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GNOS E

Arcanjo da Estação: Raphael Ano Rosa-Cruz - 641

Fraternitas Rosicruciana Antiqua

Nº 08 Outubro / 2019

Aula Lucis Central - Rio de Janeiro - RJ - Brasil


ORG ÃO OFICIAL DA FRATERNIT AS ROSICRUCIANA ANTIQUA

SUM MUM SUPREMUM SANCTUARIUM


Publicação M ensal
Copyright "©" I.N.P.I REG. Nº 007156405
Fundador: Joaquim Soares de Oliveira em 1936

Diretor Responsável: Luiz C. M artins


Redação e Diagramação: De p a r t . d e p u b l i c i d a d e d a F R A

A Revista Gnose não é responsável pelos conceitos emitidos em


artigos devidamente assinados.

SUMARIO

Igreja Gnóstica 83 anos .................................................................... 03

Christian Rosenkreuz .................................................................... 04

Silêncio .................................................................... 04

Gnosticismo .................................................................... 05

Palavras de Sabedoria .................................................................... 06


A Filosofia Dos Rosa-cruzes e Alqui-
.................................................................... 08
mistas

ATIVIDADES PÚBLICAS
Segunda-Feira – às 20:00h - (exceto na primeira segunda-feira e nos
dias 27 de cada mês)
– Aula Fundamental - (palestras, meditação, rituais), consulte a nossa
programação em nosso site no link “Atividades”.

Todo Domingo: às 09: 00h s


– Missa Gnóstica

A FRA dispõe de Curso por correspondência :


Entre em contato conosco pelo telefone 21 2254 -7350
WhatsApp: 21 9791 60953 (somente dados)
e-mail: fra@fra.org.br / Site: www.fra.org.br
Ou venha fazer-nos uma visita.

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IGB - 83 ANOS É uma Escola Iniciática e de Misté-
rios Gnósticos.
N o dia 02 de novembro, nossa
Igreja Gnóstica comemora 83
anos de existência em nosso país. Fun-
Dr. Arnold krumm-Heller, nos diz:
É uma Escola de Iniciar, de Iluminar,
dada oficialmente no ano de 1936. de fazer conhecer, disto é que se ocu-
Após ser sagrado Bispo da Igreja pam os Mistérios Antigos e por isto, nós
Gnóstica o Dr. Krumm Heller iniciou os voltamos a tomar agora a mesma trilha
trabalhos gnósticos aproximadamente, para fazer renascer essas Arcaicas Ini-
em 1906, usando o Ritual Gnóstico que ciações, essas Iniciações de Épocas
lhe fora legado pelo Patriarca da Ale- Remotas.
manha e da Austria, Dr. E.C.H. Peith- Portanto, a Igreja Gnóstica é Fonte
mann (Patriarca Basilides), ficando o de Ensinamentos e Regras para a Inici-
Mestre Huiracocha encarregado de le-
ação.
var os ensinamentos gnósticos aos paí-
ses de língua espanhola e portuguesa. Logo, não é só para fazer Rituais
públicos.
Assim, iniciou-se, nesses países, o
movimento gnóstico, liderado pelo M. Os Cerimoniais públicos são impor-
Huiracocha, que viria, com a morte do tantes, porém perto da missão maior,
Dr. Peithmann, a ser designado Patri- que é a Fonte de Ensinamentos e Re-
arca da Igreja Gnóstica. para Alemanha gras para a Iniciação, são bem discre-
e Austria. tos em importância.
No Brasil, a Igreja Gnóstica chegou, Ainda assim, o nosso Mestre diz:
juntamente com a Fraternitas Rosicruci-
ana Antiqua. ambas dirigidas pelo M. A Igreja Gnóstica é o lugar da ora-
ção, da reza íntima, da prece elevada a
Huiracocha.
Divindade, do recolhimento, da medita-
A Igreja Gnóstica do Brasil, tradição ção.
Huiracocha, é o segundo pilar da nossa
Fraternidade, enquanto a FRA é a via E é ali o lugar, de preferência, que
temos para despertar, aumentar e ainda
como diríamos pagã a Igreja é a Via
Cardíaca, assim completamos as vias exaltar a nossa sabedoria interna.
do ocultista e do místico trazendo o Nossa Igreja tem como principal fina-
equilíbrio tão necessário para o rosa- lidade levar ao público em geral - mem-
cruz, evitando com isso o lado escuro bros da FRA ou não - os ensinamentos
da Senda. deixados pelo Mestre Huiracocha. O
E que é a Igreja gnóstica? ritual gnóstico de nossa igreja é um
Ritual tipicamente cristão-gnóstico ba-
Não é evidentemente o local onde se seado em parte, na Pistis Sophia.
celebram a Missa Gnóstica, os Batiza-
dos e onde se dá a Benção Nupcial. Juntamente com todos os Irmãos
gnósticos do Brasil desejo um feliz ani-
Esta é a parte externa, a parte ele- versário para a nossa Igreja Gnóstica,
mentar, a parte profana da verdadeira que é um patrimônio espiritual de todos
Igreja Gnóstica. nós. ∆
Não devemos confundir a parte com
o todo.
S. C. Basilides
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Christian Rosenkreuz Silêncio

