação
gramínea gramínea de milho alfafa de alfafa dos produtos
1.Longa 1,00 - - 0,95 - - -
2.Grosseiramente picada 0,95 0,95 0,90 0,90 0,85 - -
3.Medianamente picada 0,90 0,90 0,85 0,85 0,80 - -
4.Finamente picada - 0,85 0,80 0,70 0,70 - -
5.Milho laminado - - - - - 0,80 -
6.Cevada laminada - - - - - 0,70 -
7.Laminado ou
- - - - - 0,60 -
grosseiramente moída
8.Medianamente moída 0,40 - - 0,40 - 0,40 0,40
9.Moída/peletizada - - - - 0,30

TABELA 13. FDN fisicamente efetiva (FDNfe) de alguns alimentos. (Adaptado de


Mertens, 2001)

Alimento Forma física FDN PEF FDNfe


Alfafa desidratada Peletizada 45,0 0,40 18,0
Feno de alfafa (florescência) Longa 42,0 0,95 39,9
Feno de alfafa (florescência) Medianamente picada 42,0 0,85 35,7
Silagem de alfafa (florescência) Finamente picada 42,0 0,70 29,4
Gramínea (estágio vegetativo tardio) Longa 73,0 1,00 73,0
Grama bermuda (15-28 dias) Grosseiramente picada 74,0 0,95 70,3
Silagem de milho, bem maduro Grosseiramente picada 40,0 0,90 36,0
Silagem de milho, bem maduro Finamente picada 40,0 0,80 32,0
a
Cascas de caroço de algodão 90,0 0,90 81,0
Silagem de sorgo Grosseiramente picada 65,0 0,95 61,8
Cascas de soja 67 0,40 26,8
a
Estimado com base no tamanho e densidade da partícula quando é utilizado feno
longo na dieta.

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TABELA 14. Estimativa da FDN fisicamente efetiva (FDNfe) de alimentos, usando


medidas químicas (FDN) e físicas (retenção de MS) no laboratório.
(Adaptado de Mertens, 2001)

MS retida em peneira
Alimento FFEa X FDN = FDNfe
de 1,18 mmb
Padrão 1,00 1,00 100,0 100,0
Feno de gramínea, longo 1,00 0,98 65,0 63,7
Feno de leguminosa, longo 0,95 0,92 50,0 46,0
Silagem de leguminosa, cortada grosso 0,85 0,82 50,0 41,0
Silagem de leguminosa, cortada fino 0,70 0,67 50,0 33,5
Silagem de milho 0,85 0,81 51,0 41,5
Grãos de cervejaria 0,40 0,18 46,0 8,3
Milho moído 0,40 0,48 9,0 4,3
Farelo de soja 0,40 0,23 14,0 3,2
Cascas de soja 0,40 0,03 67,0 2,0
Farelo de arroz 0,40 0,005 56,0 0,3
a
Fatores efetivamente físicos padronizados baseados na atividade de mastigação
(Tabela 3).
b
Foi feita uma movimentação vertical para separação das partículas.

Lammers et al. (1996) descreveu um sistema simples de 2


peneiras (4 e 6 mm), que é agitado manualmente usando de movimento
horizontal (Penn State Separator). Os autores mostraram que a retenção de
proporções nas peneiras correspondem ao pef medido na atividade
mastigatória (Tabela 3) para silagem de milho e outros alimentos.
Segundo Mertens (2001) os valores de peFDN são fundamentais
no balanceamento de rações para vacas leiteiras. Este autor, sumarizando
dados de vários experimentos relacionando porcentagem de gordura no
leite e pH ruminal concluiu que o mínimo de peFDN necessário para manter
a porcentagem de gordura do leite de vacas holandesas a 3,4% e de 19,7 %
e de no mínimo 22,3% de peFDN para manter um pH ruminal de 6,0,
sugerindo um valor mínimo de 21,0 % em rações de vacas leiterias.

