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Introdução
Nesta aula, veremos a origem do petróleo e suas formas de exploração, sua produção e
refino.
Observaremos ainda suas características e sua classificação química.
Bons estudos!
O petróleo
O petróleo, conhecido também como “ouro líquido” ou “ouro negro”, é uma substância oleosa
e inflamável, com baixa densidade e odor característico, com coloração variando do castanho
claro, passando pelo marrom, verde e chegando até o preto.
A palavra petróleo vem do latim, união dos termos petra e oleum, correspondendo à
expressão “pedra de óleo”. O petróleo ocorre na natureza ocupando vazios existentes entre os
grãos de areia na rocha ou pequenas cavidades interligadas.
O petróleo e o gás natural são encontrados tanto em terra quanto no mar, principalmente nas
bacias sedimentares e em rochas do embasamento cristalino.
Inicialmente, o óleo jorra espontaneamente por causa da pressão de seus gases; depois, a
pressão interna torna-se insuficiente para levá-lo à superfície e a extração passa a ser feita por
meio de bombas.
Oceano
Camada Pós-Sal
Nesta região encontram-se a maior parte das reservas brasileiras de petróleo e gás.
Camada de Sal
Camada Pré-Sal
Camada profunda onde se encontra o petróleo a ser extraído. O petróleo fica armazenado nos
poros das rochas
Por decantação, é separada a água salgada e matérias em suspensão, sendo depois submetido
a um processo de fracionamento.
A Bíblia (Gen. 6, 14) traz referências sobre a existência de lagos de asfalto e da sua utilização
como impermeabilizante.
O líquido era utilizado por hebreus para acender fogueiras e em altares de sacrifícios. Há
registros de Plínio, em sua História Natural, e de Heródoto, historiador do século V a.C. que
apontam seu uso por Nabucodonosor para pavimentar estradas na Babilônia e na construção
de seus Jardins.
Há ainda várias referências do seu uso por outros povos como combustível para iluminação.
Os gregos e romanos embebiam lanças incendiárias com betume para atacar as muralhas
inimigas.
Há relatos de que, quando os espanhóis chegaram à América, Pizarro descobriu uma destilaria
operada por incas.
Século XIX
A moderna era do petróleo teve início em meados do século XIX, quando um norte-americano,
Edwin L. Drake, encontrou petróleo a cerca de 20 metros de profundidade no oeste da
Pensilvânia, utilizando uma máquina perfuratriz para a construção do poço para obter
querosene e lubrificantes.
1859
O primeiro poço de petróleo foi perfurado em 1859.
Ele foi encontrado em uma região de pequena profundidade (21 m), ao contrário das
escavações de hoje, que ultrapassam os 6.000 metros.
Século XX
A grande revolução ocorreu com a invenção dos motores de combustão interna e a produção
de automóveis em grande escala, que deram a outro derivado do petróleo, a gasolina, melhor
utilidade.
A Origem do Petróleo
A hipótese mais aceita para esclarecer a origem dessa substância é que, com o aumento da
temperatura, as moléculas do querogênio começaram a ser quebradas, gerando compostos
orgânicos líquidos e gasosos, em um processo denominado catagênese.
Para haver uma acumulação do petróleo, após o processo de geração e expulsão, ocorreu a
migração do óleo e/ou gás através das camadas de rochas adjacentes e porosas, até encontrar
uma rocha selante e uma estrutura geológica que deteve seu caminho.
Sobre ela, ocorreu a acumulação do óleo e/ou gás em uma rocha porosa chamada rocha
reservatório.
Para a maioria dos geólogos e geoquímicos, o óleo se formou a partir de substâncias orgânicas
procedentes da superfície terrestre (detritos orgânicos).
Outra hipótese, mais antiga, datada do século XIX, defende que o petróleo teve origem
inorgânica, a partir dos depósitos de carbono ao longo da formação da Terra.
De qualquer modo, a mais aceita é que ele surgiu através de restos orgânicos de animais e
vegetais depositados no fundo de lagos e mares, sofrendo transformações químicas ao longo
de milhões de anos.
Acredita-se que a Terra tenha uma idade da ordem de bilhões de anos, enquanto que a idade
de uma jazida de petróleo pode variar entre 10 e 400 milhões de anos, localizando-se apenas
nas bacias sedimentares, junto ao gás natural (metano e etano).
Erupções vulcânicas, deslocamento dos polos, separação de continentes, movimentação dos
oceanos e ação dos rios marcaram a acomodação da crosta terrestre.