C hristian Rosenkreuz é co-


nhecido como o f undador do
rosacrucianismo. Nascido em 1378
P o d e- se su st en t a r, c om o r e-
g r a g er al , q u e a i nt e n si d a-
d e e o v al o r l í q ui do d e um a f or ç a
(há 632 anos), na f ronteira da Ale- e o se rv i ço r e al q ue el a p o ssa
manha com a Áustria, onde se edu- p r o d uzi r t r ab al h am pa r a se u
cou e se desenv olv eu, Rosenkreuz t ri u nf o ou d ec a dê n ci a n a r az ã o
começou a viajar e após percorrer i nv er sa do r uí d o q u e e ssa m e sm a
a Alemanha, Áustria e Itália, enca- f or ç a m ani f e st e a o ex t eri ori z a r
minhou-se para o Egito, onde f oi p o r q ue e sse ru í d o v em d en ot a r
bem acolhido pelos irmãos da Loja um v er d ad ei ro d e sp e rd í ci o d a
Egípcia. e n e r gi a ac um ul a da p el o si l ê nci o
e , p or c o n se gui nt e, e ssa e n er gi a
Ali, f oi admitido em todos os d e sp e r di ç a da f az f al t a à f i n al i d a -
graus dos mistérios egípcios e f un- d e a q u e er a d e st i n a da .
dou a Ordem Rosa -Cruz "Muitos
esf orços t em sido f eitos para inter- T o da i d ei a do rm e em SI LÊ N -
pretar o simbolismo da alegórica C I O , a e sp er a da p al av ra m á gi c a
história do Pai C.R.C. contada na q u e h á de co nv ert ê -l a em LUZ ,
segunda parte da Fama Fraternita- E st a s m e sm a s p al av ra s c om o
tis. Seu caráter insof ismav elmente um a r e al i d a d e, do rm i am at é bem
mítico guarda os mais prof undos p o u co n o SI LÊ N CI O , on d e a ca p -
mistérios dos Rosa -cruzes. t o u m e u e sp í ri t o p a ra c o nv e rt ê -l a
n a sem e nt e q ue d e sej o sem e a r
O Pai C.R.C. não dev e ser con- em v ó s.
siderado apenas como uma perso-
nalidade, mas também como a per- E e st a s m i n h a s i dei a s ca em n o
sonif icação de um poder ou princí- si l ê nci o de v o sso r ei no i nt e ri o r e
pio da natureza. Tal prática de utili- a l i g erm i n ar ã o p ar a at r ai r n ov a s
zação de um indivíduo para perso- i dei a s a v o sso s c ér e br o s, em ur -
nificar os trabalhos do poder div ino n a p r om e ssa d e re n ov a çã o e spi -
era f reqüentemente utilizada pelos ri t u al .
antigos.
O h om em é o r ef l ex o d o CO S -
A lenda Maçônica de Hiram MO S, i st o é , “ o q u e e st á em ci m a
Abiff, o mito Caldaico de I shtar, a c o rn o o q ue e st á em bai x o ”, é o
alegoria Grega de Bacus, e a lenda MI C RO CO SMO e, p o r c o n se g ui n -
Egípcia de Osíris são todos exem- t e, n el e ex i st e um a p a rt e div i na ,
plos deste tipo de simbolismo. q u e t u d o po d e. E se n d o o h om em
o ref l ex o d o MA C RO CO SMO , t i r a
Todo o mistério do Rosacrucia- d e se u p ró p ri o SI LÊ N CI O o “F I AT
nismo pode ser esclarecido pela L U X” de se u p en sam en t o pa r a
alegoria do Pai C.R.C. quando pro- c o nv e rt ê-l o em I D EI A, e a I DEI A ,
priamente interpretado. c om o di sse F ra nz H art m a n n, é
Os Rosa-cruzes são uma organi- f ru t o e e st á suj ei t a à l ei do na sci -
zação de iniciados e adeptos, cujos m e nt o e d a m at ur aç ã o. P or i sso ,
membros dedicam -se a busca da “ t o d a v ez q u e um a i dei a at i n g e o
verdadeira Luz." ∆ e st a d o de saz o n am en t o, sur g e n o
h o ri z o nt e m e nt al d o m u nd o e é

