VIDROS TELURITOS CO-DOPADOS COM Eu-Yb A VÁCUO PARA A UTILIZAÇÃO EM UMA

CÉLULA SOLAR

RITA ANDRADE DA SILVA1; SANDRO MARCIO LIMA1; LUIS HUMBERTO DA CUNHA

ANDRADE1
1 Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, C.P. 351, Dourados, MS.

Introdução: Vidros dopados com elementos terras-raras (TR), preparados em fusão a vácuo
eliminam a presença de hidroxila (OH-), obtendo assim altos valores de eficiência quântica de
emissão de íons dopantes, de grande interesse para aplicação em células solares [1-2]. Eu-Yb na
matriz telurito à vácuo não são previamente registrado na literatura, o que caracteriza este trabalho
como inédito. Objetivo: O objetivo desse trabalho é preparar teluritos co-dopados com Eu e Yb com
fusão à vácuo afim de caracterizar ótica e estruturalmente esses vidros e verificar o mecanismo de
foto conversão do Eu para Yb. Métodos e Materiais: Foram produzidas amostras de vidro telurito
80%TeO2-20%Li2O dopadas Eu2O3 e co-dopadas com Yb2O3 em forno de indução à vácuo.
Posteriormente foi feito a caracterização através da absorção óptica ultravioleta, visível e
infravermelho próximo (UV-Vis-NIR), excitação óptica e luminescência e tempo de vida de
decaimento radiativo. Resultados e discussões: Nos espectros de absorção é possível notar
quando aumenta a concentração do terra rara Európio há um deslocamento da banda do vidro para o
azul (blue shift) mostrada na Figura 1.a). Foi observado as linhas do Európio na matriz TL (Telúrio-
Lítio) mostrada na Figura 1.b). A melhor região de excitação do terra rara é em 395 nm que é uma
região próxima ao ultravioleta, nessa região o espectro solar é muito intenso, considerando que esta
amostra será co-dopada com Itérbio para aplicação em célula solar esta característica será muito
importante. Com os mapas de emissão evidenciou-se que o íon de Európio terá grande potencial
quando combinado a outro íon terra rara para melhorar a eficiência das células solares, já que a sua
maior excitação é na região onde o espectro solar é bastante intenso e a célula de silício cristalino
possui baixa absorção. Conclusão: Em conclusão, nossos resultados sugerem este material como
promissor para utilização em célula solar, além de ser um projeto inovador e com grande potencial
para publicações.
a) b) 25 80Te20Li0.5Eu
80Te20Li1.0Eu
coeficiênte de absorção (cm-1)

80Te20Li2.0Eu
5
20 80Te20Li4.0Eu

15

0
10
2000 2100 2200

0
400 450 500 550 600 650 700 750
comprimento de onda (nm)

Figura 1. a) Espectro de absorção e representação do diagrama de níveis de energia do

Európio. b) Espectro de absorção UV/VIS/NIR da amostra 80Te20Li dopadas com 0,5; 1,0; 2,0
e 4,0% de Európio

Referências:
[1] A. C. P. Rocha, L. H. C. Andrade, S. M. Lima, A. M. Farias, A. C. Bento, M. L. Baesso, Y. Guyot,
and G. Boulon, Optics Express 20 (2012) 10034-10041.
[2] L. H. C. Andrade, S. M. Lima, A. Novastski, P. T. Udo, N. G. C. Astrath, A. N. Medina, A. C. Bento,
M. L. Baesso, Y. Guyot, and G. Boulon, Physical Review Letters, 100 (2008) 1- 4.

Palavras-chave: vidros teluritos, íons terras-raras, celular solar.

Agradecimentos: Capes e FUNDECT/MS.

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