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A OCITOCINA E SUAS INÚMERAS APLICAÇÕES

Mariana Patrício de Oliveira


Aluna do Curso de Especialização em Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica da Pontifícia
Universidade Católica de Goiás & Instituto Pharmacológica
Orientador: Edson Negreiros dos Santos

RESUMO
O objetivo do presente estudo foi relatar aspectos gerais sobre a ocitocina, um “neuropeptídeo
social” que vem sendo conhecido como o hormônio dos bons relacionamentos; seus possíveis
papéis no controle das interações sociais como auxiliar no tratamento do autismo e
esquizofrenia; atuação no humor e expressão das emoções, além de seu papel na sexualidade.
São comumente descritas as ações periféricas da ocitocina, como a produção de contrações da
musculatura lisa no momento do parto e na ejeção do leite durante a amamentação. A atual
proposta é de investigar suas ações centrais, onde trabalhos revelaram que níveis plasmáticos
deste hormônio encontraram-se elevados durante a relação sexual e diminuídos em quadros de
depressão. O método utilizado para a realização do levantamento dos dados foram artigos
científicos, encontrados na internet através da base de dados Scielo, Medline, Pubmed e
outros. Tornou-se mais visível após a realização desta revisão, a importância da ocitocina em
sua atuação central, responsável por suas inúmeras aplicações.
Palavras-chave: Ocitocina; Emoção; Sexualidade.

ABSTRACT
The goal of this study was to report on the general aspects of oxytocin, a "social
neuropeptide" that has been known as the hormone of good relationships; their possible roles
in the control of social interactions as help in treatment of autism and schizophrenia, mood
and performance in expression of emotions, and their role in sexuality. They are frequently
described the actions of peripheral oxytocin, as the production of smooth muscle contractions
of during childbirth and milk ejection during lactation. The current proposal is to investigate
their central actions, where work has shown that plasma levels of this hormone found to be

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high during sexual intercourse and reduced in patients with depression. The method used to
conduct the survey data were scientific papers, found on the internet through sites Scielo,
Medline, Pubmed and others. Became more visible after the completion of this review, the
importance of oxytocin in their central performance, responsible for it is numbers
applications.
Keywords: Oxytocin; Emotion; Sexuality.

1. INTRODUÇÃO
A ocitocina é o neuropeptídeo mais abundante no hipotálamo, sendo muito
conhecido em espécies de mamíferos devido aos efeitos característicos periféricos que
promove e sua importante contribuição na propagação do ciclo da vida, de acordo com o
esquema representando pela Figura 1:

Figura 1
Nota: Um ciclo de vida simples ilustra inúmeros pontos susceptíveis de atuação e aplicação da
ocitocina nos comportamentos e na fisiologia para facilitar a propagação das espécies.
Fonte: Heon et al. 2009

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Uma de suas primeiras funções descobertas foi a facilitação de contrações do
músculo liso do útero no momento do parto e a ejeção de leite durante a lactação. Desde
então, este hormônio esta sendo encontrado para regular o comportamento maternal e para
ajudar na formação de laços sociais (SHELDRICK E FLINT, 1985; GIMPL E
FAHRENHOLZ, 2001).
Pesquisas realizadas sugerem que a ocitocina está intimamente relacionada com a
vasopressina (hormônio humano secretado em casos de desidratação e queda da pressão
arterial) desempenhando um importante papel no desenvolvimento da cognição normal, no
comportamento social e atuando indiretamente ocasionando uma ação antiestressora
(CARTER et al. 1992; INSEL E HULIHAN, 1995; INSEL et al. 1999; DACOME &
GARCIA, 2008). Além disso, este neuropeptídeo também foi encontrado recentemente
contribuindo para a diminuição de respostas do estresse e ansiedade em interações sociais
(NEUMANN et al. 2000; BALE et al. 2001).
Assim como a ocitocina, a vasopressina também está envolvida no funcionamento do
reconhecimento social e a infusão de vasopressina no cérebro pode prolongar a duração da
memória de reconhecimento social (LEMOAL et al. 1987).
Atualmente, destacaram-se os efeitos pró-sociais da administração intranasal de
ocitocina em humanos, incluindo o aumento da confiança, diminuição da ativação da
amígdala para o medo, estímulos indutores de reconhecimento e melhoria de sinais sociais
(KIRSCH et al. 2005; GUASTELLA et al. 2008). Isto vem gerando um enorme interesse no
papel deste neuropeptídeo em diversas psicopatologias humanas, como o autismo, a
esquizofrenia e a fobia social (SCHULKIN et al. 2003; HOLLANDER et al. 2007).
De acordo com Landgraf & Neumann (2004), receptores para este neuropeptídeo
estão distribuídos em várias regiões do cérebro, incluindo regiões límbicas tais como o
hipotálamo e a amígdala, os quais recebem várias inervações vias ocitocinérgicas, regiões que
estão envolvidas na produção de emoções (HUBER et al. 2005; DACOME & GARCIA,
2008).
O presente trabalho tem como objetivo relatar os diversos papéis desempenhados
pela ocitocina em sua atuação central, tais como: aumento das interações sociais no autismo e
esquizofrenia, melhora da satisfação nas relações sexuais e auxilio nas neuroadaptações. Além
de suas características gerais, possíveis mecanismos de ação e formas de administração. Com