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TABELA 15. Características de rações formuladas para conter um mínimo de FDNfe


de 21% da MS, para uma vaca de 600 kg, produzindo 30 kg de leite
corrigido para 4% de gordura por dia. (Adaptado de Mertens, 2001)

Silagem Feno de Cascas de algodão Sub-produtos + Fibra


Ingrediente
de milho bermuda + feno de bermuda feno de bermuda média
Feno de bermuda, % 0 25,2 11,6 12,0 12,2
Silagem de milho, % 51,9 0 0 0 13,0
Grão de milho, % 28,6 61,3 59,9 29,3 44,8
Farelo de soja, % 19,5 13,5 16,8 5,0 13,7
Cascas de algodão, % 0 0 11,7 0 2,9
Sub-produtosa, % 0 0 0 53,7 13,4
Características
Consumo de MS
18,5 18,4 18,6 18,0 18,4
(kg/dia)
ELL (Mcal/kg MS) 1,75 1,76 1,74 1,80 1,76
Proteína bruta (%) 16,8 16,9 16,7 17,3 16,9
FDN (%) 26,0 26,4 27,6 40,5 30,1
CNF (%) 49,3 49,0 49,0 33,0 45,1
a
25% de protenose de milho, 25% de grãos de cervejaria, 25% de grãos de
destilaria e 25% de cascas de soja.

6.7 QUALIDADE DE FORRAGEIRAS ASSOCIADAS COM


CARBOIDRATOS

A qualidade de leguminosas e gramíneas pode ser avaliada pelo


tipo e quantidade de material fibroso na planta, caracterizado pelas frações
de carboidratos presentes na FDN e FDA. O aumento dos níveis de FDN
em forrageiras e, ou dietas esta associado a limitação na ingestão de
matéria seca. Da mesma maneira, a fibra em detergente ácido (FDA) está
associada com a digestibilidade. Um aumento no complexo lignina
indigestível, reduz a digestibilidade da forrageira (correlação negativa). O
conteúdo de proteína das forrageiras é importante, mas não afeta as duas
características de qualidade mais importantes: ingestão e digestibilidade.

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6.7.1 Índice de valor relativo

O valor relativo de uma forrageira, "relative feed value - RFV", é


um índice que combina os fatores nutricionais importantes de digestibilidade
e ingestão em um número que serve como um método fácil e efetivo para
avaliar a qualidade de leguminosas e gramíneas. Este método foi proposto
para as condições de forrageiras nos Estados Unidos da América (Linn et
al., 1987, citados por Linn e Kuehn, 1997) As análises de FDN e FDA são
usadas para calcular o potencial de ingestão de MS (equação 1) e
digestibilidade da matéria seca (equação 2), que, são usadas na equação
de valor relativo (equação 3).
O RFV não tem nenhuma unidade e é usado somente como um
índice para avaliar leguminosas, gramíneas, fenos, pré-secados, etc. O RFV
compara o valor das diferentes forrageiras com um padrão, que é a alfafa,
com um RFV de 100. Os fenos ordenados por RFV são caracterizados a um
grau padrão de qualidade, ranqueados de superior, e em ordem
decrescente grau 1, 2, 3, 4 e 5 (Tabela 16 ).
As equações propostas para o cálculo do RFV, são:

MSI (% do peso vivo) = 120 / % FDN da MS das forragens (equação 1)

MSD (%) = 88,9 - 0,779 × % FDA da M S das forragens (equação 2)

RFV = (MSI x MSD) / 1,29 (equação 3)

Onde:
MSI (matéria seca ingerida); FDN (fibra em detergente neutro); MSD
(matéria seca digestivel); MS (matéria seca); FDA (fibra em detergente
ácido); RFV (índice de valor relativo).