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f re q u en t em e nt e p er ce bi da e ca p - G n o s t ic i s m o
t a da , a um m e sm o t em po , p or e s-
p í ri t o s i g u al m e nt e pr e di spo st o s. ”
A p r óp ri a f or ç a da C a d ei a R o -
A s f r o nt ei r a s d o g n o st i ci sm o
sã o i nd em a rc áv ei s ”, p o n-
d e r av a um hi st o ri a d or d a s r el i gi -
sa - C r uz, d e se nv olv e m el h o r se u õ e s a o se r ef e ri r a e ssa f o rm a d e
P o d er e E n er gi a q u a n do a Ca d ei a r el i gi o si d a d e. O G n o st i ci sm o é
se f az sem pr eci pi t aç ã o e de nt r o ex t r em am e nt e di f í ci l de ser d ef i -
d e um c om pl et o SI LÊ NCI O . O s n i d o.
q u e e st u d am o s a s do ut ri n a s e so -
t éri ca s sa b em o s, c om El i p h a s L e - D u r an t e m ui t o t em p o o
v i , “ q u e o s h om e n s e a s c oi sa s g n o st i ci sm o f oi c o n si d er a do um a
e st ã o i m pr e g na d o s d e L UZ e p o - h e r e si a, em g r an d e p a rt e d ev i d o
d em , p or m ei o d e c a dei a s i nv i sí - à c er r ad a op o si ç ão m ov i da p el o s
v ei s, c om u ni c ar - se um com o s “ P ai s d a I gr ej a ” , p ri n ci p al m e nt e
o u t r o s, ac ari ci a r -se o u m al t r at ar - C l em e nt e de Al ex an d ri a (1 5 0 -2 1 5
se , c u ra r -se o u f eri r - se , am ar e d . C. ).
o u o di a r -se , m u t u am e nt e, de m a - B u sc a nd o um a def i ni ç ã o, o
n ei r a SI LE N CI O S A e PO DE RO - G n o st i ci sm o p o d e ser e nt en di d o
S Í SSI MA. ” c om o um m ov im en t o d e p e n sa -
Al ém di sso, q u a nd o a Ca d ei a m e nt o c uj o s p a rt i ci pa nt e s se co n -
se f az c om H AR MO NI A, n a sc e si d er am el ei t o s p el o f at o de p o s-
d el a a f o rç a o ri gi n ári a d e t od a s su í r em a g n o se, t erm o d eriv a d o
a s c oi sa s: O AMO R , o Am o r q u e d o gr e go g n o si s ( sa b e do ri a, c o -
é LUZ , é o F o go q u e pu ri f i ca a n h e ci m en t o ). Num se nt i do l i m i t a -
