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CURSO TÉCNICO EM JORNALISMO

TURMA 2017-2018

DISCIPLINA: DIREITO APLICADO AO JORNALISMO: Aspectos


penais, cíveis e administrativos

Código da Disciplina: DAJ66698.2017


CRÉDITOS: CEE

USA

Carga Horária:

Conteúdo Textual

Primeira aula: Protocolo 68101.2017.

Período da Disciplina 10 de setembro de 2017 à 10 de outubro de 2017.

Aluna matriculados com bolsa integral devem realizar a prova até 10 de setembro.

A taxa das três avaliações será na ordem de r$ 110,00.

PRIMEIRA AVALIAÇÃO: Até 10 de setembro de 2017.

SEGUNDA AVALIAÇÃO: Até 10 de setembro de 2017.

TERCEIRA AVALIAÇÃO: Até 10 de setembro de 2017.

Passada a data de até 10 de setembro de 2017, o interessado pode enviar requerimento solicitando a
prova em outra data. Será na data da solicitação informado o valor da taxa atualizada.

O aluno tem até 10 de setembro de 2018 para está com as provas de todas as disciplina concluídas.

Profissão Jornalista.
Nos dias atuais podemos dizer que existem várias formas diferentes de jornalismo, todas com
audiências diversas. O jornalismo é dito para servir o papel de um "quarto poder", agindo como um
"soldado" de guarda do funcionamento do governo. Uma única publicação (como um jornal)
contém muitas formas de jornalismo, cada uma das quais pode ser apresentada em diferentes
formatos. Cada seção de um jornal, revista ou site pode atender a diferentes públicos.
Alguns gêneros jornalísticos incluem:
a) Advocacia jornalística - escrever para defender pontos de vista particulares ou influenciar as
opiniões do público.
b) Jornalismo de radiodifusão - jornalismo escrito ou falado para rádio ou televisão.
c) Jornalismo cidadão - jornalismo participativo.
d) Jornalismo de dados - a prática de encontrar histórias em números e usar números para contar
histórias.
e) Jornalismo drone - uso de drones para capturar imagens jornalísticas.
f) Jornalismo gonzo - defendido pela primeira vez por Hunter S. Thompson, é um "estilo altamente
pessoal de relatar".
g) Jornalismo interativo: um tipo de jornalismo on-line que é apresentado na web,
h) Jornalismo investigativo: relatórios aprofundados que revelam problemas sociais, muitas vezes
leva a grandes problemas sociais a serem resolvidos.
i) Fotojornalismo: a prática de contar histórias verdadeiras através de imagens.
j) Jornalismo sensorial: o uso de sensores para apoiar a investigação jornalística.
l) Jornalismo tabloide - escrita que é alegre e divertida, mas menos legítima do que o jornalismo
convencional. m) Jornalismo marrom (ou sensacionalismo) - escrita que enfatiza alegações ou
rumores exagerados.
A recente ascensão das mídias sociais resultou em argumentos para reconsiderar o jornalismo como
um processo, em vez de atribuí-lo a determinados produtos de notícias.
Nesta perspectiva, o jornalismo é participativo, um processo distribuído entre múltiplos autores e envolvendo
jornalistas e o público socialmente mediador.
O Jornalismo, como carreira universitária, por exemplo, é uma daquelas que causa um pouco de dúvida. O
que eu vou fazer, afinal? “O SUPREMO acabou com a exigência do diploma, e agora?”
Depois da decisão do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, escolher o jornalismo ccomo profissão
de carreira universitária não ficou fácil.

Vejamos o que decidiu o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:

Quarta-feira, 17 de junho de 2009

Supremo decide que é inconstitucional a exigência de diploma para o exercício da profissão de


jornalismo.

Por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira, que é
inconstitucional a exigência do diploma de jornalismo e registro profissional no Ministério do
Trabalho como condição para o exercício da profissão de jornalista.

O entendimento foi de que o artigo 4º, inciso V, do Decreto-Lei 972/1969, baixado durante o regime
militar, não foi recepcionado pela Constituição Federal (CF) de 1988 e que as exigências nele
contidas ferem a liberdade de imprensa e contrariam o direito à livre manifestação do pensamento
inscrita no artigo 13 da Convenção Americana dos Direitos Humanos, também conhecida como
Pacto de San Jose da Costa Rica.

A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 511961, em que se discutiu a
constitucionalidade da exigência do diploma de jornalismo e a obrigatoriedade de registro
profissional para exercer a profissão de jornalista. A maioria, vencido o ministro Marco Aurélio,
acompanhou o voto do presidente da Corte e relator do RE, ministro Gilmar Mendes, que votou
pela inconstitucionalidade do dispositivo do DL 972.

Para Gilmar Mendes, “o jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que estão imbricadas
por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada”, disse. “O
jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua,
profissional e remunerada”, afirmou o relator.

O RE foi interposto pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Sindicato das Empresas de Rádio
e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp) contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª
Região que afirmou a necessidade do diploma, contrariando uma decisão da 16ª Vara Cível Federal
em São Paulo, numa ação civil pública.

No RE, o Ministério Público e o Sertesp sustentam que o Decreto-Lei 972/69, que estabelece as
regras para exercício da profissão – inclusive o diploma –, não foi recepcionado pela Constituição
de 1988.

Além disso, o artigo 4º, que estabelece a obrigatoriedade de registro dos profissionais da imprensa
no Ministério do Trabalho, teria sido revogado pelo artigo 13 da Convenção Americana de Direitos
Humanos de 1969, mais conhecida como Pacto de San Jose da Costa Rica, ao qual o Brasil aderiu
em 1992. Tal artigo garante a liberdade de pensamento e de expressão como direito fundamental do
homem.

Advogados das partes

Essa posição foi reforçada, no julgamento de hoje, pela advogada do Sertesp, Taís Borja Gasparian,
e pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza. A advogada sustentou que o DL
972/69 foi baixado durante o regime militar e teve como objetivo limitar a livre difusão de
informações e manifestação do pensamento. Segundo ela, o jornalista apenas exerce uma técnica de
assimilação e difusão de informações, que depende de formação cultural, retidão de caráter, ética e
consideração com o público.

Em apoio à mesma tese, o procurador-geral da República sustentou que a atual legislação contraria
o artigo 5º, incisos IX e XIII, e o artigo 220 da Constituição Federal, que tratam da liberdade de
manifestação do pensamento e da informação, bem como da liberdade de exercício da profissão.

O advogado João Roberto Piza Fontes, que subiu à tribuna em nome da Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj), advertiu que “o diploma não impede ninguém de escrever em jornal”. Segundo
ele, a legislação dá espaço para os colaboradores com conhecimentos específicos em determinada
matéria e, também, para os provisionados, autorizados a exercer o jornalismo onde não houver
jornalista profissional formado nem faculdade de Comunicação.

Segundo ele, o RE é apenas uma defesa das grandes corporações e uma ameaça ao nível da
informação, se o jornalismo vier a ser exercido por profissionais não qualificados, assim como um
aviltamento da profissão, pois é uma ameaça à justa remuneração dos profissionais de nível superior
que hoje estão na profissão.

Também em favor do diploma se manifestou o a advogada Grace Maria Mendonça, da Advocacia


Geral da União (AGU). Ela questionou se alguém se entregaria na mão de um médico ou
odontólogo, ou então de um piloto não formado. Segundo ela, não há nada no DL 972 que contrarie
a Constituição Federal. Pelo contrário, ele estaria em plena consonância com a Carta.

Votos

Ao acompanhar o voto do relator, a ministra Cármen Lúcia disse que a CF de 1988 não recepcionou
o DL 972. “Não há recepção nem material nem formal”, sustentou ela. Além disso, a ministra
considerou que o inciso V do artigo 4º do DL contraria o artigo 13 do Pacto de San Jose da Costa
Rica.

No mesmo sentido votou o ministro Ricardo Lewandowski. Segundo ele, “o jornalismo prescinde
de diploma”. Só requer desses profissionais “uma sólida cultura, domínio do idioma, formação ética
e fidelidade aos fatos”. Segundo ele, tanto o DL 972 quanto a já extinta – também por decisão do
STF – Lei de Imprensa representavam “resquícios do regime de exceção, entulho do autoritarismo”,
que tinham por objeto restringir informações dos profissionais que lhe faziam oposição.

Ao também votar pelo fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de


jornalista, o ministro Carlos Ayres Britto distinguiu entre “matérias nuclearmente de imprensa,
como o direito à informação, criação, a liberdade de pensamento”, inscritos na CF, e direitos
reflexamente de imprensa, que podem ser objeto de lei. Segundo ele, a exigência do diploma se
enquadra na segunda categoria. “A exigência de diploma não salvaguarda a sociedade para justificar
restrições desproporcionais ao exercício da liberdade jornalística”, afirmou.

Ele ponderou, no entanto, que o jornalismo continuará a ser exercido por aqueles que têm pendor
para a profissão, sem as atuais restrições. Ao votar contra elas, citou os nomes de Carlos Drummond
de Andrade, Otto Lara Resende, Manuel Bandeira, Armando Nogueira e outros como destacados
jornalistas que não possuíam diploma específico.

Por seu turno, ao votar com o relator, o ministro Cezar Peluso observou que se para o exercício do
jornalismo fossem necessárias qualificações como garantia contra danos e riscos à coletividade,
uma aferição de conhecimentos suficientes de verdades científicas exigidas para a natureza do
trabalho, ofício ou profissão, o diploma se justificaria.

Entretanto, segundo ele, “não há, no jornalismo, nenhuma dessas verdades indispensáveis”, pois o
curso de Comunicação Social não é uma garantia contra o mau exercício da profissão.

“Há riscos no jornalismo?”, questionou. “Sim, mas nenhum é atribuível ao desconhecimento de


verdade científica que devesse governar a profissão”, respondeu, ele mesmo.

Ele concluiu dizendo que, “há séculos, o jornalismo sempre pôde ser bem exercido,
independentemente de diploma”.

O ministro Eros Grau e a ministra Ellen Gracie acompanharam integralmente o voto do relator,
ministro Gilmar Mendes.

Último a proferir seu voto no julgamento, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, acompanhou
o relator do recurso. O ministro fez uma análise histórica das constituições brasileiras desde o
Império até os dias atuais, nas quais sempre foi ressaltada a questão do livre exercício da atividade
profissional e acesso ao trabalho.

Ainda no contexto histórico, o ministro Celso de Mello salientou que não questionaria o que
chamou de “origem espúria” do decreto-lei que passou a exigir o diploma ou o registro profissional
para exercer a profissão de jornalista, uma vez que a norma foi editada durante o período da
ditadura militar.

Para o ministro, a regra geral é a liberdade de ofício. Ele citou projetos de lei em tramitação no
Congresso que tratam da regulamentação de diversas profissões, como modelo de passarela, design
de interiores, detetives, babás e escritores. “Todas as profissões são dignas e nobres”, porém há uma
Constituição da República a ser observada, afirmou.

Divergência

Ao abrir divergência e votar favoravelmente à obrigatoriedade do diploma de jornalista, o ministro


Marco Aurélio ressaltou que a regra está em vigor há 40 anos e que, nesse período, a sociedade se
organizou para dar cumprimento à norma, com a criação de muitas faculdades de nível superior de
jornalismo no país. “E agora chegamos à conclusão de que passaremos a ter jornalistas de gradações
diversas. Jornalistas com diploma de curso superior e jornalistas que terão, de regra, o nível médio e
quem sabe até o nível apenas fundamental”, ponderou.

O ministro Marco Aurélio questionou se a regra da obrigatoriedade pode ser “rotulada como
desproporcional, a ponto de se declarar incompatível” com regras constitucionais que preveem que
nenhuma lei pode constituir embaraço à plena liberdade de expressão e que o exercício de qualquer
profissão é livre.

“A resposta para mim é negativa. Penso que o jornalista deve ter uma formação básica, que viabilize
a atividade profissional, que repercute na vida dos cidadãos em geral. Ele deve contar com técnica
para entrevista, para se reportar, para editar, para pesquisar o que deva estampar no veículo de
comunicação”, disse o ministro.

“Não tenho como assentar que essa exigência, que agora será facultativa, frustando-se até mesmo
inúmeras pessoas que acreditaram na ordem jurídica e se matricularam em faculdades, resulte em
prejuízo à sociedade brasileira. Ao contrário, devo presumir o que normalmente ocorre e não o
excepcional: que tendo o profissional um nível superior estará [ele] mais habilitado à prestação de
serviços profícuos à sociedade brasileira”, concluiu o ministro Marco Aurélio...”

Assim, o aluno universitário do Curso de Jornalismo não deve se desesperar.

O que o STF decidiu apenas foi “O entendimento foi de que o artigo 4º, inciso V, do Decreto-Lei
972/1969, baixado durante o regime militar, não foi recepcionado pela Constituição Federal (CF) de
1988 e que as exigências nele contidas ferem a liberdade de imprensa e contrariam o direito à livre
manifestação do pensamento inscrita no artigo 13 da Convenção Americana dos Direitos Humanos,
também conhecida como Pacto de San Jose da Costa Rica.”

Agora temos duas situações segundo o Jornalista Professor César Venâncio... “Jornalista com
diploma universitário e Jornalista sem diploma”.

O presente curso de qualificação e educação continuada é destinado aos considerados jornalistas de


fato e que são na prática é “Jornalista sem diploma”.

o “Jornalista com diploma universitário e Jornalista sem diploma” enfrentam agora várias
oportunidades legais para sua atuação dentro da lei.

Mais atenção, o “Jornalista com diploma universitário e Jornalista sem diploma” precisa ter o
registro profissional no órgão denominado MINISTÉRIO DO TRABALHO do Governo Federal.
Ao se apresentar como jornalista sem o registro profissional, é crime de falsidade ideológica
previsto no código Penal Brasileiro.

Regulamentação da Profissão de Jornalista para os que detém diploma e não possui diploma,
mais está registrado no Ministério do trabalho.

Antes de 2009, para exercer a função de jornalista no Brasil era exigido o diploma de curso superior
e a inscrição junto ao Ministério do Trabalho. No entanto, uma decisão do Supremo Tribunal
Federal daquele ano acabou com essa obrigatoriedade, conforme já citado em parágrafo anterior.

O Professor César Venâncio diz que “Como jornalista com formação universitária, defendo a
cobrança para que um jornalista possa receber o registro tenha um diploma universitário, seja
advogado, médico, engenheiro, etc, incluido o de Licenciado em Comunicação, afinal é preciso
valorizar o profissional que estudou durante anos para desenvolver suas atividades”.
Porém a decisão do STF é irreversível, o que pode ocorrer é uma lei ordinária regulamentar a
profissão, e empós sua aprovação, talvez, venha a cobrar um diploma universitário.