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Algumas considerações devem ser feitas com relação a este


sistema, principalmente por sua aplicabilidade nas condições de forrageiras
tropicais, mas de certa maneira, é um indicador prático das características
de volumosos e que se adaptado pode ser um bom indicativo para as
condições de Brasil.
Procurando uma maneira semelhante de avaliar as forrageiras
tropicais, propomos um índice de valor forrageiro (IVF) que tenta de certa
maneira comparar de maneira simples e sem nenhuma metodologia
complicada, as diferentes forrageiras tropicais. Baseado nas informações
práticas e de literatura, tomamos por base um padrão, que poderia ser
considerado como uma silagem de milho de excelente qualidade, em que os
valores de FDN e FDA estariam nos níveis de 50% e 30 %,
respectivamente. Acho, que poderíamos considerar que uma silagem de
milho, principal forrageira de “qualidade” encontrada nas condições de
Brasil com estes níveis, seria a principal forrageira denominada padrão. Da
mesma forma que é proposto para o RFV, e devido as equações serem
extremamente práticas e apropriadas, o IVF usa as mesmas equações do
RFV, ou seja:
MSI (% do peso vivo) = 120 / % FDN da MS das forragens (equação 1)
MSD (%) = 88,9 - 0,779 × % FDA da MS das forragens (equação 2)
VF = (MSI x MSD) / 1,29 (equação 3)

Na Tabela 16 são mostrados os valores de RFV e IFV, o qual o


grau de qualidade do volumoso tem os mesmo níveis de variação.
Com base em alguns resultados de literatura, a Tabela 17 mostra
os valores de FDN, FDA, MSI, MSD e IFV de várias forrageiras tropicais. O
intuito básico desta proposição é provocar uma discussão para que
possamos no futuro aprimorá-lo e definir um índice ajustável para que possa
ser utilizado de forma prática, no campo, para uma avaliação mais
adequada dos diferentes volumosos tropicais.

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TABELA 16. Graus de qualidade padrão de volumosos determinados pelo RFV e


proposição de um IVF (índice de valor forrageiro) para volumosos
tropicais

Grau RFV (Estados Unidos) IVF (Forrageiras Tropicais)


Superior > 151 > 122
1 125 – 151 97 – 121
2 103 – 124 80 – 97
3 87 – 102 64 – 79
4 75 – 86 52 – 63
5 < 75 < 51

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TABELA 17. Índice de valor relativo de algumas forrageiras. (Dados de literatura


brasileira)

Forrageiras FDN FDA MSD MSI IVF


Alfafa verde 38,31 29,99 65,5 3,13 159
Padrão 50,00 30,00 65,5 2,40 122
Feno de alfafa, média 49,81 38,06 59,3 2,41 111
Silagem de sorgo, média 54,85 30,81 64,9 2,19 110
Silagem de aveia 52,79 35,04 61,6 2,27 109
Cana-de-açúcar, 0-120 d 54,77 35,38 61,3 2,19 104
Silagem de milho, média 58,03 32,22 63,8 2,07 102
Soja perene, média 57,18 44,05 54,6 2,10 89
Silagem de girassol 65,88 34,95 61,7 1,82 87
Bagaço de tomate 57,26 48,01 51,5 2,10 84
Sorgo 67,50 38,93 58,6 1,78 81
Capim-elefante, média 68,50 40,79 57,1 1,75 78
Capim-andropogon 71,42 42,00 56,2 1,68 73
Feno S. guianensis 63,65 50,09 49,9 1,89 73
Capim-taiwan 67,56 46,22 52,9 1,78 73
Brachiaria brizanta, média 74,94 39,42 58,2 1,60 72
Capim-jaraguá 69,35 45,94 53,1 1,73 71
Brachiaria decumbens, média 75,60 43,05 55,4 1,59 68
Capim-coastcross 76,39 42,43 55,8 1,57 68
Capim-colonião 75,73 43,85 54,7 1,58 67
Feno de aveia, média 73,21 47,36 52,0 1,64 66
Capim-Buffel 75,52 47,60 51,8 1,59 64
Capim-gordura, média 78,45 45,12 53,8 1,53 64
Tifton 85 79,78 45,29 53,6 1,50 63
Bagaço hidrolisado, média 77,22 49,00 50,7 1,55 61
Feno de Tifton 79,85 47,41 52,0 1,50 61
Bagaço de cana 72,76 57,96 43,7 1,65 56
Feno de coast-cross 89,86 45,33 53,6 1,34 55
Capim-estrela 85,50 52,50 48,0 1,40 52
Feno B. decumbens 93,49 53,20 47,5 1,28 47