V I D A, q ue di g ni f i ca o Pe n sam e n - d o , e sse t erm o i d e nt i f i ca um co n -
t o e c o nd u z a o S u pr em o I d e al . O j un t o d e do ut ri n a s, sei t a s, c or -
Am o r q u e t u d o u n e p or q ue é r e nt e s e e sc ol a s q u e t êm c om o
U NO , co n q u ant o se m a ni f e st e di - d e n om i n a do r c om um o sa be r.
v er sam e nt e. J á o di sse o M e st r e A o qu e t u d o i n di c a, c o ub e a
K r um rn H eI I er : “O Am or é a L ei I ri n e u ( 1 30 - 2 0 8 d. C. ), e nt ão bi s-
S u pr em a. A L ei q u e t u do r e ge , p o d e Ly o n, F ra n ça, e d o ut or d a
q u e t u d o H a rm oni za . O ri t m o é I gr ej a, a p ri m azi a de , no séc ul o
Am o r e se so u b erm o s c um pri r e s- I I , t e r pu bl i c a do um a o br a a r e s-
sa L ei T U DO M AI S NO S S ER Á p ei t o, i nt i t ul ad a Adv er su s H a er e -
A C RE SC ENT ADO . ” si s, em ci nc o t om o s, ce rt am e nt e
“ N o sso E g o I nt er n o q u er am a r t e st em u n h o do s m ai s i m p o rt a nt e s
c o n st a nt em e nt e. C o n st a nt em e nt e so b r e o G n o st i ci sm o . Al ém d a
q u e r Ha rm o ni a . Lut a sem d e sca n - o b r a d e I ri n eu, n o d ec or r er d o s
so p a ra e n co nt r ar se u pr ó pri o sé c ul o s I I e I I I , d e st ac a ram -se a s
t om . L ut a e nt r e a s di f er e nt e s t o - d e Hi pól i t o ( 1 70 - 2 3 5 d. C . ) e Epi -
n al i d a de s do di a pa sã o at é q u e f â ni o (3 1 5-4 1 3 d. C. ), o pri m ei ro ,
um di a um a del a s, a no t a m ai s a u t o r de 1 0 v ol um e s e o se gu n -
p r eci sa , a U NI CA, v i br e em t o d a d o , bi sp o em Sal am i n a, se t or n o u
su a ex t e n sã o, el a só. e sej a se u c él e br e p el a i r o ni a com q u e ri di -
ri t m o Am or. . . AMO R. . . AMO R. . . ” c ul ari zav a a s t e o ri a s d e se u s a d -
∆ v er sári o s, a p re se n t a n d o -a s c om o
um p un h a do d e m e nt i r a s e t ol i c e s