É bom refletir que, assim como o mercado, devemos acreditar que bons profissionais de outras
áreas podem contribuir para o desenvolvimento do jornalismo, apresentando pontos que nós como
generalistas, não podemos visualizar. Segundo o Jornalista e Professor, César Venâncio,ao seu ver, o
que não pode é uma pessoa sem o mínimo de preparação sair divulgando informações sem checar,
prejudicando outros envolvidos. Aí, mais uma vez se justifica a formação do Técnico em
Jornalismo, no curso agora apresentado. A discussão sobre o tema é longa e sempre será acalorada.
Tanto para quem defende, quanto para quem é contra.

O Jornalista pós-STF tem que ser um pouco de tudo: criativo, bom leitor, deve gostar de aprender,
de conviver com várias pessoas diferentes e, principalmente, ter uma rotina nada convencional.
Jornalista sem diploma deve abrir uma atividade empreendero para garantir a continuidade de seu
registro. Exemplo: Jornal físico, jornal virtual, revista, etc. Tomo como referencia, aqui: Felipe
Andreoli, jornalista e apresentador. Ele diz: “Quem sonha em trabalhar nessa área tem que saber
que nossa vida é assim: marcar jantar e desmarcar, trabalhar no dia do seu aniversário, fazer plantão
no fim de semana, ter que sair correndo de onde estiver se o seu chefe ligar”. Se você está matriculado
neste curso, é por que já é jornalista de fato, se não é, você escolher uma profissão que não é fácil:
jornalismo.

Legislação sobre a Profissão dos Jornalistas.

Aposentadoria Especial. LEI Nº 9.528, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997 (*)


Altera dispositivos das Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono


a seguinte Lei: (…) Art. 15. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº
3.529, de 13 de janeiro de 1959, a Lei nº 5.527, de 8 de novembro de 1968, a Lei nº 5.939, de 19 de
novembro de 1973, a Lei nº 6.903, de 30 de abril de 1981, a Lei nº 7.850, de 23 de outubro de 1989,
o § 2º do art. 38 e o art. 100 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, o § 5º do art. 3º, o § 1º do art.
44, o parágrafo único do art. 71, os arts. 139, 140, 141, 148 e 152 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de
1991, os arts. 3º e 4º da Lei nº 8.620, de 5 de janeiro de 1993, a Lei nº 8.641, de 31 de março de
1993, o§ 4º do art. 25 da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994. Parágrafo único. (VETADO).
Brasília, 10 de dezembro de 1997; 176º da Independência e 109º da República. FERNANDO
HENRIQUE CARDOSO. Reinhold Stephanes

(*) Notas:
1. Esta lei tem origem na Medida Provisória nº 1.593, de 11 de outubro de 1996. Ao editarem esta
MP, o então presidente da República Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da Previdência
Reinholds Stephanes, revogaram a lei 3.529/59, pondo fim à aposentadoria especial para os
jornalistas. 2. Com a revogação da Lei nº 3.529/59, sancionada pelo então presidente Juscelino
Kubsitschek, os jornalistas passaram a ser submetidos ao Regime Geral da Previdência,
aposentando-se pelas mesmas regras aplicáveis aos trabalhadores em geral. 3. Apenas os jornalistas
que já havia completado o tempo especial na data da publicação da Medida provisório, ou seja, os
que possuíam “direito adquirido” puderam ou poderão (se ainda não exerceram o direito) exercer o
direito à aposentadoria especial. 4, Abaixo seguem a Lei que instituiu a aposentadoria especial e seu
Decreto Regulamentador.
Lei nº 3.529, de 13 de janeiro de 1959. (revogada) Dispõe sobre as aposentadorias dos
jornalistas.

O Presidente da República :

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte


Lei:

Art. 1º - Serão aposentados pelos Institutos da Previdência a que


pertencerem, com a remuneração integral, os jornalistas profissionais
que trabalhem em empresas jornalísticas, quando contarem 30 (trinta)
anos de serviço.

Art. 2º - Considera-se jornalista profissional aquele cuja função,


remunerada e habitual, compreenda a busca ou documentação de
informações inclusive fotograficamente, a redação de matérias a ser
publicada, contenha ou não comentários, a revisão da matéria quando
já composta tipograficamente, a ilustração por desenho ou por outro
meio do que for publicado, a recepção radiotelegráfica e telefônica de
noticiário nas redações de empresas jornalísticas, a organização e
conservação cultural e técnica do arquivo redatorial, bem como a
organização, orientação e direção de todos esses trabalhos e serviços.

Art. 3º - Não terão direito aos benefícios estabelecidos por esta Lei os
Jornalistas profissionais, reconhecidos e classificados como tais no
artigo anterior, que não sejam registrados no Serviço de Identificação
Profissional do Ministério do Trabalho, Indústria & Comércio.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos redatores e


redatores-auxiliares da Agência Nacional, de jornais e revistas para
estatais, de autarquias e de fundações oficiosas, desde que registrados
no mesmo Serviço de Identificação Profissional.

Art. 4º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, em 13 de Janeiro de 1959; 138º da Independência e


71º da República.
Juscelino Kubsitschek
Fernando Nóbrega.

DECRETO Nº 46.055, DE 19 DE MAIO DE 1959. Regulamenta a Lei nº 3.529, de 13 de janeiro


de 1959, que dispõe sôbre a aposentadoria integral dos jornalistas profissionais, e dá outras
providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo
87, inciso I, da Constituição, Decreta:

Art. 1º A aposentadoria a que se refere a Lei nº 3.529, de 13 de janeiro


de 1959, será concedida ao jornalista profissional que contar, no
mínimo, trinta (30) anos de atividade em emprêsas jornalísticas.

Parágrafo Único - A aposentadoria será requerida pelo próprio


interessado e despachada, no prazo máximo de noventa (90) dias, pelo
instituição de previdência social a que estiver filiado o jornalista
profissional.

Art. 2º Na concessão da aposentadoria será observado o prazo de


carência de vinte e quatro (24) meses de contribuições prestadas à
instituição de previdência social a que pertencer o segurado.

Art. 3º Considera-se jornalista profissional aquêle cuja função,


remunerada e habitual compreenda a busca ou documentação de
informações, inclusive fotográfica; a redação da matéria a ser
publicada, contenha ou não comentários; a revisão de matéria quando
já composta tipograficamente; a ilustração por desenho ou por outro
meio do que for publicado; a recepção radiotelegráfica e telefônica de
noticiário nas redações de emprêsas jornalísticas; a organização e
conservação cultural e técnica do arquivo redatorial, bem como a
organização, orientação e direção de todos êsses trabalhos e serviços.

Art. 4º Somente terão direito ao benefício estabelecido na Lei os


jornalistas profissionais, reconhecidos e classificados como tal no
artigo anterior, registrados no Serviço de Identificação Profissional, do
Departamento Nacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio.

Art. 5º O tempo de serviço será computado de acôrdo com o preceitos


da legislação trabalhista e sua comprovação se fará pela Carteira
Profissional, regularmente anotada, pelos registros de empregados
existentes nas emprêsas jornalísticas e pelas demais provas admitidas
em direito.

Art. 6º O valor mensal da aposentadoria corresponderá ao salário


profissional vigente na data da concessão do benefício.

§ 1º Caso a remuneração do jornalista, à época da concessão do


benefício, seja superior ao salário profissional vigente, a importância
da aposentadoria será fixada na base do salário médio correspondente
às últimas vinte e quatro (24) contribuições, não podendo ser inferior
ao salário profissional.

§ 2º Os proventos da aposentadoria serão percebidos a partir da data


em que o segurado se desligar do serviço da emprêsa.

Art. 7º O aposentado nos têrmos dêste Regulamento que voltar a


exercer emprêgo, ou atividade remunerada, não será segurado, em
razão dêste emprêgo ou atividade.

Art. 8º Nenhuma contribuição incidirá sôbre os proventos da


aposentadoria, devendo a instituição de previdência social registrar em
separado as concessões deferidas.

Art. 9º Os redatores e redatores-auxiliares da Agência Nacional, de


jornais e revistas paraestatais, de autarquias e fundações oficiais, desde
que registrados no Serviço de Identificação Profissional, do
Departamento Nacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio e segurados obrigatórios do Instituto de
Previdência e Assistência dos Servidores do Estado, após a decretação
de sua aposentadoria, por ato do Presidente da República, terão seus
proventos pagos através daquele Instituto, na forma do presente
Regulamento.

Parágrafo Único - Na apuração do tempo de serviço do pessoal a que


se refere êste artigo computar-se-á exclusivamente a atividade
jornalística em entidade pública, paraestatal, autárquica e em fundação
oficiosa.

Art. 10. Não se aplica aos segurados do Instituto de Previdência e


Assistência dos Servidores do Estado o disposto no art. 8º dêste
Regulamento.

Art. 11. O Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do


Estado pagará as aposentadorias concedidas de acôrdo com o art. 9º
dêste Regulamento, cabendo à União reembolsá-lo pelas importâncias
despendidas, vedada a concessão de mais de uma aposentadoria em
razão do mesmo cargo, função ou emprêgo.
Art. 12. As dúvidas e omissões serão resolvidas pelo Ministro do
Trabalho, Indústria e Comércio, ouvido previamente o Departamento
Nacional de Previdência Social.

Art. 13. Êste decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 14. Revogam-se as disposições em contrário.


Rio de Janeiro, em 19 de maio de 1959; 138º da Independência e 71º
da República.
Juscelino Kubitschek
Fernando Nóbrega

Código de Ética Internacional dos Jornalistas.

CÓDIGO INTERNACIONAL DE ÉTICA DOS JORNALISTAS


O Código Internacional de Ética para Jonalistas foi aprovado em 1.983, após quatro reuniões
consultivas, realizadas desde 1.978, por 8 importantes Confederações e Uniões de Jornalistas dos
vários continentes. São no total 9 princípios que regem a ética profissional no Jornalismo.

International Principles of
Professional Ethics in journalism

International and regional organizations of professional journalists, representing altogether 400.000


working journalists in all parts of the world, have held since 1978 consultative meetings under the
auspices of UNESCO.
The second consultative meeting (Mexico City, 1980) expressed its support to the UNESCO
Declaration on Fundamental Principles concerning the Contribution of the Mass Media to
Strengthening Peace and International Understanding, to the Promotion of Human Rights and to
Countering Racialism, Apartheid and Incitement to War. Moreover, the meeting adopted the
"Mexico Declaration" with a set of principles which represent common grounds of existing national
and regional codes of journalist ethics as well as relevant provision contained in various
international instruments of a legal nature.

The fourth consultative meeting (Prague and Paris, 1983) noted the lasting value of the UNESCO
Declaration in which it is stated inter alia that "the exercise of freedom of opinion, expression and
information, recognized as an integral part of human rights and fundamental freedoms, is a vital
factor in the strengthening of peace and international understanding". Furthermore, the meeting
recognized the important role which information and communication play in the contemporary
world, both in national and international spheres, with a growing social responsability being placed
upon the mass media and journalists.

On the basis the following principles of professional ethics in journalism were prepared as an
international common ground and as a source of inspiration for national and regional codes of
ethics. This set of principles is intended to be promoted autonomously by each professional
organization through ways and means most adequate to its members.

Principle I - People's Right to True Information

People and individuals have the right to acquire an objective picture of reality by means of accurate
and comprehensive information as well as to express themselves freely through the various media
of culture and communication.

Principle II - The Jouranlist's Dedication to Objective Reality

The foremost task of the jouranlist is to serve the people's right to true and authentic information
through an honest dedication to objective reality whereby facts are reported conscientiously in their
proper context, pointing out their essential connections and without causing distortions, with due
deployment of the creative capacity of the journalist, so that the public is provided with adequate
material to facilitate the formation of an accurate and comprehensive picture of the world in which
the origin, nature and essence of events, processes and states of affairs are understood as objectively
as possible.

Principle III - The Jouranlist's Social Responsibility

Information in jouranlism is understood as social good and not as a commodity, which means that
the jouranlists shares responsability for the information transmitted and is thus accountable not only
to those controlling the media but ultimately to the public at large, including various social interests.
The journalist's social responsability requires that he or she will act under all circumstances in
comformity with a personal ethical consciousness.

Principle IV - The Journalist's Professional Integrity

The social role of the journalist demands that the profession maintain high standards of integrity,
including the jouranlist's right to refrain form working against his or her conviction or from
disclosing sources of information as well as the right to participate in the decision-making of the
medium in which he or she is employed. The integrity of the profession does not permit the
jouranlist to accept any form of bribe or the promotion of any private interest contrary to the general
welfare. Likewise it belongs to professional ethics to respect intellectual property and, in particular,
to refrain from plagiarism.

Principle V - Public Access and Participation

The nature of the profession demands that the journalist promote access by the public to
information and participation of the public in the media, including the right of correction or
rectification and the right of reply.

Principle VI - Respect for Privacy and Human Dignity

An integral part of the professional standards of the journalist is respect for the right of the
individual to privacy and human dignity, in conformity with provisions of international and national
law concerning protection of the rights and the reputation of others, prohibiting libel, calumny,
slander and defamation.

Principle VII - Respect for Public Interest

The professional standards of the journalist prescribe due respect for the national community, its
democratic institutions and public morals.

Principle VIII - Respect for Universal Values and Diversity of Cultures

A true journalist stands for the universal values of humanism, above all peace, democracy, human
rights, social progress and national liberation, while respecting the distinctive character, value and
dignity of each culture, as well as the right of each people freely to choose and develop its political,
social, economic and cultural systems. Thus the journalist participates actively in the social
transformation towards democratic betterment of society and contributes through dialogue to a
climate of confidence in international relations conducive to peace and justice everywhere, to
detente, disarmament and national development. It belongs to the ethics of the profession that the
journalist be aware of relevant provisions contained in international conventions, declarations and
resolutions.

Principle IX - Elimination of War and Other Great Evils Confronting Humanity.

The ethical commitment to the universal values of humanism calls for the journalist to abstain from
any justification for, or incitement to, wars of aggression and the arms race, especially in nuclear
weapons, and all other forms of violence, hatred or discrimination, especially racialism and
apartheid, oppression by tyrannic regimes, colonialism and neocolonialism, as well as other great
evils which afflict humanity, such as poverty, malnutrition and diseases. By so doing, the journalist
can help eliminate ignorance and misunderstanding among peoples, make nationals of a country
sensitive to the needs and desires of others, ensure the respect for the rights an dignity of all nations,
all peoples and all individuals without distinction of race, sex, language, antioanlly, religion or
philosophical conviction.

Principle X - Promotion of a New World Information and Communication Order.

The journalist operates in the contemporary world within the framework of a movement towards
new international relations in general and a new information order in particular. This new order,
understood as an integral part of the New International Economic Order, is aimed at the
decolonization and democratization of the field of information and communication, both antioanlly
and interantioanlly, on the basis of peaceful coexistence among peoples and with full respect for
their cultural identity. The journalist has a special obligation to promote the process of
democratization of international relations in the field of information, in particular by safeguarding
and fostering peaceful and friendly relations among States and peoples.

