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FILOSOFIA

ANA CAROLINA RAMOS 10º 58 N.º 1


JOÃO COELHO 10º 58 N.º
MARIA SOUSA 10º 58 N.18
A ação humana e os valores

Parte 1

1. Porque razão preferimos umas coisas e não outras?

Todos nós apresentamos diversos gostos, evidenciando diferentes preferências dado que
temos distintos juízos de valor. Por exemplo, eu posso preferir um sabor mais doce a um mais
amargo enquanto a minha melhor amiga pode preferir o contrário, mas isso não torna incompatível
a nossa amizade, nem a torna impossível.
Como já referimos anteriormente, cada indivíduo apresenta diferentes juízos de valor. Um
juízo de valor é uma deliberação sobre a beleza de algo, a apreciação de algo ou até mesmo sobre
o modo como devem

os agir em algumas situações, ou seja, um juízo de valor é uma avaliação efetuada porque uma
decisão que deve ser tomada independentemente de estar em função da utilidade, da estética, da
moral, ou de qualquer outro critério valorativo. Estes são sempre baseados num ponto de vista
pessoal. Como generalização, um juízo de valor pode referir-se a um julgamento baseado num
conjunto particular de valores ou num sistema de valores determinado.
Dado que cada indivíduo dá mais importância a determinados valores em relação a outros,
então estes são hierarquizados em tabelas de valores de acordo com a sua relevância para com o
sujeito que as cria. Os valores a que cada pessoa dá mais interesse irão refletir-se nas suas ações
e decisões e, de certa forma, organizar e orientar a sua conduta futura.
As nossas deliberações sobre os valores, ou mais commumente chamadas seleções, rom-
pem com a nossa indiferença perante o mundo, ou seja, se não concedêssemos diferentes valores
a coisas distintas não conseguiríamos diferenciar o que é realmente importante do que não é; es-
taríamos a tornar o mundo num lugar repleto de coisas iguais e estar-nos-íamos a tornar num ser
passivo relativamente a este. Logo, nós temos preferências para romper com a indiferença visto
que o mundo seria um lugar realmente aborrecido se fossemos todos iguais.

2. O que são valores?

Os valores são padrões ou referências que resultam da apreciação de um indivíduo(s)


acerca de objetos, pessoas e atos. Estes exprimem os critérios das nossas preferências, isto é
aquilo que julgamos importante e significativo na nossa vida. A forma como nos vestimos, o que
comemos ou até mesmo como escolhemos viver, são apenas alguns exemplos dos valores que
fazem parte do nosso dia a dia. Os valores são julgados consoante juízos de facto e juízos de valor.
Estamos perante juízos de facto quando existe descrição de algo que aconteceu (exemplo: Em
1755 ocorreu um terramoto em Portugal.). Estes são sempre baseados na realidade e são sempre
iguais para qualquer sujeito. Por sua vez, os juízos de valor referem-se aos pareceres e opiniões
de cada indivíduo relativamente às situações e fenómenos do mundo com que se depara. Ao
contrário dos juízos de facto, duas pessoas podem agir de forma diferente perante a mesma
situação, pelo simples facto de terem diferentes carácteres e, consequentemente, opiniões distintas
face às circunstâncias com que se depara (exemplo: A obra de João Glama é esplêndida.).

3.
3.1 Quais as características dos valores?

As principais características dos valores passam pela diversidade, hierarquização e


polaridade. Podemos afirmar a existência da diversidade pelo simples facto de que os
valores são compostos por uma multiplicidade de tipos de valores (os valores religiosos,
éticos e morais, estéticos, lógicos, vitais, e úteis). A hierarquização consiste numa
ordenação contínua que estabelece os níveis de importância, que variam de indivíduo para
indivíduo, e de forma a que a posição inferior (de menor importância) sejam sempre
subordinada às posições superiores (mais significativo). Por sua vez, a polaridade defende
que a cada valor existe um contravalor, por exemplo, honestidade (valor) e desonestidade
(contravalor) ou verdadeiro (valor) e falso (contravalor).

3.2 Algumas destas características evidenciam a atitude/relação


particular que o ser humano estabelece com aquele que o rodeia.
Caracteriza essa atitude.

As nossas atitudes e ações são influenciadas pelos nossos valores ou critério


valorativos. As hierarquizarmos os valores consoante os nossos critérios pessoais
revelamos uma atitude ativa perante o mundo, ou seja, atribuímos diferentes valores a
coisas distintas, estamos a romper com a indiferença. Com essa hierarquização,
distinguimos o que realmente é importante ou não.
Assim, as nossas decisões e ações dependem do nível de importância que nós
atribuímos aos valores, essa hierarquização vai permitir-nos tomar uma atitude ativa
perante um mundo diversificado.