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6.7.2 Avaliação energética de forrageiras

Da mesma maneira, os alimentos podem ser avaliados por sua


características principalmente por seu conteúdo nas frações de
carboidratos. De acordo com Weiss (1999), o principal sistema de energia
usado nos Estados Unidos é o NDT (nutriente digestíveis totais) que tem
sido usado por mais de 100 anos, e ainda é utilizado para calcular a maioria
das formas de energia, tais como, ED (energia digestível), EM (energia
metabolizável) e energia líquida para ganho (Elg) e lactação (ELl).

O NDT é calculado classicamente como:

NDT % = PBD(%) + FBD(%) + ENND(%) + 2,25 x EED(%)

Sendo que PBD, FBD, ENND e EED, significam, respectivamente,


proteína bruta digestível, fibra bruta digestível, extrativo não nitrogenado
digestível e extrato etéreo digestível.

No sistema de Cornell, o NDT é calculado como:

NDT(%) = PBD (%)+ 2,25 EED(%) + CHOTD (%)

Sendo que CHOTD é definido como carboidratos totais


digestíveis.

Weiss (1999) sugere que o NDT seja calculado como:

NDT (%)= PBD(%) + 2,25 x EED(%) + CNFD (%) + FDND(%)

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Sendo CNFD carboidratos não fibrosos digestíveis e FDND fibra


em detergente neutro digestível.
Uma maneira pratica de se estimar a fração de FND digestível é
através da seguinte equação:

0,67
FDND (%) = 0,75 x (FDN – lignina) x [(1 – lignina / FDN) ]

A Universidade de Ohio, desenvolveu uma série de equações para


estimar o valor energético dos alimentos, considerando todas os
componentes e principalmente as frações associadas a carboidratos. Estas
equações podem ser visualizadas na Tabela 18.

TABELA 18. Equações da Universidade de Ohio para estimar NDT e Ell dos
alimentos volumosos. (Adaptado de Weiss, 1999)

Equações para estimar a digestibilidade


Fração do alimento
verdadeira
–0,012 x NIDA
[ 1 ] PB das forragens (PBd) PB x e
[ 2 ] Carboidratos não fibroso (CNFd) 0,98 x ( 100 – FDNPB - PB – Cinzas – EE)
[ 3 ] Gordura (EEd) 0,90 x (EE – 1) x 3,0
0,667
[ 4 ] Fibra em detergente neutro (FDNd) 0,75 x ( FDNPB - L) x [ 1 - (L / FDNPB ) ]
NDT, % { [ 1 ]+ [ 2 ] + [ 3 ] + [ 4 ] – 7 }
ELl ( Mcal / Kg ) 0,0244 x NDT – 0,1200
PB – proteína bruta em %; NIDA – nitrogênio insolúvel em detergente neutro (% do
N total);FDNPB – FDN livre de proteína bruta em %; EE – extrato etéreo em %;
L = lignina em ácido sulfúrico em %.

Segundo o NRC (1996), o uso de NDT não tem nenhuma


vantagem ou desvantagem sobre a energia digestível (ED) para descrever o
valor energético dos alimentos ou expressar as exigências dos animais e
considera que 1 kg de NDT equivale a 4,4 Mcal de ED.

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Para converter ED em energia metabolizável (EM) o NRC (1989)


utiliza a equação descrita por Moe e Tyrrell (1976) em que:

EM (Mcal/kg MS) = -0,45 + 1,01 ED (McaL/kg MS).