Issued by the fourth consultative meeting of international and regional organizations of professional
journalists, held in Prague and Paris in 1983 and attended by representatives from the following
organizations: International Organization of Journalists (IOJ), International Federation of
Journalists (IFJ), International Catholic Union of the Press (UCIP), Latin-American Federation of
Journalists (FELAP), Latin-American Federation of Press Workers (FELATRAP), Federation of
Arab Journalists (FAJ), Union of African Journalists (UJA), Confederation of ASEAN Journalists
(CAJ).

Carteira de Identidade do Jornalista – Lei 7084-1982.

LEI Nº 7.084, de 21 de dezembro de 1982.


Atribui valor de documento de identidade à carteira de Jornalista
Profissional.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso


Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - É válida em todo o território nacional, como prova de


identidade, para qualquer efeito, a carteira de Jornalista emitida pela
Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais.
Parágrafo único - A carteira de que trata este artigo poderá ser emitida
diretamente pela Federação ou através de Sindicato de Jornalistas
Profissionais a ela filiado, desde que com a sua autorização expressa e
respeitado o modelo próprio.

Art. 2º - Constarão obrigatoriamente da carteira de Jornalista, pelo


menos, os seguintes elementos: nome completo; nome da mãe;
nacionalidade e naturalidade; data de nascimento; estado civil; registro
geral e órgão expedidor da cédula de identidade; número e série da
carteira de trabalho e previdência social; número do registro
profissional junto ao órgão regional do Ministério do Trabalho; cargo
ou função profissional, ou licenciamento profissional; ano de validade
da carteira; data de expedição; marca do polegar direito; fotografia;
assinaturas do responsável pela entidade expedidora e do portador;
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas; e grupo
sanguíneo.

Art. 3º - O modelo da carteira de identidade do Jornalista será o


aprovado pela Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais e trará
a inscrição: "Válida em todo o território nacional".

Art. 4º - A Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais fornecerá


carteira de identidade profissional também ao Jornalista não
sindicalizado, desde que habilitado e registrado perante o órgão
regional do Ministério do Trabalho, nos termos da legislação
regulamentadora da atividade profissional.
Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 21 de dezembro de 1982; 161º da Independência e 94º da


República.
JOÃO FIGUEIREDO
Ibrahim Abi-Ackel
Murillo Macêdo

Iconografia 68159 – Carteira de Jornalista – Nosso Direito.

AFRONTA AO SUPREMO - Justiça obriga sindicato dos jornalistas do RS a inscrever sem


diploma. Crédito à fonte: Jomar Martins , correspondente da revista Consultor Jurídico no Rio
Grande do Sul.

A atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho e no Supremo Tribunal Federal torna


dispensável o diploma de curso superior em Jornalismo como requisito para o exercício da atividade
de jornalista. Desse modo, os jornalistas, com ou sem diploma, têm o direito de se associar no
sindicato dessa categoria profissional. O entendimento levou o Tribunal Regional do Trabalho da
4ª Região (RS) a reformar sentença que indeferiu pedido para permitir a sindicalização de
jornalistas que, embora trabalhem na área, não têm o curso de formação superior.

Com a decisão, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul não pode mais exigir
a comprovação de conclusão do curso como requisito básico para aceitar a filiação sindical de quem
trabalha nesta área. Em caso de descumprimento, o colegiado arbitrou multa de R$ 1 mil para cada
infração comprovada. O valor, se pago, será revertido para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

A relatora do recurso do Ministério Público do Trabalho (MPT-RS), juíza convocada Ângela Rosi
Almeida Chapper, da 5ª Turma, observou no acórdão que a entidade sindical é a representante
máxima dos interesses coletivos da categoria. Por isso, o sindicato réu deve aceitar a filiação, em
seu quadro associativo, dos interessados que exerçam a profissão.

Citou também a jurisprudência da corte, da lavra do desembargador Gilberto Souza dos Santos.
Registra a decisão (AIRR 0001499-58.2011.5.04.0014 ): ‘‘A exigência de diploma de curso superior
para a prática do jornalismo — o qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das
liberdades de expressão e de informação — não está autorizada pela ordem constitucional, pois
constitui uma restrição, um impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, incondicionado e
efetivo exercício da liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 1º, da
Constituição’’. O acórdão foi lavrado na sessão de 28 de agosto,
Ação Civil Pública.

O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul ajuizou Ação Civil Pública na 22ª Vara do
Trabalho de Porto Alegre com o objetivo de compelir o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no
Estado a aceitar a sindicalização de jornalistas não-diplomados. O pedido se deve ao fato de que
muitos profissionais foram impedidos de se sindicalizar, motivando a abertura de Inquérito Civil.

O MPT-RS argumenta que o Supremo Tribunal Federal, no Recurso Extraordinário 511.961,


julgado em junho de 2009, admitiu a possibilidade ampla do exercício da profissão de jornalista.
Assim, não pode haver mais exigência do diploma de curso superior para associação sindical.

O sindicato apresentou contestação, afirmando que a decisão do STF apenas autoriza qualquer
pessoa a exercer a profissão de jornalista, o que não significa que se lhe reconheça esse título.
Argumentou que a mesma terminologia, dada à atividade de jornalista e à profissão de jornalista,
traz prejuízos para a compreensão do tema, destacando que não é possível torná-las equivalentes.
Informa que aceita como associados profissionais que não possuam diploma de conclusão do curso
superior de Jornalismo, desde que se enquadrem nas categorias de diagramador, repórter ou
ilustrador.

Sentença improcedente.

O juiz do Trabalho Edson Pecis Lerrer observou que o pedido não diz respeito ao alcance da
representatividade do sindicato, mas tão-somente ao direito de sindicalização de alguns
profissionais do Jornalismo. ‘‘Há na presente ação o confronto entre dois princípios basilares do
sistema jurídico trabalhista: de um lado, a liberdade sindical ampla concedida às entidades sindicais,
como o direito de dispor sobre seus estatutos e organização interna; e, de outro, o direito dos
trabalhadores à sindicalização’’, disse.

Para ele, o pedido do MPT esbarra na ampla liberdade dada às entidades sindicais após a
Constituição Federal de 1988, já que o artigo 8º elege como diretriz a liberdade de criação e
funcionamento dos sindicatos. Com isso, veda a intervenção na organização sindical. Afinal, a
própria Constituição assegura que ninguém será compelido a filiar-se ou manter-se filiado a
sindicato.

Por outro lado, a seu ver, a decisão do Supremo Tribunal Federal não desmaterializou o diploma de
jornalista. Só o tornou ‘‘prescindível’’ para o exercício da profissão. Isso porque o cerne da decisão
visa resguardar o direito à livre manifestação do pensamento, no feixe das chamadas ‘‘obrigações
negativas’’ — de não fazer. ‘‘O que se valoriza, na decisão desta ação em particular, e nos limites do
pedido, são os princípios da autonomia e da liberdade sindicais e, nesse sentido, a conclusão que se
obtém é que não se pode obrigar o sindicato réu a aceitar associados que não estejam enquadrados
em seus requisitos estatutários. Diante do que se disse, a ação é improcedente’’, concluiu o juiz.

http://s.conjur.com.br/dl/trt-reforma-sentenca-derruba-exigencia.pdf
http://s.conjur.com.br/dl/vara-trabalhista-porto-alegre-indefere.pdf

Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.

Capítulo I - Do direito à informação.

Art. 1º O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem como base o


direito fundamental do cidadão à informação, que abrange seu o direito
de informar, de ser informado e de ter acesso à informação.

Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é


um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja
impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que:

I - a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de


comunicação e deve ser cumprida independentemente de sua natureza
jurídica - se pública, estatal ou privada - e da linha política de seus
proprietários e/ou diretores.

II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela


veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público;
III - a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do
jornalismo, implica compromisso com a responsabilidade social
inerente à profissão;

IV - a prestação de informações pelas organizações públicas e


privadas, incluindo as nãogovernamentais, é uma obrigação social.

V - a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a


aplicação de censura e a indução à autocensura são delitos contra a
sociedade, devendo ser denunciadas à comissão de ética competente,
garantido o sigilo do denunciante.

Capítulo II - Da conduta profissional do jornalista

Art. 3º O exercício da profissão de jornalista é uma atividade de


natureza social, estando sempre subordinado ao presente Código de
Ética.

Art. 4º O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no


relato dos fatos, razão pela qual ele deve pautar seu trabalho pela
precisa apuração e pela sua correta divulgação.

Art. 5º É direito do jornalista resguardar o sigilo da fonte.

Art. 6º É dever do jornalista:

I - opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como


defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos
Humanos;

II - divulgar os fatos e as informações de interesse público;

III - lutar pela liberdade de pensamento e de expressão;

IV - defender o livre exercício da profissão;

V - valorizar, honrar e dignificar a profissão;

VI - não colocar em risco a integridade das fontes e dos profissionais


com quem trabalha;

VII - combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial


quando exercidas com o objetivo de controlar a informação;

VIII - respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à


imagem do cidadão;

IX - respeitar o direito autoral e intelectual do jornalista em todas as


suas formas;

X - defender os princípios constitucionais e legais, base do estado


democrático de direito;

XI - defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das


garantias individuais e coletivas, em especial as das crianças, dos
adolescentes, das mulheres, dos idosos, dos negros e das minorias;

XII - respeitar as entidades representativas e democráticas da


categoria;

XIII - denunciar as práticas de assédio moral no trabalho às


autoridades e, quando for o caso, à comissão de ética competente;

XIV - combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos


sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de
orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra
natureza.

Art. 7º O jornalista não pode:

I - aceitar ou oferecer trabalho remunerado em desacordo com o piso


salarial, a carga horária legal ou tabela fixada por sua entidade de
classe, nem contribuir ativa ou passivamente para a precarização das
condições de trabalho;

II - submeter-se a diretrizes contrárias à precisa apuração dos


acontecimentos e à correta divulgação da informação;

III - impedir a manifestação de opiniões divergentes ou o livre debate


de idéias;

IV - expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo


vedada a sua identificação, mesmo que parcial, pela voz, traços físicos,
indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros
sinais;

V - usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio


e o crime;

VI - realizar cobertura jornalística para o meio de comunicação em que


trabalha sobre organizações públicas, privadas ou não-governamentais,
da qual seja assessor, empregado, prestador de serviço ou proprietário,
nem utilizar o referido veículo para defender os interesses dessas
instituições ou de autoridades a elas relacionadas;

VII - permitir o exercício da profissão por pessoas não-habilitadas;

VIII - assumir a responsabilidade por publicações, imagens e textos de


cuja produção não tenha participado;

IX - valer-se da condição de jornalista para obter vantagens pessoais.

Capítulo III - Da responsabilidade profissional do jornalista.


Art. 8º O jornalista é responsável por toda a informação que divulga,
desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em
que a responsabilidade pela alteração será de seu autor.

Art 9º A presunção de inocência é um dos fundamentos da atividade


jornalística.

Art. 10. A opinião manifestada em meios de informação deve ser


exercida com responsabilidade.

Art. 11. O jornalista não pode divulgar informações:

I - visando o interesse pessoal ou buscando vantagem econômica;

II - de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores


humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes;

III - obtidas de maneira inadequada, por exemplo, com o uso de


identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo
em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas
as outras possibilidades de apuração;

Art. 12. O jornalista deve:

I - ressalvadas as especificidades da assessoria de imprensa, ouvir


sempre, antes da divulgação dos fatos, o maior número de pessoas e
instituições envolvidas em uma cobertura jornalística, principalmente
aquelas que são objeto de acusações não suficientemente demonstradas
ou verificadas;

II - buscar provas que fundamentem as informações de interesse


público;
III - tratar com respeito todas as pessoas mencionadas nas informações
que divulgar;

IV - informar claramente à sociedade quando suas matérias tiverem


caráter publicitário ou decorrerem de patrocínios ou promoções;

V - rejeitar alterações nas imagens captadas que deturpem a realidade,


sempre informando ao público o eventual uso de recursos de
fotomontagem, edição de imagem, reconstituição de áudio ou
quaisquer outras manipulações;

VI - promover a retificação das informações que se revelem falsas ou


inexatas e defender o direito de resposta às pessoas ou organizações
envolvidas ou mencionadas em matérias de sua autoria ou por cuja
publicação foi o responsável;

VII - defender a soberania nacional em seus aspectos político,


econômico, social e cultural;
VIII - preservar a língua e a cultura do Brasil, respeitando a
diversidade e as identidades culturais;

IX - manter relações de respeito e solidariedade no ambiente de


trabalho;

X - prestar solidariedade aos colegas que sofrem perseguição ou


agressão em conseqüência de sua atividade profissional.

Capítulo IV - Das relações profissionais.

Art. 13. A cláusula de consciência é um direito do jornalista, podendo


o profissional se recusar a executar quaisquer tarefas em desacordo
com os princípios deste Código de Ética ou que agridam as suas
convicções.

Parágrafo único. Esta disposição não pode ser usada como argumento,
motivo ou desculpa para que o jornalista deixe de ouvir pessoas com
opiniões divergentes das suas.

Art. 14. O jornalista não deve:

I - acumular funções jornalísticas ou obrigar outro profissional a fazê-


lo, quando isso implicar substituição ou supressão de cargos na mesma
empresa. Quando, por razões justificadas, vier a exercer mais de uma
função na mesma empresa, o jornalista deve receber a remuneração
correspondente ao trabalho extra;

II - ameaçar, intimidar ou praticar assédio moral e/ou sexual contra


outro profissional,
devendo denunciar tais práticas à comissão de ética competente;

III - criar empecilho à legítima e democrática organização da categoria.

Capítulo V - Da aplicação do Código de Ética e disposições finais.

Art. 15. As transgressões ao presente Código de Ética serão apuradas,


apreciadas e julgadas pelas comissões de ética dos sindicatos e, em
segunda instância, pela Comissão Nacional de Ética.
§ 1º As referidas comissões serão constituídas por cinco membros.

§ 2º As comissões de ética são órgãos independentes, eleitas por voto


direto, secreto e universal dos jornalistas. Serão escolhidas junto com
as direções dos sindicatos e da Federação Nacional dos Jornalistas
(FENAJ), respectivamente. Terão mandatos coincidentes, porém serão
votadas em processo separado e não possuirão vínculo com os cargos
daquelas diretorias.

