Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PERGUNIE
E
RESPOf\JDEREMOS
ON-lINE
Marxi5mo, Comunilmo
e Criftianlsmo
o Poder d a Mente
NOVEMBRQ.DEZEMBRO -1985
PERGUNTE"e RESPONDEREMOS Novembro · Dezembro - 1985
Publicllçlo ""ANIl N9283
Diretor·Responstvel: SUMARIO
Esthio Iknencoutt osa F.la um grand. e1tudioto :
Autor • R. dator d . tod•• m.tll ria
O HOMEM NA URSS.....•••. " ....•• 447
publicade ntne' Ptlri6dlco
Diretor·Admlnlstrador A c:onstnt. pqunti:
" MAR XISMO, COMUNISMO E CRISTIANISMO :
O. Hlldebrando P. hWtins OS B DESAFIO Ou DIÁLOGO?" por G. Rosa • •. 461
P.... onde vai a Alblnla?
Adminlst~ _ didribuiç:lo: OPRIMEIROESTADOATEU DO MUNDO 473
Ediç&s Lumen Chrlstl Sobre I Teologia da Libertaçio:
Dom Gerwdo, 40 - fP. and. r, S/501
" DE CL ARACION DE LOS ANDES" • •.• • 480
T.I. : (021' 291·7122
Caixa postal 2668 Frente às Testl munhude Jeovi:
20001- Rio d. Janeiro - RJ A SS. TRINDADE: FORMU LA PAGÃ? ..• 486
Um livro que fal.alto :
t
"O QUE RELIGIÃO", pór RubaJl'l Alves.• 496
Assinatura de 1986 (paga até " Processo" ao Processo de Cenonluçio:
31112/1985) : Cr$ 80.000
MARIA GORETTI : SANTA POR ENGANO? 506
Para pagamento da assinatura de
1986, queira depositar 8 impon.ln- Fala I Santa 811:
eia no Banco do Brasil para crédito COMUNHÃO NA MÃO . ..• • • •••.•••. 512
na Conta Corrente n~ 0031 304·' Doi" Livros sobre
em nome do Mosteiro de São Bento
O PODER DA MENTE ••••.•••.••..•. 514
do Aio de Janeiro, pag6ve1 na Agin·
eia d. Preç. Mlut (n~ 0435) ou en· Rei&9Õ_ sexuais e praur:
viar VALE POSTAL pagável na "REPRESSÃO SE XUAL, ESSA NOSSA IDESI
Agência Central dos CorRios do CONHECIDA" pot'" Marilena ChIUI . ..... " 522
Rio de Janeiro. Por uma "Erótica Cristã"':
"SEXUALIDADE, LIBERTAÇÃO E FI:. •• • 525
Jaus: RevolucionAria PoUtieo1 ••• " • " • " . 531
E.a.
446
"PER(jUNTE E RESPONDEREMOS»
Ano XXVI N'?283 - Novembro-dezembro de 1985
O Homem na URSS'
Em dntese: O marxismo pronwr.u li "IilHlnaç$o" do homem .ief!Mlo
I!oprimido tH11IS Mtruturu s6ci(J<f!Cooomic:. capiródistIJs. Eis, porlm, que,
sp6s "tenta IInOS d. f'fI9ime marxirtIJ nI' URSS, se v.ri'ica qUI! o homem so-
"'rico 6 krido .m ~us direitos fundamlmtair:dire;tos cHI pttns.,.. ~ir livre-
mente, de cultuar • lHus, de poswir bens, rll! e/~ros UfJ$ fOvrmllfltes. fi
julgl-los fi atl mt!SmD • •• do dittito df mo,,,, ds M:ordo com os dit/llnes d.
SIMcomdind.. O Estado, que dt!'o'fria deu~, s.undo M.rx, C«iendo
lugar;j u~SfJCJtdMks.m d6S:Sf!S 11 srm coaç.i:J.se hiPl!rtrofiou. tomando".
rxtl'tlmatMnff burocrático 11 ~rolO; o regi",. anrin.ru,,'lmpouo 80S cio
dMlios $Ovilticos só s. pode manter wfocMPdo li tIOZ dO povo medilll1t. li
farp das MINS. A hierarQuia da fgrei. Orradox. Rusu, 11 princIpio info!ns.
ao ng;nw nvlt!ri.fina d. Lenin, foi_ MJaprando aos poucos' nov. sirw-
çio. tomMJdo~. col6Jbonctofil do EstRlo INferia/i'fa ateu. HI. porém. nu·
rmfO$OS Crisllo, hH6is que rrsist.m ao '~fM e IJIlrrtl!ntllm 6 fi nio so~n
te com "u tl1tlmunho de vida. ",., t ,mblm com sua PIla"'" difundida
atnn.06 de fW1, cllfldesrin. dita Sarnízdat .
• • •
A IIist6ria da Filosofia ITKKt,a que o pensamento humano re tem vol·
tado sucessivamente para o eOlmGs (fik»ofiagrlJj:ja). para Deus (filosofia me-
die'laU e para o homem !fi losofia modema e contemporAnea) . O mandsmo
ii!. p~S8mente . um c'lJ4eimen de penümento moderno <:ontemporwo
atento ao homem enquanto ser soeial. Velamos. pois. como é considerado
o ser l'1umll1o com seus di~rsos ~ctos Huridico. econômico. religiOSO. SO·
eial.. .I dentro do sistema derivado de Karl Marx e vigente nos pa{ws da
URSS.
448
o HOM.EM NA URSS 5
o c.p. 7t? dessa ComtiruiçKo Itbord. os direitos dos cid«i'O$, qve vim
a ser t'nt!f<Itnllnt. fictfcios. Assim, por 'J(~mplo, o 1IT• .,e ~rrh«:a "o di,..ito
di ".r ~ d~ SI( .I.;ro penl os Sovi.tn (consafhosJ . .. e parti os dt:rTldis dr·
gios ./.tivos do Estado". - Todavi. (ISo,. fIOde falar de tffelçlo, quando sd
existe uma ()~ impo$talMlo P8rtido único; ,m tlf CI$O, OpolflO pode M).
tar, sim., nio, por4m, MctJf~, ou sl.r.
449
6 " PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283(1985
IHm pode h.wr tribunais impllrci.i, na Rúu;lI. visto qUI ()J uus mfn'lbro$
No indiCMio, ""0 Partido li su~tof U decis6n dest~.
o tlrt. 62 .,im ,.u .. O'A d.ftls. d. pJtrill $ocialistall dtWer ,~rMio d.
rodo cldlJdio ih URSS"', - Nor~u q~ li mencionad. 11 "pI(ri. soci.llst. "
• n60 slmpltlstrttmt. "", ~tri.". A pJtrl. Id,mrilic.-u com 0$ mtlmbrm do
"-rtido CortlUnftt•. Mlnt. de fftto. proclamou: "'Os rr.bflhttdores não rim
i»tri." (Manifesto. em W.rke. m.rz. 4, p . ",9).
Vke, pois, qUI no rrumt;smo li pe$$OlI hUm<lnll StI rom. UtT16 ~ d.
soci~, itJ.nti fiQd6 com I) P,nldo e o ngitM comunifta, sob", cujo .Jt.,
I ucrificad• .. IibfrdKJ. dM IndivIduas li d. coletividad,. () povo IIstl fi ~r·
viço do ~rtido e dBs SUIS mtltas, li nio v;~·vtlSa.
'o
o penumento maxistl li! vi5Cf:r;lrnll\te ateu, isto Implica oposiçio
In.uperiotel entre. natureza, o homem, I sociedade, de um lado, li DelA, do
ouno lado; aqueles seriam auto-suficilntes, I não neceuitlriarn de Criador
nlm Salvador. A aniquil..;io de todo tipo de ReUgilo é ~a"e de qualquer
~rollrama eomunlsta.
Em conseqúlncia, eis as principai11nvettiY8S do regime socialista russo
contra a Rellgllo :
1) Am 23/01/1918 umdlC~to do govemo leninisla estipullV' :
Art . 1~ : "A Igreja é separKla do Estado".
Art. 2':' : "A livre r.alizaçio de ri101 I'Ili9iolo, é garantida na medida
em que nio perturbem a ordem pública e nlo firam os direitos do. cidadSos
di República Sovidtlc.a".
Art. 91?: "A O$Cola é sePlfada da Igreia. E proibido o ensino de dog'
mas religiosos em estabelecimento de ensino do Estado , aulm como nas ins·
tituições do ensino particular, em que lia lecionadas mat'rias girais" .
Art. 12 : "Nenhuma asociaçio religiOsa ou ec!esiúticl tem o direito
di pouuir alvuml propriedade . Tambllm nio goZl dOI d ireitos de pessoa ju.
r(dica" .
Obse....... -se que, no caso, aseparlÇio de Igreja e Estado nlo se deve .n·
tlnder como nos pa(les ocidentlis, onde implica IiberdKle religlos.a para os
. divenos Credos. O Est.do Soviético 11 confeuion.1 ateu I tende. impor a
todos os cidadios • fl1osofia do ate(smo materialista, como se depraend. dos
subseqúentes decretos.
21 O decreto de 18/04/ 1929 hzi.a " rias restrições a atividades religio-
sas, exii1ndo que fossem promovidas por grupos devidamente !'e9inrados •
dentro de limit.s territoriais bem definidos.
450
o HOMEM NA URSS 7
451
8 " PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/1985
promulOldl PlI. ONU em 10/12/48, não foi usinada pela URSS nem foi
publicada neste pari, wb o "",11)(10 de que SI trll,vI de d ireitos burgueses
I, por conseguinte, IUbVlBiv05.
Prllleamentlll • Mor.1 InIntimrl ,pf1lisenUda como Na Moral do prole-
tari.oo"; vino, porfm, que lSte 11 identifICado tom o Panlelo Comunista. 4 a
Moral do Partido ',em ídllm. inl1incia, I do seu Chef., Essa Moral prega o
patriotiSmo, qUI, propri.nwnte, significa no caso "servilismo lIO Partido",
Para dasenvolver sua açIo antl.rellgiosa. o Estado soviético dispõe da
4'3
10 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/1985
, I Período dê confronto
No in(cio d. re'lOluçio russa (1917) o Piltriarce Tik.hon e a hlerarquie
ol1odoxa conden,Y&m os violentol abusos cometidos por unin e seus l i'
guidol"ll : homidelios. Qu,ima ele Igrejas e objetos sagreclos .•. O $Imo $(.
