CARTA ABERTA À COMUNIDADE INTERNACIONAL

GRAVES ANOMALIAS COMPROVADAS NAS ELEIÇÕES DE 2022 PARA

PRESIDENTE NO BRASIL

O Brasil e seus cidadãos vem passando por um golpe à Constituição

decretado pelo órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro, o Supremo
Tribunal Federal, precisamente em 14 de março de 2019, pouco mais de
dois meses da posse do Presidente da República eleito pelo voto popular,
Jair Bolsonaro.
Trata-se do ato administrativo denominado de Portaria GP nº 69, da
Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), de 14 de março de 2019,
pela qual o então juiz indicado pelo ex-presidente Lula que presidia a Corte,
Dias Toffoli, delegou poderes não previstos em qualquer lei brasileira, nem
na Constituição, para que outro juiz do mesmo tribunal supremo, Alexandre
de Moraes, para investigar, acusar e julgar quaisquer cidadãos brasileiros
considerados uma “ameaça” a democracia, por fazerem críticas, matérias
jornalísticas investigativas ou objeções ao comportamento público e às
decisões de qualquer membro daquele tribunal, tomadas estas dentro ou
fora de um processo judicial.
Essa “portaria administrativa”, que, no Direito Brasileiro, só poderia tratar
de temas internos de condução e gestão do próprio órgão judicial (Art. 37
e Art. 93 da Constituição), ultrapassou todas as atribuições e competências
administrativas do Supremo Tribunal Federal para avançar sobre os direitos
e garantias fundamentais dos cidadãos brasileiros, previstas nas cláusulas
pétreas do Art. 5º da Constituição Federal, na Declaração Universal dos
Direitos Humanos, da ONU, do Pacto de San José da Costa Rica, sob a
jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos, dos quais o Brasil
é signatário.
Desse momento para cá, o juiz do Supremo Tribunal Federal, cujo cargo
decorre de uma indicação política, passou a atuar em nome de seus pares,
ou seja, do órgão judicial do qual recebeu o poder delegado, de modo
parcial, quebrando todas as premissas válidas no Direito Brasileiro para
atuação de um juiz. Passou a perseguir jornalistas, garantidos em sua
liberdade de expressão e de imprensa pelo Art. 5º, item IX, e Art. 220, e até
mesmo congressistas com mandato e garantidos em todas as suas palavras
pela imunidade parlamentar do Art. 53, ambas as normas da Constituição
brasileira, punindo-os até mesmo com a cassação de seus perfis de redes
sociais e prisão, bem como os próprios órgãos de imprensa, punindo-os
com censura, sob a justificativa genérica e não prevista em lei por terem
supostamente publicado o que os membros desse órgão judicial de cúpula
considerassem como “fake news”, tudo isso sem respeitar ou seguir o
Devido Processo Legal, que é base, no Brasil e no mundo, do Estado
Democrático de Direito.
Tais perseguições e ação à margem da lei consolidou no país um verdadeiro
tribunal e regime de exceção, por atos e iniciativas não do Chefe de Estado,
do Poder Executivo ou Legislativo, mas, ineditamente, pelo órgão de cúpula
do Poder Judiciário brasileiro, o Supremo Tribunal Federal (STF), na pessoa
de seus membros e, em especial, do juiz Alexandre de Moraes, agindo,
muitas das vezes, sozinho ou autorizado pela maioria de seus pares.
Tal evidência histórica gravíssima, jamais vista antes na História do Brasil,
nem mesmo no período da Guerra Fria, quando se instalou no país a
Revolução de 1964, com sucessivos governos militares até 1985, passou a
envolver a estratégia política de liberar da prisão e anular as condenações
por corrupção e lavagem de dinheiro do ex-presidente Lula, condenado por
órgãos judiciais colegiados até a terceira instância de julgamento, que
seguiram todos os ditames do Devido Processo Legal, em mais uma
iniciativa do Supremo Tribunal Federal que violou todos os parâmetros
considerados válidos no Direito Brasileiro.
Feito o ex-presidente Lula novamente elegível, na esteira deste estado de
exceção judicial imposto no Brasil desde 2019, o órgão que controla, realiza
e fiscaliza as Eleições Gerais no País chamado de Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), comandado e composto pelos mesmos integrantes do órgão judicial