§ 3º A Comissão Nacional de Ética será responsável pela elaboração de


seu regimento interno e, ouvidos os sindicatos, do regimento interno
das comissões de ética dos sindicatos.
Art. 16. Compete à Comissão Nacional de Ética:

I - julgar, em segunda e última instância, os recursos contra decisões


de competência das comissões de ética dos sindicatos;

II - tomar iniciativa referente a questões de âmbito nacional que firam


a ética jornalística;

III - fazer denúncias públicas sobre casos de desrespeito aos princípios


deste Código;

IV - receber representação de competência da primeira instância


quando ali houver incompatibilidade ou impedimento legal e em casos
especiais definidos no Regimento Interno;

V - processar e julgar, originariamente, denúncias de transgressão ao


Código de Ética cometidas por jornalistas integrantes da diretoria e do
Conselho Fiscal da FENAJ, da Comissão Nacional de Ética e das
comissões de ética dos sindicatos;

VI - recomendar à diretoria da FENAJ o encaminhamento ao


Ministério Público dos casos em que a violação ao Código de Ética
também possa configurar crime, contravenção ou dano à categoria ou à
coletividade.

Art. 17. Os jornalistas que descumprirem o presente Código de Ética


estão sujeitos às penalidades de observação, advertência, suspensão e
exclusão do quadro social do sindicato e à publicação da decisão da
comissão de ética em veículo de ampla circulação.

Parágrafo único - Os não-filiados aos sindicatos de jornalistas estão


sujeitos às penalidades de observação, advertência, impedimento
temporário e impedimento definitivo de ingresso no quadro social do
sindicato e à publicação da decisão da comissão de ética em veículo de
ampla circulação.

Art. 18. O exercício da representação de modo abusivo, temerário, de


má-fé, com notória intenção de prejudicar o representado, sujeita o
autor à advertência pública e às punições previstas neste Código, sem
prejuízo da remessa do caso ao Ministério Público.

Art. 19. Qualquer modificação neste Código só poderá ser feita em


congresso nacional de jornalistas mediante proposta subscrita por, no
mínimo, dez delegações representantes de sindicatos de jornalistas.

http://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2014/06/04-codigo_de_etica_dos_jornalistas_brasileiros.pdf
Vitória, 04 de agosto de 2007.
Federação Nacional dos Jornalistas

Condições de trabalho do Jornalista – Decreto-Lei 910-38.


DECRETO-LEI N. 910 - DE 30 DE NOVEMBRO DE 1938
Dispõe sobre a duração e condições do trabalho em empresas jornalísticas.
*Obs. Necessário conferir a compatibilidade com o Decreto-Lei nº 972/69 e Decreto 83.284/79.

O Presidente de República: Considerando que as medidas de proteção ao trabalhador, no que dizem


respeito ao horário e às condições de trabalho, já atingiram a maioria dos empregados, por meio de
legislação especial; Considerando que, entretanto, esse regime de proteção ainda não se extende de
um modo geral aos que dedicam suas atividades às empresas jornalísticas; Considerando que esses
trabalhadores intelectuais são merecedores do amparo do Estado, tanto mais quando este deve à
Imprensa valiosa colaboração na obra de progresso nacional e no engrandecimento do Brasil; e,
finalmente, Usando da faculdade que lhe confere o art. 180 da Constituição, DECRETA:

CAPÍTULO I
DOS ESTABELECIMENTOS E PESSOAS

Art. 1º Os dispositivos do presente decreto-lei se aplicam aos que, nas


empresas jornalísticas, prestem serviços como jornalistas, revisores,
fotógrafos, ou na ilustração, com as exceções nele previstas.

§ 1º Entende-se como jornalista o trabalhador intelectual cuja função


se extende desde a busca de informações até à redação de notícias e
artigos e à organização, orientação e direção desse trabalho.

§ 2º Consideram-se empresas jornalísticas, para os fins deste decreto-


lei, aquelas que têm a seu cargo a edição de jornais, revistas, boletins e
periódicos, ou a distribuição de noticiário, e, ainda, as de radiodifusão
em suas secções destinadas à transmissão de notícias e comentários.

Art. 2º Não se compreendem no regime deste decreto-lei:

a) os empregados de escritório e de portaria aos quais se aplica, em


matéria de duração do trabalho, o disposto no decreto n. 22.033, de 29
de outubro de 1932;

b) os gráficos sujeitos ao regime do decreto n. 21.364, de 4 de maio de


1932;

c) os empregados de estabelecimentos de natureza pública ou


paraestatal.
CAPÍTULO II
DA DURAÇÃO DO TRABALHO

Art. 3º A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos


neste decreto-lei não deverá exceder de cinco horas, tanto de dia como
à noite.

Art. 4º Poderá a duração normal do trabalho ser elevada a sete horas,


mediante acordo escrito, em que se estipule aumento de ordenado,
correspondente ao excesso do tempo de trabalho, e em que se fixe um
intervalo destinado a repouso ou a refeição.

Parágrafo único. Para atender a motivos de força maior, poderá o


empregado prestar serviços por mais tempo do que aquele permitido,
neste decreto-lei. Em tais casos, porem, o excesso deve ser
comunicado à Inspetoria do Departamento Nacional do Trabalho, ou
às Inspetorias Regionais, do Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio, dentro de cinco dias, com a indicação expressa dos seus
motivos.

Art. 5º As horas de serviço extraordinário, quer as prestadas em


virtude de acordo, quer as que derivem das causas previstas no
parágrafo único do artigo anterior, não poderão ser remuneradas com
quantia inferior à que resultar do quociente da divisão da importância
do salário mensal por 150 (cento e cincoenta), para os mensalistas, e
do salário diário por 5 (cinco), para os diaristas, acrescida de, pelo
menos, 25 % (vinte e cinco por cento).

Art. 6º Os dispositivos dos arts. 3º, 4º e 5º não se aplicam àqueles que


exercem as funções de redator-chefe, secretário, sub-secretário, chefe e
sub-chefe de revisão, chefe de oficina de ilustração e chefe de portaria.
Parágrafo único. Não se aplicam, do mesmo modo, os artigos 3º, 4º, e
5º aos que se ocuparem unicamente em serviços externos.

Art. 7º A cada seis dias de trabalho efetivo corresponderá um dia de


descanso obrigatório, que coincidirá com o domingo, salvo acordo
escrito em contrário, no qual será expressamente estipulado o dia em
que se deve verificar o descanso.

Art. 8º Em seguida a cada período diário de trabalho haverá um


intervalo mínimo de dez horas, destinado ao repouso.

Art. 9º Será computado como de trabalho efetivo o tempo em que o


empregado estiver à disposição do empregador.

CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 10. Para os efeitos da fiscalização da execução do presente


decreto-lei, os empregadores são obrigados ao seguinte:

a) manter afixado em lugar visivel de cada secção atingida por este


decreto-lei um quadro discriminativo do horário de cada empregado
que nela trabalhe, devendo o mesmo conter a indicação, quando tal
ocorra, de se tratar de empregado em serviço externo;

b) manter um livro, ou relógio, de ponto, em que se consignem as


horas de entrada, descanso e saida do pessoal em serviço interno ou a
presença do de serviço externo quando a ela obrigado;

c) manter um livro de registo em que sejam anotados os dados


referentes aos empregados relativamente à sua identidade, registo e
carreira profissional, admissão, condições de trabalho, férias e
obrigações das leis de acidentes, nacionalização e seguros sociais.
Parágrafo único. O Departamento Nacional do Trabalho expedirá os
necessários modelos do quadro, livros de ponto e registo de que trata
este artigo.

Art. 11. A fiscalização dos dispositivos deste decreto-lei compete não


só ao Departamento Nacional do Trabalho e Inspetorias Regionais do
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, por seus orgãos
competentes, como ainda aos sindicatos profissionais, na forma do
decreto n. 22.300, de 4 de janeiro de 1933.

CAPÍTULO IV
DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO JORNALÍSTICA

Art. 12. Somente poderão ser admitidos ao serviço das empresas


jornalísticas como jornalistas, locutores, revisores e fotógrafos os que
exibirem prova de sua inscrição no Registo da Profissão Jornalística, a
cargo do Serviço de Identificação Profissional do Departamento
Nacional do Trabalho, no Distrito Federal, e das Inspetorias Regionais
do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, nos Estados e
Território do Acre.

Art. 13. Para o registo de que trata o artigo anterior, deve o requerente
exibir os seguintes documentos:

a) prova de nacionalidade brasileira;

b) folha corrida;

c) prova de que não responde a processo ou não sofreu condenação por


crime contra a segurança nacional;

d) carteira profissional.

§ 1º Aos profissionais devidamente registados será feita a necessária


declaração na carteira profissional.

§ 2º Aos novos empregados será, concedido o prazo de 60 dias para a


apresentação da carteira profissional, fazendo-se o registo
condicionado a essa apresentação e expedindo-se um certificado
provisório para aquele período.

§ 3º Para os empregados das empresas jornalísticas que editem


publicações ou mantenham noticiário em língua estrangeira, será
dispensavel a prova da alínea a deste artigo, mantidas porém, com
relação a essas empresas, as exigências da legislação vigente sobre
nacionalização do trabalho e atividade de estrangeiros.

§ 4º Salvo em se tratando de empregado de empresas a que alude o


parágrafo anterior, não se concederá registo àqueles que prestem
serviços remunerados a paises estrangeiros ou a empresas constituidas
com maioria de capital estrangeiro.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 14. A infração de qualquer dispositivo deste decreto-lei será


punida com multa de 100$000 (cem mil réis) a 1:000$000 (um conto
de réis), elevada ao dobro em caso de reincidência e aplicada, no
Distrito Federal, pelo diretor do Departamento Nacional do Trabalho
e, nos Estados e Território do Acre, pelos Inspetores Regionais do
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.

Parágrafo único. A penalidade será sempre aplicada no grau máximo:

a) si se apurar o emprego de artifício, ou simulação, para fraudar a


aplicação deste decreto;

b) si for admitido ao serviço jornalista não registado na forma do art.


12.

Art. 15. O recurso de decisão que impuser penalidade e a cobrança das


multas regulam-se pelo disposto no decreto n. 22.131, de 23 de
novembro de 1932, e a lavratura dos autos de infração pelo decreto n.
22.300, de 4 de janeiro de 1933.

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 16. Continuam em vigor, para todos os empregados em empresas


jornalísticas, sem embargo da distinção estabelecida no capítulo I
deste decreto-lei, os dispositivos referentes a férias, previdência social,
acidentes de trabalho e moléstias profissionais, nacionalização,
estabilidade e quantos mais, em matéria de proteção assistência ao
trabalhador ou de previdência social, a eles se referem de modo
especial, ou de modo geral se aplicam ao comércio e à indústria.

Art. 17. O Governo Federal, de acordo com os Governos Estaduais,


promoverá a criação de escolas de preparação ao jornalismo,
destinadas à formação dos profissionais da imprensa.

Parágrafo único. Criadas as escolas, de que trata este artigo, a


inscrição no Registo da Profissão Jornalística só se fará, para os novos
profissionais, em face dos diplomas do curso feito ou exames
prestados em tais escolas.

Art. 18. Instalado o Registo da Profissão Jornalística, será


estabelecido o prazo de 120 dias para a inscrição daqueles que já se
encontrem no exercício da profissão.

Art. 19. Serão nulos de pleno direito quaisquer acordos destinados a


burlar os dispositivos deste decreto-lei, sendo vedado aos
empregadores rebaixar salários por motivo de sua vigência.

Art. 20. Não haverá incompatibilidade entre o exercício de qualquer


função remunerada, ainda que pública, e o de atividade jornalística,
sendo permitida a acumulação de proventos de aposentadoria ou
pensão decorrentes de contribuição paga para as instituições de
previdência social a que estejam sujeitas tais profissões, até ao
máximo de 2:000$000, observadas as disposições do decreto-lei n.
819, de 17 de outubro de 1938.

Art. 21. A empresa jornalística que deixar de pagar pontualmente, e na


forma acordada, os salários devidos a seus empregados terá suspenso o
seu funcionamento, até que se efetue o pagamento devido.

§ 1º Para os efeitos do cumprimento deste artigo, deverão os


prejudicados reclamar contra a falta de pagamento perante a
autoridade competente, e, proferida a condenação, desde que a
empresa não a cumpra, ou em caso de recurso, não deposite o valor da
indenização, a autoridade que proferir a condenação oficiará à
autoridade judiciária competente para a matrícula.

§ 2º Em igual pena de suspensão incorrerá a empresa que deixar de


recolher as contribuições devidas às instituições de previdência social.

§ 3º É considerado privilegiado, com precedência sobre os demais, o


crédito dos empregados resultante de salários ou férias devidos, bem
assim o de instituições de previdência social pelas contribuições que
lhes couberem.

§ 4º Considera-se como justa causa para a retirada do empregado,


dando-lhe direito a reclamar as indenizações legais, o atrazo no
pagamento de salários devidos.

Art. 22. O presente decreto-lei entrará em vigor 60 dias depois de sua


publicação, e dentro desse prazo expedirá o Departamento Nacional do
Trabalho os modelos de que trata o art. 10, parágrafo único.

Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1938, 117º da Independência e 50º


da República.

GETULIO VARGAS.

Waldemar Falcão.

Curso de Jornalismo – Decreto-Lei 5480-43.

DECRETO-LEI N. 5.480 - DE 13 DE MAIO DE, 1943


Institue o curso de jornalismo no sistema de ensino superior do país, e
dá outras providências

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art.


180 da Constituição, decreta:

Art. 1º Fica instituído, no sistema de ensino superior do país, o curso


de jornalismo.

Art. 2º O curso de jornalismo tem por finalidade ministrar


conhecimentos que habilitem de um modo geral para a profissão de
jornalista.

Art. 3º O curso de jornalismo será ministrado pela Faculdade


Nacional de Filosofia com a cooperação da Associação Brasileira de
Imprensa e dos sindicatos representativos das categorias de
empregados e de empregadores das empresas jornalísticas.

Art. 4º Para a organização e funcionamento do curso de jornalismo


nos estabelecimentos de ensino não federais, observar-se-á o disposto
no decreto-lei n. 421, de 11 de maio de 1938.

Art. 5º A estrutura do curso de jornalismo, e bem assim as condições


de matrícula e o regime escolar regular-se-ão por decreto.

Art. 6º O Ministro da Educação baixará instruções, inclusive sobre as


matérias referidas no artigo anterior, e dará providências, que
possibilitem desde logo o início do curso de jornalismo da Faculdade
Nacional de Filosofia.

Art. 7º Este decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação,


ficando revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 13 de maio de 1943, 122º da Independência e 55º da


República.
GETULIO VARGAS.
Gustavo Capanema.

Os jornalistas na Consolidação das Leis do Trabalho.

Consolidação das Leis do Trabalho..

Seção XI - Dos Jornalistas Profissionais

Art. 302. Os dispositivos da presente Seção se aplicam aos que nas


empresas jornalistas prestem serviços como jornalistas, revisores,
fotógrafos, ou na ilustração, com as exceções nela previstas.

§ 1º Entende-se como jornalista o trabalhador intelectual cuja função


se estende desde a busca de informações até a redação de notícias e
artigos e a organização, orientação e direção desse trabalho.

