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Apostila de CLP Com Automation - Superior
Apostila de CLP Com Automation - Superior
CLP
Controlador Lógico
Programável
1. Introdução
4. Linguagem Ladder
Exercícios
5. Temporizadores
CLP
1 Introdução
Inicialmente, os PLCs eram chamados PCs – Programmable Contrllers, mas com o advento
dos computadores pessoais (PCs – Personal Computers), convencionou-se PLCs para evitar
conflitos de nomenclatura. Originalmente os PLCs foram usados em aplicações de controle discreto
(on/off – liga/desliga), como os sistemas a relés, porém eram facilmente instalados, economizando
espaço e energia, alem de possuírem indicadores de diagnósticos que facilitavam a manutenção.
Uma eventual necessidade de alteração na lógica de controle da máquina era realizada em pouco
tempo, apenas com mudanças no programa, sem necessidade de alteração nas ligações elétricas.
A década de 70 marca uma fase de grande aprimoramento dos PLCs. Com as inovações
tecnológicas dos microprocessadores, maior flexibilidade e um grau também maior de inteligência,
os Controladores Lógicos Programáveis incorporam:
Nos anos 80, aperfeiçoamentos foram atingidos, fazendo do PLC um dos equipamentos mais
atraentes na Automação Industrial. A possibilidade de comunicação em rede (1981) é hoje uma
característica indispensável na industria. Além dessa evolução tecnológica, foi atingido um alto grau
O PLC, propriamente dito, significa program logic control. Traduzido para o português, o
PLC significa Controlador Lógico Programável também chamado de CLP .
A CPU de um PLC compreende os elementos que formam a “inteligência” do sistema: O
Processador e o Sistema de Memória por meio do Programa de Execução (desenvolvido pelo
fabricante) interpretam e executam o Programa de Aplicação (desenvolvido pelo usuário), e gerencia
todo o sistema. Os circuitos auxiliares de controle atuam sobre os barramentos de dados (data bus),
de endereços (address bus) e de controle (control bus), conforme solicitado pelo processador, de
forma similar a um sistema convencional baseado em microprocessador.
Abaixo, podemos ver a arquitetura básica de um PLC:
Entradas Digitais: São entradas que recebem sinais que assumem apenas 2 níveis, 0 e 1, 0v
ou 5v, 0v ou 24v, 0v ou 220v. Estes sinais podem vir chaves fim de curso, botões de paines elétricos,
sensores do tipo ON/OFF, etc.
Entradas Analógicas: São entradas que recebem sinais que podem assumir vários valores
dentro de uma faixa determinada de tensão ou controle. Estes sinais podem vir de sensores de
temperatura, velocidade, nível, e que sejam proporcionais, ou seja, enviam um sinal que varia de 0v
a 10v, por exemplo, para informar a temperatura exata do processo naquele instante.
Saídas Digitais: São saídas que enviam sinais que podem assumir apenas 2 níveis de tensão,
0v ou 24v, por exemplo, e podem ser utilizados para acionar um motor, uma bomba, etc.
Software: Existem vários fabricantes de PLC , e cada um tem o seu próprio software com
suas particulariedades , como por exemplo a forma de dar nomes a cada entrada que podem ser:
I32.0 , I32.1 .... I32.7 , I33.0 ...I33.7 ( padrão Siemens )
E0.0 , E0.1... E0.7, E1.0 , ... E1.7 ( padrão Altus )
I0 , I1 , I2 ( padrão WEG )
%I0.0 , %I0.1 , %I0.2 ( padrão Telemecanique )
mas quando o assunto é programação existem 03 formas básicas de programar em PLC : Ladder
(linguagem de contatos) , Blocos , Lista de instruções ( semelhante a Assembly ) , em todos os PLC
modernos existem estas formas de programação , variando alguns recursos que alguns fabricantes
tem a mais , a forma de programar é idêntica , portanto se você souber programar bem em um
determinado fabricante , para programar em PLC´s de outros fabricantes não será difícil . Como a
linguagem em Ladder é a mais utilizada , vamos durante o curso utiliza-la .
O esquema elétrico é quem irá informar o que está ligado em cada entrada e em cada saída do
PLC , no desenho abaixo temos várias chaves ligadas nas entradas digitais ( que poderiam ser
sensores do tipo ON OFF termostatos ou pressostatos ) , e lâmpadas ligadas nas saídas digitais ( que
poderiam ser motores , bombas , travas )
Dizemos que uma determinada entrada está atuada , quando o componente ligado a ela
permite que a tensão de 24v chegue até esta entrada . E que uma determinada saída está atuada
quando esta saída libera , permite que saia 24 v para alimentar o que estiver ligado a ela .
4 Linguagem Ladder
Esta linguagem é baseada na linguagem de contatos de relés , que já era muito utilizada para
automatizar máquinas antes da invenção dos PLC´s .
