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31 de outubro de 2014

Cidades Portuguesas: Um Retrato Estatístico


2011

Em Portugal existem 159 cidades, nas quais residiam 4,5 milhões de indivíduos, o que correspondia a
42% da população residente

Nas 159 cidades portuguesas residiam 4,5 milhões de indivíduos, o que correspondia a 42% da população residente em
Portugal e as sete cidades com mais de 100 mil habitantes – Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Amadora, Braga, Funchal
e Coimbra – concentravam 14% da população total do país.
O INE divulga, pela primeira vez no Portal de Estatísticas Oficiais, informação estatística para a caracterização das
cidades portuguesas com base nos resultados definitivos dos Censos 2011. Ficam assim disponíveis mais de 50
indicadores relativos a indivíduos, famílias, edifícios e alojamentos, permitindo a comparação do contexto específico das
cidades com a realidade nacional.

As cidades constituem espaços privilegiados de concentração de recursos – população, atividades económicas e riqueza
– sendo entendidas como territórios centrais de intervenção para a promoção do crescimento económico e da
competitividade. Contudo, a atenção sobre estes territórios a nível nacional e europeu está também associada à
identificação de questões complexas de âmbito social e ambiental.

Os indicadores estatísticos disponibilizados para as cidades portuguesas no Portal de Estatísticas Oficiais (www.ine.pt),
com base na informação dos Censos 2011, pretendem constituir um contributo para análise das problemáticas
associadas a estes territórios no contexto nacional. A apresentação de resultados para as cidades portuguesas só foi
possível após a delimitação espacial das cidades, desenvolvida em estreita articulação do INE com as Câmaras
Municipais de municípios com povoações com categoria de cidade.

No presente destaque, analisam-se alguns dos indicadores disponibilizados on-line pelo INE para o universo das 159
cidades portuguesas existentes à data atual.

42% da população residia em cidades

Em 2011, residiam 4 450 812 indivíduos nas 159 cidades portuguesas, o que correspondia a 42% da população
residente em Portugal.

A maioria das cidades situava-se nas regiões Norte (54 cidades) e Centro (43), seguindo-se o Alentejo (21 cidades), a
região de Lisboa (17), o Algarve (11) e finalmente as regiões insulares: 7 cidades na Região Autónoma da Madeira e 6
cidades na Região Autónoma dos Açores.

As cidades da Região Autónoma da Madeira e de Lisboa concentravam mais de metade da população residente das
respetivas regiões. No Algarve 49% da população residia em cidades (acima da proporção nacional: 42%), na região
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Norte as cidades abarcavam cerca de dois quintos do total da população e, nas restantes regiões (Alentejo, Centro e
Região Autónoma dos Açores), cerca de um terço da população da região vivia em cidades.

Distribuição das cidades portuguesas por região NUTS2 Proporção de população residente em cidades, Portugal e NUTS2

N.º 70 %
54 64

50 60

52
43 49
50
40
42 41
40
30 34
32 31
30
21
20 17
20
11
10
6 7 10

0 0
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R.A. Açores R.A. Madeira R. A. Madeira Lisboa Algarve PORTUGAL Norte Alentejo R. A. Açores Centro

Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011 .

A representação cartográfica da população residente nas cidades portuguesas evidencia o desequilíbrio da sua
distribuição no território nacional e a assimetria em termos de dimensão.

De facto, cerca de metade da população residente em cidades estava concentrada em 17 cidades (10% do total de
cidades) com mais de 50 mil habitantes, sendo que destas, sete tinham mais de 100 mil habitantes (Lisboa, Porto, Vila
Nova de Gaia, Amadora, Braga, Funchal e Coimbra) e concentravam mais de um terço da totalidade da população
residente em cidades e 14% da população residente em Portugal.

Sobressai no sistema de cidades portuguesas, a importância do número de cidades de dimensão inferior a 20 mil
habitantes (representavam 65% do total de cidades) por oposição à fraca expressão em termos de efetivo
populacional: concentravam apenas 21% do conjunto da população que residia em cidades.