O NRC(1996) considera que EM = 0,82 . ED.

Mertens (1992) sugere estimar a ELl para volumosos como sendo:

EL de gramíneas = 2,863 – 0,0262% FDN;


EL de leguminosas = 2,323 – 0,0216% FDN.

Weiss (1999) comparou os valores de ELl, usando os valores


tabelados do NRC (1989) e os calculados dividindo-se a soma dos
requerimentos de energia líquida pelo consumo de MS, a partir dos
resultados de pesquisa publicados pelo Journal of Dairy Science de 1991 a
1996. Encontrou que os valores de ELl calculados a partir dos valores de
energia tabelados foram 7% maiores do que os calculados pelos
requerimentos, o que significa estarem os valores de energia líquida dos
alimentos superestimados, ou os requerimentos subestimados ou uma
combinação de ambos.
Para determinar o teor de ED dos alimentos, Weiss (1999) sugere
calculá-lo como:

ED (Mcal/kg) = 0,0415 CNFD + 0,056 PBD + 0,094 EED + 0,0415 FDND - 0,3

Sendo que 0,3 representa a energia metabólica fecal e esses


valores são considerados para mantença.

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Para animais em produção, sugere-se o desconto padrão de 4%


no valor energético dos alimentos para cada aumento no nível de
alimentação acima da mantença recomendado pelo NRC (1989).
Weiss (1999) sugere calcular EM de acordo com NRC (1989) e a
ELl (Mcal/kg) = 0,7 EM - 0,19.

TABELA 19. Resultados de digestibilidade in vitroa (Adaptado de Chase e Overton,


2000)

Alimento Análises Média Desvio Mínimo Máximo


b
Feno IVTD, % 67,5 11,2 45,3 85,8
c
DFDN, % 41,0 9,0 24,0 62,0
d
IVTD-ELI, Mcal/Kg 0,55 0,11 0,32 0,70
b
Pré-secado IVTD, % 70,8 10,5 40,9 83,8
c
DFDN, % 48,0 8,0 28,0 61,0
d
IVTD-ELI, Mcal/Kg 0,57 0,11 0,28 0,71
b
Silagem de Milho IVTD, % 72,5 10,5 47,3 87,4
c
DFDN, % 43,0 7,0 28,0 54,0
d
IVTD-ELI, Mcal/Kg 0,63 0,12 0,36 0,81
b
Ração Total IVTD, % 81,7 3,3 74,5 87,1
c
DFDN, % 51,0 7,0 41,0 62,0
d
IVTD-ELI, Mcal/Kg 0,73 0,04 0,64 0,81
A - DAIRY ONE FORAGE LAB; B - digestibilidade verdadeira in vitro; C -
digestibilidade da FDN; D – ELI calculada do valores de dFDN.

Muitas estimativas de NDT e energia de forrageiras e de grãos


são baseadas em equações de regressão que usam fibra em detergente
ácido e algumas vezes fibra em detergente neutro como indicativos.
Segundo Ishler et al. (1998) nem todos os laboratórios computam estas
estimativas da mesma maneira. As principais equações utilizadas são
mostradas na Tabela 20.

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TABELA 20. Equações de regressão para estimar o valor de energia de forrageiras.


(Adaptado de Ishler et al., 1998)

Energia Líquida de lactação ELl Nutrientes Digestíveis Totais


Forrageira
(Mcal / kg) (%)
Leguminosas ELl = 2,30 – (0,0262 x FDA) NDT = 4,898 + (ELI X 40,767)
Gramíneas e Leguminosas ELl = 2,39 – (0,0280 x FDA) NDT = 4,898 + (ELI X 40,767)
Gramíneas, sorgo ELl = 2,39 – (0,0273 x FDA) NDT = 4,898 + (ELI X 40,767)
Silagem de Milho ELl = 2,30 – (0,0273 x FDA) NDT = 31,4 + (ELI X 24,107)