!\Odo de Moscou tomou medielas pilr, salvar 11 innituiç6e'1 eli Igreja : reco-
mendou , entre outrlS coisas. que as paróquias e os mosteiros se transformas·
sem em sociedades de beneflclnda. que gozavam de existinei. IeQlI. a fim
de preservar os bens da Igraja.
A reaçfo fone da hierarQuia calou fundo n. popolaçlo russa e impm·
$10001.1 • autoridades revoludon6riM. que deram ordens aos seus JUbflt.r·
nos d. nio ferir Oli sentimentol religiosos do povo .
Toc:llvia :J Igreja Onodoxa se dividiu. Separou... do Petriarudo da
Moscou uma f.cçJo charmda " Igreja Viv.... lOS 23104/1923 : os MUI mem·
bros .. dizi.m progrflSlltll a propugnwam li colaboraç60 com o Governo
comum como íI
.t.
"'rendo sido educMJo ~m sodtld.ch monarquista. encontrando-mil
sob • Influlnci. de ~tnJ ."ri-sovitltic. ílté q/H fui ptft(J, eu era hOJtil ."
pochr $othltlco" e h()frilidd fJMUV' 11 ~zes do arMlo passivo ílltQS
menslf!'m por ocaiSo di hz de Brn( em '91S, o sn*enY
bflÇBdo conr" o ptJ(kr MSSI'! mesmo ano. o plOtaro contr. o d«mo de
conf1tQçEo do: ob~rol P""OSOl da 'grej. em 1922. Todas. minhat eU";-
d«lu .nr/-co";ltius.lunrafnl!nr. com aJgumn falhlU, flSr60 expostas n •• r.
MlICuuçlo do T,;buna} SupremtJ. R«:OnhflCllndo. fundamentação d. d«/·
$60 do Tribunal que me julflOU, confo"". OI Mtigos do OXIigo hnal men·
cion«los ", ar. de IICtuç60, por atividade! enJl.so.,;lticas, I.mento atas
falras conrfl o regIme nWHI.cido • ,.ço ao Tribune/ Su~mo qUII me co-
mute. ptJM" irra~,,,,. abro/v. do encareerarMnta.
DtcIílfO ainda.o Trlbunll Sup"mo qtM, pera o futuro, jé n60 ~rei
um Inlm;go do PodtJr Sowfltico. Eu m6 afere definlti'Rmtnre 11 decidid.-
mente di Cont,..RavoIUflo dos Monarquilt. do Ex~mro Bnf/C() no lnee·
rio, do fJIIls".
ESt. "confisdo" foi assinada ".10 Patriarca em 16/06/1923 li publiCl'
da ~Io Jomallzvestia de 27106 seguinte.
O d.poimento de Tikhon, espontlneo ou forçado (nlo o sabemos).
provocou uml guinada d. 1BO'?na conduta d. Igreja Onodo)(a frente 10 Es·
tado boIchevist.; d. contestl,"ri. pllSSOU a ser submlsu , chegando I c~ r no
Mlrvlllsmo diante de um Estado decidido I aniQuil.r por C<lmpl,to a Reli ·
gilo.
Os últImos teml30l do Patriarca foram muito vigiados pela PoHcla, QUI'
G preMIU mais de uml\ttz. A lalid. foi declinando. l1i que morreu em abril
de 1924 oom alll pllwr. nos lQ,iO$; "A l"IOit. SlIi longa. muito d.n .....
Oos MUI "'nlrais participaram cerca de 300.000 peSSOll, qw o culdYlram
como um mllnir, um santo.
'55
12 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/ 1985
2) Em busca d. conciliação
31 Período de submisüo
.,.
ao ditador uma caru da lubmll1fo, em que dlzll :
o HOMEM NA URSS 13
457
14 "PE RGUNTE E RESPONDEREMOS" 28311985
4'.
o HOMEM NA URSS 15
5. Os Nossos Oprimidos
.,.
16 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/198\
"O pod.r é não somente o meio, mas a meta dos comunistas para QUI
possam mant,r seus privil~gios e SUl propriedade" (Milovan O."lal, ob. cit.,
p. 202). A propriedade comunina é o resultado daespoUaç'o da pessoa I ".
ta '19011_ $Ó • pode sustentar na b. ,. do poder mil itare nunca sobre a
opiniio popular. Por isto nlo exin. reglmo comunina que Ie fund.nwn te
na opiniio ml jorit'ri .. do povo, nem se pode recorrer I eleições livres em
pa(1 comunista, PO;QU8 .al torre de Babel, por ser '!bitrliri. 8 antinatur.I,
nlo se $ustentlriilem p6.
6. Conclusão
A oposlç60 emr. marxismo e Crinianl$mo nlo .tU apenas nas premis-
sas: aquele I parte do materialismo ateu , KI passo que este afirma Deus e I
tranândllincl •. A 8nt {tese afet8 tambfm o conceito de ser humlf'lo. O mar-
xlimo nega I tran5Cendincia do homem t, por isto, subordlna-o • sociedade
• ao Enldo. Ao contr.rlo, o Cristianismo concebe CI homem como um Ar
dotado de finalidade própria ou ch.nado I rnlizar-se em Deus; para o servi-
ço do homem, indiretlmente plfl o de Deus, convergem as criatur.lnfa-
riores, rodas l i inrtituiçc1es $ociai$ 8 pai [tlelS_
Marx COrTlllçou lua clrreira fazando I crítiCI do capliallsmo como slsta-
ma alienante. Ora ac:onteC:I .que as instituições marxistas 'lo atualmente as
Que alienem ou destroem o ser humano. poil odespojlm do direito d. peno
IIr e 8Q'ir livrement., de cultlvu a Deus, ~ possuir beq,l.g(timol, de e leger
seus govemantes. julgi·los, ad mesmo do direito di morrer segundo 05 di·
tames di sua consciincla. . Tal' a ironia d,lone; ui é verdadaira face di
IibertJÇlo ITIIrxista, à qual se contrapõe a Redençlo trazida por Cristo.
***
NOTA
460
Constante pergunta:
* * *
A questão das r.lacões ou di e .... ntull (ompatibilidã de Cristianis·
mo e M.rxismo volt. sempre A bail•. Os cristlos, e~ia lmente , IM tenta·
dos pelo marxismo n. medid. em que este parece responder à demanda d.
;l.I$t.iça loclal profunda"*nla impregnada no Evangelho.
Pare elucidar o problema. o PI. G. de Rosa S.J. escreveu precioso livro
publicado em Iraduçlo portuguese com o titulo "Mlrxismo, Comunismo ,
Cristianismo: DesaRo ou Oil10907'' 1. Est. obra conSta d, cinco clP(tulos; 1)
O que é Markism01, 21 A Igreja e o M~r.ilmo , 3) O PCl 'um Marxismo
" novo" e "diferente"?, 41 Os crinfol "marxistas", 51 O Marxismo. um dela'
1Ed. Cidedi! NotAI, 1985, RUII CeI. Alulino Carlos 29, 04006 SSo PtJvlo (SP),
"0 x 185 mm, 84 PP. - Co/~io "CMitlmos da Hu",."idlHie No .... " n9~
46\
18 " PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/1985
1. Que é o Marxismo?
NIo i fácil dizef" o que li o Marxiu1'lO. Com efe ito . existem pelo menos
trM Marxismos : o de Marx, o dos eontinuadores de Maflt e o chamado
"Marxiuno popullr", Consideremos cada qual de per si, dentes, porém, de
Que enio intimamente entrelacados entre si; o pensamento de Marx i sub-
jlCente. cfd. qual denu modalidades.
NonoS. que K.rl MUlI ,h88JI evoluiu no decorrer dos longos .nos
de sua reflexio; tod.via o Mar)!. adulto (economista e tientist., é o mesmo
Mar)!. jovem (humanin. a filosofaI.
, . Mar)!. ~arte do l.'lril'lcíl:".lio de que "os filósofos n;io fizeram senio in·
lerpreur o mundo de diversas maneiras; o Que importa agora, é transformti·
lo" (1 , ~nse sobre Feuerbach).
Por col'l$eguinte. a pra)!.is transformaOora ou revoluciol'l'ria é priorit6·
ri, n. ,scol. de Marx. Eua praxis se baseia em pressupostos acerca do ho·
mem e da hist6ria.
O homem é um ser dotado de necessidades materiais, Que só podem
ser satisfeitas mediante objetos materiais; por isto li um ser corpÓreo e mate ·
rial, $em alma espiritual. imateri.1.
O tr~alho é O campo de aUlo·raalinção do homem; pelo trabalho, ele
se torna plenamente homem.
Ptlo tr.balho o homem tlmb~m faz ~ história. Esta nlo li: m.isdo qUI
um tecido d. fatal económicos, em que o c apita l e o trabalho 18 Il"ICOntram
par. proch,llir bens materiais.
luo equivale a diler que os f.to$ econômicos slo os fitos histórico$
bMtc05 I. estrutural, dos qUlis dependem todos os oulrOS ou a superestrutu·
ra (religilo, arte , direito, filosofia, política .. .I .
"O modo de produç60 da vida ~r~rial condiciona o processo social.
po,rtco _ sspiritu.tl da lIida. Nio ~ ~ consciinci~ dos hOlrWns qu. d~'ermiM
o $~U s~r, mil, ~Jo conrririo. i o ser soeia' qUf! d~termina a sua conseiin.
da- (1(;jrJ ~f)(, Crltiea di Eeonomia POlftica,PP.10s}.
Neste texto I)(prime·se I teoria do materialismo histórico : sio os fato ·
rei econbmico$ Q.... determinam a história humana. ou Uil, o p41n5lmento to
46:!:
MARXiSMO E CRISTIANISMO: DIÁLOGO?
"
o agir dos hOmens ... São os fator~s econômicos que têm a força decisiva da
história. O real é euencialmente econômico e a história 11 a tlistória dos fa·
t(lS econômicos.
Mas, por 5ua natureza. o real ~ dialético : a hiSlória n ão avanç.a de ma·
neira r.til 'nu, ml1 por afirmações e negações; estou geram ",me terceira '-• .
Iidade, que por SUl vez' contradiudi em 'ivor de noVi outri reilidade . . .