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p a t r oci n a da s pel o d em ô ni o. e g í p ci o de Al ex a n dri a, f u n do u em
R om a um a di d a sc ál i a ( p e qu e n o
O s e st ud o s sob r e o G n o st i - g r u p o d e e st ud a nt e s ori e nt ad o s
ci sm o f or am ra di c al m e nt e r en o - p o r um só pr of e sso r) d e g ra n d e
v ad o s, a pa rt i r d e 1 9 4 5, c om a
i nf l uê nci a e re p er c u ssã o. ∆
d e sc o b ert a d e m an u scri t o s co p -
t a s, t r a d uzi do s d o gr e go, e n co n - An t ô n i o C . d o A. Az e v e d o
t ra d o s na l oc al i d a d e e gí pci a d e
N a g H amm a di e, na su a m ai o ri a ,
a n ô ni m o s ( um a v ez qu e se t r at a - A R O S A– C R U Z
v a de a ut or e s pe r se g ui d o s). P el a
p ri m ei r a v ez , e nt ão , t o rn o u -se
p o ssí v el co n h ec er t ex t o s G n ó st i - A F ra t e r ni t a s Ro si c ru ci a n a
A nt i q ua n ã o é com o q u al -
c o s ori gi n ai s e, co n se q ü en t em e n - q u e r so ci e d a de r el i gi o sa - f i l o só -
t e, o m a nu se i o de f o nt e s di r et a s f i ca, ci e nt í f i ca o u m e sm o l i t e r ári a
so b r e o G no st i ci sm o. A l ei t u r a - o n d e se i ng r e ssa, de sd e q u e se
d e sse s m a n u sc ri t o s r ev el a a i m - p a g u e a j ói a e a s m e n sal i d ad e s
p o ssi bi l i d a d e d e at ri b ui r a o s ex i gi d a s pel o s r e sp ect i v o s e st a -
G n ó st i c o s m e n sa ge n s de c ar át e r t ut o s
p o p ul ar, rev el a n do su a ex t r em a V á ri a s a g rem i a ç õe s ad ot a ram
d i sc ri ç ã o e r e col hi m e nt o. N o r ol e st e n om e RO SA -C R UZ , m a s, n a
d o s t ex t o s de N a g Ham m adi , e n - su a m ai ori a, n a da t êm d e c om um
c o nt ram -se ev an g el h o s a t ri bu í d o s c om a a nt i g a e l e gí t i m a O r dem
a o s Ap ó st ol o s T om é e F el i p e, di - d o s I rm ã o s I nv i sív ei s.
á l o g o s d o C ri st o com se u s Di scí -
p ul o s, t r at a do s d e c o sm ol o gi a e A au t ê nt i ca F r at e rni d ad e B ra n -
o u t r o s d o cum e nt o s r el ev an t e s. c a Ro sa- C r uz ex i st e em pl a n o
e sp i ri t u al , o nd e só se co n se g u e
O G n o st i ci sm o er a ex e rci d o a c e sso a p ó s l ab o ri o so e pe r sev e -
a t r av é s d e um v er d a dei r o m o sai - r a nt e n ov i ci a d o, em qu e se f a z
c o d e e sc ol a s, c ul t o s e sei t a s d e i ndi sp e n sáv el a p o sse d e a pt i -
d iv er sa s p ro c ed ê nci a s (e gí pci a s, d õ e s e sp eci ai s, o d e se nv olv i m en -
g r e g a, j ud ai c a, cri st ã e ba bi l ôni - t o d e f ac ul d ad e s su p eri or e s, a
c a ). S eg u n do E pi f â ni o, em su a c o n qui st a d e p o de r e s su pr a n or -
é p o ca , c er ca d e oi t e nt a d el a s m ai s.
a t uav am no m u n d o hel e ní st i co . O
p r o gr e sso do s e st u d o s f i l o sóf i co s O di n h ei r o n ão serv e d e se n h a
e d a hi st óri a d a s r el i gi õ e s t em a q uem pr et e n da pe n et r a r n o
p o ssi bi l i t ad o n ov a s e re ce nt e s sa n t u ári o d o s se u s m i st éri o s,
p e sq ui sa s so b re o G n o st i ci sm o , p oi s, sem q u e o ne óf i t o p o ssu a
r ef o rm ul a n d o su a c o nc ei t ua ç ão , r e al m e nt e a s ex i gi d a s c a pa ci d a -
a dm i t i n d o se r o c o n h eci m e nt o d e s, r ev el a d a s p el a su a au r a, o u
G n ó st i c o e sse n ci al m e nt e i n t ui t i - p o r i n di c a çã o di r et a d o M e st re ,
v o, a pr e ndi d o p or i nt erm é di o d e p e r d er á o se u t em p o e na d a co n -
um a i l um i n aç ã o p e sso al ; o ac e s- se g u i r á d e p o si t iv o.
so à G no se r eal i za - se po r c am i - E n co nt r am -se , é v er d ad e, e s-
n h o s su bj e t iv o s, m í st i co s, ex t át i - p a r sa s p el a s ci n c o p art e s d o
c o s. m u n do , v ári a s l oj a s o n d e se o b -
V al e nt i n o ( sé c ul o I I ), um t êm c on h eci m e nt o s, q u e p erm i -