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População residente em cidades estatísticas

População Frequências:
Cidades
56 0 0 0 0

28 0 0 0 0
dimensão 14 0 0 0 0
dos lugares Escal
0 000
00 ; 200 000 ]
7 10 40 46 39 17 <Em
Pormenor da Área
0 ; 10 000 ] Metropolitana do Porto
0 ; 5 000 ] Esca
<Em
opulaç ão

5 50 000

2 75 00 0

1 37 500

Escalões de dimensão
_ fin al.shp
0 20 K m
hp >= 100.000
50 000 a 99 999 Pormenor da Área
Metropolitana de Lisboa
20 000 a 49 999
10 000 a 19 999
5 000 a 9 999 41

< 5 000
dimensão Limites territoriais
dos lugares
Município NUTS II
00 000
000 a 199 999
00 a 99 999
0 a 9 999
0 a 4 999

0 50 K m 0 20 K m

Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

A análise da representação das cidades portuguesas salienta ainda a tendência de concentração da população nos
territórios metropolitanos. Assim, as imagens de pormenor mostram a existência de outras cidades de grande dimensão
para além de Lisboa e do Porto e que resultam do processo de suburbanização centrado nestas duas cidades.

Para além do efeito metropolitano em torno das cidades de Lisboa e do Porto, refira-se a importância das cidades
algarvias, com mais de 200 mil habitantes no seu conjunto - concentravam quase metade da população da região - e o
conjunto das cidades em torno do Funchal (Região Autónoma da Madeira), contabilizando mais de 150 mil habitantes.

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No restante território, salienta-se um Distribuição do número de cidades e da população residente em cidades

conjunto de cidades estruturantes do segundo os escalões de dimensão populacional, Portugal

sistema urbano, com dimensão entre 20 40 %


Proporção de cidades Proporção de população residente em cidades

mil e 100 mil habitantes, localizadas 34

sobretudo no Interior do Continente e 30


29
28

correspondendo maioritariamente a 25 25

capitais de distrito, mas também outras


20

cidades mais próximas do Litoral, para 14


16

além de Ponta Delgada na Região 11


10

Autónoma dos Açores. 6 6


4

1
0
0 - 4 999 5 000 - 9 999 10 000 - 19 999 20 000 - 49 999 50 000 - 99 999 >= 100 000

Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

A informação relativa ao escalonamento Escalonamento das cidades portuguesas

urbano de Portugal com base na população 1 000


Lisboa
que, em 2011, residia em cidades - em
Porto Vila Nova
geral, cidades de média dimensão - Gaia Amadora
Braga
configura um sistema urbano composto 100
Coimbra
Funchal
Milhares de habitantes

por grupos distintos de cidades: um


formado exclusivamente pelas cidades de
Lisboa e do Porto, com população
10
residente acima dos 500 mil e dos 200 mil
habitantes, respetivamente; outro, de
cidades dispersas pelo território nacional
(sendo que duas são capitais de distrito), 1
1 10 100

formado por Vila Nova de Gaia, Amadora, N.º de ordem da cidade

Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.


Braga, Funchal e Coimbra, todas com
população residente entre os 100 mil e os 200 mil; e, um terceiro grupo, composto pelas cidades com população
residente entre 100 mil e 10 mil habitantes (96 cidades). O último grupo, composto pelas restantes cidades (56),
caracteriza-se por uma queda abrupta na relação entre dimensão populacional e número de ordem da cidade.

A forma como se tem vindo a efetuar o crescimento das cidades nos últimos anos pode ser melhor compreendida
através de informação existente sobre as migrações para as cidades, nomeadamente através da análise da informação
relativa à proporção de população residente em cidades que 5 anos antes do momento censitário residia fora do
município. Este indicador mede a atração residencial das cidades portuguesas e o facto de apresentar para o conjunto

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das cidades (9,4%) um valor superior ao total do país (8,5%) evidencia que as cidades constituem polos de atração
residencial face ao restante território nacional.

Em média, as cidades das regiões de Proporção de população que 5 anos antes residia fora do município, Portugal e

Lisboa e do Algarve registaram maior cidades das regiões NUTS2

atração de população (cerca de 12% da 25 %


Máximo
população residia 5 anos antes fora do Média das cidades Caniço

município). As cidades com os valores mais 20 Mínimo


Montijo
Albufeira

elevados no indicador em análise eram:


Oliveira do Bairro
15
Caniço, na Região Autónoma da Madeira Valongo
Samora Correia
Horta
(20%), Montijo (18%), Albufeira (17%), 12 12

10
Odivelas (16%) e Costa da Caparica Cidades = 9,4
PT = 8,5
9
8 8
9
8

(15%). Na região Norte situavam-se as Olhão da Restauração


5 Setúbal
cidades em que o impacto da população Pinhel Alcácer do Sal Ribeira Grande Machico
Felgueiras
proveniente de fora do município foi 0
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
menor: Barcelos, Fiães, Rebordosa, Açores Madeira

Freamunde e Lourosa (todas com 4%) e Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

Felgueiras (3%).

