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OBJETIVO DE MATTOS: HISTORIAR O LUGAR DA Nos anos de 1840 e 1850: História do presente –
ESCRAVIDÃO NA HISTORIOGRAFIA DO BRASIL Varnhagen e Capistrano
COLONIAL. O QUE FOI PRODUZIDO SOBRE ESCRAVIDÃO IHGB
NA COLÔNIA AO LONGO DO TEMPO? Nos anos 1840/1850 surgem as interpretações que se
Vai rastrear sentidos do “colonial” e da “escravidão” consolidariam sobre colônia: 1838 Nasce o IHGB. Uma
em cada momento da historiografia. nação independente precisava de uma história, de uma
ORIGEM, de um NASCIMENTO.
Recorte temporal → artificial - 1500-1822 reforça essa Para ele, nacionalidade brasileira era filha direta da
noção. Como foi construído: Pelos relatos presença portuguesa enraizada na América
quinhentistas sobre o DESCOBRIMENTO.
Pouco falou de escravidão. Reconhecia bens e males
PERIODIZAÇÃO QUE ENFATIZA ADMINISTRAÇÃO vindos da África e do cativeiro (técnicas agrícolas, por
POLÍTICA – um recorte possível, mas não único. exemplo, x males indecorosos).
Escrevendo poucos anos depois da Abolição, lida com a DOÇURA – RACISMO INTERIORIZADO.
escravidão como um FATO, não justifica ou condena.
Fato demográfico, jurídico e econômico. Colonização e escravidão na historiografia brasileira:
mudanças de paradigmas
FAZ PSICOLOGIA VÍVIDA DOS DIFERENTES POVOS
FORMADORES DA NÃO EM DIÁLOGO COM 1951: Sérgio Buarque de Holanda – “O pensamento
CIENTIFICISMO. Mestiçagem racial + cultural histórico no Brasil nos últimos 50 anos” – artigo no
Correio da Manhã.
ARGUMENTO CENTRAL: Numa comparação com
Enfatizou abordagem culturalista de Freyre – x racismo
Varnhagen, se diferencia ao tentar entender o
científico; FRANS BOAS;
“SENTIDO DA COLONIZAÇÃO” (60) – Não é
simplesmente o desejo de formar uma “nova Lusitânia”
Caio Prado Jr. – Formação do Brasil Contemporâneo
(gostaram da terra, etc) – SENTIDO DE EXPOLIAÇÃO.
(1942); Sistema de exploração comercial – plantation,
Leu Antonil para isso. “Ganhar fortuna”. Noção de um
escravidão;
sistema colonial a partir de 1750 a 1808. (60-61)
Balanço - CENTRAL:
ARGUMENTO: Importante frisar que escravidão apenas Primeiros tempos (Varnhagen e Capistrano): colonial
indiretamente se apresentava como elemento se expressava na constituição do território nacional,
importante nessa interpretação formulada. Não criação de uma nova sociedade.
recebia destaque analítico (61).
Escravidão – vista até então do ponto de vista Influência: história serial francesa e história social
institucional e econômico. A ação escrava ainda não inglesa (Thompson)
era um campo historiográfico.
História colonial foi um dos campos que mais se
Nos anos 1960/70: mudança nos paradigmas das renovaram; História da escravidão novos rumos;
ciências sociais – no Brasil, contexto de grande
efervescência política e social. Stuart Schwartz: investe na história indígena,
ultrapassa fronteiras do Brasil colonial; aborda história
Explicações estruturalistas – marxistas – “modelo da escravidão;
econômico” – “modos de produção” que explicam a
sociedade. Ao final HEBE SE PERGUNTA: QUAL O PAPEL DA
HISTÓRIA SOCIAL PARA REPENSAR ESCRAVIDÃO NO
ARGUMENTO HEBE: Explicações monolíticas dos anos BRASIL?
1940/50 – prenderam o mundo chamado colonial no
binômio “Casa Grande & Senzala”. [Freyre e Caio Novas questões, novas fontes.
Prado]
1 – Lançaram luz sobre diversidade econômica da
1959: Formação econômica do Brasil, Celso Furtado. sociedade escravista – formas camponesas, mercado
Ciclos econômicos + sentido da colonização. interno, disseminação do acesso ao trabalho escravo
(modo pulverizado da escravidão – Stuart Schwartz);
ESCRAVIDÃO: Da sociologia viria a maior contribuição
para análise da escravidão – denúncia da violência 2 – Novas construções sobre nexo colonial – tiram peso
(Escola Sociológica Paulista – FHC, Florestan Fernandes; excessivo da predominância da produção de
Debate com Freyre, denúncia da violência genocida. exportação sobre demais setores e quase inexistência
Dados do tráfico ganham dentralidade. DENÚNCIA do mercado interno; (Manolo Florentino e João
POLÍTICA. Fragoso mostraram poder dos comerciantes sediados
na colônia)
COLONIA: NEXO DA CASA GRANDE & SENZALA SE
MANTEVE – eixo da vida econômica e cultural do Brasil 3 – Desterritorialização da história do Brasil – África,
colônia. Sentido da colonização. Atlântico Sul;
Ciro Cardoso: Surgem estudos AFRO-AMERICANOS; 7 – Tema do acesso à alforria e mobilidade social dos
sociedades coloniais com suas ESPECIFICIDADES E NÃO livres de cor e trânsitos identitários;
APENAS “QUINTAL DA EUROPA”.
Texto de Martius:
Brasil país do futuro – “que tanto promete” (441)