Por ino O materialismo histórico I , ao mesmo tempo, materi alismo diar'li·
co; no seio da história e xiste um movimento dialético, que lev•• revolução.
As afirmaçÕeS e negações ou edialllltica da história, em última an"ise,
vêm a ser lull de cl.sse$ - lulllll entre a classe que detem os meios de produ·
ção e quar .firmar·se em determinada situação opressora, e a classe oprimi .
da, que aferra o trabalho e tende a desinslalar a cllSse dominilnte .
2. Imerso n. histÓri., O hom.el'l'l é um ser "alienado", isto é. expropria·
do, "em primeiro lugar, do fruto do seu trabalho, mas depois também da sua
humanidade; a condição que o hOmem tem, é de não humanidlde" (p. 181.
H' quatro especies de alienação : na alienação religiosa, o homem perde a
si mesmo em beneficio de Deus; na alienação politica, perde-sa em benefício
do Estado; na alianaç'o civil, perde-se em beneffcio da burguuia, a final ·
menta na alien<IÇlo econ6mica perde-se em benefl'cio do capital. Por isto os
quatro grandes inimigos do homem sio Deus, o Estiido , a burgue5ia e oca·
pifaI. Por COf'Iseguinle. se o i'lomem quer reconquistar a si mesmo, deve des·
truir lUas forças .
Todavia essas forças não st acham no mesmo plano:a alienação religio.
n é produzida pela pOl{tica; Ufa, por sua vez, é o fruto da alienação social,
que vem a ler fruto da iJlienaçio econômica. Donde se seSUII que a alien;IÇio
econômica' fundamental ; abolida esta, todas as outras desaparecerio - o
que Quer dizer QUI! Deus, o Estado e I burguesia tambdm desaparecerio. ~
preciso , pois. revolucionar, estrutura econômica.
3. E em que consiste ti alienação econômica?
- Apresenta doiS 'SpeçtOl :
I) O operArio é alienado am ralaclo lIO $IIU protudo. Com efeito; mal
acaba de produzir um objeto, este lhe foge, porque se toma capital, q ue o
escraviza; qu.nto m. is o oper'rio·produz, tanto mais aumenta o capitar a,
por conseguinte, t.ntO mais cresce. sua escravidlo.
21 O operjrio' alienado no pr6prio ato de produção
463
20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 28311985
.
O.ntro d. tal list.ma, o pllil.valor nio pago ao operArio vai acresc.n·
tar·se ao capital; o capitalista poder. assim Blttorquir do operjrio mais traMo
lho, tomando"" CKla 'IeZ mail rico ls custal do oper6rio cada 'til m.1s po•
".
4. Todavia a classe operiri., c.da vez. mais .mpob~clda. SI toma tam·
bém cid. vez mais numer05a lpois a m&quina vai substituindo O operário nas
f6bficas). Ela vai tc.mando consci'ncla de que IIltá lendo explorada por uma
minoria cada vez m.nor. Assim 51 cri. um. situação explosivl, que amc~
Clda .... z mais o capitalismo. Desta forma o capitalismo Incerta em si mesmo
(I g'rmen que o I.vará .. morte. Esta morte hi de wr acelerada mediante a
provocaçlo dos trabalhadores à luta de CllSSIIS.
Quando esta t.rminar. haver. uma sociedadll sem classu, na qual cada
um poder' desenvolver as suas caplCidldes criadoras com toda a liberdade
dentro de um novo sistema econiHnico : o comunismo. O primeIro passo da
revoluçlo proletária seri a cotlQuina do poder poI {dco por parte do proleta.
riado, ou seja, a implantaçfo da ditadura do proleariado . Esta dever' ser
.fêmera, limitando-se ao periodo de transiç;io do capitaiismo para o comu-
nismo; Quando este for realidade, umWm nlo haver' mais Elfado nem ~II·
gifo (que é uma super-estrutur. do capitalismo). O homem comunista str'
auu ; o problema de Deus nlo o preocuparj ; nem ele precisar' do 6pio da
r.lIgiio para ocultar a si melmo alua trine l ituaç:io de alienado.
1 , 2. Os continuadores de Marx
Dentre os continuadores de Marx. o mai, importante 4 Lenin, tanto
Que a forma de marxismo mais difundida hoje 6 a do mancilmo-Ieninismo .
Lenin acrescentou notH proprlas 10 sistema de Marx. Tais seriam tI1
proposições: ai a classe oper'ria nio pode !ler deixada entregue a sua elPOn·
'64
MARXlSMO E CRISTIANISMO: DIALOGO? 2\
É o marxismo dos que nada I,rim sobre Marx .. '. mas referem,se a ale
como a uma divindade tutelar que, com a sua autoridade, garante a werda'
de do discurso coml.W'lista. As sua linhas essenciais $lo :
11 a dnmatizaçJa da 5ituaçio pnHfnte. Esta SI teni tornado 110 grave
que já nlo ~ possrvel 5uporti·I.;donde a absoluta necessidade da uma trans·
form. radical, O marxista nia $Ó tem conscifncia dtite pressuposto, mas
procura incuti·lo aos outros cidadios, disseminando indi90açfo e rtlvolta; $Ó
assim poder' nascer na sociedade o desejo de transformaçio;
21 a absoluta convicçio - QUase uma fá - de que, Quando o capitalis·
m:> for derrubado, as coisas mudaria radicalmente para me lhor, de modo
que v.l. e pana agora suportar todos os IIcritrci05 e)(igidos pel. revoluçlo;
31 11 pe:I1Ui!SIO de que ~ preciso descobrir 11 combater as CIlISIS da in·
juna Sltuaçlo preuntll. Entre estas, enio os exploradores do povo. Em con·
seqUincia, I luta de clesses • impl'1lscind fwe l, podendo mesmo lanç. mio de
meiol injustos, pois"o fim justiflCI os meios". segundo lal kieo lOllia.
Uma VCl e)(posto sumariamente o plnorama do maO(ismo contempo'
rinto, consideremos as atitudH dos cristlos perante o tnelmO .
466
MARXISMO E CRISTIANISMO: DIÁLOGO? 23
Isto nio 'é exato. Manl. leu e analisou I sociedade do leU tempo à luz
dos princ(piol do materialismo histórico. dialHico; l i premluls que ele
utilizou, nlo eram cientificas. ilto é. tiradas doi e .. perl'nci•• objetivamente
verific6vtis, mlS de natureza fi'osófica ou Ideolóllica. Isto 11 confirma . pelo
fato da que grande p,rt, dN previsões da Marx referentes ao futuro do capi-
talismo. deduzidas da 10'11" '·cientme." re .... l.rlm-A arrtJneas;com ,fel·
to, o número dO$ prol.tirlos não aumentou, mas diminuiu 001 pa(s8$ capin·
listas; eIS proletários 0 (0 " tomaram mais pobres, mas passu.m, em gr.nde
parte, parll a classe m~ia ; o capitali,mo nlo desmoronou . o socialiwo nlo
se impós automaticamente nos pa{", de capitalismo llVanÇado, mas fo i imo
posto pola fOlÇl (naAlemanna Orienlal, na Hunoria, na TclMtoslováQui •. , .I.
Vi-ie, pois, que li filosofia marxista 11 pane integrante da análise mato
xist.a d r sociedade. Se dena excluirmos o motlllrialismo nistórlco e dialético,
lli não poderemos falu de "anllli" marxista" , •
467
24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/1985
Est8! dedos explicam que tamb4!m o marxismo dito "popular" leve: in-
sll'I$ivelmente o «:ri5tlo ao 8tefimo pr6tico. Q\lem se filia a um Partido Co·
munist.a, ainda que somente por motiv05 poU'leas, acaba aos poucos aban-
donando li te crist' I tomando·se na pr6tic. materialista e ateu.
31 "O at,bmo Mio ' __ ncial no INlneismo. Estll16 comtMt. '!I "Iiil.
io qUi ,,~a.o capitalismo. nJo. parlm, li teligilo como ui",
Esta afirmaçJo é errônea, como o provam a!: três Observilções seguin·
tes:
a' MffX foi pcuQllmente um &nau e OPÓSoie à religiio como 111. n'o
pelo fato de enar ptltenumen~ unida ao capitali$tTlo. Para ele, 8 retisiio ~
uma doençt do "p(rito alienado ; 8m doenç.a o impede de reaUzar",e plena'
mente, porque o tom. independente de Deus : "Quanto mais o homem se
envolve com Deus, tanto menos possibilidades descobre em si mesmo" (K.
Marx, M.nulCritos econômicQ·filot6flcos de 18441. Aeltistenci~ do homem
tlti9l, pois, ~ inllC;istênei. d. ~us, 'f;gundo Marx.
b) ConseQüentementl ., longo de toda a sua hist6ria, o m.O! ismo foi
ateu e antl·,..ligioso. Em tod. j:).rte onde o Partido Comunista sobe !tO po.
der, declara guerra i religião t persegue os cidadios que .. professem.
cl Nos últimos anos alguns marxistas fizeram uma reavaliação da cren·
ça em Deus ;assim E. Bloch, M. Machovec, R. Garaudy . .. chegaram. ver no
Cristianismo um. forç~ Que pode ajudar e favorecer o advento de uma.ocie·
dada socialista le isto com base na defesa da justiça social apregoada pela
Igreja). - t: de nOl.r, porim, que nenhum desw$ m.arxistas $8 fezcristlo;o
que Il"Ids pinlcia positivo no Cristianismo, nlo era o senso religioso ou a pro·
da f.
finia dos vÕl10res trÕlnscendentais, mas unicamente 11$ incidência. poHticl$
cristl; ora Ht.II$ nia constituem o ~ d. mensagem do Evangelho,
mas sio um corol'rio d. mesmÕl .