6
t em r e al i z ar a v e rd a d ei r a I ni ci a - c ul m i n â nci a s d a S a b e do ri a ,
ç ã o, q u e só se v eri f i ca so b a u s- f az e n do- o se n h or e nã o e sc rav o
p í ci o s de um M e st re e em c e nt r o s d a s f orç a s m i st eri o sa s d a N at ur e -
d e hi e ra r qui a m ai s el ev a d a. . z a. E n si na , p o r ex em pl o, q u e o
H om em é um a Al m a com um c or -
N ã o é o r e gi m e al i m ent ar , c o - p o e n ão um c or p o com um a Al m a
m o g e ral m e nt e se pr o p ag a, um a e , a ssi m se n d o, p o de t r aç a r v o -
d a s c on di ç õ e s e sse nci ai s pa r a
l un t a ri am e nt e o se u p r óp ri o d e s-
se r a dm i t i d o n a O r dem . Ef et iv a - t i n o.
m e nt e, qu em se n ut r e de f r ut o s e
v eg et ai s, q u em se a b st ém c ar - O sof ri m e nt o n ã o é c o n di ç ã o
n e s, ex ci t a nt e s e t óx i co s, com o o ex i gi d a p a ra o pr o gr e sso d o S e r
á l c o ol e a ni c ot i na , g o za d e m e - C o n sci en t e , de su a v er d a d ei r a
l ho r sa úd e e e st á, p o rt an t o, m ai s i ndi v i du al i d a d e, c om o p re c oni zam
a p t o a r eal i z a r a s ri g or o sa s pr o - m ui t o s c re d o s r el i gi o so s e m ui t o s
v a s do n ov i ci a d o. d o gm a s f i l o sóf i co s.
A s p r ov a s m ai s i m p or t a nt e s, O h om em t em di r ei t o à f el i ci -
i m p o st a s a o s c a n di d at o s a R o sa - d a d e.
C r uz , a sse n t am j u st am en t e n a
r e sp e ct iv a ev ol u ç ão f í si c a, n a N a t r aj et ó ri a da su a ev ol u ç ão ,
d i sci pl i na si m ul t â ne a d a v ont a d e p o r m ai s r e si g n ad o, p or m ai s e s-
e d a a t e n çã o, c o n q ui st a d o a ut o - t oi c o, c am i nh a i n st i nt iv am e nt e d e
o l h o s v ol t a d o s p ar a o SO L qu e o
d om í ni o q u e l h e s a sse g u r ar á a
i m p a ssi bi l i d a d e t ã o n ec e ssá ri a à d ev e g ui ar a um f ut u r o m el h or d o
c ul t ur a su bj et i v a, q ue l h e s p erm i - q u e o p re se nt e, a u r na r e gi ão su -
t i r á, em sum a , t o r na r em -se v er - p e ri or a o m u n do em qu e v iv e.
d a d ei r o s su pe r -h om e n s. T em di r ei t o à sa ú d e, à p az. à
A F r at er ni t a s R o si cr uci a n a A n - sa t i sf aç ã o do s se u s n ob r e s d e se -
t i q ua nã o é, t am b ém , um gr a u d a j o s e a t o do s o s d o n s qu e p erm i -
M aç o n ari a, c om o m ui t a g e nt e , t am a pr át i ca div i na da F r at e rni -
d a d e e o l ev ar ã o, um di a, à Uni -
a i n d a h oj e, su põ e.
d a d e, à su p r em a P ERF EI ÇÃO . ∆
O su bl i m e e g en e ro so i d e al
d o s I rm ão s I nv i sív ei s n ão c on si s- P a la v r a s d e S a b e d o r ia
t e n a co n q ui st a d o M u n do ou d o -
m í ni o a ut ocr át i co d a H um a ni d a - C onverte-te em pureza, para invo-
car as Forças Divinas, em Secre-
d e . A s sua s am bi ç õ e s f or am , to recolhimento, dizendo:
sem p re , m ui t o el ev a da s p ar a l i -
m i t a rem -se a c oi sa s t ã o m at eri - ~'Poder! Poder! Poder! Eu te invoco
a i s. A div i na m i ssã o R o sa -C r u z em tuas vibrações para a Ação Divina do
c o n si st e em c on t ri bui r, po r t od o s Eu Sou no Templo vivente do meu ser
m ei o s, p ar a a f el i ci d a d e d o g ên e - interno! Quero-te, ó Poder Divino, para
r o hum a n o, sem di st i nç ã o d e agir dentro da Lei e da Luz, dessa Luz
cl a sse , sex o , r aç a, f ort u na , et c. espiritual que me atrai e que busco para
servir-me de farol."
Pel o s cam i n h o s l um i n o so s d a
R el i gi ão, d a F i l o sof i a e d a Ci ê n - 'Vem! Vem! Vem! Ó Verbo divino!
ci a co n d uz o H om em Que a Santa Palavra seja em mim o
escudo da Fé! " ∆