Alojamentos das cidades do Algarve e das regiões autónomas mais sobrelotados

Os dados dos Censos de 2011 permitem Indicadores de ocupação dos alojamentos, Portugal e cidades das regiões

aferir a diferenciação do parque NUTS2

habitacional em termos de sobrelotação e


25 %
de desocupação do parque habitacional. Proporção de alojamentos vagos 24

Proporção de alojamentos sobrelotados


No conjunto das cidades portuguesas, tal 20

como no total do país, a proporção de


17
16
alojamentos vagos excedia a proporção de 15
14
14
13 13 13 13 13 13
alojamentos sobrelotados, ainda que nas 13 12 12
11

cidades se registe uma maior sobrelotação 10


9

comparativamente ao total do país. 8

5
A análise destes indicadores para as
cidades agregadas por NUTS2 revela que 0
Total de Cidades Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
nas cidades das regiões Norte e Lisboa a Portugal portuguesas Açores Madeira

proporção de alojamentos sobrelotados


Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.
era bastante próxima da proporção de

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alojamentos vagos. Os alojamentos do conjunto das cidades da região Centro apresentavam, simultaneamente, o
menor indicador regional de sobrelotação (8%) e a segunda maior proporção de alojamentos vagos (14%), apenas
excedida pelo valor das cidades da Região Autónoma dos Açores.

A proporção de alojamentos sobrelotados era maior no conjunto das cidades do Algarve (16%), da Região Autónoma
dos Açores (17%) e, sobretudo, da Região Autónoma da Madeira (24%), atingindo os valores mais elevados em:
Câmara de Lobos (35%), Quarteira e Albufeira (ambas com 29%), Funchal (24%), Ribeira Grande e Lagoa, na Região
Autónoma dos Açores (ambas com 24%) e Caniço (23%).

Maior dinâmica de construção nas cidades do Algarve

Nas cidades portuguesas, cerca de 4,5% dos Proporção de edifícios construídos nos últimos 10 anos e Proporção de

edifícios clássicos recenseados em 2011 edifícios com necessidade de grandes reparações ou muito degradados,
Portugal e cidades das regiões NUTS2
necessitavam de grandes reparações ou
encontravam-se muito degradados. Esta
20 %
Proporção de edifícios construídos nos últimos 10 anos
proporção era ligeiramente superior ao valor
17,8
Proporção de edifícios com necessidade de grandes reparações ou
total do país (4,4%). O retrato do estado de muito degradados
16,2
15
conservação do parque habitacional das 14,4 14,3 14,0

12,4 12,5
cidades salientava a maior proporção de 11,8

edifícios com necessidade de grandes 10

reparações ou muito degradados na região 7,2

5,9
de Lisboa e na Região Autónoma da Madeira 5
4,4 4,5
5,0
4,4 4,3
3,9 4,0
(5,9% e 5,0%, respetivamente). Por outro
1,9

lado, na Região Autónoma dos Açores o 0


Total de Cidades Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
edificado apresentava melhor estado de Portugal portuguesas Açores Madeira

conservação, com apenas 1,9% dos edifícios


Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.
em cidades a necessitar de grandes
reparações ou muito degradados.

No conjunto das cidades da região de Lisboa registava-se uma elevada expressão na proporção de edifícios com
necessidade de grandes reparações ou muito degradados e, simultaneamente, uma menor dinâmica de construção: a
proporção de edifícios construídos nos últimos 10 anos (7,2%) estava abaixo do valor médio das cidades portuguesas
(12,4%).

Em Portugal, a dinâmica de construção nova para habitação era menor nas cidades do que no conjunto do país. No
entanto, a análise das cidades a nível regional salienta valores mais elevados na proporção de edifícios construídos nos 10
anos anteriores ao momento censitário, no Algarve (17,8%) e na Região Autónoma da Madeira (16,2%). As cidades com
valores mais elevados neste indicador eram: Tavira (32,3%), Vila Baleira (29,2%), Caniço (28,7%), Santa Cruz (26,9%) e
Albufeira (26,1%).
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Cidades de Lisboa e do Porto com maior dinâmica de arrendamento

