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8/21/2019 PORTARIA Nº 527, DE 5 DE AGOSTO DE 2019 - PORTARIA Nº 527, DE 5 DE AGOSTO DE 2019 - DOU - Imprensa Nacional

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO


Publicado em: 06/08/2019 | Edição: 150 | Seção: 1 | Página: 25
Órgão: Ministério da Infraestrutura/Gabinete do Ministro
 

PORTARIA Nº 527, DE 5 DE AGOSTO DE 2019

Estabelece diretrizes referentes ao mercado internacional de


serviços aéreos.

O MINISTRO DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA, no uso das atribuições que lhe conferem o art.
87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição;

CONSIDERANDO a competência do Ministério da Infraestrutura disposta no art. 35, inciso VIII, da


Medida Provisória nº 870, de 1º de janeiro de 2019, para o estabelecimento de diretrizes para a
representação do País em organismos internacionais e em convenções, acordos e tratados relativos às
suas competências;

CONSIDERANDO as diretrizes contidas na Política Nacional de Aviação Civil - PNAC, aprovada


pelo Decreto nº 6.780, de 18 de fevereiro de 2009, relativas à expansão do transporte aéreo internacional;
ao estímulo à competição nos serviços aéreos; à redução das barreiras de entrada de novas empresas no
setor; ao transporte aéreo como vetor de integração com outros países; e ao aperfeiçoamento dos
mecanismos de negociação com vistas a evitar restrições à oferta de serviços aéreos internacionais e
estimular o comércio, o turismo e a conectividade do Brasil com os demais países;

CONSIDERANDO que, de acordo com o art. 3º, inciso I, da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de
2005, compete à Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC a representação do Brasil em convenções,
acordos, tratados e atos de transporte aéreo internacional com outros países ou organizações
internacionais de aviação civil, observadas as orientações, diretrizes e políticas estabelecidas pelo governo
federal; e

CONSIDERANDO a necessidade de atualizar o marco regulatório relativo ao mercado


internacional de serviços aéreos, de maneira a promover maior competição e ampliar a conectividade do
Brasil;, resolve:

Art. 1º Estabelecer diretrizes referentes ao mercado internacional de serviços aéreos.

Art. 2º A expansão do transporte aéreo internacional deve ser promovida por meio de Acordos
sobre Serviços Aéreos que proporcionem a segurança jurídica necessária à ampliação da conectividade
internacional e ao aumento do uxo de pessoas e mercadorias com os demais países.

Art. 3º A operação internacional de empresas aéreas brasileiras é considerada instrumento de


projeção econômica e comercial de importância política e estratégica para o País e para a integração
regional.

Art. 4º As operações de serviços aéreos deverão realizar-se em conformidade com as


Convenções, Tratados e Acordos internacionais dos quais o Brasil seja parte, incluindo a Convenção sobre
Garantias Internacionais Incidentes sobre Equipamentos Móveis e o Protocolo à Convenção Relativo a
Questões Especí cas ao Equipamento Aeronáutico.

Art. 5º As negociações de Acordos sobre Serviços Aéreos deverão pautar-se pelos seguintes
princípios:

I - Reciprocidade de direitos e obrigações;

II- Estímulo à concorrência;

III - Múltipla designação de empresas aéreas;

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IV - Adoção do critério de estabelecimento e controle regulatório para a designação ou


autorização de empresas aéreas;

V - Livre determinação da capacidade;

VI - Prevalência do regime de liberdade tarifária;

VII - Abertura dos Quadros de Rotas;

VIII - Concessão de Direitos de Tráfego de até 6º liberdade para serviços mistos;

IX - Concessão de Direitos de Tráfego de até 7ª liberdade para serviços exclusivamente


cargueiros;

X - Estímulo à exibilização de regras sobre acordos de código compartilhado bilateral e com


terceiros países, arrendamento de aeronaves e outras práticas comerciais relevantes para a viabilidade
econômica dos serviços aéreos internacionais;

XI - Facilitação da circulação de pessoas e bens;

XII - Promoção do desenvolvimento sustentável da aviação civil internacional.

§ 1º. A negociação de Acordos sobre Serviços Aéreos de que trata o caput compreende as
reuniões presenciais de consulta e as tratativas à distância.

§ 2º. Nos casos em que não for possível o estabelecimento da livre determinação da
capacidade, nos termos do inciso V, os Acordos devem permitir que a capacidade seja ajustada mediante
entendimento entre as Autoridades de Aviação Civil.

§ 3º. Os negociadores brasileiros deverão observar as diretrizes gerais elencadas nos incisos de
I a XII, sempre que possível, levando-se em consideração as especi cidades de cada negociação.

Art. 6º Os serviços de transporte aéreo não regular devem ser utilizados para aumentar as
oportunidades aos usuários de se bene ciarem da aviação internacional, a bem do interesse público.

Art. 7º A regulamentação de serviços aéreos internacionais deverá facilitar a oferta de serviços


diferenciados que bene ciem os passageiros.

Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

TARCISIO GOMES DE FREITAS

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certi cada.

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