Você está na página 1de 4

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CAMPUS VILA VELHA


ANÁLISE ORGÂNICA
Profa: Marsele M Isidoro

TURMA: Técnico em Química – Noturno G2


PRÁTICA : 7
TÍTULO: Caracterização de Lipídeos
ALUNOS: Mahyne Bonifácio Santos

1. OBJETIVOS
Caracterizar as propriedades físico-químicas de triacilgliceróis (ésteres de ácidos
graxos) e determinar o índice de saponificação de gordura ou óleo.
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Reação de saponificação

Preparou-se uma solução alcoólica de KOH a 20%, misturando 10 mL da solução


aquosa de KOH a 40% e 10 mL de álcool etílico em um béquer de 100 mL. Em seguida
acrescentou-se 5 mL de óleo vegetal e aqueceu-se o sistema em banho Maria fervente.
Quando começou a fervura, fez-se sucessivas retiradas de 1 ou 2 gotas da mistura, que
foram colocadas em 2 mL de água destilada contida em um tubo de ensaio, agitando e
observando, quando houve formação de espuma, parou-se o aquecimento .

Separação de ácidos graxos


Transferiu-se 4 mL do conteúdo do béquer, para um tubo de ensaio, acrescentou-se
um indicador de pH ( 1 gota de fenolftaleína). Em seguida colocou-se gota a gota,
sempre com agitação, 3 gotas de HCl concentrado onde houve a mudança total da cor
do indicador.

Ressaponificação
Transferiu-se 4 gotas da parte oleosa formada no experimento de separação de ácidos
graxos para um tubo de ensaio contendo 5 mL de água destilada quente (70 - 80 °C).
Adicionou-se gota a gota solução de NaOH 1,0 mol L-1, até a total solubilização da
parte oleosa, agitou-se o tubo e verificou-se se houve formação de espuma.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A reação do triacilglicerídeo (óleo vegetal) com o hidróxido de potássio para a formação do


sabão pode ser descrita a partir da reação 3.1 abaixo:
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CAMPUS VILA VELHA
ANÁLISE ORGÂNICA
Profa: Marsele M Isidoro

Reação Química 3.1 – Formação do sabão

Na reação de saponificação onde observou-se se houve formação de espuma, vê-se uma


questão cotidiana onde atribui-se a qualidade do sabão à sua capacidade de formar espuma -
quantidade de pequenas bolhas de gás dispersas em uma fase líquida -. Um dos motivos que
levou o consumidor à fazer essa associação foi, talvez, a água dura, onde há a presença de
cátions que se juntam às moléculas do sabão e diminuem muito a sua capacidade de interagir
com a água. Neste caso, portanto, não se forma espuma e o sabão não funciona bem.
Sabendo disso as indústrias adicionam aditivos que “seqüestram” os cátions cálcio e magnésio
da água, “livrando” o sabão deles e permitindo, assim, sua boa atuação.

Para haver a separação dos ácidos graxos,foi utilizado o ácido clorídrico, onde o hidrogênio
reage com o oxigênio ligado ao potássio do sabão formando assim um ácido graxo e cloreto
de potássio, como pode ser visto na reação 3.2 abaixo:

Reação Química 3.2 – Separação de ácidos graxos

As porções hidrofóbicas das moléculas de um sabão assumem uma conformação que as


protege do contato com as moléculas de água (altamente polares) quando há o contato
sabão-água. Por isso o poder de limpeza do sabão, interagindo com a sujeira e água. A essa
conformação dá-se o nome de micela e pode ser melhor observada na figura 3.1 abaixo:
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CAMPUS VILA VELHA
ANÁLISE ORGÂNICA
Profa: Marsele M Isidoro

Figura 3.1 – Formação de micela


Fonte: https://escolakids.uol.com.br/upload/image/micela-de-sabao.jpg

Na parte de ressaponificação do experimento – onde volta-se o ácido graxo à um sabão –, por


motivos desconhecidos, mesmo após adicionar 132 gotas de hidróxido de sódio não houve
solubilização completa da parte oleosa e, consequentemente, não houve formação de sabão.
A reação que ocorreu ( não de maneira completa) foi semelhante a primeira etapa de reação
de saponificação, desta vez com o NaOH, podendo ser observada na reação 3.3 abaixo:

Reação Química 3.3 - Ressaponificação

4. CONCLUSÃO

Através dos experimentos feitos foi possível evidenciar a formação de sabão, bem
como entender seu funcionamento no que se refere à limpeza onde cotidianamente é
usado relacionando-o com a formação de micelas, além de se explicar a relação
espuma VS limpeza.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CAMPUS VILA VELHA
ANÁLISE ORGÂNICA
Profa: Marsele M Isidoro

 BITTENCOUT FILHA, A. M. B.; COSTA, V.G; BIZZO, H. R. A avaliação da qualidade


de detergentes a partir do volume de espuma formado. Química Nova na
Escola. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/exper2.pdf>.
Acesso em: 09 de jun. de 2019.
 NELSON, D. L.; COX, M. Lehninger – Princípios de Bioquímica. 5ed. São Paulo:
Sarvier, 2011
 SOUZA, Karina Ap. de Freitas Dias de; NEVES, Valdir Augusto. Saponificação,
Experimentos de Bioquímica. Disponível em:
<http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_lipidios/saponificacao.ht
m>. Acesso em: 09 de jun. de 2019.

Você também pode gostar