A expressão do mercado de arrendamento Proporção de alojamentos familiares clássicos arrendados e subarrendados,

assumia maior relevância nas cidades, Portugal e cidades das regiões NUTS2

abrangendo cerca de 28% dos alojamentos 50 %


Máximo
familiares clássicos de residência habitual, 45
Porto
Lisboa Média das cidades

valor superior aos cerca de 20% de 40


Mínimo

Quarteira Praia da Vitória


alojamentos arrendados ou subarrendados 35
Covilhã
32 Évora
no total do país. Os centros metropolitanos 30
Cidades = 28
Câmara Lobos
27,9 26
(cidades do Porto e de Lisboa) 25
24
22
21
apresentavam uma maior dinâmica no 20
PT = 19,9
19
15
mercado de arrendamento: mais de 40% Silves
Póvoa de Sta Iria
10
dos alojamentos familiares clássicos aí Tondela Serpa Ribeira Grande
Gandra
5
situados estavam arrendados ou Santa Cruz
0
subarrendados. Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A.
Açores
R.A.
Madeira

Ao nível das regiões NUTS2 destaca-se o Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

conjunto das cidades de Lisboa e do Norte por apresentarem a maior expressão do mercado de arrendamento e, por
outro lado, o conjunto das cidades da Região Autónoma dos Açores, única região em que este indicador era inferior à
média do total do país. Contudo, as cidades com menor proporção de alojamentos arrendados e subarrendados
situavam-se na Região Autónoma da Madeira: Santa Cruz (4,8%), Machico (5,8%), Santana (7,7%) e Caniço (9,1%).

Cidades envelhecidas mas menos do que o país

Em 2011, o índice de envelhecimento (indicador que relaciona a população com 65 ou mais anos com a população
entre 0 e 14 anos) era menor nas cidades portuguesas (118 idosos por cada 100 jovens) do que no total de país (128).
As cidades portuguesas constituíam, contudo, espaços de população envelhecida, situação particularmente visível no
conjunto das cidades da região de Lisboa onde residiam 135 idosos por cada 100 jovens, superando o índice de
envelhecimento da região (117). Apenas na região de Lisboa e na Região Autónoma dos Açores o valor médio do índice
de envelhecimento das cidades superava o valor do total da região. O valor médio do índice de envelhecimento das
cidades nas duas regiões autónomas era, contudo inferior a 100, indicando um maior número de jovens face à
população idosa.

No total das 159 cidades portuguesas, o índice de envelhecimento era mais elevado nas cidades de Gouveia (246),
Borba (230), Porto (194) e Lisboa (183). Pelo contrário, as cidades mais jovens do país, designadamente com um índice
de envelhecimento inferior a 50, eram: Gandra (49), Ribeira Grande (45), Póvoa de Santa Iria (40), Câmara de Lobos
(36) e Caniço (31).

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Paralelamente, a proporção de famílias unipessoais de pessoas com 65 anos ou mais anos era ligeiramente inferior nas
cidades (9,7%) face ao total do país (10,1%). Também para este indicador, se destacava o elevado valor para o
conjunto das cidades da região de Lisboa (11,7%), revelando que, para além de uma população envelhecida, as
cidades da região de Lisboa apresentavam uma população idosa tendencialmente mais isolada do que no conjunto do
país. Adicionalmente, importa salientar o conjunto das cidades do Alentejo por apresentarem uma população mais
envelhecida do que a média das cidades do país e uma maior proporção de famílias constituídas por apenas uma
pessoa com 65 ou mais anos (10,9%), quando comparando com o total das cidades e do país.

Índice de envelhecimento, Portugal e cidades Proporção de famílias unipessoais de pessoas com 65 ou mais
anos de idade, Portugal e cidades

135 11,7
Lisboa Lisboa
117 10,3

127 10,9
Alentejo Alentejo
178 13,5

121 9,7
Centro PORTUGAL
163 10,1

118 9,2
PORTUGAL Centro
128 11,8

108 9,1
Norte Algarve
113 10,2

100 8,0
Algarve Norte
131 8,3

87 Cidades 7,0 Cidades


R. A. Madeira R. A. Madeira
91 8,3
Total Total
77 7,0
R. A. Açores R. A. Açores
73 6,9

0 25 50 75 100 125 150 175 200 N.º 0 3 6 9 12 15 %

Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

População mais qualificada nas cidades


Em 2011, a proporção de população residente com ensino superior completo era superior nas cidades (21%) face ao

conjunto do território nacional (15,1%). Proporção de população com ensino superior completo, Portugal e cidades