6.8 CONCLUSÕES

Os carboidratos são os principais componentes das dietas de


ruminantes e estão presentes em todas as forrageiras tropicais em níveis
acima de 65 %. O conhecimento de suas frações, permite o entendimento
de suas características e importância no balanceamento das dietas, na
avaliação da qualidade de alimentos e em estimativas de seu valor
nutricional.
No Brasil temos poucos dados associados ao fracionamento de
carboidratos e ainda falta uma uniformização nos métodos de determinação
para melhor avaliação e comparação dos valores. Apesar disto, os dados
oriundos das pesquisas têm mostrado níveis extremamente altos de FDN e
FDA em nossas forrageiras, o que, induz, a um menor valor nutricional
quando comparado com forrageiras de outras regiões.

6.9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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II Simpósio de Forragicultura e Pastagens – NEFOR – UFLA


Júlio César Teixeira

TABELA 21. Composição bromatológica de algumas forrageiras (Dados da literatura


brasileira)

Forrageiras MS PB EE MM CT FDN FDA CNE CEL HEM LIG NDT Referências


Valadares,
Alfafa verde 28,30 20,20 1,54 8,69 69,57 38,31 29,99 31,26 8,32 59,51
2000
Bagaço cana Borges et al.,
40,99 2,90 1,36 5,08 90,66 77,22 69,60 13,44 56,10 7,62 13,50 59,00
hidrolisado 1997
Bagaço cana Borges et al.,
40,90 2,90 1,36 5,08 90,66 77,22 69,62 13,44 56,12 7,60 13,50 59,00
hidrolisado 1998
Bagaço
hidrolisado, 40,95 2,90 1,36 5,08 90,66 77,22 69,61 13,44 56,11 7,61 13,50 59,00
média
Bagaço de Valadares,
58,06 1,60 2,59 3,66 92,15 72,76 57,96 19,39 46,09 14,80 11,87
cana 2000
Bagaço de Salviano et
92,90 17,44 11,08 4,21 67,27 57,26 48,01 10,01 9,25
tomate al., 1997
Brachiaria Franco et al.,
13,20 10,30 2,50 9,70 77,50 69,50 34,50 8,00 35,00
brizanta 2000
Brachiaria Franco et al.,
15,30 9,40 2,70 8,20 79,70 72,20 35,90 7,50 36,30
brizanta 2000
Brachiaria Franco et al.,
17,50 9,00 2,50 9,50 79,00 72,10 36,80 6,90 35,30
brizanta 2000
Brachiaria Malafaia et
30,20 7,50 0,70 6,38 85,42 80,45 44,94 4,97 36,64 35,51 8,30
brizanta al., 1996
Brachiaria Valadares,
30,20 7,50 0,70 6,38 85,42 80,45 44,94 4,97 35,51
brizanta 2000
Brachiaria
brizanta, 21,28 8,74 1,82 8,03 81,41 74,94 39,42 6,47 36,64 35,52 8,30
média
Brachiaria Valadares,
36,11 5,75 1,26 6,37 86,62 72,89 39,44 13,73 33,84 33,45 5,60
decumbens 2000
Brachiaria Teixeira et
23,70 6,10 3,00 70,70 42,70 28,00
decumbens al., 1998
Brachiaria Teixeira et
27,80 4,60 2,20 76,20 40,40 35,80
decumbens al., 1998
Brachiaria Malafaia et
28,90 7,21 1,21 8,19 83,39 75,81 44,79 7,58 37,31 31,02 7,48
decumbens al., 1996
Brachiaria Valadares,
32,75 7,26 1,21 6,70 84,83 75,81 44,79 9,02 31,02
decumbens 2000
Brachiaria Rodrigues et
22,00 4,30 82,20 46,20 38,20 36,00 8,00
decumbens al., 1995
Brachiaria
decumbens, 28,54 5,87 1,78 7,09 84,95 75,60 43,05 10,11 36,45 32,55 7,03
média