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estas considerações, partimos para um breve e abrangente estudo de revisão sobre os efeitos
deste hormônio.

2. METODOLOGIA
O presente trabalho constitui-se de uma revisão bibliográfica, onde foi realizada
consultas em diversos bancos de dados online, tais como Scielo, Medline e Pubmed.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1. Características gerais


A Ocitocina é um hormônio nonapeptídeo sintetizado a partir de neurônios do núcleo
paraventricular (PVN) e supra-óptico (SON) do hipotálamo e posteriormente armazenado na
neuro-hipófise (SWAAB et al. 1975; VANDESANDE & DIERICKX, 1975; ROSSONI et al.
2008). Sendo processada a partir de sua forma precursora, em conjunto com a proteína de
transporte, ao longo da projeção axonal para a pituitária posterior, a partir da qual o peptídeo é
secretado para a circulação sistêmica (BROWNSTEIN et al. 1980).
Além disso, os receptores de ocitocina estão amplamente distribuídos por todo o
sistema nervoso central, influenciando muitas funções neurocomportamentais (MCCARTHY
& ALTEMUS, 1997). É composta por nove aminoácidos (Cys-Tyr-Ile-Gln-Asn-Cys-Pro-Leu-
GlyNH2) com uma ponte de enxofre entre as duas cisteínas. A estrutura da ocitocina é muito
semelhante a do outro nonapeptídeo, a vasopressina (AVP), a qual difere da ocitocina por dois
aminoácidos (CALDWELL et al. 2008).
Atualmente, a ocitocina é conhecida por apresentar apenas um receptor (Oxtr), ao
contrário da vasopressina que apresenta pelo menos três subtipos diferentes. O Oxtr pertence
à rodopsina que esta acoplada a proteína da família (GPCR) (GIMPL E FAHRENHOLZ,
2001; CALDWELL et al. 2008).
Muitos trabalhos têm sido realizados para a criação de agonistas e antagonistas
(ambos os peptídeos e as moléculas pequenas) com especificidade para o receptor de
ocitocina e pouca ou nenhuma atividade nos receptores da vasopressina (MANNING et al.
2008). Dois antagonistas da ocitocina bem conhecidos são atosibano (desamino-[D-Tyr2 - (O-
etil)-Thr4Orn8]-vasotocina) e OVTA (d(CH2)5[Try(Me)2Thr4Orn8Tyr9-NH2]-vasotocina).
Atosiban é clinicamente usado para atrasar o parto prematuro. No entanto, ambos os

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antagonistas têm uma afinidade pelo receptor da vasopressina (AVPR) (ELANDS et al. 1988;
AKERLUND et al. 1999; ZINGG E LAPORTE, 2003).

3.2. Ocitocina no autismo e esquizofrenia


Sabe-se que o autismo é um transtorno neuropsicológico que provavelmente é capaz
de envolver muitas questões genéticas e ambientais, caracterizado por relações sociais
anormais, incluindo a interação prejudicada e comunicação, assim como alterações de
comportamentos. Transtornos do espectro autista são rotulados como distúrbios de
desenvolvimento, e podem incluir outras desordens médicas, tais como retardamento,
convulsões e problemas psicológicos, como ansiedade elevada. Além disso, esses transtornos
característicos do indivíduo autista são tipicamente caracterizados por fenótipos que
promovem além de interrupções no convívio social, uma série de prejuízos nas habilidades
comunicativas (CARTER et al. 1995; FOMBONNE, 2005).
Recentemente, atenções foram direcionadas para a determinação das causas
subjacentes de desordens do autismo e afins. A relação positiva entre ocitocina e formação de
laços sociais em estudos com animais têm levado muitos a acreditar que este neuropeptídeo
pode desempenhar um papel auxiliar no tratamento do autismo (HAMMOCK E YOUNG,
2006).
No entanto, além do autismo, alguns prejuízos no funcionamento social são comuns
também na esquizofrenia. Estudos têm sugerido que pacientes com esquizofrenia são
prejudicados em reconhecer as emoções. Recentemente, tem sido demonstrado que este
“neuropeptídeo social” pode trazer efeitos benéficos em comportamentos sociais e têm
demonstrado através destes, um aumento da percepção das expressões emocionais na
esquizofrenia e parentes de primeiro grau não afetados pela doença também pareceram
demonstrar alterações nessa percepção, embora seja em menor grau. Além disso, as
dificuldades na classificação de emoções têm demonstrado contribuir para déficits sociais
(LIM & YOUNG, 2006; AVERBECK et al. 2011).
Embora os dados dos níveis de ocitocina no plasma são consistentes com a hipótese
de que as perturbações no sistema deste hormônio contribuem para o fenótipo social e
comportamental do autismo, também é plausível que estas diferenças em níveis de ocitocina
podem ser uma consequência de alteração no processamento cognitivo em pacientes autistas.
O autismo também pode ser caracterizado por alterações cognitivas em geral, modificando o

