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Data: 17 e 18/9/2019
Local: Salas de reuniões do 8º andar (17/9) e do 20º andar (18/9) do Edifício-Sede do Banco Central do
Brasil – Brasília – DF
Horário de início e de término das sessões: 17/9: 10h06 – 12h42; 14h36 – 18h43
18/9: 14h00 – 18h06
Presentes:
Membros do Copom
Roberto Oliveira Campos Neto – Presidente
Bruno Serra Fernandes
Carlos Viana de Carvalho
Carolina de Assis Barros
Fernanda Feitosa Nechio
João Manoel Pinho de Mello
Maurício Costa de Moura
Otávio Ribeiro Damaso
Paulo Sérgio Neves de Souza
Os membros do Copom analisaram a evolução recente e as perspectivas para a economia brasileira e para
a economia internacional, no contexto do regime de política monetária, cujo objetivo é atingir as metas
fixadas pelo Conselho Monetário Nacional para a inflação.
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Banco Central do Brasil 225ª Reunião do Copom
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A menos de menção explícita em contrário, esta atualização Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a
leva em conta as mudanças ocorridas desde a reunião do cotação média da taxa de câmbio R$/US$ observada nos cinco
Copom em julho (224ª reunião). dias úteis encerrados na sexta-feira anterior à reunião do
Copom.
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Banco Central do Brasil 225ª Reunião do Copom
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Banco Central do Brasil 225ª Reunião do Copom
20. A taxa de juros estrutural é um ponto de referência Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa
para a condução da política monetária. Quando essa básica de juros para 5,50% a.a. O Comitê entende que
política produz uma taxa de juros real (ex-ante) aquém essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de
da taxa estrutural, ela provê estímulos para a atividade riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a
econômica e contribui para um aumento da inflação. convergência da inflação para a meta no horizonte
Como a taxa estrutural não é observável e a atividade relevante para a condução da política monetária, que
econômica e a inflação dependem de diversos outros inclui o ano-calendário de 2020.
fatores, estimativas dessa taxa envolvem elevado grau
de incerteza e são continuamente reavaliadas pelo 25. O Copom reitera que a conjuntura econômica
Comitê. Em cada reunião, o Copom avalia se a taxa Selic prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com
está em nível adequado, tendo em vista todos os taxas de juros abaixo da taxa estrutural.
fatores que influenciam a evolução das projeções e
expectativas de inflação, do balanço de riscos e da 26. O Copom avalia que o processo de reformas e
atividade econômica. Em conjuntura como a descrita ajustes necessários na economia brasileira tem
acima, isso envolve avaliar se o grau de estímulo avançado, mas enfatiza que perseverar nesse processo
monetário está adequado. Cabe destacar que a é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e
provisão de estímulo monetário requer ambiente com para a recuperação sustentável da economia. O Comitê
expectativas de inflação ancoradas. ressalta ainda que a percepção de continuidade da
agenda de reformas afeta as expectativas e projeções
21. O Comitê reitera sua visão de que a continuidade macroeconômicas correntes. Em particular, o Comitê
do processo de reformas e a perseverança nos ajustes julga que avanços concretos nessa agenda são
necessários na economia brasileira são essenciais para fundamentais para consolidação do cenário benigno
a queda da taxa de juros estrutural, para o para a inflação prospectiva.
funcionamento pleno da política monetária e para a
recuperação sustentável da economia. O Comitê 27. Na avaliação do Copom, a evolução do cenário
ressalta ainda que a percepção de continuidade da básico e do balanço de riscos prescreve ajuste no grau
agenda de reformas afeta as expectativas e projeções de estímulo monetário, com redução da taxa Selic em
macroeconômicas correntes. Em particular, o Comitê 0,50 ponto percentual. O Comitê avalia que a
julga que avanços concretos nessa agenda são consolidação do cenário benigno para a inflação
fundamentais para consolidação do cenário benigno prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de
para a inflação prospectiva. estímulo. O Copom reitera que a comunicação dessa
avaliação não restringe sua próxima decisão e enfatiza
22. Na sequência, os membros do Copom avaliaram a que os próximos passos da política monetária
decisão de política monetária adequada, tendo em vista continuarão dependendo da evolução da atividade
a evolução do cenário básico e do balanço de riscos econômica, do balanço de riscos e das projeções e
desde sua reunião em julho (224ª reunião). Todos expectativas de inflação.
concluíram pela redução da taxa Selic para 5,50% a.a.
28. Votaram por essa decisão os seguintes membros
23. O Copom debateu, então, a conveniência de do Comitê: Roberto Oliveira Campos Neto (Presidente),
oferecer alguma perspectiva sobre possíveis cenários Bruno Serra Fernandes, Carlos Viana de Carvalho,
para a política monetária. Decidiu comunicar sua Carolina de Assis Barros, Fernanda Feitosa Nechio, João
avaliação de que a consolidação do cenário benigno Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura,
para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.
adicional no grau de estímulo monetário. Tendo em
vista sua preferência por explicitar condicionalidades
sobre a evolução da política monetária, o que melhor
transmite a racionalidade econômica que guia suas
decisões, o Copom julgou ser fundamental reiterar que
a comunicação dessa avaliação não restringe sua
próxima decisão e enfatizar que os próximos passos da
política monetária continuarão dependendo da
evolução da atividade econômica, do balanço de riscos
e das projeções e expectativas de inflação.