II Simpósio de Forragicultura e Pastagens – NEFOR – UFLA


Júlio César Teixeira

TABELA 21. Continuação .... (Dados da literatura brasileira)

Forrageiras MS PB EE MM CT FDN FDA CNE CEL HEM LIG NDT Referências


Cana-de-
açúcar, Valadares,
21,78 6,64 6,01 54,77 35,38 25,25 19,39 10,13
2000
0-120 d
Capim- Valadares,
21,90 11,19 71,42 42,00 38,21 29,42 3,79
andropogon 2000
Salviano et
Capim-Buffel 90,30 6,26 2,99 8,25 82,50 75,52 47,60 6,98 27,92
al., 1997
Capim- Valadares,
24,28 13,01 1,46 8,69 76,84 76,39 42,43 0,45 33,96
coastcross 2000
Capim- Valadares,
28,73 6,59 1,87 7,34 84,20 75,73 43,85 8,47 36,03 31,88 7,82 43,33
colonião 2000
Capim- Pinto et al.,
37,40 3,20 1,50 58,20 30,40 27,80
elefante 1996
Capim- Valadares,
23,10 6,20 2,57 9,39 81,84 74,99 43,75 6,85 37,81 31,24 5,94 52,91
elefante 2000
Capim- Valadares,
22,03 6,23 2,38 9,43 81,96 72,28 46,45 9,68 39,02 25,83 7,43 50,21
elefante 2000
Capim- Malafaia et
22,10 5,95 1,23 10,14 82,68 76,71 48,96 5,97 39,60 27,75 9,36
elefante al., 1996
Capim- Malafaia et
17,10 9,10 3,30 12,40 75,20 60,30 34,40 14,90 29,90 25,90 4,50
elefante al., 1996
Capim-
elefante, 24,35 6,14 2,20 10,34 80,42 68,50 40,79 9,35 36,58 27,70 6,81 51,56
média
Capim- Muhlbach et
5,00 85,50 52,50 34,00 33,00 18,50
estrela al., 1995
Capim- Malafaia et
27,80 8,22 1,51 9,32 80,95 78,33 42,91 2,62 36,09 35,42 6,82
gordura al., 1996
Capim- Valadares,
48,32 7,51 1,51 8,20 82,78 78,57 47,32 4,21 40,43 31,25 6,89 50,15
gordura 2000
Capim-
gordura, 38,06 7,87 1,51 8,76 81,87 78,45 45,12 3,41 38,26 33,34 6,86 50,15
média
Capim- Valadares,
50,24 9,47 69,35 45,94 39,50 23,41 6,44 47,50
jaraguá 2000
Capim- Valadares,
17,45 6,73 67,56 46,22 39,73 21,34 6,49
taiwan 2000
Feno B. Malafaia et
88,80 2,85 0,94 2,78 93,43 93,49 53,20 -0,06 42,71 40,29 10,49
decumbens al., 1996
Feno de Velho et al.,
85,24 15,86 5,92 8,85 69,37 39,46 31,12 29,91 23,87 8,34 7,25
alfafa 2000
Feno de Ladeira et
83,50 18,60 44,70 35,20 9,50
alfafa al., 2000

II Simpósio de Forragicultura e Pastagens – NEFOR – UFLA


Júlio César Teixeira

TABELA 21. Continuação .... (Dados da literatura brasileira)