Neste sentido, a população que residia nas das regiões NUTS2

cidades da região Centro e da região de


40 %
Lisboa apresentava maiores níveis de Coimbra
Lisboa
Máximo

Média das cidades


qualificação, com valores médios neste
Vila Real Mínimo
30
indicador acima da média das cidades do Santarém
Faro

país (23,2% no Centro e 23,1% na região 23,2 23,1 Ponta Delgada Caniço
Cidades=21,0
de Lisboa). Em todas as regiões NUTS2 do 20 19,9
17,4 17,5
16,2
Continente as cidades com maior proporção PT = 15,1
16,1

de população com ensino superior completo 10


Amora
eram capitais de distrito: Coimbra (35,3%), Peniche Borba Quarteira Ribeira
Grande Câmara Lobos

Lisboa (33,8%), Vila Real (29%), Faro Lordelo


0
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
(25,5%) e Santarém (24,8%). Açores Madeira

Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

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Em todas as cidades das regiões autónomas a proporção de população com ensino superior completo era inferior à
média das cidades portuguesas (21,0%) mas era na região Norte que se situavam as cidades portuguesas com
menores níveis de qualificação da população: Lordelo (5,0%), Freamunde (6,6%), Gandra (6,9%), Rebordosa (7,1%) e
Lourosa (7,7%).

Mais estrangeiros nas cidades

Apesar da proporção de população estrangeira no conjunto das cidades portuguesas (4,7%) ser superior à média do
país (3,7%), num conjunto de 53 cidades situadas maioritariamente nas regiões Norte e Centro a proporção de
população estrangeira não atingia os 2% da população residente.

A nível regional, o conjunto das cidades do Proporção de população de nacionalidade estrangeira, Portugal e cidades das

Algarve apresentava a proporção máxima regiões NUTS2

observada (11,0%), atingindo o triplo do 25 %


Albufeira
valor médio registado em Portugal e mais Máximo

Média das cidades


do dobro do valor médio das cidades 20
Mínimo

portuguesas. Em todas as cidades do


Algarve a proporção de população 15
Sacavém

estrangeira era superior à média das


11,0
10 Fátima
cidades portuguesas, sendo Albufeira a Samora Correia

7,7 Olhão da
cidade do país com maior expressão de Valença Restauração Vila Baleira
5 Horta
cidades = 4,7
população estrangeira (22,5% PT = 3,7 3,3 3,7
Póvoa Sta. 2,4 Câmara
2,1
Iria 1,5 Ribeira
estrangeiros). Para além do Algarve, 0
Rebordosa Gouveia Montemor-o-Novo Grande
Lobos

Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.


também no conjunto das cidades de Lisboa Açores Madeira

a população estrangeira estava mais


Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.
representada do que na média do país,
verificando-se os valores mais elevados nas cidades de Sacavém (12,8%),Costa da Caparica (11,9%), Agualva-Cacém
(11,6%), Amora (11,0%), Amadora e Queluz (ambas com 10,8%).

A hegemonia do setor terciário

O sector terciário tinha, nas cidades portuguesas, uma importância, em termos de população empregada (79%), ainda
maior do que no conjunto do país, onde ocupava mais de dois terços da população empregada (70%). A maior
importância do emprego no sector terciário era comum ao conjunto das cidades de cada uma das regiões NUTS2. Não
obstante, verificava-se que nas cidades das regiões Norte e Centro a proporção de empregados a trabalhar no sector
terciário (74% e 76%, respetivamente) era inferior à média das cidades portuguesas, evidenciando a importância que o
sector secundário assume no perfil produtivo da economia destas regiões. Nas cidades do Algarve e da Região

Cidades Portuguesas: Um Retrato Estatístico – 2011 9/14


Autónoma da Madeira registava-se a maior proporção de emprego no setor terciário (84% e 85%, respetivamente)
quando comparando com as restantes regiões.