de cúpula que instalou o estado de exceção no país, o Supremo Tribunal
Federal, interferiu amplamente na campanha eleitoral de 2022 no sentido
de favorecer, de modo parcial e indevido, o candidato e ex-presidente Lula,
proibindo o atual presidente e seu adversário Jair Bolsonaro, de publicar na
sua campanha fatos reais e verdadeiros, como as imagens gravadas do
maior movimento de rua da história ocorrido no dia 7 de setembro de 2022,
em apoio ao seu governo e comemoração aos 200 anos de Independência
do Brasil, de publicar em sua campanha o seu próprio discurso de abertura
na Assembleia Geral da ONU, bem como de referir-se a esses fatos descritos
acima, proibindo-o, até mesmo, de afirmar, que o candidato que foi
tornado elegível por manobra ilícita do Supremo Tribunal Federal foi
condenado, no passado, por corrupção e lavagem de dinheiro.
Ao lado disso, veículos de imprensa foram censurados durante a campanha
eleitoral brasileita de 2022, como a rede de rádio e TV Jovem Pan, com 80
anos de história, e o jornal secular Gazeta do Povo, sendo, até mesmo,
obrigados pelo órgão eleitoral controlado pelo Supremo Tribunal Federal, o
TSE, a afirmarem ao vivo que o candidato e ex-presidente Lula “foi
inocentado”, para favorecer sua campanha e enganar os eleitores
brasileiro.
Após toda essa interferência indevida na vontade popular e violações
sucessivas aos direitos humanos e garantias fundamentais da Constituição
brasileira, este mesmo órgão incumbido de controlar, organizar e fiscalizar
as eleições no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), utilizou no pleito
urnas eletrônicas de 7 modelos diferentes, sendo uma delas de 2020, mais
moderna e que passou por auditoria, e outros 6 modelos antigos, que não
passaram pela mesma auditoria, distribuídas, todas, nos dois turnos de
votações, invariavelmente, por todas as seções eleitorais do país.
Publicados os resultados eleitorais do segundo turno, do último dia 30 de
outubro de 2022, que divulgou o candidato favorecido pelo Supremo
Tribunal Federal e pelo TSE, conforme descrito acima, Lula, como eleito por
50,9% dos votos válidos, contra 49,1% dos votos válidos do candidato e
atual presidente da República Jair Bolsonaro, fazendo-se aprofundada
auditoria nos dados públicos disponíveis pelo próprio TSE, em seu site
oficial, que traz detalhes como cidade de votação, tipo e modelo de urna
eletrônica utilizada, número de eleitores, total de votos em cada candidato
e outros registros documentados, descobriu-se que nas urnas eletrônicas
de modelos antigos, que não passaram pela mesma auditoria prévia, o
candidato beneficiado pelos próprios órgãos controladores das eleições
recebeu uma votação sempre bastante superior ao padrão das urnas
eletrônicas de 2020 auditadas, até mesmo em cidades pequenas,
avaliando-se todos os parâmetros de auditabilidade, tudo conforme
demonstrado em relatório técnico de auditoria com todos dados oficiais
publicado pelo jornalista argentino Fernando Cerimedo, no dia 03 de
novembro de 2022, concluindo por “sérias anomalias capazes de mudar o
resultado da eleição transferindo a vitória que seria de Jair Bolsonaro para
Lula, dada a pequena margem de diferença de votos”, o que consubstancia
grave suspeita de fraude eleitoral.
Manifestações sem precedentes de ampliam nas ruas e estradas do Brasil
desde 31 de outubro de 2022, dia seguinte ao segundo turno das Eleições,
pedindo por Eleições Limpas, contra a fraude e contra a violação da
liberdade de expressão e de imprensa no país.
Em mais uma iniciativa do estado de exceção implantado no Brasil pelo
Golpe Judiciário iniciado em 14 de março de 2019, por decisão do mesmo
juiz Alexandre de Moraes, que age por delegação do Supremo Tribunal
Federal desde àquela data, e na qualidade de Presidente do órgão que
controla as eleições no país, o TSE, cassou perfis de redes sociais de
cidadãos livres, parlamentares eleitos e no exercício do cargo e determinou
a derrubada de todos os links de internet que fazem menção à divulgação
do relatório fundado em dados oficiais do próprio TSE de auditoria e que
comprova a citada anomalia nas eleições sugestiva de fraude.