4. Os valores e os os critérios valorativos dependem:


- do sujeito?
- o objeto?
- da cultura ou sociedade?

4.1 Para cada uma das teses apresentadas caracteriza a tese correspondente.

4.2 Aponta para cada uma das teses apresentadas na questão anterior
dificuldades/objeções que as mesmas podem enfrentar.

Cada uma das teses apresentadas na questão anterior possuem


dificuldades/objeções que nos fazem duvidar sobre a sua plausibilidade.
No caso do subjectivismo moral podemos afirmar que este retira todo o sentido ao
debate sobre questões morais, dado que ao aceitarmos o subjetivismo deixamos de ter
motivos para avaliar os juízos éticos das pessoas que nos rodeiam. Para além disso,
dificulta a nossa capacidade de argumentar racionalmente quando se trata de resolver
questões morais.
O subjetivismo permite também afirmar que qualquer juízo moral é verdadeiro, por
exemplo, se alguém afirmar que a eutanásia é moralmente correta, e atente-se que não
importa o quão absurdo seja o ponto de vista de um indivíduo, se a pessoa pensar que a
sua opinião está correta, então está correta e ninguém pode dizer o contrário.
Relativamente ao objetivismo moral podemos afirmar que este deixa algumas questões “em
aberto”, visto que não permite reconhecer que factos e valores são conceitos distintos. Não
obstante, sugere que existe uma natureza humana, isto é, todos reconhecemos de igual
modo aquilo que é correto e incorreto, independentemente de outras circunstâncias como
a cultura a que pertencemos.
Por último, o relativismo cultural priva-nos de exercer qualquer sentido crítico sobre
as normas da sociedade em que estamos inseridos (exemplo: Vivo numa comunidade Nazi
e aprovo o racismo, logo o racismo é.

4.3 E tu como responderias à questão 4? Justifica.

Pessoalmente, penso que os valores e critérios valorativos dependem do sujeito, no


entanto, julgo que tem uma influência indireta tanto do objeto como da cultura e sociedade.
Todos estamos rodeados de coisas que nos ajudam a fundamentar as nossas opiniões.
Estas começam em nós e no que nos é ensinado, logo os valores dependem do sujeito.
Porém tudo o k nos rodeia também faz parte, começando na cultura, logo esta irá ter
influência no sujeito.
As antigas civilizações cuja cultura é divergente da nossa tem antigas práticas que nos
respeitamos, mas por vezes não achamos correto, logo os nossos valores dependem da
cultura e sociedade em que estamos inseridos.
Para finalizar, os valores também dependem do objeto a ser avaliado dado que o objeto
pode ter influências positivas ou negativas no sujeito levando a ter uma opinião diferente
sobre os valores ou critérios valorativos a avaliar.

5. O que se entende por conflitos de valores? Dê exemplos.

Cada indivíduo apresenta opiniões e, consequentemente valores diferentes, e por


esta razão, que colidem e dai derivam os conflitos de valor, o bem individual e comum como
base para alcançar feitos de maior qualidade e promotores de desenvolvimento grupal.
Assim, os conflitos de valor derivam da forma como os indivíduos percepcionam e
tomam consciência sobre o desejável para a sua vida, os seus comportamentos e a forma
como são avaliados.
Consideramos ainda que quando o conflito de valores surge e não é devidamente
explorado de forma a encontrar um ponto de equilíbrio, então a sociedade pode ser
colocada em risco, pois estes podem promover situações de maior gravidade, tal como o
racismo, xenofobia, fracasso nas relações pessoais e inter-pessoais, que surgem pela
dificuldade na identificação e clareza que o problema apresenta.

Os exemplos a indicar são:

Competição na turma – dois colegas pretendem ter a melhor nota na disciplina, no entanto
mantém esse objetivo guardado em si, não revelam as suas intenções, não obstante para
alcançar o objetivo são capazes de falar mal do colega, não partilhar apontamentos, de
forma a impossibilitar a igualdade entre ambos.

Defesa da Vida – caso em que um paciente que é testemunha de Jeová e a sua família
(decisor) também, está a correr risco de vida, não tem poder de decisão, e é impreterível
uma transfusão sanguínea e ou tratamento alternativo que pressupõe a existência de
sangue de um dador. No caso dasTestemunhas de Jeová, que, por razões religiosas, não
quererem ser submetidas a transfusões de sangue, violam a obrigação que o médico tem
em prol da defesa da vida do seu paciente.