As cidades do país em que o sector Distribuição da população empregada por setor de atividade, Portugal e

terciário tinha mais expressão em termos cidades das regiões NUTS2

de emprego eram: Lisboa (89%), 100%

Odivelas (86%) e Almada (85%) na


região de Lisboa; Faro (88%) e Albufeira
80%

(86%) no Algarve; Caniço e Funchal 70 74 76 77


Setor
terciário
60% 79 80
85 84 85
(ambas com 87%) na Região Autónoma
da Madeira; Coimbra (87%) na região 40% Setor
secundário

Centro; Beja (86%) no Alentejo; Miranda


20%
do Douro (86%), Porto e Vila Real 26
26 19
Setor
20 23 17 primário
14 14
(ambas com 85%) na região Norte; e a
15

0% 3

cidade da Horta (85%) na Região


Total de Cidades Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
Portugal portuguesas Açores Madeira

Autónoma dos Açores. Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

A ilustração da distribuição da população empregada no sector terciário por ramos de atividades revela a maior
importância do ramo do Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos no emprego do
país e das cidades (em ambos os contextos representava mais de um quinto do emprego do sector terciário), seguindo-se
o emprego nas atividades de Educação e nas
Atividades de saúde humana e apoio social. A Distribuição da população empregada no setor terciário por ramos de
atividade, Portugal e cidades
expressão da população empregada nestes
dois últimos ramos de atividade (Educação e Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis
22,2
24,5
e motociclos
Atividades de saúde humana e apoio social) 13,5
Educação
12,3
era mais elevada nas cidades portuguesas do
Atividades de saúde humana 12,0
que no total de Portugal. Nesta linha de e apoio social 11,6

Administração Pública e Defesa; 9,9


análise, nas cidades portuguesas registava-se Segurança Social Obrigatória 10,2

também uma proporção do emprego nas Alojamento, restauração


e similares
9,3
9,5

Atividades de consultoria, científicas, técnicas Atividades de consultoria, 6,7 Cidades portuguesas


científicas, técnicas e similares 5,8 Total de Portugal
e similares superior ao verificado no conjunto Atividades administrativas 6,3
e dos serviços de apoio 6,2
do país (6,7% vs. 5,8%).
Restantes 20,1
atividades de serviços 19,9

0 5 10 15 20 25 %

Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

Cidades Portuguesas: Um Retrato Estatístico – 2011 10/14


Cidades da região de Lisboa com maior duração dos movimentos pendulares

Em 2011, a maioria da população residente nas cidades trabalhava ou estudava no município de residência e cerca de
28% deslocava-se para outro município, proporção ligeiramente inferior à verificada no conjunto do país (29%). Nas
cidades da região de Lisboa e da região do Norte os movimentos pendulares assumiam maior importância:
respetivamente, 35% e 29% dos empregados e estudantes aí residentes exerciam a sua atividade num município
distinto do de residência.

Indicadores de mobilidade pendular, Portugal e cidades das regiões NUTS2

Em algumas cidades do país, 40 %

nomeadamente nas áreas metropolitanas 35


33
de Lisboa e do Porto, mais de metade da 30 29 29
28
população residente ou estudante
23
deslocava-se para outro município para 23
20 20 20 19
18
exercer a sua atividade: Caniço (62,0%), 17
18

14
Odivelas (58,2%), Rio Tinto (58,1%),
10 11
9
Póvoa de Santa Iria (57,7%), Ermesinde 7
8

(55,7%), Amadora (54,8%), Queluz


0
(54,0%), Sacavém (53,2%), São Mamede Total de Cidades Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
Portugal portuguesas Açores Madeira

de Infesta (50,9%) e Loures (50,1%). Proporção de população que trabalha ou estuda noutro município
Proporção de população empregada ou estudante que utiliza meio de transporte coletivo nas deslocações pendulares

Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

Em 2011, cerca de 20% da população empregada ou estudante residente nas cidades portuguesas deslocava-se a pé
para o local de trabalho ou estudo (16% no total do país), sendo o automóvel o meio de transporte mais utilizado (59%
da população empregada ou estudante residente nas cidades). O transporte coletivo assumia nas deslocações
pendulares da população residente nas cidades uma importância semelhante à do conjunto do país (cerca de 20%),
verificando-se um maior uso destes tipos de transporte nas cidades da região de Lisboa e da Região Autónoma da
Madeira. Situavam-se na Área Metropolitana de Lisboa todas as cidades em que mais de 30% dos empregados ou
estudantes se deslocavam em transportes coletivos: Barreiro (39%) – única cidade do país em que este modo de
transporte era mais utilizado do que o automóvel, Almada (38%), Amora (36%), Queluz (36%), Odivelas (36%),
Amadora (35%), Agualva-Cacém (35%), Seixal (34%), Lisboa (33%), Sacavém (32%), Costa da Caparica (30%) e
Loures (30%).

O recurso ao transporte coletivo como principal modo de transporte tinha menos importância nos movimentos
pendulares das cidades do Alentejo (7% da população empregada ou estudante), do Algarve (8%) e da região Centro
(9%).