Circuito Liga : Ao pressionar B1 a entrada I1 será atuada ( receberá 24v ) e portanto onde
tiver o contato de I1 no programa deverá mudar de estado , neste caso ele ficará fechado habilitando
a saída Q1 ( liberando 24v para acender L1 )
Lógica Selo : sem que B3 ou B4 sejam pressionados L5 estará apagada , mas quando B3 for
pressionada atuará I3 que fará a saída Q5 ser atuada , uma vez que a saída Q5 foi atuada o contato de
Q5 será fechado fazendo com que esta saída continue atuada mesmo que o botão B3 seja solta . E
esta saída só voltará a ficar desligada se B4 for pressionado . Portanto numa lógica selo sempre
teremos um contato responsável por ligar a saída e outro para desliga-la , neste caso B3 tem a função
de ligar L5 e B4 a de desliga-lo .
Programa 1 : neste programa se B1 for pressionado L1 acende e impede que L2 seja aceso ,
e se B2 for pressionado L2 acende e impede que L1 seja aceso . A tabela ao lado do programa em
Ladder é chamada de Tabela da Verdade , onde temos B1 e B2 nas entradas e L1 e L2 nas saídas .
Quando temos 0 nas entradas significa que as entradas não estão atuadas , ou seja neste caso que os
botões não estão pressionados , e quando temos 1 significa que as entradas estão atuadas , ou seja
neste caso que os botões estão pressionados . Quando temos 0 na saída significa que que esta saída
não está acionada , ou seja , neste caso aquela lâmpada que está ligada a esta saída não estará acesa ,
e quando temos 1 , significa que a saída está acionada , ou seja , neste caso a lâmpada que estiver
ligada a esta saída irá acender .
B1 B2 L1 L2
0 0 0 0
1 0 1 0
0 0 0 0
0 1 0 1
0 0 0 0
1 1 0 0
B1 B2 B3 L1 L2
0 0 0 0 0
1 0 0 1 0
0 0 0 1 0
0 1 0 0 1
0 0 0 0 1
0 0 1 0 0
0 0 0 0 0
0 1 0 0 1
1 1 0 0 0
Programa 3 : observe que a diferença neste programa como anterior é pequena mas observe
na Tabela da Verdade como mudou o funcionamento do circuito
B1 B2 B3 L1 L2
0 0 0 0 0
1 0 0 1 0
0 0 0 1 0
0 1 0 1 0
0 0 0 1 0
0 0 1 0 0
0 0 0 0 0
0 1 0 0 1
1 1 0 0 1
Exercícios
B1 B3 L1 L2 L4
0 0 0 0 0
1 0 0 0 1
1 1 1 0 1
0 1 1 1 1
0 0 0 0 0
Exercício 2: Desenvolver um programa de um ladder que :
Ao pressionar B4, L4 acenda e permaneça aceso mesmo após B4 ter sido solto.
Após L4 estar acesa e B4 solto, se B3 for pressionado L3 deverá acender e deverá permanecer
aceso mesmo após B3 ser solta.
Após L3 estar acesa e B3 estar solto, se B2 for pressionado L4 deverá apagar e L3 deverá
permanecer acesa, e L2 deverá acender e deverá continuar acesa mesmo após B2 ser solta .
Após L2 estar acesa e B2 solto , se B1 for pressionado L3 e L2 deverão apagar , e deverão
continuar apagados mesmo após B1 ser solta .
Desenvolva programas em Ladder que executem as seguintes seqüências no sistema físico a seguir :
Exercício 08
Exercício 09
Exercício 10
Q1= SV1
Q2= Sv2/3
Q3= Sv4/5
Q4= Sv6/7
Q5= L1(Teste em andamento)
Q6= L2 (Peça aprovada)
Procedimentos: 1) Ao pressionar B1 SV1,2 e 3 devem ser Q7= L3 (Peça reprovada)
acionados, permitindo que as peças sejam pressurizadas, e L1 deve Q8= L4 (Fim de teste)
ser acessa. Após 5 seg. SV1 deve ser desacionada, permitindo que a I1= B1(chave para iniciar teste)
pressão entre as peças seja equalizada. Deve se contar mais 10 seg. e I2= B2(chave para interromper
SV2 e 3 , também devem ser desacionados . teste)
2)Após 15 seg. deve-se atuar SV4 e 5 , permitindo a que a pressão I3= Chave do pressostato
das peças cheguem até o pressostato. Após 2 seg. verificar a situação
da chave do pressostato :
a) Se a chave estiver aberta, a peça está aprovada portanto L2 deve acender e deverá permanecer
acessa até o início de um novo teste .
b) Se a chave estiver fechada, a peça está rejeitada portanto L3 deve acender e deverá permanecer
acessa até o inicio de um novo teste .
3)Após isto SV6 e 7 devem ser atuados , e após 5 seg. deve-se desatuar SV4,5,6 e 7, L1 deve apagar
e L4 deve acender e deverá permanecer assim até o inicio de um novo teste .
4)Se B1 for novamente pressionado o teste deverá ser reiniciado
5)Se B2 for pressionado em qualquer momento do teste deve-se executar direto do passo 3 em diante
.