Também' de se notar que alguns PartidOS Comunis.tas. especialmlnte
o Italiano, afirmar.. m uhimamlnte que um crist"o nio s6 pode filiar-se ao
P.rtido sem renegar a ", mll5 que at' pode encontrar na f4 um est(rnulo pa·
ra a luta revoluclon'ria. - Observemos, por4m, que esta afirmaçlo foi feita
por Partidos Comuniuas qua nio SI aeh ..... m no poder; por iuo "lo ~ pode
excluir que lenhl sido faiu com o intuito de .rair OI cltólicos par. o Co-
munismo. Sabe-se QUI! os coml,mistas., 10 chegarem ao poatr, $Impre foram
inimigos mortais di ",Iigiio,
Oeve-se, pois, concluir Que, tanto em teoria como na r••lidade histÓri·
CI, o muxismo I visceralmente ateu .. Por isto nenhum cristlo lhe pode ade·
rir sem 'lQCitar o uefsmo. T.nto isto 11 verdade que os cristãos marxistas $I
declaram .teus, muito embora afirmem ilusoriamente que o seu l1e(smo
"nio UI ref.r. a Deus, mu a uma imagem e$Clerolilada, limitada, llianlntl
de Deus, como. aquel. apresentad. pela Igreja Católica".
Mereca especial atençJ"o
468
MARXISMO E CRISTIANISMO , DIÁLOGO? 25
Como I QÚ8 ~ pode erltio acreditar Que o PCI. uma vez 'Iue tenha
çomeguido çonQuistar o Estado, nio M comportaria 8 n jytl euatal na ma'
neira pouco demo,çráticiI a pouco pluralista com Que hoje" comporta a ní·
vel municipal, provincial o u ~gional] r anto mais QUII:, no c.so de QUI viesse
a conQuistar o govemo, nJo seria mais obrigildo a "sallrar aS aparllncias" , cO'
mo' Obrigado a fazê ,lo agora nos govemcn locais, ' juuamente par aconvan-
(Zr os it.lianos de Que o PCI é um Partldo " diferente" e de Que, com o PCI
no gov,modo pais , a democr.cia na It"ia nio correria nanhum perigo (pp.
"",.
Em dntese, eis as raz~es pelos quais ma rxismo lsob qualquer de lUas
modalidadet) e Cristianismo nlo HI concllilm,
469
26 "peRGUNTE E Rf.5PONDEREMOS" 283/1985
3. O mancismo: um desafio
Se o Cristianismo e o marxismo nJo se conciliam entrl si , pergunta-le :
por que. nio obstante, tantos cristlos liderem 80 comunismo nu slo fone ·
menti tlnt~ 11 tililr" llI1e7
A rnpostll comp.....nd . dois apac tos;
11 De um lido, uls crinlos se iludem I respeito do rnarxiimO. Com
efl[to; nlo 101 d .......qlllOlr que o marxilmo nia éi uma ci.neia, mil UmI
Ideologia Que, 11 t.m lll;uns aspectos cientificamente dlidol, nio' ciend·
fica. o....e ...Inda Ilmbrar que o marxismo não conseguiu no passedo. e
nia conselJUl hoie. criar um mUl'ldo Mais justo e M.ls humano; por toda.
parte onda It ImpÔS, deu orlOllm a regimes tirinicos que espezinharam, da
maneira mais brutal, • liberdade e 11 dignidade da pessoa humana. Em vez de
Nr \.Im. mtJlllgem de libtrtaçlo pera a h\.lmanidade, o manc:i5lTlo criou no·
470
MAIOOSMO E CRISTIANISMO: DIÁLOGO'! 21
VJS , tlrr {Vlis formas de .sct8\lidio 11 opreuio. Tanto isto li verdade lJ.ue os
mlrxistl$ RlIis sensfveis criticam durlment. as realizações hirtó,icas do co..
mui'lllmo - em particular as invasões de paf$es do leste Europeu e da Ásia
- e auguram um "soci.lismo com rosto humtno", TodlVil ene ainda deve
ser invent.do por completo, porque nuna se realizou, apelar d. wr o C1)fI1U '
nllmo n\lls de MSSenu "0$ de uperiblcia. dominando os mais divenos po-
\/OI (grlndes I peq ...nos, tubdesenvo Ividol • altamentl indllltrializadosl em
todas _ panes do mundo.
Esta inr:apaeidade histórica, do mllrxismo, d. criar uma sociedade mais
Justa dnerll faler qUI os ctlnfos refletissem, pois que nele alguns depolj.
tam confi.,ÇI QUI$CI absoluta. ~ dI! ponderar qUI 05 fitos históricos nJo
aconttcem por acaso, mu seguem ",ma 100iel própriil, Se o marxismo em
sessenta anos 010 logrou cri.r uma só sociedade justas livre, deve haver mo·
tivo Plra Isto. Tal motivo nlD li extrinseco ao marxismo. mu se acha dentro
dele; sim, , 'por sua própria natunu:a. em virtude da SUl lógica inteml, que
o marxismo nlo pode criar uma soc/edldl mais justa e humlna. Com efeito ;
tlll.... d. um 'sistama baseado no materialismo ateu , que nlo reconhece va·
10r transcendente na penol humana e" fundlmenta nalutl de elasses, que
leva ncClSSlrlimante .. ditldura ou, como hoje se diz . ~ "hegamoni." de
UmI chmo fObre 11 outras e, porconsaguinte, 11 violtincia e à opressio.
2) De outro lido, os cristios simpjticos ao mar'lismo possivelmente
nunea tlntarem aplicar nl prjtica a doutrina social da Igreja. Esta procura
tM<!uzir do Evangelho .s normas de uma ética social justl e fraterna . Orl SiI ·
be-se que nenhuma motivlçio é mais fone do que a da fé ; nanhum Credo li
mais e'liganta do que o do Evangelho. Esta, portlnto, hjdl ser muitO mais
efieaz: do Que qualQuer ideologia; além do qui, h;l de atinar com o cerne do
problema Ou com 05 autênticos conceitos de P.SSOil humana, direitos funda·
mIIntei, do indiv(duo feito à imagem e wmelhança de Deus, valores imlldia·
lOS fi vllom definitivos . ..
Se no passado 05 cristlos nlo ~ mostraram plenamente abenos pe~ o
probllml social In/lo '11m lO caso di5Cutir as ra:d les momentãn • .., de tlllllll·
tuda), no presente nio Ines faltam motivos para se volur para o problema,
incentiVlcl05 por valiosos documentos da Igreja como 110 ,. Constituiçfo
GlUdium OI Spes do Concmo do Vaticano 11. as enc(clicz ~ter at Magn·
t,., PKllm lo Tem.. POlMol1orum Progmslo. Laborem Elllen:em, a Caru Oc>
togesirnl Advtniens, o doeum.nto sinodll sobn! a Juniça no Mundo, .lfm
das mOltipllS IXportaçõeS cio hpa Joio Paulo 11.
"AI dtlficllnci. e i ncOflMnci. drn cn'srlm não podem juuific<lr a des·
confi~ no Imin.""nro toc;.1 d. I,nj. ou o ~~ repúdio: rrwirD nvnlJS
pcxJ.m justifiCM B flCUSIIÇIO • Ig~/B de se h~, bande«lo Ç»r7I o lado dos ri·
cos li d06 ptXkfOtoS, contra os pob~ ~ op,;midos, Trerl'lf! Iqui de IJmI
ecuuçSo profundef'M1'It1l injusta, porqUII Ignortl toda • h ist6rill da Ign;',
pnuda I ptaent." (p. '91.
411
28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/1 985
472
Para onde vai I A1bânia?
• • •
A Alblnia ê pa($ situKlo I SE da Europa, limi l ando-$e com a IU90Slá·
viII, li Grkil! e o Mllr Adriático. Tem 28.748 km 2 , a popul8Çio de 2.616,000
h.bit.nt" (19771 e a capital Tirana. Trata-HI de uma nação muito flK:hada "',
por isto, pouco conhecida. Todavia entrou em foco em abril de 1985. qUln·
do faleceu o seu govern.nte Enl.'er Hoxha, após mais de quarenta anos de re·
glme fortemente totalitário.
Imereu3-nos eICaminar a situação rellgiou de lal pai~, que vem • 'Ser o
primeiro Estado oficialmente ateu do mundo.
,. Breve histórico
2, A situação religiosa
Toda I qualquer confisslo religiosa é ilegal 011 Albânia.
A história dI! Pll'$tguiçlo aos ciltólicO$ pode ser dividida em três eta·
plll :
1) De 1944 a 1948
475
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" ~83J198 5
476
PRlMEIRO ESTADO ATEU DO MUNDO 33
Aos 12/ 12/ 1984, a mesma Amnestv Internatiol\ll publicou o seu rala·
tório anua l intitulado" AlbJnia ; o encarc:eramento pol(tico e alei". O.nun·
ciava, antes do mais, as dificuldades que encontrava p.er. exercer sua obra
hum... il~ria ; o Go~rno mantinha em sagredo certos dados e restringia as
viagem para dentro • para for. do pais. Como quer qtJe seja, Amnes'v citava
05 nomes de cerca de 400 prisioneiros politicoc na AIWnia, al'm dos quais
outrOS aoõnimos haveria. Intei ras famrli.s haviam lido transferidas dai suas
• * •
479
Sobre a Teologia da Libertação:
480
DECLARAÇÃO DE lOS ANDES 37
..,,,
ConlfellÇlo pila. Doutrina da F~ em sua Notifieaçlo de 11 de março de
198 5 referente. um livro de um dos teólogos da libenaçlo. TaiS critinos
sioes inlcrpl't lada e aplicada de modo unilatcral. que pervem a sua inspira-
çlo biblica. Há. sim, quem reduza a pobreza ao seu aspecto material c', mais.
quem a interprete de acordo com uma soeioloaia connitual . O pobre c as-
sim ;cientificado com o proledrio visto scBundo uma ótica de hlt. de classes
com 5tU correspondente e inevitável panidarismo. O resultado é uma rene·
do teolÓgica e uma pregaçlo eclesial centradas quase exclusivamente nas
quest&s sócio-econômicas, às vezes com accntos amargamente reivindlcató·
rios e ainda freqüentemente com preteriçfo ou esquecimento de dimensões
essenciais da fi! e de aspectos básicosdaexperiên.cia humana . Percebemos a de·
ctpç!odemuilosque. por causa da aplicação de uma equivocada fonna de.
cn1cader • opÇlO pelos pobres, se sentem abandonados ou '&flOtados em
suas as piraçoes e necessidades reliaiosas e observamos como uma prepçfo
reducionista suscita VKUOS religiosos que sio, com freqüência, ocupados pe-
las seitas.