Brasil, 06 de novembro de 2022

OS AUTORES DESTA CARTA SÃO JORNALISTAS E JURISTAS BRASILEIROS

QUE NÃO A ASSINAM POR RECEIO DE SEREM PERSEGUIDOS,
CENSURADOS E PRESOS PELA DITADURA JUDICIAL IMPLANTADA PELO
ÓRGÃO JUDICIAL DE CÚPULA DESDE 2019 NO BRASIL (STF), PORÉM O
FAZEM, ANONIMAMENTE, AMPARADOS PELA SÚMULA 611 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA E NA DECISÃO DO INQUÉRITO 1.957, DE 2005, DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, QUE GARANTEM A NECESSIDADE DE
APURAÇÃO DE FATOS SUSPEITOS PELOS ÓRGÃOS OFICIAIS
COMPETENTES, MESMO EM CASO DE DENÚNCIAS ANÔNIMAS.

OPEN LETTER TO THE INTERNATIONAL COMMUNITY

 SERIOUS ANOMALIES PROVEN IN THE 2022 ELECTIONS FOR PRESIDENT
IN BRAZIL

Brazil and its citizens have been experiencing a blow to the Constitution
decreed by the highest body of the Brazilian Judiciary, the Federal Supreme
Court, precisely on March 14, 2019, just over two months after the
inauguration of the President of the Republic elected by popular vote, Jair
Bolsonaro.

This is the administrative act called Ordinance GP nº 69, of the Presidency

of the Federal Supreme Court (STF), of March 14, 2019, by which the then
judge appointed by former President Lula who presided over the Court, Dias
Toffoli, delegated powers not provided for in any Brazilian law, nor in the
Constitution, for another judge of the same supreme court, Alexandre de
Moraes, to investigate, prosecute and prosecute any Brazilian citizens
considered a “threat” to democracy, for making criticism, investigative
journalistic material or objections to public behavior and the decisions of
any member of that court, whether made within or outside of court
proceedings.

This “administrative ordinance”, which, in Brazilian law, could only deal

with internal matters related to the conduct and management of the
judicial body itself (Art. 37 and Art. 93 of the Constitution), surpassed all
administrative attributions and competences of the Federal Supreme Court
to advance on the fundamental rights and guarantees of Brazilian citizens,
provided for in the stony clauses of Art. 5 of the Federal Constitution, in the
Universal Declaration of Human Rights, of the UN, of the Pact of San José of
Costa Rica, under the jurisdiction of the Inter-American Court of Human
Rights, of which Brazil is a signatory.

Since then, the judge of the Federal Supreme Court, whose position stems
from a political appointment, started to act on behalf of his peers, that is,
of the judicial body from which he received the delegated power, in a partial
way, breaking all the premises valid in Brazilian Law for the performance of
a judge. He started to persecute journalists, guaranteed in their freedom of
expression and press by Art. 5, item IX, and Art. 220, and even congressmen
with a mandate and guaranteed in all their words by the parliamentary
immunity of Art. 53, both norms of the Brazilian Constitution, punishing
them even with the revocation of their social network profiles and
imprisonment, as well as the press bodies themselves, punishing them with
censorship, under the generic justification and not provided for by law by
law. supposedly published what the members of this top judicial body
considered as “fake news”, all without respecting or following the Due
Process of Law, which is the basis, in Brazil and in the world, of the
Democratic State of Law.

Such persecutions and actions outside the law have consolidated the
country into a true court and regime of exception, through acts and
initiatives not by the Head of State, the Executive or Legislative Power, but,
unprecedentedly, by the highest body of the Brazilian Judiciary, the
Supreme Federal Court (STF), in the person of its members and, in
particular, of Judge Alexandre de Moraes, often acting alone or authorized
by the majority of his peers.

Such serious historical evidence, never seen before in the History of Brazil,
not even during the Cold War period, when the 1964 Revolution took place
in the country, with successive military governments until 1985, began to
involve the political strategy of releasing from prison and annulling the
convictions for corruption and money laundering of former President Lula,
convicted by collegiate judicial bodies up to the third instance of judgment,
who followed all the dictates of the Due Legal Process, in yet another
initiative of the Federal Supreme Court that violated all the parameters
considered valid under Brazilian law.