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processamento sensorial e também cortical, os quais são provavelmente independentes de
ocitocina e vasopressina. Alterando o processamento cerebral de estímulos sociais, pode-se
realmente impedir a ativação normal dos sistemas de ocitocina e vasopressina resultando em
diminuição das concentrações plasmáticas (ELIZABETH et al. 2006).
Um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Neuropsicologia do
Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, demonstrou os efeitos positivos da
administração de ocitocina (24UI por dia via intranasal) sobre o desempenho do
reconhecimento de emoção em um grupo contendo 21 pacientes com esquizofrenia (todos
homens) que preenchiam os critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders, 4ª edição para a esquizofrenia. Os resultados deste estudo sugeriram que a
ocitocina pode ter efeitos benéficos sobre o reconhecimento da emoção, a qual representa um
déficit bem característico desta população clínica avaliada, o que pode trazer impacto sobre os
sintomas em longo prazo, visto que as diferenças foram evidentes após 3 semanas de
tratamento e contribuíram para a melhor interação social dos pacientes com esquizofrenia
(AVERBECK et al. 2011).

3.3. Ocitocina no prazer sexual


De acordo com Dacome & Garcia (2008), acredita-se que a ocitocina em associação
com outros hormônios ou neurotransmissores é capaz de promover em situações de grande
excitabilidade fisiológica no sistema nervoso central, semelhante ao que acontece em uma
relação sexual de maneira positiva e adaptativa, uma ação protetora na regulação da
intensidade e duração desse estado de excitabilidade, além das ações centrais da ocitocina
relacionadas à reprodução e comportamento sexual serem fortemente dependentes de
esteróides. Dentre os esteróides sexuais mais importantes temos: a testosterona no homem e o
estrogênio e progesterona na mulher.
Estudos realizados em humanos mostraram que nos homens a ocitocina pode ser
encontrada no corpo cavernoso e epidídimo do pênis indicando que a ligação dela nesta região
pode afetar a contratilidade e posteriormente a ejaculação (FILIPPI et al. 2003; VIGNOZZI et
al. 2004). Os níveis plasmáticos deste hormônio podem aumentar durante as relações sexuais
no orgasmo, principalmente nos homens (CARMICHAEL et al. 1987). Neles, a instilação
intranasal de ocitocina, promove um aumento significativo deste hormônio no plasma e os
níveis de epinefrina param por pelo menos cerca de uma hora, e aumenta a auto percepção de

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excitação durante a masturbação (BURRI et al. 2008). Além disso, um estudo de caso recente
indica que a ocitocina intranasal administrada durante o coito, pode tratar anorgasmia em
homens, que é a dificuldade em atingir o orgasmo, mesmo que ocorra o interesse sexual e
todas as outras respostas satisfatórias para a realização do ato (ISHAK et al. 2008).
Nas mulheres, a principal utilização médica de tratamento através da ocitocina é de
promover rapidamente as contrações uterinas. Ela também tem sido utilizada para facilitar a
amamentação, uma vez que auxilia na descida do leite (CARTER, 2003).
Um estudo de caso relata que a instilação nasal de ocitocina para estimular a
amamentação, aumenta a lubrificação vaginal e sentimentos de excitação (SALONIA et al.
2005). No entanto, estudos mostraram que houve um aumento dos níveis de ocitocina no
plasma durante a excitação sexual e durante o orgasmo em mulheres (CARMICHAEL et al.
1987; BLAICHER et al. 1999).
De acordo com estudo realizado por Carmichael et al. (1987), determinou os níveis
de alteração da ocitocina plasmática durante as respostas sexuais em humanos. Os níveis deste
hormônio foram medidos antes, durante e após autoestimulação de orgasmos em homens e
mulheres normais. Os níveis plasmáticos aumentaram durante a excitação sexual nos homens
e nas mulheres e foram significativamente mais elevados no momento do orgasmo/ejaculação.
Sugere-se, portanto que o padrão de secreção da ocitocina pode estar relacionado às
contrações da musculatura lisa do sistema reprodutivo durante o orgasmo.