12. A apresentaçlo da verdade como klentificada com a praxis e.
equivalência prática entre wvaçlo crist! e Iibertaçlo sócio·política pres-
supOem um monismo hist6rico (cf. InstNçlo IX 3), do qual se deriv.fIm um
reducionismo antropol6gico e um (otalitarismo político, este último tanto
mais grave quanto sacraJil.8do. A fé cristl nos revela a vocaçlo divina do ho-
mem e, em conseqüência, Q sentido profundo da hist6ria e de lod a sltuaçlo
humana. A pregaçfo da Iveja deve, portanto, ajudar a julgu todo &conced·
menta com referência a Deus e mover uma açao que incida eficazmente so-
bre a história. Todavia e necessário enfalizar ao mesmo tempo que a existên·
cia humana nJo se reduz às dimen50es políticas, nem tem na política o seu
eixo dominante; este se acha na relaçio com Dew. Tal realidade deve ser
proclamada com absoluta nitidez, pois dela dependem J. defesa d:a vocaçiO
uanSCtndenlal da pessoa humana t a a.firmaçio d:a sua liberdade .
13. Em nosso debate procuramos ser fiéis ã verdade a fim de prtser·
Vir de toda ideologizaçlo a doutrina da fé, e, em pulicular. o amor aos po·
bres. Opomo·nos a toda prática econômica, social, cuhura.l ou poiitlca que
atente cont ra as aspirações li liberdade e à justiça (lnstruçfo,1 e 11). Cremos
Indispensável afirmá·las com plenitude, evita.ndo toda interpretaçllo que por
si mesma leve a desvinua·las mais do que a realizá·las; temos a ceneza de
que "os graves desvios ideológicos" que a Instrução da Sanu Si dertuneia
em algumas teologia:s d.1 IibertlÇfo. "leYam inevitavelmente a traJr a causa
dos pobres" (lmtr. Introduçfo). Em comunhlO com a h.ierarquia da Igreja,
cremos que a autêntica libertaçlo ~ a que se (unda na ''verdade sobre Jesus
Cristo o Salvador, na Verdade sobre a Igreja, na Verdade sobre o homem"
(InsttuçJo XI S), e que essa libenaçlo se deve compreender no contexto pe'
rene dinimico e renovado r da doutrina da Ign:ja, e particulannente do seu
ensinamento social.
14. Alguns teólogos d. IibertlÇio afirmam que a doutrina social da
Igreja nlo ~ instrumento doutrin'rio apropriado para superar a pobreza e a
m1sfria dos homens da A1mrlca Lalina; o instrumento adequado soria tIO
484
DECLARAÇÃO DE LOS ANDES 41
485
Frente às Testemunhas de Jeod :
• ••
As Tesumunhes d. Jeod, denominlção derivada dos Advlntistas no
fim do sdculo XIX. nlo ac:eitam a Oivindlde de Jesus Cristo n.m (I mist'rio
da 55. Trindade. Julgam que Iste último nlo se encontra na Sibila, mas re·
sulta da dlturpaç.lo da IT'IIInsegem crist' primltiva_ Tal COI"Ioepçlo ti proP9-
di pelos escritos das Testemunhes em verei, Induzindo muitos leito rei a dO·
vidls e perplexidlCle. Eil por que nOI 'IOltilntmol para o ISlUnto, baseando·
nos num artigo da revista dis Testemunhu "Dospertei !", de 18/01186, pp _
19-24.
486
55. TRINDADE: FORMUlA PAGÃl
2. A doutrina bíblica
488
ss. TRINDADE : fORMUU PAGÁ? 45
toma a mim sem fruto; antes, ela cumpre a minha vontade e assegura o ixi·
to da misslo p;lra iI qUlI. enviei" .
Sb 18,'41: "Quando um silincio envolvia todas as coisas e a noite ma·
diava o $lU nlpido penalnO, tu. palavra onipotente precipitou-st do trono
r..l dos c6us".
SI! 18,12: "Nio os curou nem erva nem ungüento, mas I tua pal",ra,
~hor, que a tudo cura"',
Nestes textos nio há. segundo OI judeus que os 85Creveram. senio per·
lonlficaçlo poltlel ou figura literária. Todavia o Apóstolo S. Joio desenvol·
.... u • concepçio judaica, apresentando I s~ndl pessoa da SS. Trindade co-
rno Palavra (lOgos. em grego). Cf. Jo 1,1 : "No princfpio Ixistia o Lógos. e
o Lógos .stava com ()eus e o LOgos era Deus ... E o lógos se fez carne, 11
h.tlitou entre nós, e vimos a Sul glOria. como 8 glOria do Unig~nito do Pai"
{vlrt.mbfm 1, 141.
Mt 28,18$ : "Ide. faui que todlJ 85 nações $& tornem discrpulol, bati·
zando·. em nome do Pa i. do Filho e do Esp(rito Santo". - TelnQ5 ~ui a
fórmula tal como era IPlic.tta na liturgia do Bati,mo; a jult,poliçlo me·
di'flte • pntposição • signifICa a igu.ldade de natul1!Z<I das três Pessoas ~ivi
nas.
48.
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/1985
3. A antiga Tradiçio
"'Como lMuf III"W, vi ... o &nhore viw: o Esplriro .s.nto" (5. Clenvnte
ROlNno, ib. 58,2),
"V61 ,oit as ptJdm da r~mp/o do ".;. ,e/WtJdo I»~ o ./to {WIo guino
der. dtJ Jnus Cristo , OW I SUl Cluz. ~om o Esp{rita Santo corno com." (S.
Inlelo cU Antioquia, t t07, Aos Etnios 9, I).
"Eu te IOUllO, DtNs da lo'lI'rdm. TI! IHndigo. Tegforilico por tru Filho
.laus Cristo, nouo IIl#mO li sumo SM:erdole no clu,' por EIII. com EI. /I o
EIp(rito s"nto, glorill $t!~ dlKi. /I Ti, ~flI tl nos skulos futuros! Amlm-
t$. Pollc.,-po. t 156. Marrfrio '4, '·3) .
..JA temos mostrado Que o Verbo, isto i, o Fifho esteve semp/e com
o"',,, M.ss tambtm a Sab«JorilJ. o E,plrito escava igw'menr~ junto d~ft ano
tft dtt tod•• cri6ÇSo" (5. "~M4J, t C'lreJI d~ 202, Adveuus H..mos IV
20,4).
4. As controvérsias trinitárias
As Drimeira5 temativas de conciliar unidade e trindade (Im Oe-u11oram
f ..lllas: tendiam uubordinaro Filho ao Pai lo flpírito Santo er. menos estu·
dado). Tal teoria nos "c.... los 118111 tomo .... o nome de mon.rq .... ilnismo
~det'ndia a mo;;arquilil divinal.
No skulo IV, o subordinacionismo foi representado por Ario de Ale·
xaooria a Plilnir de 3t5 : .. rirmna ser o Filho a primeira e mlls excelente
criltufa do Pai. Tendo sido concedida I paz aos cristios em 313 , compreen·
de-se que a controvérsia tenha tamldo vulto que nunctl tivera. Em come·
q~ncia. reuniu-se O primeiro Concilio Ecumênico da história em Nicéitl
~Á$ia Menor) no ano de 325, o qUilI redigiu uma profis51o de fé, que afirma·
va :
'o prllMlto
. . a Ma mudo, cCJrrespond«ldo 11 um e.
49S
"O Que é Religião"
por Rubem Alm
***
Rublm Alves é pastaI' protHtanle que se tem ded jç~ ao es:uKlo. ha·
vendo feito seu doutorlmllnto Im Princeton (New Jersev. U.S.A.). ~ autor
de yjriu Obras de caritar filosófico-religioso. qu. tem repercutido nos amo
bientH intelectuais I Il1l.1<1lntil do Brasil e do estrangeiro.
O 11'"0 "O que' Religllo" foi publicado pela primeira ~t Im 1981 ;
em 1984, IChlYHe n, 6~ adiçio - o que bem mostra corr.o tem impresslo.
n.to.1 N, verdlda. " obra des:linada a um póblico de ana cultura, red igida
e m lingu.m s:emi·po~tlcl lo que quer dlur: por vezes obscuril, sujelu ,
mal-entendidos' e nlo raro descuidlda ou quase irreverente. O lutor p.rcOf·
" algumas das mod.m .. escolas de Filosofia I suas atitudes perante a Reli·
glio; Im cICIa capítulo fali como se fosse um iPOlogistl di respeetiviI escola
1. O conteúdo do livro
s rmbolos nlo possuem til tipo de ,fidei •. Mas eles respondem a um outro
tipo d. necessidade. tio poderoso quanto o sexo e a fome: a neceuidlde de
viver num mundo que faça sentido" (pp. 34s) . Na verdade, são os valores re·
ligiosos aLi , o mundo tr,n5(lendental qUI d. sentido a esto! vida li ajuda o
homIm Idtwmpenkilr-se dignamente da WI missão terrestre.
500
"O QUE E RELIGIÃO" 57
urilirl ria, E. ~Sf1I(J qUlndo as f,nf1JO$ s~m s.rmos :Jpólflhados. hi utnt voz,
um s.mimento de culPl• • consciincja. que nos diz que JlfIO sagrado foi via -
lentm" (pp. 62sJ.
Ouando • secularitaçio aw.nça, impondo çritérios utilit'ri05 • elimi ·
nando o sagrado, "~uoas perdem os WlA ponlOS de orientação . Sobr.Vllm I
anarquia. E a soci,dld, se estilhaça sob • CfHCente pressio das força cen·
trlfugas, do individualismo" (I'. 63).
Outrora floresceu um tipo de "Iigiio que vai 5endo restau rada: are'
ligião dos prolnas de l.r..1. "E.tas entendi.m que o sagrado, .que davam o
nome de vontade de DtUI, tinha 8 ver fundamentalmente com a Justiça e a
SOl
58 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 28311985
Ntste capítulo finlill R . Alves ObWIV8 que nas ~ginas anterio,..s ouviu
psicólogos, fil6sofos, cientistas $OClal' a f.llr sobre religião. Uns a::usaram·na
da " louca, aliada .,s poderosos, nlrcotizadora dos pobres": outros, 10 con·
tririo, t.ntaram defendi-la a seu modo, julDlndo que $Im. nli'llilo o muno
do humano nio poda elCistir IDurklwim) ou qUI a religiio". propulsora d.
espel'lf\ÇH dos pobres. A religiio seria um valor. mas um v.lor meramente
subielivo, sem cor~ndenle objetivo ou $Im um Detn exist.nte for. do
sujeito religloSC".