Cidades Portuguesas: Um Retrato Estatístico – 2011 11/14


Os trabalhadores ou estudantes residentes Duração média dos movimentos pendulares da população empregada ou

nas cidades portuguesas demoravam, em estudante, Portugal e cidades das regiões NUTS2

média, 20 minutos a chegar ao local de 35 minutos Barreiro

Máximo
trabalho ou estudo. Ao nível das regiões
30 Média das cidades
NUTS2, as deslocações pendulares eram Mínimo
Rio Tinto 26
25
mais morosas nas cidades da região de Entroncamento
Samora Correia
Cidades
Lisboa, única região que ultrapassava o e PT = 20
Setúbal
Olhão da
Caniço
19 Restauração
valor médio das cidades portuguesas. Neste 16 15
Ribeira Grande
17

15 15
contexto, salienta-se o tempo despendido 13

10 Sines Vila Real de Santo


nos movimentos casa-trabalho e casa- Miranda do Douro
Trancoso
António
Horta Vila Baleira

escola pelos residentes na cidade do 5

Barreiro (33 minutos) e nas cidades da


0
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
Costa da Caparica, Amora e Agualva-Cacém Açores Madeira

(cerca de 30 minutos). Fonte: INE, Recenseamentos da População e Habitação, 2011.

As cidades da região do Algarve e da Região Autónoma dos Açores apresentavam, em média, uma menor duração dos
movimentos pendulares, verificando-se também uma menor disparidade entre os tempos registados nas respetivas
cidades.

Cidades Portuguesas: Um Retrato Estatístico – 2011 12/14


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INDICADORES NO PORTAL

 Alojamentos familiares clássicos (N.º) por Localização geográfica (Cidade)


 Alojamentos familiares clássicos de residência habitual (N.º) por Localização geográfica (Cidade) e Regime de ocupação

 Cidades (N.º) por Localização geográfica (NUTS - 2002)


 Densidade de edifícios (N.º/ km²) por Localização geográfica (Cidade)

 Densidade populacional (N.º/ km²) por Localização geográfica (Cidade)

 Dimensão média das famílias clássicas (N.º) por Local de residência (Cidade)

 Divisões por alojamento familiar clássico de residência habitual (N.º) e Localização geográfica (Cidade)

 Duração média dos movimentos pendulares (minutos) da população residente empregada ou estudante por Local de residência (Cidade)

 Edifícios (N.º) por Localização geográfica (Cidade)


 Famílias clássicas (N.º) por Local de residência (Cidade)

 Idade média da população residente (Anos) por Local de residência (Cidade)


 Idade média dos edifícios (Anos) por Localização geográfica (Cidade)
 Índice de concentração da população residente em cidades (%) por Local de residência (NUTS 2002)

 Índice de dependência de idosos (N.º) por Local de residência (Cidade)


 Índice de dependência de jovens (N.º) por Local de residência (Cidade)

 Índice de envelhecimento (N.º) por Local de residência (Cidade)

 Índice de primazia do sistema urbano (N.º) por Local de residência (NUTS 2002)

 Indivíduos por alojamento familiar clássico de residência habitual (N.º) por Local de residência (Cidade)

 Meio de transporte mais utilizado nos movimentos pendulares (N.º) por Local de residência (Cidade) e principal meio de transporte

 Pisos por edifício (N.º) por Localização geográfica (Cidade)


 População empregada (N.º) por Local de residência (Cidade) e atividade económica (CAE REV.3)

 População empregada (N.º) por Local de residência (Cidade) e profissão

 População residente em cidades estatísticas (N.º) por Local de residência

 População residente (N.º) por Local de residência (Cidade)

 População residente com 12 e mais anos de idade (N.º) por Local de residência (Cidade) e Estado civil
 População residente de nacionalidade estrangeira (N.º) por Local de residência (Cidade), Sexo e Grupo etário

 População residente (N.º) por Local de residência (Cidade), Sexo e Grupo etário
 Proporção da população empregada por conta própria (%) por Local de residência (Cidade)

 Proporção da população residente com ensino superior completo (%) por Local de residência (Cidade)

 Proporção da população residente com idade entre 20 e 24 anos com pelo menos o ensino secundário completo (%) por Local de residência (Cidade)

 Proporção da população residente com 14 ou menos anos de idade (%) por Local de residência (Cidade)

 Proporção da população residente de nacionalidade estrangeira (%) por Local de residência (Cidade)

