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Universidade Federal de Pelotas

Centro de Engenharias
Curso de Engenharia Civil e Engenahria Agrícola

UNIDADE  2  
DIMENSIONAMENTO  DE  
ESTRUTURAS  DE  CONCRETO  
ARMADO  
(AULA  2  –  AÇÕES  E  SOLICITAÇÕES)  

Prof. Estela Garcez


2012/02
2.1  DIMENSIONAMENTO  DE  UMA  
ESTRUTURA  
▪  O  dimensionamento  de  uma  estrutura  deve  garan=r  
segurança,  estabilidade  e  durabilidade  frente  as  
solicitações  a  que  vai  ser  subme=da  durante  sua  
execução  e  u4lização.    
▪  O  dimensionamento,  desta  forma,  consiste  em  
impedir  a  ruína  da  estrutura.  Por  ruína  não  se  
entende  apenas  o  perigo  de  ruptura,  mas  também  
situações  em  que  a  edificação  não  apresenta  um  
perfeito  estado  para  u=lização,  sendo  por  
deformações  excessivas,  fissurações  inaceitáveis,  
etc.        
2.1  DIMENSIONAMENTO  DE  UMA  
ESTRUTURA  
▪  Portanto,  a  análise  estrutural  envolve  não  somente  o  
estudo  do  seu  estado  limite  úl4mo  (ELU),  mas  também  
verificações  dos  estados  limites  de  serviço  (ELS).  
▪  A  NBR  6118  u=liza  para  o  cálculo  de  estruturas  de  
concreto  armado  o  método  dos  estados-­‐limite  
O  método  consiste  em  :  
▪  Adotar  valores  caracterís=cos  para  as  resistências  e  ações    
▪  Cobrir  os  demais  elementos  de  incerteza  existentes  no  
cálculo  estrutural  pela  transformação  dos  valores  
caracterís=cos  em  valores  de  cálculo  
•  A segurança estrutural é obtida através da introdução dos coeficientes
de ponderação, γf, γc, e γs;

Rd (fcd, fyd, b, h, d) ≥ Sd

f ck
f cd = onde fck é a resistência à compressão característica
γc do concreto e γc é igual a 1,4;

f yk onde fyk é a tensão de escoamento característica do


f yd = aço e γs é igual a 1,15;
γs
onde sk é o esforço solicitante característico e γf é
Sd = γ f Sk igual a 1,4;
•  Para se projetar uma estrutura com um adequado grau de
segurança é necessário que se verifique a não ocorrência de uma
série de estados limites;
•  Estes estados limites podem ser classificados em:
a.  Estados limites últimos (ELU): correspondem à máxima
capacidade portante da estrutura;
b.  Estados limites de serviço (ELS): são aqueles
relacionados à durabilidade das estruturas, aparência,
conforto do usuário, e a boa utilização funcional da
mesma.
•  Nas estruturas de concreto armado, devem ser verificados os
seguintes estados limites últimos (ELU):
a.  Perda de equilíbrio da estrutura;
b.  Esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu
todo ou em parte;
c.  Instabilidade do equilíbrio, considerando os efeitos de
segunda ordem;
d.  Estado limite último provocado por solicitações dinâmicas.
•  Os estados limites de serviço (ELS) que devem ser verificados
nas estruturas de concreto armado são:

a.  formação de fissuras (ELS-F);


b.  abertura de fissuras (ELS-W);
c.  deformações excessivas (ELS-DEF);
d.  vibrações excessivas (ELS-DE).
ETAPAS  DO  DIMENSIONAMENTO  
A)  Determinação  da  ações  (ponderação  das  ações);  
B)  Combinação  das  ações;  
C)  Determinação  das  solicitações;  
D)  Dimensionamento  da  seção  e  armaduras.    
2.2  AÇÕES  
•  As ações (forças externas) são as causas que provocam solicitações
(forças internas) ou deformações nas estruturas;
•  Em função de sua variabilidade no tempo, as ações podem ser
classificadas como:
a.  Ações permanentes: são aquelas que ocorrem com valores
constantes ou de pequena variabilidade durante praticamente
toda a vida útil da construção (peso próprio da estrutura,
alvenarias, revestimentos, peso de equipamentos fixos, etc).
b.  Ações variáveis: são aquelas que ocorrem com valores que sofrem
significativas variações durante a vida da construção. Elas
atuam nas construções em função de sua finalidade (peso das
pessoas, móveis, veículos, vento, chuva, temperatura, etc).
c.  Ações excepcionais: são aquelas que têm uma duração muito curta
e uma probabilidade de ocorrência muito pequena durante a
vida da construção (explosões, choques de veículos, incêndios,
enchentes, sismos excepcionais).
DIRETAS – peso próprio,
instalações permanetes
PERMANENTES  (g)  
INDIRETAS – retração, fluência,
imperfeições geométricas

AÇÕES   DIRETAS (ACIDENTAIS) –


pessoas, vento,
VARIÁVEIS  (q)  
INDIRETAS – temperatura, ação
dinâmica

EXCEPCIONAIS  
COEFICIENTE  DE  PONDERAÇÃO  DAS  AÇÕES    

▪  NBR  6118  
2.3  COMBINAÇÕES  
NORMAIS

ESPECIAIS OU DE CONSTRUÇÃO
ÚLTIMAS  
EXCEPCIONAIS

COMBINAÇÕES  

QUASE PERMANENTE
SERVIÇO  
FREQUENTES

RARAS
2.3.1  COMBINAÇÃO  ÚLTIMA  NORMAL  (ELU)  
EXERCÍCIO  1  
Planta Baixa

EXERCÍCIO  2  
 Cálcular    as  solicitações  
máximas  atuantes  nas      
viga  V11  

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