Forrageiras MS PB EE MM CT FDN FDA CNE CEL HEM LIG NDT Referências


Feno de Valadares,
87,35 18,06 2,44 9,13 70,37 51,97 36,58 18,40 26,68 15,39 9,90 56,86
alfafa 2000
Feno de Ladeira et
90,00 17,00 53,40 41,50 28,60 11,90 12,90
alfafa al., 2000
Feno de Ladeira et
88,80 16,30 59,50 45,90 36,00 13,60 9,90
alfafa al., 2000
Feno de
86,98 17,16 4,18 8,99 69,87 49,81 38,06 24,16 28,79 11,75 9,99 56,86
alfafa, média
Feno de Borges et al.,
89,14 7,75 2,48 6,49 83,28 73,21 47,36 10,07 37,83 25,85 9,53 63,40
aveia 1998
Feno de Borges et al.,
91,06 7,75 2,48 6,49 83,28 73,21 47,36 10,07 37,83 25,85 9,53 63,40
aveia 1998
Feno de
90,10 7,75 2,48 6,49 83,28 73,21 47,36 10,07 37,83 25,85 9,53 63,40
aveia, média
Feno de Malafaia et
88,90 7,38 1,34 5,03 86,25 89,86 45,33 -3,61 36,26 44,53 9,07
coastcross al., 1996
Feno de Freitas et al.,
75,99 7,15 79,85 47,41 40,92 32,44 6,49
Tifton 2000
Feno S. Ladeira et
91,63 9,84 4,74 63,65 50,09 38,26 13,56 11,83
guianensis al., 2000
Berto e
Silagem de
37,50 14,00 52,79 35,04 17,75 Muhlbach,
aveia
1995
Silagem de Valadares,
30,10 11,73 65,88 34,95 30,93
girassol 2000
Silagem de Itavo et al.,
31,00 8,31 1,12 45,13 20,09 25,04
milho 1999
Silagem de Macedo et
25,08 8,54 2,26 6,00 83,20 49,43 32,90 33,77 28,90 16,53 4,00
milho al., 2000 a
Silagem de Macedo et
25,08 8,54 2,26 6,00 83,20 49,43 32,92 33,77 28,92 16,51 4,00
milho al., 2000 b
Silagem de Valadares,
30,67 6,73 2,76 5,35 85,16 58,03 32,43 27,13 26,31 25,60 6,12 63,03
milho 2000
Silagem de Gonçalves et
31,86 5,45 4,16 61,27 31,85 27,27 29,42 4,58
milho al., 1998
Silagem de Moreira et
26,82 5,67 1,48 64,22 29,91 34,31
milho al., 2000
Silagem de Teixeira et
28,37 5,77 61,83 36,27 25,56 56,88
milho al., 1998
Silagem de Teixeira et
30,20 7,30 63,70 35,50 28,20
milho al., 1998

II Simpósio de Forragicultura e Pastagens – NEFOR – UFLA


Júlio César Teixeira

TABELA 21. Continuação .... (Dados da literatura brasileira)

Forrageiras MS PB EE MM CT FDN FDA CNE CEL HEM LIG NDT Referências


Silagem de Malafaia et
28,80 5,96 1,80 5,88 86,36 69,21 38,14 17,15 28,98 31,07 9,16
milho al., 1996
Silagem de
28,65 6,92 1,95 5,48 84,48 58,03 32,22 27,96 28,08 25,80 5,57 59,96
milho, média
Silagem de Valadares,
32,63 8,25 45,70 25,17 22,14 20,53 3,03
sorgo 2000
Silagem de Cabral et al.,
35,20 8,46 7,05 51,35 28,37 22,98
sorgo 2000
Silagem de Lanna et
26,20 7,40 2,00 67,50 38,90 32,00 28,60 6,90
sorgo al.,1996
Silagem de
31,34 8,04 2,00 7,05 54,85 30,81 27,07 24,04 4,97
sorgo, média
Valadares,
Soja perene 24,12 16,11 3,45 9,05 71,39 57,18 44,04 14,21 13,14
2000
Malafaia et
Soja perene 27,50 15,87 1,18 8,53 74,42 57,18 44,06 17,24 24,11 13,12 19,95
al., 1996
Soja perene,
25,81 15,99 2,32 8,79 72,91 57,18 44,05 15,73 24,11 13,13 19,95
média
Malafaia et
Tifton 85 24,30 10,22 1,46 8,69 79,63 79,78 45,29 -0,15 36,90 34,49 8,39
al., 1996

II Simpósio de Forragicultura e Pastagens – NEFOR – UFLA

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