With former President Lula eligible again, in the wake of this state of judicial
exception imposed in Brazil since 2019, the body that controls, carries out
and supervises the General Elections in the country called the Superior
Electoral Court (TSE), commanded and composed by the same members of
the top judicial body that installed the state of exception in the country, the
Federal Supreme Court, widely interfered in the 2022 electoral campaign in
order to partially and unduly favor the candidate and former president Lula,
banning the current president and his opponent Jair Bolsonaro, to publish
real and true facts in his campaign, such as the recorded images of the
biggest street movement in history that took place on September 7, 2022,
in support of his government and commemoration of 200 years of
Independence of Brazil, to publish in his campaign his own opening speech
at the UN General Assembly, as well as to refer to these facts described
above, forbidding him, even, to say, that and the candidate who was made
eligible by an illicit maneuver by the Federal Supreme Court was convicted,
in the past, of corruption and money laundering.

In addition, press vehicles were censored during the 2022 Brazilian election
campaign, such as the Jovem Pan radio and TV network, with 80 years of
history, and the secular newspaper Gazeta do Povo, even being forced by
the electoral body controlled by the Federal Supreme Court, the TSE, to
affirm live that the candidate and former president Lula “was exonerated”,
to favor his campaign and deceive Brazilian voters.

After all this undue interference in the popular will and successive violations
of human rights and fundamental guarantees of the Brazilian Constitution,
this same body responsible for controlling, organizing and supervising
elections in Brazil, the Superior Electoral Court (TSE), used electronic voting
machines of 7 different models, one of them from 2020, more modern and
audited, and another 6 old models, which did not undergo the same audit,
all distributed in the two voting rounds, invariably, across all polling stations
in the country .

Published the electoral results of the second round, on October 30, 2022,
which disclosed the candidate favored by the Federal Supreme Court and
the TSE, as described above, Lula, as elected by 50.9% of valid votes, against
49, 1% of the valid votes of the candidate and current president of the
Republic Jair Bolsonaro, making an in-depth audit of the public data
available by the TSE itself, on its official website, which provides details such
as voting city, type and model of electronic voting machine used, number
of voters, total votes for each candidate and other documented records, it
was found that in the electronic voting machines of old models, which did
not undergo the same prior audit, the candidate benefited by the election
controlling bodies themselves received a vote always much higher than the
standard of the 2020 audited electronic voting machines, even in small
cities, evaluating all auditability parameters, all as demonstrated in the
report Audit technical report with all official data published by Argentine
journalist Fernando Cerimedo, on November 3, 2022, concluding with
“serious anomalies capable of changing the outcome of the election,
transferring the victory that would belong to Jair Bolsonaro to Lula, given
the small margin difference in votes”, which substantiates a serious
suspicion of electoral fraud.

Unprecedented demonstrations have expanded on the streets and roads of

Brazil since October 31, 2022, the day after the second round of the
Elections, calling for Clean Elections, against fraud and against the violation
of freedom of expression and press in the country.

In yet another initiative of the state of exception implemented in Brazil by

the Judiciary Coup initiated on March 14, 2019, by decision of the same
judge Alexandre de Moraes, who has been acting by delegation of the
Federal Supreme Court since that date, and in his capacity as President of
the body which controls the country's elections, the TSE, canceled the social
network profiles of free citizens, elected parliamentarians and in office and
ordered the removal of all internet links that mention the disclosure of the
report based on official data from the TSE itself. and that proves the
aforementioned anomaly in the elections suggestive of fraud.

Brazil, November 06, 2022

THE AUTHORS OF THIS LETTER ARE BRAZILIAN JOURNALISTS AND JURISTS

WHO DO NOT SIGN IT OUT OF FEAR OF BEING PERSECUTED, CENSORED
AND ARRESTED BY THE JUDICIAL DICTATORSHIP IMPLEMENTED BY THE
COURT JUDICIAL BODY SINCE 2019 IN BRAZIL (STF), BUT DOING IT,
ANONYMOUSLY, SUPPORTED BY PRECEDENT 611 OF SUPERIOR COURT OF
JUSTICE AND IN THE DECISION OF THE SUPREME FEDERAL SUPREME
COURT INQUIRY 1957, OF 2005, WHICH GUARANTEE THE NECESSITY OF
DETERMINATION OF SUSPECTED FACTS BY THE COMPETENT OFFICIAL
BODIES, EVEN IN THE CASE OF ANONYMOUS REPORTS.