Então, ao longo dos anos, restos de animais e vegetais mortos depositaram-se no fundo de
lagos e mares e lentamente foram cobertos por sedimentos, que mais tarde se transformaram
em rochas sedimentares (calcário e arenito).
Também se especula que sua origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem
o plâncton, causada pela pouco oxigenação e pela ação de bactérias, que se acumulou no
fundo dos mares e dos lagos, pressionada pelos movimentos da crosta terrestre e pelas altas
temperaturas, até se transformar no petróleo.
A substância oleosa, de acordo com as observações, não permaneceu na rocha em que foi
gerada, chamada rocha matriz, mas se deslocou até encontrar um terreno apropriado para se
concentrar, formado por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários.
Ali se alojou, formando bolsões, com gás natural na parte mais alta e petróleo e água na mais
baixa.
Durante esse processo, ocorreu a expulsão do óleo gerado da rocha matriz, permanecendo sob
alta pressão nas rochas porosas, denominadas rochas reservatório, até que fosse alcançado
por alguma perfuração.
Fase Exploratória
Na fase exploratória, a fase da perfuração de poços costuma ser a mais dispendiosa, sendo
precedida por extensa programação e elaboração de estudos, que permitam um
conhecimento tão detalhado quanto possível das condições geológicas da região na superfície
e no subsolo.
As perfurações se orientam para as áreas que tenham maiores acumulações observadas de
óleo ou gás.
2) Essas estruturas são resultantes de modificações sofridas pelas rochas ao longo do tempo,
através do desenvolvimento de dobras e falhas na crosta terrestre.
Métodos de extração
Um dos métodos mais empregados é o da sísmica, em que se usam explosivos para produzir
ondas que se chocam contra a crosta terrestre e voltam à superfície, sendo captadas por
instrumentos que registram informações que orientem a localização de uma jazida.
As etapas de perfuração são idênticas; a diferença é que são feitas no mar por meio de
plataformas, com a profundidade de um poço, podendo variar de 800 a 6.000 metros.
Uma vez encontrado o petróleo, diversos poços são perfurados, de forma a estudar a
viabilidade comercial de exploração daquela jazida.
Etapa de produção
Nas bacias sedimentares brasileiras, o gás natural costuma estar dissolvido no petróleo, sendo
separado dele durante as operações de produção.
1- Bloco de coroamento
2- Bomba de Lama
3- Motores
4- Peneiras
5- Tanque de Lama
6- Mesa rotativa
7- Válvula de Segurança
8- Tubo de perfuração
9- Tubo de revestimento
10- Broca de Perfuração
Refino do petróleo
Refinar consiste em separar a mistura de hidrocarbonetos nas frações desejadas,
processá-las e industrializá-las em produtos comerciáveis, contando com operações
unitárias que minimizem perdas no processo.
Técnicas de refino
As técnicas mais utilizadas de refino são:
O produto final das estações e refinarias (gás natural, gás residual, GLP, gasolina, nafta,
querosene, lubrificantes, resíduos pesados e outros destilados) é comercializado pelas
distribuidoras, que os oferecem aos consumidores.
Não deixe de clicar aqui e saber mais sobre cada técnica de refino.
http://estacio.webaula.com.br/Cursos/don076/docs/Refino_PDF_Tela12.pdf
Petróleo no Brasil
No Brasil, a existência do petróleo já era apontada durante os tempos do Regime
Imperial, época em que o Marquês de Olinda cedeu o direito a José Barros de Pimentel
de realizar a extração de betume nas margens do rio Marau, na Bahia.
A primeira sondagem foi realizada no município de Bofete – SP, entre 1892 e 1896, por
iniciativa de Eugênio Ferreira de Camargo, responsável pela primeira perfuração até a
profundidade de 488 metros, obtendo água sulfurosa.
Tempos depois, nos anos 1930, o tema do petróleo era discutido com maior energia,
polarizando os que defendiam o monopólio da União e os favoráveis à participação da
iniciativa privada na exploração petrolífera.
BRASIL, Nilo Índio (org). Processamento de petróleo e gás. Rio de Janeiro: LTC,
2012.
FARAH, Marco Antonio. Petróleo e seus derivados: definição, constituição,
aplicação, especificação, características de qualidade. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
Conheça o Centro de Estudos do Petróleo: Acesse aqui. Acesso em 8 mai. 2013.
Leia sobre o petróleo e seus derivados: Acesse aqui. Acesso em 8 mai. 2013