7
A FILOSOFIA DOS ROSACRUZES E ALQUIMISTAS

A NATUREZA da Alquimia está claramente explicada pelo grande alquimista


Johannes Tritheim, ao dizer: - “Deus é o fogo essencial e oculto em todas as
coisas e especialmente no ser humano”.
Este fogo tudo gera, gerou e gerará no futuro, sendo ele mesmo a verdadeira
Luz Divina, em toda a eternidade.
Deus é um fogo, porém nenhum fogo pode arder, nem a luz aparecer, sem que
se acrescente o ar, que origina a combustão. Da mesma maneira o Espírito Santo
em nós atua como um ar divino, como um sopro, saindo do fogo divino como um
alento, que atua sobre o fogo que reside na Alma, de modo que a luz apareça, já
que a luz deve ser alimentada pelo fogo, sendo ela mesma amor, alegria e gozo na
eterna Seidade.
Aquele que não tem esta luz dentro de si mesmo está no fogo sem luz. Entretan-
to, se a Luz está dentro dele, é o Cristo que está dentro dele e o Cristo que está
dentro dele toma forma em seu interior e a pessoa conhecerá a Luz, tal como ela
existe na Natureza.
Todas as coisas, tais como as vemos, são em seu interior fogo e luz, onde se
oculta a essência do Espírito. Todas as coisas constituem uma Trindade de Fogo,
Luz e Ar, ou em outras palavras: Espírito é o Pai, que é uma Luz Divina essencial;
O Filho é a luz manifestada e o Espírito Santo é o ar, o impulso divino e essencial.
O fogo reside no coração e envia seus raios através de todo o corpo do homem,
originando a vida que nele existe. Porém, ninguém jamais nasceu do fogo sem a
presença do espírito de santidade.
Expressando em outras palavras podemos dizer: Todas as coisas são criadas
pelo pensamento e existem na Mente Universal e dentro de cada uma delas está
latente a Vontade, por cuja ação podem se desenvolver e aumentar seus poderes.
Isto ocorre, sob circunstâncias favoráveis, pela ação lenta da Vontade Universal,
que atua na Natureza e pode ser realizado, em tempo curto, com a ajuda da vonta-
de consciente do alquimista. Porém, antes que a vontade de uma pessoa possa
realizar tais maravilhas no exterior, sua vontade deve primeiro adquirir consciência
própria no interior de si mesmo. A luz que brilha desde o centro de seu próprio cora-
ção deve ser vida e arder, antes que ele possa agir sobre as substâncias com que
os alquimistas trabalham.
Dr. Franz Hartmann

Fraternitas Rosicruciana Antiqua


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