3.4. Ocitocina na expressão das emoções


Existe também uma forte evidência de que a ocitocina está envolvida na regulação
das emoções em seres humanos. Menores níveis deste hormônio no plasma foram relatados
em humanos com um quadro severo de depressão (SCANTAMBURLO et al. 2007). Os
níveis são também negativamente correlacionados com o auto relato de sofrimento psíquico,
incluindo sintomas depressivos (GORDON et al. 2008).
Este neuropeptídeo pode exercer efeitos sobre a emotividade, agindo dentro da
amígdala, reduzindo a ativação da mesma em resposta a estímulos vagos e podem aumentar
os sentimentos de confiança e filiação (BAUMGARTNER et al. 2008; MEYER, 2008).
Neumann (2007) ainda constatou, por meio do monitoramento de microdiálise
intracerebral no núcleo supra-óptico e núcleo paraventricular do hipotálamo, que liberações

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dendríticas de ocitocina ocorrem no interior da amígdala e do septo, regiões do sistema
límbico, indicando uma relação central do efeito da ocitocina sobre determinadas emoções.
Segundo Kirsh et al. (2005) a ocitocina também modula a amígdala para respostas a
estímulos socialmente relevantes, como a expressão das faces. Por exemplo, em situações de
estresse, como falar diante de um público é um fato pode ocasionar o aumento da sensação de
estresse, bem como a elevação dos níveis de cortisol (HEINRICHS et al. 2003).
Ultimamente, pesquisadores começaram a examinar os efeitos da ocitocina no
reconhecimento social humano, principalmente por meio de testes de reconhecimento de
faces. Geralmente, este hormônio parece melhorar a memória para os rostos. A ocitocina
administrada por via intranasal para machos e fêmeas, depois de ver rostos masculinos (com
expressão de felicidade, raiva ou neutro) melhora significativamente a memória de
reconhecimento de 30 minutos e 24 horas mais tarde para faces neutras e com raiva
(SAVASKAN et al. 2008). Da mesma forma, é capaz de aumentar a memória para rostos
raivosos em machos e fêmeas, sem influenciar o tempo de resposta, indicando que a ocitocina
pode influenciar no reconhecimento da face nos primeiros estágios de processamento
perceptual. Em contraste, um estudo realizado anteriormente através dos mesmos relatórios do
grupo anterior mostrou que quando administrados apenas em machos aumenta a memória
para rostos previamente observados com expressões felizes, irritados ou neutros
(GUASTELLA et al. 2009).
A capacidade de reconhecer uma mesma espécie é imperativa para determinar a
resposta adequada a esse indivíduo e a formação de uma "memória social" dos indivíduos é
vital para a exibição de comportamentos adequados dentro de um grupo social. Para que
ocorram interações, os comportamentos adequados são muitas vezes de afiliação em natureza,
o que permite a reprodução de ajustamento do casal e os comportamentos parentais. Quando
ocorrem interações pelo mesmo sexo, particularmente interações entre machos, os
comportamentos adequados são na maioria das vezes agressivos por natureza e centrado em
torno da competição por companheiros e outros recursos. Nas espécies, a ocitocina é
importante na regulação da formação de memórias sociais, bem como na exibição de
comportamentos de filiação e agressividade (NEUMANN, 2008; NEUMANN E
LANDGRAF, 2008).