 Proporção da população residente empregada ou estudante que utiliza modo de transporte coletivo nas deslocações pendulares (%) por Local de
residência (Cidade)

 Proporção da população residente que 5 anos antes residia fora do município (%) por Local de residência (Cidade)
 Proporção da população residente que trabalha ou estuda noutro município (%) por Local de residência (Cidade)

 Proporção de alojamentos familiares clássicos arrendados ou subarrendados (%) por Localização geográfica (Cidade)
 Proporção de alojamentos familiares clássicos vagos (%) por Localização geográfica (Cidade)

 Proporção de alojamentos sobrelotados (%) por Localização geográfica (Cidade)

 Proporção de edifícios com necessidade de grandes reparações ou muito degradados (%) por Localização geográfica (Cidade)

 Proporção de edifícios com um alojamento (%) por Localização geográfica (Cidade)

 Proporção de edifícios construídos nos últimos 10 anos (%) por Localização geográfica (Cidade)

 Proporção de edifícios não exclusivamente residenciais (%) por Localização geográfica (Cidade)

Cidades Portuguesas: Um Retrato Estatístico – 2011 13/14


 Proporção de famílias clássicas unipessoais de pessoas com 65 ou mais anos de idade (%) por Local de residência (Cidade)

 Proporção de população residente em cidades com mais de 10 mil habitantes (%) por Local de residência (NUTS 2002)
 Proporção de profissionais socialmente mais valorizados (%) por Local de residência (Cidade)

 Superfície (Km²) das unidades territoriais por Localização geográfica (Cidade)

 Taxa de abandono escolar (%) por Local de residência (Cidade)


 Taxa de atividade (%) da população residente por Local de residência (Cidade) e Sexo

 Taxa de analfabetismo (%) por Local de residência (Cidade)


 Taxa de desemprego da população residente com idade entre 15 e 24 anos (%) por Local de residência (Cidade)

 Taxa de desemprego (%) por Local de residência (Cidade) e Sexo

 Valor médio mensal das rendas dos alojamentos familiares clássicos arrendados (€) por Localização geográfica (Cidade)

>> NOTA TÉCNICA

A Lei nº 11/82 de 2 de junho estabelece que, em Portugal, a elevação dos lugares e vilas à categoria de cidade é da
responsabilidade da Assembleia da República. Não obstante as orientações plasmadas naquela lei, não é exigida uma descrição
específica e/ou cartografia associada que permita delimitar o perímetro da vila que pretende ser elevada a cidade. É, por isso,
condição para a divulgação de estatísticas para as cidades a delimitação territorial das cidades.

A delimitação das cidades estatísticas portuguesas resulta, assim, de um processo de articulação do INE com as câmaras municipais
no sentido de ajustar o perímetro urbano da povoação com categoria de cidade, conforme consagrado nos instrumentos jurídicos de
ocupação de solos às subsecções estatísticas utilizadas pelo INE na BGRI 2011 (Base Geográfica de Referenciação da Informação
2011). Nos casos em que o ajustamento à subsecção estatística não mereceu a aprovação da câmara municipal, foram consideradas
linhas imaginárias do perímetro como limite da cidade naquelas zonas. Nestas situações, para a apropriação da informação
estatística dos Censos 2011, foi possível tirar partido da Base Geográfica de Edifícios (BGE) do INE criada no âmbito dos Censos 2011
e reportar informação para o território definido pela câmara municipal.

A informação estatística apresentada não é diretamente comparável com a informação disponibilizada anteriormente devido a
alterações dos limites territoriais das cidades. Em particular, as alterações no seccionamento verificadas entre a BGRI 2001 e a BGRI
2011 e as alterações dos perímetros urbanos consagrados nos instrumentos jurídicos de ocupação de solos limitam esta comparação.

A composição, em termos de subsecções estatísticas da BGRI 2011, das 159 cidades estatísticas existentes à data da divulgação
deste destaque está disponível no sítio do INE em http://smi.ine.pt/Versao/Detalhes/3516, sob a designação Cidades estatísticas
(BGRI 2011).

Os resultados dos indicadores disponibilizados para as cidades estatísticas e para o conjunto das cidades estatísticas do país e em
cada região NUTS1, NUTS2 e NUTS3 estão disponíveis em www.ine.pt, na opção Informação Estatística, Dados Estatísticos, Base de
dados.

Cidades Portuguesas: Um Retrato Estatístico – 2011 14/14

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