Todavia, acrescenta R. Alfts, esses cientistas f.lav.m de religião sem
ter a.xpefiincia da fI!. Como ci.ntistu, julgavam..se obrigados I um rigoroso
ateísmo metodológico. A cl'ncla os tornava mropes. cegos: "viam escolsas
de cab.... p.. ra baixo : nlo por m. fé, mas por incapacidade cognitiva" (p.
"S).
Esta ceguei,.. dos cientistas é ilustr.ta por uma p.,ibolll :
"'Num l/Jg;Ir7lio muito longt d«IU1 '"wi.um poço fundo ti ncuro on·
ch, dtlSch t.mpos itMmori.,'s, unv sodtdMk rh,.. .. fln""'~,., T#o fun-
do e,. o poçD que Mnhu",. ddas ~",.;, hm" visitMio o mundo de fo". &.
r,,~m convencidas dIJ qUfl (I unilllf'fO u.do u",.rrhodo$ltublXKlO. ~villlO
lHju llvidlnci_ cientffic. ".,. corroborar ftt" r.ori". $o".nt. um ;ouco,
pr;"MIo dos "",tidos fi d.
razIo, "Iir""";" o contnno, Acont.c.u, .nt(flfllJ·
to, qw um pintmiJgo qw "'.1'11
fHJr ali viu (I POPO. ficou curioso,,, INOJIIfU.
invnr;g" lu.! profundeZas. QUIII ni'o foi su. sutpr'!'U ., dtlSCObrk., ris!
502
"O QUE eREUGIÃO" S9
50'
60 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/1985
2. Refletindo . •.
Proporemos UH pontOI:
•••
A ESCALA DOS VALORES
sos
"ProCIUO" .o P~eSlO de C.noniuçio:
• • •
Em março pp .• Imprensa do Brasil noticióu rumores levantados pelo
livro de Giordano Bruno Guerri intitulado "Povera Santa, povero IUlSslno:
I. vera norla di Maria Gorctti"', Ed . Mondador! 1985. O autor ref.ri.... a
uma menina de doze anol canoniz.:ia por Pio XII em 1950 por ter sofrido o
mlnlrlo em defesa de SUl vl'lllncl" no ...0 de 1902: Guarri procurav. des-
figurar a meninl, apresentando·a como extremlmentelimitada do ponto dI
vistl Intelectual e pUcolOgico, • fim dIJ concluir que a Igreja .. engan.ra 10
proclamar a santidade herÓica d, tal pllSOl.
Visto que o livro suscitou calorosos comentarias e debates. t • .,. u ·
lraordlnária difusão 130,000 eXlmpla,.. nu dUM primeiras ..manas), v.mo.
Iba/ xo apresentar Im s(ntesc : 1) a figurII de S. Maril Gore"i " depois, 2) o
conl. údo do. referido livro, 'ilCompanh.:to de 3) camenl'rJOl,
506
SANTA MARIA GORETTI 63
507
64 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/1985
dO.-me?H Esu rHpOndeu : " M.riettl perdOOIJ.f:. ao morre'; por que nio t.
perdo.ri. eu7" E. n. tem de Nat.1 seguinte. comungaram um ao lado do
outro.
O proceno de be.tifiuç.lo começou em Julho de 1938. Aos 271031
1947 Pio XII deçl.rlY* Mlri. Goretti "bem·.,enturad," ti em 1950. in5Cn'
vi. no caUlOF dDl s.ntos, en.ndo presentes I Sr., Assunta, com 84 .,01
de Idleta, • quatro Irmãos da INnin • . Sant~ Maria Goretti aparece assim co-
mo minir por CIUII d. lU' yirgindllCl. fi.i 11 Cristo ; dol testemunho de como
• gr.ça de o.us pode agir nUlTIII}owm que. queira conservar íntegra n.lel
do Senhor. No skulo XX repatiu I f~ha quo desde os primeiros *ulol
11 vem rtgistrando na Igr,j •• qUI omamlnta especialmente, figura d. S.
Inls (fim do Kc. II1 ou In (cio do Mic. IV) .
Ex.mlntmol agora o 'tor do livro di Giordano Bruno Guerri.
508
SANTA MARIA GORETTI 65
3, Em resposta, . ,
Maria nlo era tio tola quanto Guarri quer crer, pois devia ter amadu-
recido muito para desempenhar-se das funções domll!stiCa5 que .uI mie lhe
confiara. Tinhl as mlos honrostmente cllejM:l., pelo 'rdlJO trabalho qu.
tlXlClIlllla_
Tlmbllm nlo 18 deve dizer que foi relegada aoesquecimenlo logo de-
pois di mon'. Aocontrjrio, dtosde cedo muites manifestações de enima cer-
Clrlm lua memória. Assim desde 1904 forlm publicadas biografia. da Marl.
Goret1l; em 1910 ergueu-se em Corin.ldo um pequeno monulTllnto' lua
509
66 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/198S
4. Conclusão
o ptóprio GIOfd ....o Bruno Guerri conftSH que e~n"l'IIu o $eU livro
mais por um preconceito do que por ter argumentol IÓlidos. Com efeito ;
qtando cenl ver vllltll/I • cida de Nettuno, viu um santu.rlo que lha pl·
recla feio; entrou nele e ficou impressionado com "o sllincio, I penumbra, o
odor d. -:norte do luoar"; detev.... diante dos deipojos d. Maria Gore"I ,.n·
cerrados nUmI figura de ctrl QUI representava • Santa deitade. Sentlu entio
o lampejo de uma çonvenlo " ao contrjrfo "Com doze Inos d. idade,
H
:
S10
SANTA MARIA GOREm 67
** *
AT E N CÃOI
SII
Um documento d. $anti ~:
Comunhão na Mão
A S. Congrapçio para o Culto Diyino I)ublieou • "gui nt~ Notificaçlo
a respeito dlll Comunhio na mio :
Prot. 720/85
A Santa Sê, I partir de J 969, mantendo Iernpre em toda. Isreja o uso
tradicional de distribuir a Comunh lo, concede às Confer~ncil$ Episcopais que
o peçam, e em condiçOes determinadas, • faculdade de distribuJr a Comu·
nh!o na mIO dos fiêis .
Esta faculdade e regida pelas Inslruç&s Memori.te Domini e Immen·
sae CariI,lu (29 de maio de 1969. AAS 61 . 1969. S41.S46; 29 de janeiro
1973, AAS 65, 1973,264-271) assim como pelo Ritual De 5811:18 Com-
muaione publ;cado lOS 21 de junho de 1973, n~ 21_ Todavia parece úti1 cha·
mar a atençlo pata os pontos seguintes:
1. A Comunhlo na mão deve manifestar. tanto quanto a Comunhlo
recebida na boca, O r~speilo pan com a presença real de CriSlo na Eucaris-
ti l. Por isto seni preciso Insistir, como fazjam os Padres da Igreja, sobre. no-
breza do sesto dos fiéis. Assim, os redm·batizados do fim do skulo IV re-
cebiam a nonna de estender aS duas mlos faundo "com a esquerda um tro-
no para a direita, pois esta devia receber o Rei" (S~Catequese Misugógica de
Jel'\l$llem, n?2 1; PG 33, Col. 1125; S. Joio Crisóstomo. homilia 47 . PC 63,
Col. 898, etc .).)
2. Sesulndo ainda os Padres, será preciso Insistir sobre o Amlm que
o fiel diz em resposta às palavras do ministro: "O Corpo de Cristo". Este
Amim deve ser I lfirmaçl o da fé : " Quando pedes (a ComunhJo), o sacerdo-
te te diz '0 Corpo de Crislo ', e tu dizes 'ArMm', '~isto mesmo'; o que a lin-
gua confessa, conserve-o o t reto" (S. Ambrósio, De Sacramentis 4,25).
3. O fiel que recebe a Eucarinia na mIo, Jevi-Ia-' Ji boca ant~s de vol-
lIr 10 seu !uaar; apenas se afastari, ficando voltado para o I1tal, a fim de
pennitir que se aproxime aquele que o sepe.
4. E da Igreja que o fiel recebe a Eucaristia, que é a Comunhlo com o
Corpo de Cristo e com a Igreja. Eis por que o fiel nlo deve ele mesmo retirar
a putrcula de umabandejaoude uma cesta, como o rui.sesc tratasse de pio
Sl1
COMUNHÃO NA MÃO 69
comum ou memlo de piO benlo, mas ele euende .as mIas plra receber a par-
tícula do ministro da Comunhfo.
5. Reçomcndar-sc-í a lodos, especialmente As crianças, a limpeudas
mias, em respeito i Eucaristia.
6. Será preciso previamente minisuar aos fieis uma c3leqllese de) rito,
insistir sobre 05 sentimentos de .doraç.o e a a!ilude de respeito que ele exi-
se (d. Dominicaecoen.en9 11). Recomendar-se-Ihcs-á que cuidem de que
nlo se percam rragmenlos de pio consagrado (cf. Congregaçlo par.l a Dou-
trina da F", 2/05 1972, Prol. n989/71, em Notiliae 1972, p. 227).
7. Os fiéis jamais serlo obrigados a adom :I prílica da Comunhfo na.
mio; ao contririo, fielrlO plenamente livres para comungar de um ou de
outro modo.
Estas normas e as que foram recomendEldas pelos documenlos da ~
Apostólica ,ItÚ citados, têm por finalidade lembrar o dever do respeito paúl
com I Eucaristia independentemente do modo como se receba. Comunhlo,
Insistam os pastores de almas nlo só sobre as disp05~õe$ necesdrias
para a recepylo rrutuosa da Comunhfo, que,em l;ertO$ casos, eltige O recur·
so ao Sacramento da Penittncia; recomendem também a atitude exterior de-
respeito qlle. em $Cu conjunto. de\'e exprimir a ré do cris.l50 na Eucaristia,
Da sede da Congregaçlo para o Culto Divino. aos 3 de :.bril de 1985.
t Agoslinho Mayer
Arcebispo ti,ularde Satriano
Pro-Prdeito
t Virgilio No.!
Arccbis.po titular de Voncaria
$ecrelirio
Como 5e vi,lISla Notificação chama a atençio pari!
