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Organização da sociedade civil de interesse público

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Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ou OSCIP é um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil, cuja finalidade é facilitar
o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que doações
realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda.[1] OSCIPs são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um certificado
emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência
administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria, que são uma alternativa interessante
aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em prestar contas.

Índice

 1Diferenças entre OSCIP e ONG


 2Os pré-requisitos para se criar uma OSCIP
 3Referências
 4Ligações externas

Diferenças entre OSCIP e ONG[editar | editar código-fonte]


De modo geral, a OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) é entendida como uma instituição em si mesma, ou seja, qualificada
pela lei 9.790 de 23/03/99 (Lei do Terceiro Setor). Já a ONG (organização não governamental) é basicamente uma sigla, e não um tipo específico de
organização, como são as OSCIPs[2].
Pode-se dizer que as OSCIPs são o reconhecimento oficial e legal mais próximo do que modernamente se entende por ONG, especialmente porque
são marcadas por exigências legais de prestação de contas referente a todo o dinheiro público recebido do Estado.[3] O termo de parceria assinado
pela OSCIP com o poder público prevê inclusive sanções e penalidades em caso de descumprimento das obrigações legais.[4] Contudo, ser uma
OSCIP é uma opção institucional, não uma obrigação.
Em geral, o poder público divide com a sociedade civil o encargo de fiscalizar o fluxo de recursos públicos em parcerias, o que pode incentivar a
realização de tais parcerias. A OSCIP é uma organização da sociedade civil que, em parceria com o poder público, utilizará também recursos
públicos para suas finalidades, dividindo dessa forma o encargo administrativo e de prestação de contas.

Os pré-requisitos para se criar uma OSCIP[editar | editar código-fonte]


A lei que regula as OSCIPs é a nº 9.790, de 23 março de 1999. Esta lei traz a possibilidade das pessoas jurídicas (grupos de pessoas ou
profissionais) de direito privado sem fins lucrativos serem qualificadas, pelo Poder Público, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público — OSCIPs e poderem com ele relacionar-se por meio de parceria, desde que os seus objetivos sociais e as normas estatutárias atendam os
requisitos da lei.
Esta lei sofreu algumas alterações com a chegada da Lei 13.019, de 31 de julho de de 2014, a qual estabelece o regime jurídico das parcerias
voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos financeiros, entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime
de mútua cooperação para a consecução de finalidades de interesse público; define diretrizes para a política de fomento e de colaboração com
organizações da sociedade civil; institui o termo de colaboração e o termo de fomento; e altera as Leis nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de
23 de março de 1999. Essas alterações se encontram nos Artigos 85 e 86 desta nova Lei.[4]
Um grupo só recebe a qualificação de OSCIP depois que o estatuto da instituição que se pretende formar tenha sido analisado e aprovado pelo
Ministério da Justiça. Entre os requisitos previstos na lei, há a necessidade de que o objeto da OSCIP seja enquadrado em uma das seguintes
categorias[4]:

 promoção da assistência social;


 promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
 promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei;
 promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei;
 promoção da segurança alimentar e nutricional;
 defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
 promoção do voluntariado;
 promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
 experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
 promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;
 promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais;
 estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos
que digam respeito às atividades mencionadas acima.
Além disso a OSCIP deve cumprir todas os requisitos previstos no código civil para a constituição de associação.[4]

Referências
1. ↑ Pessoa jurídica pode deduzir doações a OSCIP no imposto de renda
2. ↑ SEBRAE AP - Como abrir uma OSCIP
3. ↑ Terceiro Setor OnLine - Estatuto passo-a-passo
4. ↑ Ir para:a b c d Lei Federal n° 9.790, de 23 de março de 1999

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


 Lei Nº 9.790/1999 — "Marco Legal" das OSCIPs/ONGs
 Página do Ministério da Justiça
 Página do Sebrae — Minas Gerais
 SEBRAESP
 Manual MAIS para o Terceiro Setor
[Esconder]
v•e

Pessoas jurídicas no direito administrativo e comercial brasileiro


 Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
 Registro civil de pessoas jurídicas (RCPJ)
 Número de identificação no Registro de Empresas (NIRE)
Gerais
 Inscrição estadual (I.E.)
 Inscrição municipal (I.M.)
Cadastramento  Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE)
 Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (CEPIM)
de Controle  Cadastro Nacional das Empresas Punidas (CNEP)
 Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS)
 Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Específicos
 Cadastro Nacional das Organizações Não-Governamentais (CNO)
 Razão social
Atributos
 Nome fantasia
 Desconsideração da personalidade jurídica
 Privatização
 Concessão
 Nacionalização
 Confiscação
 Desapropriação
 Encampação
 Estatização

Práticas e processos Extinção
 Liquidação
 Incorporação
 Cisão
 Fusão
 Concordata
 Falência
 Oferta pública de ações
 Oferta pública de aquisição
 RECAP
 REIDI
 REFRI

Reg. tributários RET

especiais REPES
 REPORTO
 SIMPLES Nacional
 ZPE
da administração  União†
Tipologia direta†
pública‡  Estado†
 Distrito Federal†
 Município†
 Território federal†
 Autarquia†
 Agência executiva†
 Agência reguladora†
 Fundação pública
indireta‡
 Empresa estatal
 Empresa pública
 Sociedade de economia mista
 Consórcio público‡
 Serviço social autônomo (SSA)
 Organização social (OS)
Entidade paraestatal
 Organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP)
 Associação
 Cooperativa
 Entidade filantrópica
 Entidade pública empresarial
 Fundação
 Organização não governamental (ONG)
 Microempreendedor individual (MEI)
 Microempresa (ME)
 Empresa de pequeno porte (EPP)
Pessoa privada Empresa de grande porte
 Empresa virtual (ILTDA)
 Sociedade
 Sociedade anónima (S/A)
 Sociedade em comandita por ações
 Sociedade em comandita simples
 Sociedade em nome coletivo
 Sociedade empresária
 Sociedade limitada (LTDA)
 Sociedade por ações
de direito  Organização internacional
público externo Estado estrangeiro
 † Necessariamente, de direito público interno
 ‡ Possivelmente, de direito público interno
 Todos os demais são, necessariamente, de direito privado

 Empresas no Ibovespa
 Autarquias federais
Listas
 Empresas estatais
 Entidades do Sistema S
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