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Seminário:
As falas da exposição:
Boa noite a todos! (apresentação dos integrantes do grupo + título do seminário
Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Atualmente, as ações afirmativas podem ser definidas como um conjunto de políticas públicas e
privadas de caráter compulsório, facultativo ou voluntário, concebidas com vistas ao combate à
discriminação racial, de gênero, e de origem nacional, bem como a educação e o emprego.
Diferentemente das políticas governamentais antidiscriminatórias baseadas em leis de conteúdo
meramente proibitivo, que se singularizam por oferecerem às respectivas vítimas tão somente
instrumentos jurídicos de caráter reparatório e de intervenção ex post facto, as ações afirmativas
têm natureza multifacetária, e visam a evitar que a discriminação se verifique nas formas
usualmente conhecidas – isto é, formalmente, por meio de normas de aplicação geral ou
específica, ou através de mecanismos informais, difusos, estruturais, enraizados nas práticas
culturais e no imaginário coletivo. Em síntese, trata-se de políticas públicas, privadas e por órgãos
dotados de competência jurisdicional, com vistas à concretização de um objetivo constitucional
universalmente reconhecido – o da efetiva igualdade de oportunidades a que todos os seres
humanos têm direito.
A aplicabilidade das medidas afirmativas são peculiares e adequadas à realidade
da população alvo e suas respectivas necessidades, por isso é importante que destaquemos a
transitoriedade dessas medidas até que a desvantagem seja anulada, ou seja, utilizam-se as
ações afirmativas até que esta se faça necessária, visto que não será eterna, pois tais medidas,
com o passar do tempo e sua eficácia sendo plena, deixará de ser meio de combate à
discriminação e passará a ser meio de discriminação, caso não seja mensurada a sua real
necessidade.
Não confundamos, entretanto, ações afirmativas com política de cotas. As cotas,
ou reserva de vagas preestabelecidas que proporcionem o acesso das minorias à determinadas
funções, cargos, vagas em processo seletivo de universidades públicas, dentre outras
exemplificações, são apenas uma das formas de implantação das ações afirmativas.
As cotas raciais são uma espécie de ação afirmativa que fazem parte de inúmeros
debates, mormente quanto a sua aplicabilidade e eficácia na sociedade brasileira. No cenário
nacional, institucionalmente, as cotas raciais visam proporcionar tanto maior acesso à
educação de ensino superior, por meio de reserva de vagas em instituições públicas e
privadas de ensino, como também a cargos públicos dentro do Poder Judiciário, em que o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Judiciário, aprovou uma
resolução que obriga os tribunais do país a reservar no mínimo 20% das vagas nos concursos
para servidores e juízes para negros. A resolução diz que em 2020, quando o CNJ fizer um
novo censo do Judiciário, o percentual de 20% poderá ser revisto.
Referências:
DAVID ARAÚJO, Luiz Alberto, NUNES JUNIOR, Vidal Serrano. Curso de direito
constitucional. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
FERNANDES, Florestan. Ianni, Octávio (organizador). Sociologia (Grandes Cientistas
Sociais). São Paulo: Ática, 2008.
MENEZES, Paulo Lucena de. A ação afirmativa (Affirmative action) no direito norte
americano. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
Dicionário
Legislação
BRASIL. Lei n° 8.112 de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
BRASIL. Lei n° 8.666 de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e
dá outras providências.
BRASIL. Lei n° 12.288 de 20 de julho de 2010. Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera
as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de
julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003.
BRASIL. Resolução CNJ n° 23 de junho de 2015. Dispõe sobre a reserva aos negros, no
âmbito do Poder Judiciário, de 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos
públicos para provimento de cargos efetivos e de ingresso na magistratura.
ONU. Resolução 34/180 de 18 de dezembro de 1979 e ratificada pelo Brasil em 01 de
fevereiro de 1984. Convenção Sobre A Eliminação de Todas As Formas De Discriminação
Contra A Mulher.
Jurisprudência