11 a nllCtsSidade de se receber a Eucaristia sobra a palma da mio. li
nlo como quem pinça a partlcula (supostO que o comungante nio qUli ra
recorrer' maneira tradicional de receber. Comunhio);
2) • postu,.. de quem comung.l: "tacion.ri ... de frente para o .. Itar,
d.iw:ando espaço pa,a que possa eomungar o fie' qlle vem ..tr":
310 dever, que toei toS ministros. de distribuir a S. Eucaristia,. nio
deixar que d,I, se sirvam OS fiéis como se Mrviriam de outro alimento;
4) , necessidade de disposições espirituais condizentes com a Comu·
nhlo Eucarfnlca - o 'lu. lupCSe o recuno .. Sacramento d. Penifência em
CalO de pecldo grave. Nlo' licito comunQlr em estado di ~o g'I.,. , co-
mo aindl r.oentomenu lembr"'l a Igrej. 10 promulglr o canon 916 do no-
vo Código di Direito Cln6nico;
5) O flspllto 10 SS. Sacr&rnlnto qUI, atrMs destas minúcias, h. d.
se, incutido I Incrementado.
Sl3
Dois livros sobr.
o Poder da Mente
Em dntes.: Os livros ,.f'fWIf. ~ ptJrhr da mentff vi,""e multipll·
cando . .. Muita 'nns luplI.m prwni$Ul$ panl.(st., conc«Jilfldo o II!r hu·
rrvno, ~U$. fi o uniwno comolJlflmenrosqwpo$$lIme"U'lIremgntnde sinto·
nia .nr~ s/ • (Im de propiciM efeitos maf"llWlhosos;. Di!lindMi.I, de CfrtO
modIJ, concebide como ,,,.,,i.IfsicI com fi quel s# integla a eMfJlie lú;ee
d. men" hum#lll;HU itttfglllClol, por """., ch.-natü "do.çSo", ~ que!
üo .tlibuldos .ftitOS por.ntosm.
EnquWlam4' nlfrM PII'rrwtros os lillros de Josl Sotnltti fi Nubi. IM·
dei FI511Ç8, que lnlI/iumos nl$ pígin81 ~uinta; ced8 qual dttst. obr. ten·
ciona SM fiel eo /»"'amtmto eatdlieo, mar ambas IlIlh.", porÇ«/e~m. um
ringue;'r IWIte/st• • que u«iuz mentalidade pantefsra, da qUIli, f.umosll'O·
tol, ".m Jo$4 SotrNltti nem Nubl. MM;/el F~nçll esf.~m p/.nllf'JVnte CON'
cientes. .
A/Im disto, ~jsframOl q~ os dois /i!lfOS. especialmente o segundo,
excitem inrenument. e f."tasie do leitor - o qlW nio sotnf!nk contriúui
pera ",1-'0 "iver num mundo irr&BI. lrQS tamMm pode concorrer ".171 a'.·
ta! fi sua saúde mtnrlf.
• • •
Mu!tiplicam",e os U\lrOl qUI tencionam incutir ao públiCO o poder de
que ~ dotlda fi mente human • • Ensin.m maneiras de aproVlit.r til forÇl,
recomend.ndo posiÇlÕlJ1 c:orporli$ e ltitudH mentais que visam a resolver
grlYes problem.s di vidll cotldlan.: levarillm 'descobert. de objetos perdi ·
dos, 10 conwno de , plIrelhos defeltU050s, 'cur. de doenças, etc. T.il obres
flSCin.." os I.itores; todllvia merecem s4ri_ 11!5triÇÔfl$ do pontO de viste fi ·
l0s6flCo-religlolo. pots adotam concepçÕes panteístu,espeçi.lmante qulfldo
iibord.m espeetOS d. "ligilo. Em últim. andlise, dir-se-ill que o poder di
menti I'ISUlta de Que lSta é pareel. de um grande Todo divlno, com o Qual
ela tem Que entrar em $intonll; uma vez: obtid. esta h'nTlonlf, • mlnU! go.
zari. do poder infinito da Oivindllde.
Dentre 11 di!lenlS public8ÇÕHde tal ginero, v.mos, a seguir. coment.r
dulS, qUi pllrecem plIrticulermente 5ignificativ •.
1
Jost SOMETT/, Voei 11 IIquilo que pensa. Ed. O'd«le Non. R~ Cel.
Paul/no c.rlos 29, 04006 $lo Peulo (SP). 10nll 884-3700, ,4Ox207 mm.
'57 pp.
Sl4
o PODER DA MENTE 71
"O nouo incOllldMc, tudo SIJ~ e tudo pock progr.m.f p.r. o nosso
Mm, " o so/lat.rmos.
ArI~ dlJ trlbMh.,. pon.nto, vtt" d~ Inicl., alga de nol'O, fi SlImplf
bom da, algu/Tlll$ sugarõft positivas. com , intenção de chtgar .. ele e pro-
gr.miO/o.
As pnso.s $10 gw'Mias muito mais por aquilo Que s4bem .(r1Jv6s d.
n»nte Inconsciente do que n"".
do controle conseiMre ri, sentflTlen(os,
~~ros. dtICls6n, .çõe;s. ..
Conhlco um grupo de cientistn QI/#! rode ss 'Hlt!f qlJf $I ~'m 1'811
(OOlJJho dt pesquiQ, plfa quinLt! minutos ama de Inicl'rtm, reI"um, rt·
13m 10 S#nhOr dI! le's do unilltfftJ e d,poh co~m o ulb.Jho, Os ,(,itOl
sio inumf!rlllf!ls.
Sl6
o PODER DA MENTF. JJ
Com isto n'o queremos neg,ar a efidei. de ce", ~igiel'\e mental nem
do f.lax. Mas dMjamos observar que nlo se podem identificar tom a ora·
ção .
2 . Eis ainda outros tutos , uspeitOS, que têm o 'illbar d~ panteismo :
I Ed. l.oyol,. Rua 1822, ri! 347. ex. postIll42335, 01000 Sio Pau/o (SP)
138 K208 mm,'71 pp,
5J8
o PODER DA MENTE 75
" 'Em IIHdsd~, 11m verrlllde lhes '"digo: $11 dois ou mllÍI concordarem
~I'C. de alguma coisa que tiw rem a P«Jir. ser-lhes.. d«io ' •
Enfie em seu unrulrio Pf/o mltodo de 20. 1 es./JeJe os amigos atpi·
, irUl;" .. ar.com ele!. • .
N. preunça de lÃlA of.~ NU ",zio ~ pumirs qUf SIM M1erp;, fI/JII
pNa voei. . . ImagiM U".. f!$"" de luz brllllCO..zulMh lntenu IIindo d. ela·
r.boi• .ama da SIM cabeç•• Veja ata luz tomM)(Jo-u mais lntanW• .• l ftl8 ·
gi~ um cllntJl KlDO".,. que I a nti";. da o.us flu~ por voei. ..
lmagin_ como Uf'IN c.,;hocir. da luz. fo~ inuncUndo • SUl alma,
'lU /Mnr., uu co~, uu corpo, todo ti uu UI• . .
O)f)cantrfl ~ luz princlfM/manr••m UlU Corw:So, po;~, .s:s;m CClImIIICICi
pensa no cor,JÇ60 ,.$Sim 6. . .
519
76 " PERGUNTE E RESPONDEREMOS" ~83 / 198S
'20
o PODER DA MENTE 77
A propósito u r
PR 263/1983, pp. 299.J09 (L. T"v;san, " O PodflrlnfinitodulJI Mell'
te");
26811983, pp.260 ((dem, " Os Podem dt Jts/J$ Cristo" );
268/1983, p. 26' ( NTécnicll do Pod., da Menr. fJ li S.llRÇEo " , por unv
equipe d. mldicos);
271/1983, pp. 504·509 lidem}.
521
"Repressão Sexual, Essa Nossa
(Des) conhecida"
por Marilena Ch!u(
• • •
MarlI,." ChIU(, professora de Filorofle na USP, publicou recentemen·
11 o livro " Repnuio SeJlUIII, Essa!Des}connecid." ' . Como M pode pmer,
" obra critica toda forma di rertriçlo ao uso da sex ullida:ie, proclamando
plena liblfdâ !"IH.particular.
Abaixo teceremos considerilÇ6es sobre e 5S« escrito. QUI IÓ em 1984 11-
Clnçou dUIl.dlrp6es.
Antes do mais, observemos que se trata de um livro de vulgarização.
que, por conseguinte. nlo lCl~senta not as da ,od~iM! nem indicação de tono
tes ou dOClolrntntos pva comprovar as afi rmações da autora. No tocante ls
asserç6es relativas à ,,,reja •• religilo, Maril, na Chau( d. provas de mal in·
formada ; afirma gratultarrante. como tlnbl!m se deixa guiar por preçoncej·
tos, 'Ire_mo. Eu •• stllo, prl<ientrflco ou I ndci.nt(ficocomo é, nio dei·
XI d, flUIr mIl ao leitor d.spre .... nido. pois sempre hll algum I'8rultado PI'
ri a mentira. como diria Voltaire: "Menti. menti , pois sempre fica Ilguml
coisa".
Em Plrticular, intcreua-nos I secçio intltuladl "Sexo. Peciido" Ipp.
83·113). Nestl$ páginas sellentamos OI scaulntes tópicos :
1. Condenaçio do sexo?
Ml titenl , quando se ref.re I Gil t-3 (pp. 84-861, pergunta : " Se Deus
fu os hUmlnos Mxuedos, se o prazer $lJ(ul llxiJte no Plt'(SO como Uml di
m
"REPRESSÃO SEXUAL, ," 79
2. Casamento e virgindade
3. Ulteriores considerações
524
Por uma "e,61icI cris1i" :
***
Rose·Maria Murara i' militou em Ação Católica. Hoje simpatiza com a
'IIrejl na medida em qUII esu f.e mostra progrenista e voltada para a promo-
çio dos pobres Icf. pp'. 3"'rs do livro que estamos para analisar);est.,porém,
totalmente deSligadl da hierarquia e do magistério da Igra11. Rose-Ma rie
também tem-M agregado 80S movimentos feministas; a " libertaçfo da mu·
lhar'" o que mais interessa Is suas atividades de estudiosa li pelquisadora.