§ 2º Consideram-se empresas jornalísticas, para os fins desta Seção,


aquelas que têm a seu cargo a edição de jornais, revistas, boletins e
periódicos, ou a distribuição de noticiário, e, ainda, a radiodifusão em
suas seções destinadas à transmissão de notícias e comentários.

Art. 303. A duração normal do trabalho dos empregados


compreendidos nesta Seção não deverá exceder de 5 (cinco) horas,
tanto de dia como à noite.

Art. 304. Poderá a duração normal do trabalho ser elevada a 7 (sete)


horas, mediante acordo escrito, em que se estipule aumento de
ordenado, correspondente ao excesso do tempo de trabalho, em que se
fixe um intervalo destinado a repouso ou a refeição.

Parágrafo único. Para atender a motivos de força maior, poderá o


empregado prestar serviços por mais tempo do que aquele permitido
nesta Seção. Em tais casos, porém, o excesso deve ser comunicado às
Delegacias Regionais do Ministério do Trabalho, dentro de 5 (cinco)
dias, com a indicação expressa dos seus motivos.

Art. 305. As horas de serviço extraordinário, quer as prestadas em


virtude de acordo, quer as que derivam das causas previstas no
parágrafo único do artigo anterior, não poderão ser remuneradas com
quantia inferior à que resulta do quociente da divisão da importância
do salário mensal por 150 (cento e cinqüenta) para os mensalistas, e do
salário diário por 5 (cinco) para os diaristas, acrescido de, pelo menos,
50% (cinquenta por cento).

Art. 306. Os dispositivos dos arts. 303, 304 e 305 não se aplicam
àqueles que exercem as funções de redator-chefe e secretário,
subsecretário, chefe e subchefe de revisão, chefe de oficina, de
ilustração e chefe de portaria.

Parágrafo único. Não se aplicam, do mesmo modo, os artigos acima


referidos aos que se ocuparem unicamente em serviços externos.

Art. 307. A cada 6 (seis) dias de trabalho efetivo corresponderá 1 (um)


dia de descanso obrigatório, que coincidirá com o domingo, salvo
acordo escrito em contrário, no qual será expressamente estipulado o
dia em que se deve verificar o descanso.

Art. 308. Em seguida a cada período diário de trabalho haverá um


intervalo mínimo de 10 (dez) horas, destinado ao repouso.

Art. 309. Será computado como de trabalho efetivo o tempo em que o


empregado estiver à disposição do empregador.

Arts. 310 a 314. (REVOGADOS.)

Art. 315. O Governo Federal, de acordo com os governos estaduais,


promoverá a criação de escolas de preparação ao jornalismo,
destinadas à formação dos profissionais da imprensa.
Art. 316. (REVOGADO.)

Provisionamento de jornalista – Decreto 91902-85.

Decreto nº 91.902, de 11 de novembro de 1985

Regulamenta a Lei nº 7.360, de 10 de setembro de 1985, que altera


dispositivos do Decreto lei nº 972, de 17 de outubro de 1969.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe


confere o artigo 81, item III, da Constituição,
DECRETA:

Art. 1º É assegurado ao jornalista provisionado na forma do artigo 12


do Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969, o direito de
transformar seu registro para jornalista profissional.

Art. 2º Para que se efetive a transformação referida no artigo anterior,


o provisionado deverá comprovar:

I - o registro como provisionado na forma do artigo 12, do Decreto-lei


nº 972, de 17 de outubro de 1969; e

II - o exercício de atividade jornalística nos dois anos imediatamente


anteriores ao Decreto nº 83.284, de 13 de maio de 1979.

Parágrafo único. A comprovação do item l deste artigo far-se-á


mediante certidão fornecida pela Delegacia Regional do Trabalho e, a
do item II, por intermédio de anotação na Carteira de Trabalho e
Previdência Social; de documento fornecido por empresa jornalística,
do qual constem a função, o período de trabalho é o correspondente
salário; ou por outros meios de prova, tais como perícias, documentos
e testemunhos.

Art. 3º A transformação do registro, a que se refere o artigo 1º deste


Decreto, poderá ser requerida na Delegacia Regional do Trabalho em
que o provisionado esteja registrado ou na da localidade de sua
residência.

Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam se as disposições em contrário.

Brasília, 11 de novembro de 1985; 164º da Independência e 97º da


República.
JOSÉ SARNEY. Almir Pazzianotto

Regulamento da Profissão – DECRETO FEDERAL Nº 83.284, DE 13 DE MARÇO DE 1979.

Dá nova regulamentação ao Decreto-Lei nº 972, de 17 de outubro de


1969, que dispõe sobre o exercício da profissão de jornalista, em
decorrência das alterações introduzidas pela Lei nº 6.612, de 7 de
dezembro de 1978.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando da atribuição que lhe


confere o art. 81, Item III, da Constituição, DECRETA:

Art 1º É livre, em todo território nacional, o exercício da profissão de


Jornalista, aos que satisfizerem as condições estabelecidas neste
Decreto.

Art 2º A profissão de Jornalista compreende, privativamente, o


exercício habitual e remunerado de qualquer das seguintes atividades:

I - redação, condensação, titulação, interpretação, correção ou


coordenação de matéria a ser divulgada, contenha ou não comentário;

II - comentário ou crônica, por meio de quaisquer veículos de


comunicação;

III - entrevista, inquérito ou reportagem, escrita ou falada;

IV - planejamento, organização, direção e eventual execução de


serviços técnicos de Jornalismo, como os de arquivo, ilustração ou
distribuição gráfica de matéria a ser divulgada;

V - planejamento, organização e administração técnica dos serviços de


que trata o item I;

VI - ensino de técnicas de Jornalismo;

VII - coleta de notícias ou informações e seu preparo para divulgação;

VIII - revisão de originais de matéria jornalítica, com vistas à correção


redacional e à adequação da linguagem;

IX - organização e conservação de arquivo jornaIístico e pesquisa dos


respectivos dados para elaboração de notícias;

X - execução da distribuição gráfica de texto, fotografia ou ilustração


de caráter jornalístico, para fins de divulgação;

XI - execução de desenhos artísticos ou técnicos de caráter


jornalístico, para fins de divulgação.

Art 3º Considera-se empresa jornalística, para os efeitos deste


decreto, aquela que tenha como atividade a edição de jornal ou
revista, ou a distribuição de noticiário, com funcionamento efetivo,
idoneidade financeira e registro legal.

§ 1º Equipara-se à empresa jornalística a seção ou serviço de empresa


de radiodifusão, televisão ou divulgação cinematográfica, ou de
agências de publicidade ou de notícias, onde sejam exercidas as
atividades previstas no artigo 2º.

§ 2º A entidade pública ou privada não jornalística sob cuja


responsabilidade se editar publicação destinada a circulação externa
está obrigada ao cumprimento deste decreto, relativamente aos
jornalistas que contratar.

Art 4º O exercício da profissão de jornalista requer prévio registro no


órgão regional do Ministério do Trabalho, que se fará mediante a
apresentação de:

I - prova de nacionalidade brasileira;

II - prova de que não está denunciado ou condenado pela prática de


ilícito penal;

III - diploma de curso de nível superior de Jornalismo ou de


Comunicação Social, habilitação Jornalismo, fornecido por
estabelecimento de ensino reconhecido na forma da lei, para as
funções relacionadas nos itens I a VII do artigo 11;

IV - Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Parágrafo único. Aos profissionais registrados exclusivamente para o


exercício das funções relacionadas nos itens VIII a XI do artigo 2º, é
vedado o exercício das funções constantes dos itens I a VII do mesmo
artigo.

Art 5º O Ministério do Trabalho concederá, desde que satisfeitas as


exigências constantes deste decreto, registro especial ao:

I - colaborador, assim entendido aquele que, mediante remuneração e


sem relação de emprego, produz trabalho de natureza técnica,
científica ou cultural, relacionado com a sua especialização, para ser
divulgado com o nome e qualificação do autor;

II - funcionário público titular de cargo cujas atribuições legais


coincidam com as mencionadas no artigo 2º;

III - provisionado.

Parágrafo único. O registro de que tratam os itens I e II deste artigo


não implica o reconhecimento de quaisquer direitos que decorram da
condição de empregado, nem, no caso do item II, os resultantes do
exercício privado e autônomo da profissão.

Art 6º Para o registro especial de colaborador é necessário a


apresentação de:

I - prova de nacionalidade brasileira;


II - prova de que não está denunciado ou condenado pela prática de
ilícito penal;

III - declaração de empresa jornalística, ou que a ela seja equiparada,


informando do seu interesse pelo registro de colaborador do
candidato, onde conste a sua especialização, remuneração contratada e
pseudônimo, se houver.

Art 7º Para o registro especial de funcionário público titular de cargo


cujas atribuições legais coincidam com as mencionadas no artigo 2º, é
necessário a apresentação de ato de nomeação ou contratação para
cargo ou emprego com aquelas atribuições, além do cumprimento do
que estabelece o artigo 4º.
Art 8º Para o registro especial de provisionado é necessário a
apresentação de:

I - prova de nacionalidade brasileira;

II - prova de que não está denunciado ou condenado pela prática de


ilícito penal;

III - declaração, fornecida pela empresa jornalística ou que a ela seja


equiparada, da qual conste a função a ser exercida e o salário
correspondente;

IV - diploma de curso de nível superior ou certificado de ensino de 2º


grau fornecido por estabelecimento de ensino reconhecido na forma
da lei, para as funções relacionadas nos itens I a VII do artigo 11.

V - declaração, fornecida pela entidade sindical representativa da


categoria profissional, com base territorial abrangendo o município no
qual o provisionado irá desempenhar suas funções, de que não há
jornalista associado do Sindicato, domiciliado naquela município,
disponível para contratação;

VI - Carteira de Trabalho e Previdência Social.

§ 1º A declaração de que trata o item V deverá ser fornecida pelo


Sindicato, ao interessado, no prazo de 3 dias úteis.

§ 2º Caso exista profissional domiciliado no município, disponível


para contratação, o Sindicato comunicará tal fato ao Ministério do
Trabalho, no mesmo prazo de 3 dias, a contar do pedido de
fornecimento da declaração de que trata o item V.

§ 3º Caso o Sindicato não forneça a declaração de que trata a item V,


no prazo mencionado no §1º, o interessado poderá instruir seu pedido
de registro com o protocolo de apresentação do requerimento ao
Sindicato.

§ 4º Na hipótese prevista no parágrafo anterior o Ministério do


Trabalho concederá ao Sindicato prazo não superior a 3 dias para se
manifestar sobre o fornecimento da declaração, caso não tenha
ocorrido o fato constante do § 2º.

§ 5º O registro especial de provisionado terá caráter temporário, com


duração máxima de três anos, renovável somente com a apresentação
de toda documentação prevista neste artigo.

Art 9º Será efetuado, no Ministério do Trabalho, registro dos diretores


de empresas jornalísticas que, não sendo Jornalista, respondem pelas
respectivas publicações, para o que é necessário a apresentação de:
I - prova de nacionalidade brasileira;

II - prova de que não está denunciado ou condenado pela prática de


ilícito penal;

III - prova de registro civil ou comercial da empresa jornalística, com


o inteiro teor do seu ato constitutivo;

IV - prova de depósito do título da publicação ou da agência de


notícias no órgão competente do Ministério.da Indústria e do
Comércio;

V - 30 exemplares do jornal; ou 12 exemplares da revista; ou 30


recortes ou cópias de noticiário, com datas diferentes de sua
divulgação.

§ 1º Tratando-se de empresa nova, o Ministério do Trabalho efetuará


registro provisório, com validade por 2 anos, tornando-se definitivo
após a comprovação constante do item V deste artigo.

§ 2º Não será admitida renovação ou prorrogação do prazo de


validade do registro provisório previsto no parágrafo anterior.

Art 10. Será efetuado no Ministério do Trabalho registro especial do


diretor de empresa não jornalística sob cuja responsabilidade se editar
publicação destinada à circulação externa ou interna, para o que se
exigirá a apresentação de:

I - prova de nacionalidade brasileira;

II - prova de que não está denunciado ou condenado pela prática de


ilícito penal;

III - prova de depósito do título da publicação no órgão competente do


Ministério da Indústria e do Comércio.

Art 11. As funções desempenhadas pelos jornalistas, como


empregados, serão assim classificadas:

I - Redator: aquele que, além das incumbências de redação comum,


tem o encargo de redigir editoriais, crônicas ou comentários;
II - Noticiarista: aquele que tem o encargo de redigir matérias de
caráter informativo, desprovidas de apreciações ou comentários,
preparando-as ou redigindo-as para divulgação;

III - Repórter: aquele que cumpre a determinação de colher notícias


ou informações, preparando ou redigindo matéria para divulgação;

IV - Repórter de Setor: aquele que tem o encargo de colher notícias ou


informações sobre assuntos predeterminados, preparando-as ou
redigindo-as para divulgação;
V - Rádio Repórter: aquele a quem cabe a difusão oral de
acontecimento ou entrevista pelo rádio ou pela televisão, no instante
ou no local em que ocorram, assim como o comentário ou crônica,
pelos mesmos veículos;

VI - Arquivista-Pesquisador: aquele que tem a incumbência de


organizar e conservar cultural e tecnicamente o arquivo redatorial,
procedendo à pesquisa dos respectivos dados para a elaboração de
notícias;

VII - Revisor: aquele que tem o encargo de rever as provas


tipográficas de matéria jornalística;

VIII - Ilustrador: aquele que tem a seu cargo criar ou executar


desenhos artísticos ou técnicos de caráter jornalístico;

IX - Repórter Fotográfico: aquele a quem cabe registrar


fotograficamente quaisquer fatos ou assuntos de interesse jornalítisco;
X - Repórter Cinematográfico: aquele a quem cabe registrar
cinematograficamente quaisquer fatos ou assuntos de interesse
jornalístico;

XI - Diagramador: aquele a quem compete planejar e executar a


distribuição gráfica de matérias, fotografias ou ilustrações de caráter
jornalístico, para fins de publicação.
Parágrafo único. Os Sindicatos serão ouvidos sobre o exato
enquadramento de cada profissional.

Art 12. Serão privativas de jornalista as funções pertinentes às


atividades descritas no artigo 2º, tais como Editor, Secretário,
Subsecretário, Chefe de Reportagem e Chefe de Revisão.

Art 13. Não haverá incompatibilidade entre o exercício da profissão


de jornalista e o de qualquer outra função remunerada ainda que
pública, respeitadas a proibição de acumular cargos e as demais
restrições de lei.

Art 14. Será passível de trancamento o registro profissional do


jornalista que, sem motivo legal, deixar de exercer a profissão por
mais de 2 anos.

§ 1º Não incide na cominação deste artigo o afastamento decorrente


de:

a) suspensão ou interrupção do contrato de trabalho;

b) aposentadoria como jornalista;

c) viagem ou bolsa de estudo, para aperfeiçoamento profissional;

d) desemprego, apurado na forma da Lei nº 4.923, de 23 de dezembro,


de 1965.