Barragem – A decisão de construir uma barragem que vai servir a população de Trás-os-
montes e Alto Douro em Amarante é entendida por um grupo de indivíduos como uma mais
valia, irá produzir mais energia, retenção mais água,…por outro lado existe um grupo de
indivíduos que defende a preservação das espécies existentes no local, pois a construção
da barragem vai aniquilar a vida de varias espécies animais e vegetais.

6. O que são valores transculturais? Imagina que poderias ser tu a


escolher esses valores. De um mínimo de 3 ao máximos de 5, quais
elegerias como valores transculturais? Justifica a tua escolha.

Valores transculturais são valores inerentes a uma cultura, que apresenta e tem diferentes
códigos morais associados a características e padrões de sociedade que podem ser diferentes de
região, país, no mundo, contudo poderá entendido como um conceito dinâmico que permite o
intercâmbio e o diálogo entre os diversos grupos culturais. Estes valores podem ser transmissíveis
e partilhados com outras culturas, pois são realidades diferentes que podem depender de usos e
costumes, mas também potencial através destes o enriquecimento mútuo.
Como exemplo indicamos os valores que contemplam Direitos Humanos; a igualdade
género; a tolerância; tradição; benevolência e responsabilidade.
Consideramos que, de forma global, os valores indicados transmitem-se facilmente, sendo
fácil a sua implementação e são transculturais, podendo ser partilhados, por exemplo no que diz
respeito à igualdade de géneros, países como o nosso, podem servir de exemplo face à Arábia
Saudita valorizando a mulher e permitindo que esta se valorize, acabando com tradições que não
respeitam estes valores.

Parte 2

1. Que valores estão em confronto no texto?

2. Consegues dar exemplos de situações semelhantes? O que as caracteriza?

3. Como respondes à questão lançada no final do texto?

No excerto “Escritos sobre uma vida ética, Dom Quixote” de Peter Singer apresentado
anteriormente é descrito um tema que nos leva sem dúvida a refletir sobre os conflitos de valor.
É idealizada a construção de uma barragem. Esta demonstra ter várias vantagens associadas.
Pelo menos, mil indivíduos terão emprego garantido durante 3 anos e outras dezenas emprego
permanente, o que proporcionará uma melhoria da qualidade de vida de uma parte significativa
da população. Este fenómeno contribuiria também para a implementação de mais indústrias
“amigas do ambiente” como a Megavento ou Rp Global Portugal, que utilizam a energia hídrica
para a produção de eletricidade ou outros recursos, que podem diminuir as taxas de poluição.
Consequentemente, estas vertentes contribuiriam para o desenvolvimento do país, tanto a nível
económico como ambiental e até social.
Não obstante, é impossível ignorar o impacto que esta medida teria na vertente ambiental. Para
proceder à construção, vários terrenos seriam devastados, habitats de espécies vegetais e
animais raras ou até desconhecidas seriam destruídos, o destino favorito de centenas de
habitantes, desportistas e turistas, seria substituído por uma paisagem de cimento, e tudo por
causa da construção de uma barragem.
Estamos perante uma questão importante, algo em que refletir, temos de tomar uma decisão…
Optamos por uma vida
Tal como fora referido anteriormente, a construção desta barragem contribuirá não só para uma
vida com qualidade e um país economicamente desenvolvido, assim como beneficiará o
ambiente em certos aspetos, principalmente através das indústrias que utilizam um uso de
energia responsável e eficiente.

Assim, a nossa decisão teria que ter como base estudos significativos
Em prol de minimizar os estragos que esta também traz, como a extinção de espécies, porque a
nossa não antecipar várias estudos e investigações à vegetação e animais, para obter mais
informação acerca destes, e descobrir métodos para os preservar e proteger, prevenindo a
extinção dos mesmos., pois acreditamos que a capacidade inventiva do homem se sobrepõe às
adversidades.

Considerando que este seria um processo demorado e dispendioso Tudo bem que os gastos do
pais para que estas investigações sejam possíveis vão ser dispendiosos, contudo quando for
possível a construção da barragem irá ser possível cobrir os gastos e ainda lucrar com a mesma.

Assim, a nosso ver, com as condições apresentadas anteriormente, a construção da barragem


seria a escolha mais acertada.

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