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3.5. Formas de administração
Em estudo realizado, participantes receberam uma única dose de 24 UI de ocitocina
(Syntocinon-Spray, Novartis) por via intranasal ou placebo. A administração intranasal teve
efeito imediato após a introdução no início da experiência (50 min antes da exposição ao
stress), uma dose de 12 UI foi instilado em cada narina (três borrifadas por narina, cada
borrifada com 4 UI de ocitocina). Este spray intranasal é amplamente prescrito em mulheres
que amamentam sendo bem tolerado. Vários estudos foram realizados em seres humanos com
doses entre 20 e 60 UI, e nenhum efeito secundário adverso têm sido relatado até o momento
(BRUINS et al. 1992; PITMAN et al. 1993).
Segundo Hayes e Weinstein (2008), o Synthetic Oxt (conhecido como Pitocin) é
utilizado para induzir o parto e para ajudar na produção de leite durante a lactação.
Em estudo mais recente, a ocitocina intranasal foi dada a indivíduos do sexo
masculino 40 minutos antes da apresentação das faces. Vinte e quatro horas depois, os
indivíduos tratados com o spray nasal apresentaram melhor memória para faces vistas no dia
anterior, sem influência sobre a memória para os vistos anteriormente (RIMMELE et al.
2009).
Alternativamente, os estudos sobre os efeitos centrais da ocitocina e vasopressina em
seres humanos saudáveis e em doentes foram realizados com estimulação exógena, ou seja,
através da administração intranasal (HEINRICHS, 2000). Recentemente estes neuropeptídeos,
foram mostrados por produzir o fluido cerebrospinal, também conhecido por líquido
cefalorraquidiano diretamente após administração intranasal (BORN et al. 2002).

4. DISCUSSÃO

Como vimos, a ocitocina está envolvida na regulação de uma grande variedade de


comportamentos, muitas vezes estes estão interligados, por exemplo, as espécies mais sociais
tendem a ter relacionamentos monogâmicos e ser biparental (LANDGRAF, 2005;
CALDWELL et al. 2008).
Portanto, este hormônio parece afetar especialmente a capacidade de compreender as
emoções dos outros, ou seja, afeta a empatia. Quando administrado intranasal aumenta a
quantidade de tempo gasto olhando para a região dos olhos de rostos humanos, bem como a
probabilidade de recordar uma cara feliz (GUASTELLA et al. 2008). Além disso, também
melhora a capacidade de inferir o estado mental de outros indivíduos (DOMES et al. 2007).

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Da mesma forma, atenuou sentimentos de negatividade para rostos condicionados com
avaliações afetivas negativas, particularmente em rostos com olhar direto. A ocitocina pode
desta forma, aumentar os sentimentos de confiança e empatia por aumento do olhar e
compreensão posterior de interações sociais. No geral, esta linha de pesquisa indica que ela
também aumenta os sentimentos de generosidade, confiança, e pode ajudar na detecção e
compreensão dos sentimentos dos outros (empatia) (PETROVIC et al. 2008).
De acordo com estudos de Carmichael (1987), possibilitaram a constatação de altas
concentrações plasmáticas de ocitocina durante o orgasmo, tanto feminino como masculino,
essa correlação permite estabelecer uma possibilidade funcional no papel da ocitocina na
resposta sexual.
Infusão intravenosa de ocitocina em adultos com autismo reduz significativamente o
número e gravidade dos comportamentos repetitivos (HOLLANDER et al. 2003), e aumenta a
capacidade de compreender e lembrar sinais afetivos, tais como: feliz, indiferente, com raiva,
ou triste (HOLLANDER et al. 2007). Sendo de extrema importância ressaltar que a ativação
da amígdala é fundamental para a sinalização de medo (AMARAL, 2003; ADOLPHS et al.
2005).

5. CONCLUSÃO
Na atual revisão, detalhamos o papel da ocitocina como um hormônio dos bons
relacionamentos, atuando em áreas centrais, participando juntamente com outros
neurotransmissores em uma variedade de comportamentos humanos essenciais, tais como:
aumento das interações sociais no autismo e na esquizofrenia, melhora da satisfação tanto do
homem quanto da mulher nas relações sexuais em conjunto com outros hormônios/
neurotransmissores, o auxílio na expressão das emoções como a redução da ansiedade,
estresse e agressividade. Também ressaltamos as suas primeiras funções, chamadas de ações
periféricas, que são de promover contração uterina durante o parto e a ejeção de leite no
período da lactação. Além de destacar a importância da amígdala, como principal estrutura
que compõe o sistema límbico para o reconhecimento dos estímulos sociais e estados
emocionais.
Pesquisas recentes têm mostrado que os neuropeptídeos atravessam a barreira
hematoencefálica após administração intranasal, proporcionando um método útil para o
estudo dos efeitos da ocitocina no sistema nervoso central em seres humanos (BORN et al.

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2002). Através deste método, têm sugerido que a ocitocina é um potente modulador no
processamento do comportamento social em humanos (HEINRICHS & DOMES, 2008).
As perspectivas de crescimento e aprimoramento em investigações e estudos para as
diversas aplicações da ocitocina na manutenção de vínculos sociais são grandes e
promissoras. Esperamos que este trabalho contribua para o desenvolvimento de novas
intervenções terapêuticas deste hormônio, incluindo desordens de ansiedade, depressão,
sexualidade, autismo e esquizofrenia.

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