§ 2º O trancamento será da competência do órgão regional do


Ministério do Trabalho, de ofício ou a requerimento da entidade
sindical representativa da categoria profissional, cabendo a esta fazer
publicar, em órgão oficial, por três vezes consecutivas e dentro de um
interstício de dois anos, a relação dos jornalistas cujos registros
pretende trancar.

§ 3º Os órgãos do Ministério do Trabalho prestarão aos sindicatos


representativos da categoria profissional, as informações que lhes
forem solicitadas, especialmente quanto ao registro de admissões e
dispensas nas empresas jornalísticas, realizando as inspeções que se
tornarem necessárias para a verificação do exercício da profissão de
jornalista.

§ 4º O exercício da atividade em empresa não jornalística,


mencionada no artigo 3º, § 2º, não constituirá prova suficiente de
permanência na profissão se a publicação e seu responsável não
tiverem registro nos termos deste decreto.

§ 5º O registro trancado suspende a titularidade e o exercício das


prerrogativas profissionais, mas pode ser revalidado mediante
apresentação dos documentos mencionados nos itens II e III do artigo
4º.

Art 15. O salário de jornalista não poderá ser ajustado nos contratos
individuais de trabalho, para a jornada normal de 5 horas, em base
inferior à do salário estipulado, para a respectiva função em acordo ou
convenção coletiva de trabalho, ou sentença normativa da Justiça do
Trabalho.
Parágrafo único. Em negociação ou dissídio coletivo poderão os
Sindicatos de Jornalistas reclamar o estabelecimento de critérios de
remuneração adicional pela divulgação de trabalho produzido por
jornalista em mais de um veículo de comunicação coletiva.

Art 16. A admissão de provisionado, para exercer funções


relacionadas nos itens I a VII do artigo 11, será permitida nos
municípios onde não exista curso de jornalismo reconhecido na forma
da lei e comprovadamente, não haja jornalista domiciliado, associado
do sindicato representativo da categoria profissional, disponível para
contratação.
Parágrafo único. O provisionado nos termos deste artigo poderá
exercer suas atividades somente no município para a qual foi
registrado.

Art 17. Os atuais portadores de registro especial de provisionado


poderão exercer suas atividades no Estado onde foram contratados.

Art 18. A fiscalização do cumprimento dos dispositivos deste decreto


se fará na forma do artigo 626 da Consolidação das Leis do Trabalho,
sendo aplicável aos infratores multa variável de 1 a 10 vezes o maior
valor de referência fixado de acordo com o artigo 2º, parágrafo único,
da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975.
Parágrafo único. Aos sindicatos representativos da categoria
profissional incumbe representar às autoridades competentes acerca
do exercício irregular da profissão de jornalista.

Art 19. Constitui fraude a prestação de serviços profissionais


gratuitos, ou com pagamentos simbólicos, sob pretexto de estágio,
bolsa de estudo, bolsa de complementação, convênio ou qualquer
outra modalidade, em desrespeito à legislação trabalhista e a este
regulamento.

Art 20. O disposto neste decreto não impede a conclusão dos estágios
comprovadamente iniciados antes da vigência da Lei nº 6.612, de 7 de
dezembro de 1978, os quais, entretanto, não conferirão, por si só,
direito ao registro profissional.

Art 21. Este decreto entra em vigor na data da sua publicação,


revogadas as disposições em contrário, especialmente os Decretos nºs
65.912, de 19 de dezembro de 1969 e 68.629, de 18 de maio de 1971.
Brasília, em 13 de março de 1979; 158º da Independência e 91º da
República.
ERNESTO GEISEL
Jorge Alberto Jacobus Furtado

DECRETO Nº 83.284, DE 13 DE MARÇO DE 1979. Dá nova regulamentação ao Decreto-lei nº


972, de 17 de outubro de 1969, que dispõe sobre o exercício da profissão de jornalista, em
decorrência das alterações introduzidas pela Lei nº 6.612, de 7 de dezembro de 1978.
(PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DE 13 DE MARÇO DE 1979). RETIFICAÇÃO. Na página
3.596, 2ª coluna, nas assinaturas, ONDE SE LÊ: ERNESTO GEISEL. Jorge Alberto Jacobus
Furtado. LEIA- SE: ERNESTO GEISEL. Arnaldo Prieto.

Regulamento da Profissão – Decreto-Lei 972-69.

DECRETO-LEI Nº 972, DE 17 DE OUTUBRO DE 1969

Dispõe sôbre o exercício da profissão de jornalista.

OS MINISTROS DA MARINHA DE GUERRA, DO EXÉRCITO


E DA AERONÁUTICA MILITAR , usando das atribuições que lhes
confere o artigo 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de outubro de
1969, combinado com o § 1º do artigo 2º do Ato Institucional nº 5, de
13 de dezembro de 1968,

DECRETAM:

Art 1º O exercício da profissão de jornalista é livre, em todo o


território nacional, aos que satisfizerem as condições estabelecidas
neste Decreto-Lei.

Art 2º A profissão de jornalista compreende, privativamente, o


exercício habitual e remunerado de qualquer das seguintes atividades:

a) redação, condensação, titulação, interpretação, correção ou


coordenação de matéria a ser divulgada, contenha ou não comentário;

b) comentário ou crônica, pelo rádio ou pela televisão;

c) entrevista, inquérito ou reportagem, escrita ou falada;

d) planejamento, organização, direção e eventual execução de serviços


técnicos de jornalismo, como os de arquivo, ilustração ou distribuição
gráfica de matéria a ser divulgada;

e) planejamento, organização e administração técnica dos serviços de


que trata a alínea " a ";

f) ensino de técnicas de jornalismo;

g) coleta de notícias ou informações e seu preparo para divulgação;

h) revisão de originais de matéria jornalística, com vistas à correção


redacional e a adequação da linguagem;

i) organização e conservação de arquivo jornalístico, e pesquisa dos


respectivos dados para a elaboração de notícias;

j) execução da distribuição gráfica de texto, fotografia ou ilustração de


caráter jornalístico, para fins de divulgação;

l) execução de desenhos artísticos ou técnicos de caráter jornalístico.

Art 3º Considera-se emprêsa jornalística, para os efeitos deste


Decreto-Lei, aquela que tenha como atividade a edição de jornal ou
revista, ou a distribuição de noticiário, com funcionamento efetivo
idoneidade financeira e registro legal.

§ 1º Equipara-se a emprêsa jornalística a seção ou serviço de emprêsa


de radiodifusão, televisão ou divulgação cinematográfica, ou de
agência de publicidade, onde sejam exercidas as atividades previstas
no artigo 2º.
§ 2º O órgão da administração pública direta ou autárquica que
mantiver jornalista sob vínculo de direito público prestará, para fins de
registro, a declaração de exercício profissional ou de cumprimento de
estágio.

§ 3º A emprêsa não-jornalística sob cuja responsabilidade se editar


publicação destinada a circulação externa, promoverá o cumprimento
desta lei relativamente aos jornalistas que contratar, observado, porém,
o que determina o artigo 8º, § 4º.

Art 4º O exercício da profissão de jornalista requer prévio registro no


órgão regional competente do Ministério do Trabalho e Previdência
Social que se fará mediante a apresentação de:

I - prova de nacionalidade brasileira;

II - fôlha corrida;

III - carteira profissional;

IV - declaração de cumprimento de estágio em emprêsa jornalística;

V - diploma de curso superior de jornalismo, oficial ou reconhecido


registrado no Ministério da Educação e Cultura ou em instituição por
êste credenciada, para as funções relacionadas de " a " a " g " no artigo
6º.

§ 1º O estágio de que trata o item IV será disciplinado em


regulamento, devendo compreender período de trabalho não inferior a
um ano precedido de registro no mesmo órgão a que se refere êste
artigo.

§ 2º O aluno do último ano de curso de jornalismo poderá ser


contratado como estagiário, na forma do parágrafo anterior em
qualquer das funções enumeradas no artigo 6º.

§ 3º O regulamento disporá ainda sôbre o registro especial de:

a) colaborador, assim entendido aquêle que exerça, habitual e


remuneradamente atividade jornalística, sem relação de emprêgo;

b) funcionário público titular de cargo cujas atribuições legais


coincidam com as do artigo 2º;

c) provisionados na forma do artigo 12.

§ 4º O registro de que tratam as alíneas " a " e " b " do parágrafo


anterior não implica o reconhecimento de quaisquer direitos que
decorram da condição de empregado, nem, no caso da alínea " b ", os
resultantes do exercício privado e autônomo da profissão.

Art 5º Haverá, ainda, no mesmo órgão, a que se refere o artigo


anterior, o registro dos diretores de emprêsas jornalísticas que, não
sendo jornalistas, respondam pelas respectivas publicações.

§ 1º Para êsse registro, serão exigidos:

I - prova de nacionalidade brasileira;

II - fôlha corrida;

III - prova de registro civil ou comercial da emprêsa jornalística, com


o inteiro teor do seu ato constitutivo;

IV - prova do depósito do título da publicação ou da agência de


notícias no órgão competente do Ministério da Indústria e do
Comércio;

V - para emprêsa já existente na data dêste Decreto-Lei, conforme o


caso:

a) trinta exemplares do jornal;

b) doze exemplares da revista;

c) trinta recortes ou cópia de noticiário com datas diferentes e prova de


sua divulgação.

§ 2º Tratando-se de emprêsa nova, o registro será provisório com


validade por dois anos, tornando-se definitivo após o cumprimento do
disposto no item V.

§ 3º Não será admitida a renovação de registro provisório nem a


prorrogação do prazo de sua validade.

§ 4º Na hipótese do § 3º do artigo 3º, será obrigatório o registro


especial do responsável pela publicação, na forma do presente artigo
para efeitos do § 4º do artigo 8º.

Art 6º As funções desempenhadas pelos jornalistas profissionais,


como empregados, serão assim classificadas:

a) Redator: aquêle que além das incumbências de redação comum, tem


o encargo de redigir editoriais, crônicas ou comentários;

b) Noticiarista: aquêle que tem o encargo de redigir matéria de caráter


informativo, desprovida de apreciação ou comentários;

c) Repórter: aquêle que cumpre a determinação de colhêr notícias ou


informações, preparando-a para divulgação;

d) Repórter de Setor: aquêle que tem o encargo de colhêr notícias ou


informações sôbre assuntos pré-determinados, preparando-as para
divulgação;
e) Rádio-Repórter: aquêle a quem cabe a difusão oral de
acontecimento ou entrevista pelo rádio ou pela televisão, no instante
ou no local em que ocorram, assim como o comentário ou crônica,
pelos mesmos veículos;

f) Arquivista-Pesquisador: aquêle que tem a incumbência de organizar


e conservar cultural e tècnicamente, o arquivo redatorial, procedendo à
pesquisa dos respectivos dados para a elaboração de notícias;

g) Revisor: aquêle que tem o encargo de rever as provas tipográficas


de matéria jornalística;

h) Ilustrador: aquêle que tem a seu cargo criar ou executar desenhos


artísticos ou técnicos de caráter jornalístico;

i) Repórter-Fotográfico: aquêle a quem cabe registrar,


fotogràficamente, quaisquer fatos ou assuntos de interêsse jornalístico;

j) Repórter-Cinematográfico: aquêle a quem cabe registrar


cinematogràficamente, quaisquer fatos ou assuntos de interêsse
jornalístico;

l) Diagramador: aquêle a quem compete planejar e executar a


distribuição gráfica de matérias, fotografias ou ilustrações de caráter
jornalístico, para fins de publicação.
Parágrafo único: também serão privativas de jornalista profissional as
funções de confiança pertinentes às atividades descritas no artigo 2º
como editor, secretário, subsecretário, chefe de reportagem e chefe de
revisão.

Art 7º Não haverá incompatibilidade entre o exercício da profissão de


jornalista e o de qualquer outra função remunerada, ainda que pública,
respeitada a proibição de acumular cargos e as demais restrições de lei.

Art 8º Será passível de trancamento, voluntário ou de ofício, o registro


profissional do jornalista que, sem motivo legal deixar de exercer a
profissão por mais de dois anos.

§ 1º Não incide na cominação dêste artigo o afastamento decorrente


de:

a) suspensão ou interrupção do contrato de trabalho;

b) aposentadoria como jornalista;

c) viagem ou bôlsa de estudos, para aperfeiçoamento profissional;

d) desemprêgo, apurado na forma da Lei nº 4.923, de 23 de dezembro


de 1965.

§ 2º O trancamento de ofício será da iniciativa do órgão referido no


artigo 4º ou a requerimento da entidade sindical de jornalistas.

§ 3º Os órgãos do Ministério do Trabalho e Previdência Social


prestarão aos sindicatos de jornalistas as informações que lhes forem
solicitadas, especialmente quanto ao registro de admissões e dispensas
nas emprêsas jornalísticas, realizando as inspeções que se tornarem
necessárias para a verificação do exercício da profissão de jornalista.

§ 4º O exercício da atividade prevista no artigo 3º, § 3º, não constituirá


prova suficiente de permanência na profissão se a publicação e seu
responsável não tiverem registro legal.

§ 5º O registro trancado suspende a titularidade e o exercício das


prerrogativas profissionais, mas pode ser revalidado mediante a
apresentação dos documentos previstos nos itens Il e III do artigo 4º,
sujeitando-se a definitivo cancelamento se, um ano após, não provar o
interessado nôvo e efetivo exercício da profissão, perante o órgão que
deferir a revalidação.

Art 9º O salário de jornalista não poderá ser ajustado nos contratos


individuais de trabalho, para a jornada normal de cinco horas, em base
inferior à do salário estipulado, para a respectiva função em acôrdo ou
convenção coletiva de trabalho, ou sentença normativa da Justiça do
Trabalho.

Parágrafo único. Em negociação ou dissídio coletivos poderão os


sindicatos de jornalistas reclamar o estabelecimento de critérios de
remuneração adicional pela divulgação de trabalho produzido por
jornalista em mais de um veículo de comunicação coletiva.

Art 10. Até noventa dias após a publicação do regulamento deste


Decreto-Lei, poderá obter registro de jornalista profissional quem
comprovar o exercício atual da profissão, em qualquer das atividades
descritas no artigo 2º, desde doze meses consecutivos ou vinte e quatro
intercalados, mediante:

I - os documentos previstos nos item I, II e III do artigo 4º;

II - atestado de emprêsa jornalística, do qual conste a data de


admissão, a função exercida e o salário ajustado;

Ill - prova de contribuição para o Instituto Nacional de Previdência


Social, relativa à relação de emprêgo com a emprêsa jornalística
atestante.

§ 1º Sôbre o pedido, opinará, antes da decisão da autoridade regional


competente, o Sindicato de Jornalistas da respectiva base territorial.