Publicou a pfOp<!sito o U..,l"o "Sexualidade da Mulher Brasileira : Corpo e
CI85H SocIal no Brasil" IEd . Vozes. Petrópolis, 1983, 4~ ediçlol. Em canti·
nuldade com o tln1erior, publica Im 1985 "Sexualidade. Ubartaçio I Fé .
Por uma erótica Crin'. Primeira Indlgeçdes.,,1 Como diz o t itulo, o livra
apresenta debates entre Rosa·Mari, • Pluoas cujo nome é diStratamanta 'te .
lido, du qUllls, porim, .. pelUbe Que algumas sio celibadriai. Tais discus.
s6ts procuram t$bo(:., • formulaçio d. uma nov.lI Moral pus. Igrej. Cat6-
lica, \/fsto 'lu. en.lt' agora tem profeuado uma Moral bUrgueH Ip, 49).
Quais seriam .ntlo OI traços d. nova Moral, que assim se delineia?
1. A '1ibertaçio" da Moral
1. 1. O estilo
Antes de qu.!qu, r outra observação. convIm notar que o livro em fo -
co. de utilo pllsado, por velU ob$curo, confuso, marc«So por .rros dalin-
gUlglm portLliuHao. Tanh.m-se em vi$t. as seguintes passagens, que parecem
retiredas do grwador :
. P. 8 : "O eixo d M discuuães deu-se em «Ilação à inclpacldade dos " '-
tldo.aliti$tIS ... ..rem lnca;"'zet d. exprimir o dliejo ..."
P. 94: " Teremos evolurdo para que quem, como na Igreja, se casa no
Senhor sem 1antl Improvisação". .
P. 43 : "A mulher fala qu. ' dona.do seu corpo" ,
P. 99 : OI •• , falo Ino. NIo falo jlto como um prindpio abastrato ni o,
falo como uma conerttbaçfo d. alouma coisa em favor da vida" .
P. 100: "EI. f.lam que estas relações mühiplas com homem' traba.
lho".
P. 14 : "E O que vamos agora fal.r ... ê sobre o problema da sc,,~uaJida .
. de . ....
Teis falhas de IinllU' QI!Im, embon IXplicáveis pala fato da se trat.ar ul-
vez d. reproduçlo de cebale•. destoam, ~ cen.o modo, dos propósitos clen-
tlficos t renovadores d. organizldor. d. obr•.
1.2. As linhas-mntras
''lO
"SEXUALIDADE. LIBERTAÇÃO E FE" 83
" P. 51 .ão mlncionldos " todos .aqueles que consentirM" em nos re·
velar .Igo de wa vida _, com ISlO, descobrir. &O men05 em pane, _ r.11Çl5n
entre o sexual. o econômico I , por este fato mesmo, .judn • todos n6,.
transform.tas N
•
2. Que dizer?
Se o livro Im foco 1'\10 fou.e publicado j)Or uma Editora que pasn por
at6UCil '''Voz,s de Petrópoli,") • ia não tivesse a aparêoci<il de f,lar em
nome d. f6 (ver o Htulo " $exualidede. libenação e Fé. Por uma Erótica
Crist'' ' '. 5.ri. if;)enu mais uma obn de falsa filosofia moral no muudo. O
fito , porém, de que I olllanizadon do livro e alguns de seUli interlocutores
tencionam interpretar a menugtm da fé, leva o crislio • uma atitude criti·
ca mais ""er. frente ao mem'lo .
Com efaito. Algum" oblervaçOes de<:orrem de atanta consideração
d. obra :
.....,
li 39s; seria o apetite n.tur.I, instintivo, ni o sujeito is norm~ d a racionali·
• • •
ESCLARECIMENTO
S30
Em nota :
Foi lal alegaçjo que moveu Pilato, ti en1tegar Jesus aos adverUrios I! à
morte Icf. Lc 23.23·251.
De ruto, nidenciaoSe por outros tenemunhos do Novo Tastlnwnto
que 0$ romanos nio queriam tomar p."ido nos lit lgios internos dos judeus ,
de modo que ICus.çiSu de (ndole religiosa nio os a~J'\I.m : vej"... por
IlIcmplo, O comportamento de Gallio em Corinto (At 18,12·161, o de Cláu-
dio Lfsias (AI 23,26·30), o de F61i)l;'0 de Pórcio Festa tAl 24,22.27;25.17
-2 11. Oonde 5e' vi que, se JlSUI fei condenado à morte da sedicioso poli1ico.
isto Soe dt\ll ao tipo de acusações que os judeus tiveram q~ forjar contra
Ele par. encontrar audiência por parte dos romanos, e nio ao teor da prega .
çIo mesma de Jesus.
íNDICE de 1985
fNOICE
B
BATIZADOS NA RÚSSIA ......•. .... _ . _ . _. _ 278/1985, O. 68.
BATIZAR O MARXlSMO? , ••• __ • • • •• • •.•.•. •
280/1985, p.237.
BESTAS DO APOCAUPSE .....•..••• . •.• . _ . _ 280/1985, p.234.
8(BUA : leitura na Igreja .... _ .• , •.•.•.....•.. 282/1985. p . 38S .
BILUNGS. MtroOO DE : . .. •.•.• . • . • . •.•.• 28 111985. p. 325.
BOFF, LEONARDO: "Adaraç<Oes"....••.•.•. . .. 218/1985. p. 43;
Carta aberta a . . . . . . . . . ..... . ..•...•.. 219/ 1985. p. 173;
Notifieaçlo de Roma ... . . . . . . ... . . ... . 280/1985,0. 257.
533
92 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 283/ 1985
F
. Ft CRISTÃ E MAÇONARIA . . . . . . . . . . . . . ... . 28 1/1985 , p. lOl ;
E TEOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282/1 985, p. 408.
FECUNDAÇÃO ARTifiCIAL " IN VITRO" (em pro·
veu) .......... . 280/ 1985, p.201.
" IN VIVO" .. .... . 280/ 1985, p. 205.
FENOMENOS DE MEDI UNIDADE . . .... . . .. .. . 279/ 1985, p.147.
FIVETE (Fecundaç!o " In Vitro" e Tramrc,encia do
Embrlf O) . •• • " • •• •••••• •••• , ••. • . • 280/ 1985, p.201.
FILOSOFiA MARXISTA DA HI STÓRIA . . . . . . . . . 280/ 1985 , p. 240.
FORMA UTERÁRIA DOS EVANGELHOS: estudo da 28 1/ 1985. p. 281.
FRANÇA. N.M. e TERRA, I .E.: " Relaxe e viva reliz" . 283/1985, p. 51 8.
FRANKL. VlKTOR : "Psicoterapia e Sentido da Vida" 281 / 1985, p. 239.
278/ 1985, p. 6 1.
o
"0 EStADO DO VATICANO" - folheto polbnico '. 282/ 1985, p. 420.
OPRIMIDOS NA RÚSSIA . . • . . . . . . . . . . . . . . .. 28311985. p. 459.
e
"O QUE AMAR? ", por Robeno Glinun . . . • • . . .• 280/ 1985. p:243.
"O QUE ~ REUGIÃO" I Rubem Alves. . . . . . . . . .. 283/ 1985 , p,496.
ORAÇÃO A MARIA - I mais antiga . . . • . . . • . . .. 282/1985, p.444.
"ORAÇÃO DE JOÃO XXIII PELQSJUOEUS" .... 279/1985, p. 166.
ORDENAÇÃO DE MUllIERES: debate. . . . . . . . .. 280/ 1985, p. 212.
"O SOClAUSMO REAL", por Pe. P. Ch:ubonncau . .. 279/ 1985 , p. 11 S.
T
TeCNICAS NOVAS DE PROCRIAÇÃO .• .....• ,. 280/ 1985, p. 200;
DA MENTE • • •.•.• ••.•.• . . • • •• •• 283/1985, p. 514 ;
TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO :.mbigüid.des .... .. 278/1985. p. 27;
anilise marxista . , ., 278/1985, p. 29;
DeclaraçlO de Los Andes ..•. , .•.• . • . • .•• 283/1985, p.480.
TERROR NOS pAfSES SOVlIlTICOS ... . • . •.•. . . 279/1985, p. 119.
TESTEMUNHAS DE JEQV Á E 55. TRlNDAOE . . .. . 283/1985, p.494.
TRADIÇÃO E SACERDCCIO FEMININO ....... . 280/1985. p. 224.
TRINDADE EM DEUS: paganismo? .... .' ... " 283/1985. p.486.
540
I).jDlCE 1985 99
v
VA nCANO : escritos conlr'rios tendencio!lOs . . . . . .. '~18/198S, p. 57;
2fs2/1985, pAlO.
VIDA EM OUTROS PLANETAS? .•.•... . .• _ . .. 279/1985, p. 91.
VIDA PóSTUMA E JUsnÇA DIVINA • . • . ... .. '. 281 / 1985. p.352.
"VIDA PASTORAL" e MARIA S5 ...•• • , • . •. •. • 282/1985. p.436.
"VOC~ ~ AQUILO QUE PENSA", por J osé Sometti . . 283/ 1985, p.S l S.
"VOZES"; Editort Católica? .... . .•.•. . . , . • .. 280/198 5. p. 268.
y
EDITORIAIS
LIVROS APRECIADOS
AGOSTINHO, 510 .. ConflS5Ões .... " ,. •. •. .• .. 284/1985, p.442.
BATIISTINI, Fr. Fie Compl'Omisso. ,. ' • ... , .• .. 218/1985, p. 87.
CARRt, A.M., Mais.arde compreenderá . , . . . . . .• 282{ 1985, p,443.
INSTlTI1TQ DIOCESANO MISSIONÁRIO DOS
SERVOS DA IGREJA. Cattdsmo Eueftcial . , .. 282/1985. p. 444.
CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE O PENSA·
MENTO DO PAPA JOÃO PAULO U. Anbopo-
1000a e I'raxis DO Ptnwneafo de Joio Paulo n, .. 282/1985. p.443.
ELUS, Pelcr, F . Os homens e a Mtasqem do AndJO
Testamento .• . .. . , , •. , . . ,. " .. ,. . . •. 281/1985. p,3S4.
54 \
100 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 28311985
542
NO PRÓXIMO NATAL
E NO DECORRER DO ANO VINDOURO
TORNE·SE PRESENTE AOS SEUS AMIGOS
543