§ 2º Na instrução do processo relativo ao registro de que trata êste


artigo a autoridade competente determinará verificação minuciosa dos
assentamentos na emprêsa, em especial, as fôlhas de pagamento ao
período considerado, registro de empregados, livros contábeis,
relações anuais de empregados e comunicações mensais de admissão e
dispensa, guias de recolhimento ao INPS e registro de ponto diário.

Art 11. Dentro do primeiro ano de vigência deste Decreto-Lei, o


Ministério do Trabalho e Previdência Social promoverá a revisão, de
registro de jornalistas profissionais cancelando os viciados por
irregularidade insanável.

§ 1º A revisão será disciplinada em regulamento, observadas as


seguintes normas:

I - A verificação será feita em comissão de três membros, sendo um


representante do Ministério, que a presidirá, outro da categoria
econômica e outro da categoria profissional, indicados pelos
respectivos sindicatos, ou, onde não os houver, pela correspondente
federação;

II - O interessado será notificado por via postal, contra recibo ou, se


ineficaz a notificação postal, por edital publicado três vezes em órgão
oficial ou de grande circulação na localidade do registro;

III - A notificação ou edital fixará o prazo de quinze dias para


regularização das falhas do processo de registro, se fôr o caso, ou para
apresentação de defesa;

IV - Decorrido o prazo da notificação ou edital, a comissão


diligenciará no sentido de instruir o processo e esclarecer as dúvidas
existentes, emitindo a seguir seu parecer conclusivo;

V - Do despacho caberá recurso, inclusive por parte dos Sindicatos de


Jornalistas Profissionais ou de Emprêsas Proprietárias de Jornais e
Revistas, para o Ministro do Trabalho e Previdência Social, no prazo
de quinze dias, tornando-se definitiva a decisão da autoridade regional
após o decurso dêsse prazo sem a interposição de recurso ou se
confirmada pelo Ministro.

§ 2º Decorrido o prazo estabelecido neste artigo, os registros de


jornalista profissional e de diretor de emprêsa jornalística serão
havidos como legítimos e definitivos, vedada a instauração ou
renovação de quaisquer processos de revisão administrativa, salvo o
disposto no artigo 8º.

§ 3º Responderá administrativa e criminalmente a autoridade que


indevidamente autorizar o registro de jornalista profissional ou de
diretor de emprêsa jornalística, ou que se omitir no processamento da
revisão de que trata êste artigo.

Art 12. A admissão de jornalistas, nas funções relacionadas de " a " a


" g " no artigo 6º, e com dispensa da exigência constante do item V do
artigo 4º, será permitida enquanto o Poder Executivo não dispuser em
contrário, até o limite de um têrço das novas admissões a partir da
vigência dêste Decreto-Lei.
Parágrafo único. A fixação, em decreto, de limites diversos do
estipulado neste artigo, assim como do prazo da autorização nêle
contida, será precedida de amplo estudo de sua viabilidade, a cargo do
Departamento Nacional de Mão-de-obra.

Art 13. A fiscalização do cumprimento dos preceitos dêste Decreto-


Lei se fará na forma do artigo 626 e seguintes da Consolidação das
Leis do Trabalho sendo aplicável aos infratores multa, variável de uma
a dez vêzes o maior salário-mínimo vigente no País.

Parágrafo único. Aos Sindicatos de Jornalistas incumbe representar as


autoridades competentes acerca do exercício irregular da profissão.

Art 14. O regulamento dêste Decreto-Lei será expedido dentro de


sessenta dias de sua publicação.

Art 15. Êste Decreto-Lei entrará em vigor na data de sua publicação,


ressalvadas as disposições que dependem de regulamentação e
revogadas as disposições em contrário, em especial os artigos 310 e
314 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Brasília, 17 de outubro de 1969; 148º da Independência e 81º da


República.

AUGUSTO HAMANN RADEMAKER GRÜNEWALD


AURÉLIO DE LYRA TAVARES

MÁRCIO DE SOUZA E MELLO

Jarbas G. Passarinho

LEI Nº 6.612, DE 07 DE DEZEMBRO DE 1978.

Altera dispositivos do Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969,


que dispõe sobre a profissão de jornalista.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO


NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art 1º - Ficam revogados o § 2º do art. 3º; o item IV e os §§ 1º e 2º do


art. 4º, do Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969.

Art 2º - Passa a vigorar com a seguinte redação a alínea a , do § 3º, art.


4º, do Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969:
"Art. 4º
1º .
2º ..
3º .
a) colaborador, assim entendido aquele que, mediante remuneração e
sem relação de emprego, produz trabalho de natureza técnica,
científica ou cultural, relacionado com a sua especialização, para ser
divulgado com o nome e qualificação do autor;"

Art 3º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 07 de dezembro de 1978; 157º da Independência e 90º da


República.

ERNESTO GEISEL.
Arnaldo Prieto
Alterações na Lei que regulamenta a Profissão de Jornalista - DECRETO-LEI Nº 972, DE 17 DE
OUTUBRO DE 1969. Dispõe sôbre o exercício da profissão de jornalista. OS MINISTROS
DA MARINHA DE GUERRA, DO EXÉRCITO E DA AERONÁUTICA MILITAR , usando das
atribuições que lhes confere o artigo 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de outubro de 1969,
combinado com o § 1º do artigo 2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968,
DECRETAM:

Art 1º O exercício da profissão de jornalista é livre, em todo o


território nacional, aos que satisfizerem as condições estabelecidas
neste Decreto-Lei.

Art 2º A profissão de jornalista compreende, privativamente, o


exercício habitual e remunerado de qualquer das seguintes atividades:

a) redação, condensação, titulação, interpretação, correção ou


coordenação de matéria a ser divulgada, contenha ou não comentário;

b) comentário ou crônica, pelo rádio ou pela televisão;

c) entrevista, inquérito ou reportagem, escrita ou falada;

d) planejamento, organização, direção e eventual execução de serviços


técnicos de jornalismo, como os de arquivo, ilustração ou distribuição
gráfica de matéria a ser divulgada;

e) planejamento, organização e administração técnica dos serviços de


que trata a alínea " a ";

f) ensino de técnicas de jornalismo;

g) coleta de notícias ou informações e seu preparo para divulgação;

h) revisão de originais de matéria jornalística, com vistas à correção


redacional e a adequação da linguagem;

i) organização e conservação de arquivo jornalístico, e pesquisa dos


respectivos dados para a elaboração de notícias;

j) execução da distribuição gráfica de texto, fotografia ou ilustração de


caráter jornalístico, para fins de divulgação;

l) execução de desenhos artísticos ou técnicos de caráter jornalístico.

Art 3º Considera-se emprêsa jornalística, para os efeitos deste Decreto-


Lei, aquela que tenha como atividade a edição de jornal ou revista, ou
a distribuição de noticiário, com funcionamento efetivo idoneidade
financeira e registro legal.

§ 1º Equipara-se a emprêsa jornalística a seção ou serviço de emprêsa


de radiodifusão, televisão ou divulgação cinematográfica, ou de
agência de publicidade, onde sejam exercidas as atividades previstas
no artigo 2º.

§ 2º O órgão da administração pública direta ou autárquica que


mantiver jornalista sob vínculo de direito público prestará, para fins de
registro, a declaração de exercício profissional ou de cumprimento de
estágio. (Revogado pela Lei nº 6.612, de 1978)

§ 3º A emprêsa não-jornalística sob cuja responsabilidade se editar


publicação destinada a circulação externa, promoverá o cumprimento
desta lei relativamente aos jornalistas que contratar, observado, porém,
o que determina o artigo 8º, § 4º.

Art 4º O exercício da profissão de jornalista requer prévio registro no


órgão regional competente do Ministério do Trabalho e Previdência
Social que se fará mediante a apresentação de:

I - prova de nacionalidade brasileira;

II - fôlha corrida;

III - carteira profissional;

IV - declaração de cumprimento de estágio em emprêsa jornalística;


(Revogado pela Lei nº 6.612, de 1978)

V - diploma de curso superior de jornalismo, oficial ou reconhecido


registrado no Ministério da Educação e Cultura ou em instituição por
êste credenciada, para as funções relacionadas de " a " a " g " no artigo
6º.

§ 1º O estágio de que trata o item IV será disciplinado em


regulamento, devendo compreender período de trabalho não inferior a
um ano precedido de registro no mesmo órgão a que se refere êste
artigo. (Revogado pela Lei nº 6.612, de 1978)

§ 2º O aluno do último ano de curso de jornalismo poderá ser


contratado como estagiário, na forma do parágrafo anterior em
qualquer das funções enumeradas no artigo 6º. (Revogado pela Lei nº
6.612, de 1978)

§ 1º O regulamento disporá ainda sôbre o registro especial de:


(Renumerado pela Lei nº 7.360, de 1985)

a) colaborador, assim entendido aquêle que exerça, habitual e


remuneradamente atividade jornalística, sem relação de emprêgo;

a) colaborador, assim entendido aquele que, mediante remuneração e


sem relação de emprego, produz trabalho de natureza técnica,
científica ou cultural, relacionado com a sua especialização, para ser
divulgado com o nome e qualificação do autor; (Redação dada pela Lei
nº 6.612, de 1978)
b) funcionário público titular de cargo cujas atribuições legais
coincidam com as do artigo 2º;

c) provisionados na forma do artigo 12.

c) provisionados na forma do art. 12, aos quais será assegurado o


direito de transformar seu registro em profissional, desde que
comprovem o exercício de atividade jornalística nos dois últimos anos
anteriores à data do Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 7.360, de
1985)

§ 2º O registro de que tratam as alíneas " a " e " b " do parágrafo


anterior não implica o reconhecimento de quaisquer direitos que
decorram da condição de empregado, nem, no caso da alínea " b ", os
resultantes do exercício privado e autônomo da profissão.
(Renumerado pela Lei nº 7.360, de 1985)

Art 5º Haverá, ainda, no mesmo órgão, a que se refere o artigo


anterior, o registro dos diretores de emprêsas jornalísticas que, não
sendo jornalistas, respondam pelas respectivas publicações.

§ 1º Para êsse registro, serão exigidos:

I - prova de nacionalidade brasileira;

II - fôlha corrida;

III - prova de registro civil ou comercial da emprêsa jornalística, com


o inteiro teor do seu ato constitutivo;

IV - prova do depósito do título da publicação ou da agência de


notícias no órgão competente do Ministério da Indústria e do
Comércio;

V - para emprêsa já existente na data dêste Decreto-Lei, conforme o


caso:

a) trinta exemplares do jornal;

b) doze exemplares da revista;

c) trinta recortes ou cópia de noticiário com datas diferentes e prova de


sua divulgação.

§ 2º Tratando-se de emprêsa nova, o registro será provisório com


validade por dois anos, tornando-se definitivo após o cumprimento do
disposto no item V.

§ 3º Não será admitida a renovação de registro provisório nem a


prorrogação do prazo de sua validade.

§ 4º Na hipótese do § 3º do artigo 3º, será obrigatório o registro


especial do responsável pela publicação, na forma do presente artigo
para efeitos do § 4º do artigo 8º.

Art 6º As funções desempenhadas pelos jornalistas profissionais, como


empregados, serão assim classificadas:

a) Redator: aquêle que além das incumbências de redação comum, tem


o encargo de redigir editoriais, crônicas ou comentários;

b) Noticiarista: aquêle que tem o encargo de redigir matéria de caráter


informativo, desprovida de apreciação ou comentários;

c) Repórter: aquêle que cumpre a determinação de colhêr notícias ou


informações, preparando-a para divulgação;

d) Repórter de Setor: aquêle que tem o encargo de colhêr notícias ou


informações sôbre assuntos pré-determinados, preparando-as para
divulgação;

e) Rádio-Repórter: aquêle a quem cabe a difusão oral de


acontecimento ou entrevista pelo rádio ou pela televisão, no instante
ou no local em que ocorram, assim como o comentário ou crônica,
pelos mesmos veículos;

f) Arquivista-Pesquisador: aquêle que tem a incumbência de organizar


e conservar cultural e tècnicamente, o arquivo redatorial, procedendo à
pesquisa dos respectivos dados para a elaboração de notícias;

g) Revisor: aquêle que tem o encargo de rever as provas tipográficas


de matéria jornalística;

h) Ilustrador: aquêle que tem a seu cargo criar ou executar desenhos


artísticos ou técnicos de caráter jornalístico;

i) Repórter-Fotográfico: aquêle a quem cabe registrar,


fotogràficamente, quaisquer fatos ou assuntos de interêsse jornalístico;

j) Repórter-Cinematográfico: aquêle a quem cabe registrar


cinematogràficamente, quaisquer fatos ou assuntos de interêsse
jornalístico;

l) Diagramador: aquêle a quem compete planejar e executar a


distribuição gráfica de matérias, fotografias ou ilustrações de caráter
jornalístico, para fins de publicação.

Parágrafo único: também serão privativas de jornalista profissional as


funções de confiança pertinentes às atividades descritas no artigo 2º
como editor, secretário, subsecretário, chefe de reportagem e chefe de
revisão.

Art 7º Não haverá incompatibilidade entre o exercício da profissão de


jornalista e o de qualquer outra função remunerada, ainda que pública,
respeitada a proibição de acumular cargos e as demais restrições de lei.

Art 8º Será passível de trancamento, voluntário ou de ofício, o registro


profissional do jornalista que, sem motivo legal deixar de exercer a
profissão por mais de dois anos.

§ 1º Não incide na cominação dêste artigo o afastamento decorrente


de:

a) suspensão ou interrupção do contrato de trabalho;

b) aposentadoria como jornalista;

c) viagem ou bôlsa de estudos, para aperfeiçoamento profissional;

d) desemprêgo, apurado na forma da Lei nº 4.923, de 23 de dezembro


de 1965.

§ 2º O trancamento de ofício será da iniciativa do órgão referido no


artigo 4º ou a requerimento da entidade sindical de jornalistas.

§ 3º Os órgãos do Ministério do Trabalho e Previdência Social


prestarão aos sindicatos de jornalistas as informações que lhes forem
solicitadas, especialmente quanto ao registro de admissões e dispensas
nas emprêsas jornalísticas, realizando as inspeções que se tornarem
necessárias para a verificação do exercício da profissão de jornalista.

§ 4º O exercício da atividade prevista no artigo 3º, § 3º, não constituirá


prova suficiente de permanência na profissão se a publicação e seu
responsável não tiverem registro legal.

§ 5º O registro trancado suspende a titularidade e o exercício das


prerrogativas profissionais, mas pode ser revalidado mediante a
apresentação dos documentos previstos nos itens Il e III do artigo 4º,
sujeitando-se a definitivo cancelamento se, um ano após, não provar o
interessado nôvo e efetivo exercício da profissão, perante o órgão que
deferir a revalidação.

§ 5º O registro trancado suspende a titularidade e o exercício das


prerrogativas profissionais, mas pode ser revalidado mediante a
apresentação dos documentos previstos nos incisos II e III do artigo 4º.
(Redação dada pela Lei nº 5.696, de 1971)

Art 9º O salário de jornalista não poderá ser ajustado nos contratos


individuais de trabalho, para a jornada normal de cinco horas, em base
inferior à do salário estipulado, para a respectiva função em acôrdo ou
convenção coletiva de trabalho, ou sentença normativa da Justiça do
Trabalho.

Parágrafo único. Em negociação ou dissídio coletivos poderão os


sindicatos de jornalistas reclamar o estabelecimento de critérios de
remuneração adicional pela divulgação de trabalho produzido por
jornalista em mais de um veículo de comunicação coletiva.

Art 10. Até noventa dias após a publicação do regulamento deste


Decreto-Lei, poderá obter registro de jornalista profissional quem
comprovar o exercício atual da profissão, em qualquer das atividades
descritas no artigo 2º, desde doze meses consecutivos ou vinte e quatro
intercalados, mediante:

I - os documentos previstos nos item I, II e III do artigo 4º;

II - atestado de emprêsa jornalística, do qual conste a data de


admissão, a função exercida e o salário ajustado;

Ill - prova de contribuição para o Instituto Nacional de Previdência


Social, relativa à relação de emprêgo com a emprêsa jornalística
atestante.

§ 1º Sôbre o pedido, opinará, antes da decisão da autoridade regional


competente, o Sindicato de Jornalistas da respectiva base territorial.

§ 2º Na instrução do processo relativo ao registro de que trata êste


artigo a autoridade competente determinará verificação minuciosa dos
assentamentos na emprêsa, em especial, as fôlhas de pagamento ao
período considerado, registro de empregados, livros contábeis,
relações anuais de empregados e comunicações mensais de admissão e
dispensa, guias de recolhimento ao INPS e registro de ponto diário.

§ 3º Nos municípios com população inferior a cem mil habitantes,


exceto se capitais de Estado, os diretores-proprietários de empresas
jornalísticas que comprovadamente exerçam a atividade de jornalista
há mais de cinco anos poderão, se requererem ao órgão regional
competente do Ministério do Trabalho, dentro de noventa dias,
contados da publicação desta Lei, obter também o registro de que trata
o art. 4º, mediante apresentação de prova de nacionalidade brasileira e
folha corrida. (Incluído pela Lei nº 6.727, de 1979)

§ 4º O registro de que trata o parágrafo anterior terá validade exclusiva


no município em que o interessado houver exercido a respectiva
atividade. (Incluído pela Lei nº 6.727, de 1979)

Art 11. Dentro do primeiro ano de vigência deste Decreto-Lei, o


Ministério do Trabalho e Previdência Social promoverá a revisão, de
registro de jornalistas profissionais cancelando os viciados por
irregularidade insanável.

§ 1º A revisão será disciplinada em regulamento, observadas as


seguintes normas:

I - A verificação será feita em comissão de três membros, sendo um


representante do Ministério, que a presidirá, outro da categoria
econômica e outro da categoria profissional, indicados pelos
respectivos sindicatos, ou, onde não os houver, pela correspondente
federação;

II - O interessado será notificado por via postal, contra recibo ou, se


ineficaz a notificação postal, por edital publicado três vezes em órgão
oficial ou de grande circulação na localidade do registro;

III - A notificação ou edital fixará o prazo de quinze dias para


regularização das falhas do processo de registro, se fôr o caso, ou para
apresentação de defesa;

IV - Decorrido o prazo da notificação ou edital, a comissão


diligenciará no sentido de instruir o processo e esclarecer as dúvidas
existentes, emitindo a seguir seu parecer conclusivo;

V - Do despacho caberá recurso, inclusive por parte dos Sindicatos de


Jornalistas Profissionais ou de Emprêsas Proprietárias de Jornais e
Revistas, para o Ministro do Trabalho e Previdência Social, no prazo
de quinze dias, tornando-se definitiva a decisão da autoridade regional
após o decurso dêsse prazo sem a interposição de recurso ou se
confirmada pelo Ministro.

§ 2º Decorrido o prazo estabelecido neste artigo, os registros de


jornalista profissional e de diretor de emprêsa jornalística serão
havidos como legítimos e definitivos, vedada a instauração ou
renovação de quaisquer processos de revisão administrativa, salvo o
disposto no artigo 8º.

§ 3º Responderá administrativa e criminalmente a autoridade que


indevidamente autorizar o registro de jornalista profissional ou de
diretor de emprêsa jornalística, ou que se omitir no processamento da
revisão de que trata êste artigo.

Art 12. A admissão de jornalistas, nas funções relacionadas de " a " a "
g " no artigo 6º, e com dispensa da exigência constante do item V do
artigo 4º, será permitida enquanto o Poder Executivo não dispuser em
contrário, até o limite de um têrço das novas admissões a partir da
vigência dêste Decreto-Lei.

Parágrafo único. A fixação, em decreto, de limites diversos do


estipulado neste artigo, assim como do prazo da autorização nêle
contida, será precedida de amplo estudo de sua viabilidade, a cargo do
Departamento Nacional de Mão-de-obra.

Art 13. A fiscalização do cumprimento dos preceitos dêste Decreto-Lei


se fará na forma do artigo 626 e seguintes da Consolidação das Leis do
Trabalho sendo aplicável aos infratores multa, variável de uma a dez
vêzes o maior salário-mínimo vigente no País.

Parágrafo único. Aos Sindicatos de Jornalistas incumbe representar as


autoridades competentes acerca do exercício irregular da profissão.

Art 14. O regulamento dêste Decreto-Lei será expedido dentro de


sessenta dias de sua publicação.

Art 15. Êste Decreto-Lei entrará em vigor na data de sua publicação,


ressalvadas as disposições que dependem de regulamentação e
revogadas as disposições em contrário, em especial os artigos 310 e
314 da Consolidação das Leis do Trabalho. (Regulamento). Brasília,
17 de outubro de 1969; 148º da Independência e 81º da República.
AUGUSTO HAMANN RADEMAKER. GRÜNEWALD. AURÉLIO
DE LYRA TAVARES. MÁRCIO DE SOUZA E MELLO.
Jarbas G. Passarinho. Este texto não substitui o publicado no D.O.U.
de 21.10.1969

Alterações na Lei que regulamenta a Profissão de Jornalista - DECRETO FEDERAL Nº 83.284, DE


13 DE MARÇO DE 1979. Dá nova regulamentação ao Decreto-Lei nº 972, de 17 de outubro de
1969, que dispõe sobre o exercício da profissão de jornalista, em decorrência das alterações
introduzidas pela Lei nº 6.612, de 7 de dezembro de 1978. Art 21. Este decreto entra em vigor na
data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente os Decretos nºs
65.912, de 19 de dezembro de 1969 e 68.629, de 18 de maio de 1971. Brasília, em 13 de março de
1979; 158º da Independência e 91º da República. ERNESTO GEISEL . Arnaldo Prieto. Este texto
não substitui o publicado no D.O.U. 13.3.1979 e Retificado no D.O.U. 14.3.1979.

DECRETO No 65.912, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1969. Revogado pelo Decreto nº 83.284, de


1979. Texto para impressão. Regulamenta dispositivos do Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de
1969, nos têrmos de seu artigo 15. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que
lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e de acôrdo com o artigo 15, do Decreto-lei nº
972, de 17 de outubro de 1969....

DECRETA:

Art. 1º O exercício da profissão de jornalista requer registro prévio nas


Delegacias Regionais do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Parágrafo único. Para a obtenção do citado registro o interessado


apresentará os documentos exigidos nos itens I a V, do artigo 4º do
Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969.

Art. 2º O registro de estagiário previsto no § 1º, do artigo 4º, do


Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969, será efetuado em livro
próprio, nas Delegacias Regionais do Ministério do Trabalho e
Previdência Social.

§ 1º Para a concessão do registro de que trata êste artigo, serão


exigidos os seguintes documentos:

a) prova de nacionalidade brasileira;

b) fôlha corrida;

c) atestado fornecido por emprêsa jornalística ou a que a ela seja


equiparada, nos têrmos do artigo 3º, § 1º, do Decreto-lei nº 972, de 17
de outubro de 1969, ou órgão da Administração Pública, direta ou
autárquica, do qual deverá constar a função a ser exercida pelo
candidato, bem como o salário correspondente.

§ 2º A situação referida no artigo 2º dêste Decreto, será comprovada,


mediante a apresentação de declaração firmada pelo Diretor do
estabelecimento de ensino respectivo, sem prejuízo das demais
exigências, mencionadas no parágrafo anterior.

§ 3º O período de estágio não será inferior a 12 meses, contados a


partir do registro na emprêsa.

Art. 3º O estágio, mediante contrato, em qualquer das funções


jornalísticas enumeradas no artigo 6º, do Decreto-lei nº 972, de 17 de
outubro de 1969, só será permitido a aluno do último ano de curso
superior de jornalismo oficial ou reconhecido.

Art. 4º O registro especial de colaborador, a que se refere o parágrafo


3º do artigo 4º, do Decreto-lei número 972, de 17 de outubro de 1969,
será feito em livro próprio, pelos órgãos aludidos no artigo 1º, dêste
Decreto, desde que sejam satisfeitas as seguintes exigências:

I - apresentação dos documentos, exigidos nas alíneas “a” e “b”, do §


1º, do artigo 1º, dêste Decreto;

II - comprovante de recebimento de remuneração pelo exercício de


atividades jornalísticas, na qualidade de colaborador;

III - apresentação de dez exemplares de publicações, de que conste


matérias de sua comprovada autoria.

Art. 5º As Delegacias Regionais do Ministério do Trabalho e


Previdência Social registrarão, em livro próprio, o funcionário público
titular de cargo, cujas atribuições de lei coincidam com as definidas no
artigo 2º, do Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969.

Parágrafo único. O registro será procedido, face a apresentação de ato


original de nomeação ou admissão para cargo da Administração
Pública, com as atribuições referidas neste artigo, ou cópia autenticada
ou ainda certidão do mesmo.

Art. 6º Até noventa dias, contados da publicação dêste decreto, poderá


obter registro de jornalista profissional aquêle que, comprovar o
exercício da profissão, ou qualquer das atividades descritas no artigo
2º, do Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969, desde doze meses
consecutivos ou vinte e quatro intercalados.

Parágrafo único. O registro será efetuado nas Delegacias Regionais do


Ministério do Trabalho e Previdência Social, observada na instrução
do processo o que dispõe o Decreto-lei referido nesse artigo, mediante
a apresentação dos seguintes documentos:

a) prova de nacionalidade brasileira;


b) fôlha corrida;

c) carteira de trabalho e Previdência Social, devidamente anotada;

d) atestado de emprêsa jornalística, do qual conste a data de admissão,


a função exercida e o salário ajustado;

e) prova de contribuição para o Instituto Nacional de Previdência


Social, relativa à relação de emprêgo com a emprêsa jornalística
atestante.

Art. 7º É permitida a admissão de provisionado, prevista no artigo 12,


do Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969, nas funções de
redator, noticiarista, repórter, repórter de setor, rádio-repórter,
arquivista-pesquisador e revisor, com a dispensa da apresentação do
diploma de curso superior de jornalismo, até o limite de um têrço das
novas admissões, enquanto o Poder Executivo não dispuser em
contrário.

Parágrafo único. Para o registro do provisionado serão exigidas, além


dos documentos mencionados nas alíneas “a” e “b” do parágrafo 1º do
artigo 2º dêste Decreto, a carteira profissional e uma declaração da
emprêsa jornalística que pretender efetuar a admissão.

Art. 8º São privativas de jornalista profissional, as funções de


confiança pertinentes às atividades descritas no parágrafo único, do
artigo 2º, do Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969, tais como
editor, secretário, subsecretário, chefe de reportagem e chefe de
revisão.

Art. 9º A partir da vigência dêste Decreto, não serão mais permitidas


admissões nos cargos de Redator Auxiliar e Repórter Auxiliar ou
outros não previstos na legislação regulamentar profissional,
considerando-se extintos tais cargos à medida que se vagarem.

Art. 10. Até 21 de outubro de 1970, as Delegacias Regionais do


Ministério do Trabalho e Previdência Social promoverão a revisão dos
registros de jornalistas profissionais e de diretores de emprêsas
jornalísticas, cancelando os viciados por irregularidade insanável.

§ 1º Na revisão, serão observadas as seguintes normas:

a) a verificação será processada por comissão integrada de três


membros, sendo um representante da Delegacia Regional do Trabalho
que a presidirá, um da categoria profissional e outro da categoria
econômica, indicados pelos Sindicatos respectivos, ou, onde não
houver, pela Federação correspondente, ou ainda, na falta dos órgãos
mencionados qualquer organização que congregue a maioria dos
integrantes da categoria profissional ou econômica;

b) compete ao Delegado Regional do Trabalho o ato de designação da


comissão de que trata o item anterior;
c) o interessado será notificado por via postal, contra recibo, ou se
ineficaz a notificação postal, por edital publicado três vêzes, em órgão
oficial ou de grande circulação, na localidade do registro;

d) a notificação ou edital fixará o prazo de quinze dias, para a


regularização das falhas de registro, se fôr o caso, ou para a
apresentação de defesa;

e) decorrido o prazo da notificação ou do edital, a comissão


diligenciará, no sentido de instruir o processo e esclarecer as dúvidas
existentes, emitindo, a seguir, parecer conclusivo;

f) do despacho exarado pela autoridade regional do Ministério do


Trabalho e Previdência Social caberá recurso, dentro do prazo de
quinze dias, contados da publicação do ato, ao Ministro do Trabalho e
Previdência Social, inclusive por parte dos Sindicatos de Jornalistas
Profissionais ou de Emprêsas Proprietárias de Jornais, considerando-se
definitiva a decisão da autoridade regional, após o decurso dêsse
prazo, sem interposição do recurso, ou se confirmada pelo Ministro.

§ 2º Decorrido o prazo de um ano, estabelecido no “caput” dêste


artigo, os registros de jornalista profissional e de diretor de emprêsa
jornalística serão havidos como legítimos e definitivos, vedada a
instrução ou renovação de quaisquer processos de revisão
administrativa, salvo o disposto no artigo 8º, do Decreto-lei nº 972, de
17 de outubro de 1969.

§ 3º Responderá administrativamente e criminalmente a autoridade


que indevidamente autorizar o registro de jornalista profissional ou de
diretor de emprêsa jornalística, ou que se omitir no processamento da
revisão de que trata êste artigo.

Art. 11. Êste Decreto entrará em vigor, na data da sua publicação.

Brasília, 19 de dezembro de 1969; 148º da Independência e 81º da


República.

EMÍLIO G. MÉDICI
Júlio Barata
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. De 22.12.1969.

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