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CARACTERIZAÇÃO – PARQUE PASSEIO PÚBLICO

Trabalho de conclusão de curso


Universidade Tuiuti do Paraná

Nome: Alexander Camara Berestinas / 7º semestre de Psicologia


Local: Parque Passeio Público
Data: 08/04/2018
Hora – início: 10h – término: 12h

Conforme o Portal da Prefeitura de Curitiba (2018), o Parque Passeio Público,


inaugurado em 1886, é o mais antigo parque municipal de Curitiba. Está aberto de
segunda a domingo, das 06h às 20h. Possui acesso gratuito e está localizado na região
central da cidade, com acesso às ruas Carlos Cavalcanti, Presidente Faria e Avenida
João Gualberto, possui uma área de 69.285 m 2. Ele foi criado por Alfredo D´Estragnolle
Taunay quando presidente da Província do Paraná, nasceu da drenagem de um terreno
pantanoso e passou por várias transformações ao longo do tempo, tendo sido conhecido
como Jardim Botânico.
A partir de sua inauguração, o Passeio se tornou o mais tradicional ponto de
encontro dos curitibanos, cumprindo integralmente a sua finalidade. Na data de 2 de
julho de 1887 inaugurou-se 8 lampiões a gasolina, mais tarde aumentados para 17,
doados pelo comércio e a indústria da cidade. Foi na data de 19 de dezembro de 1887,
em que brilhou pela primeira vez na noite curitibana a lâmpada incandescente de luz
elétrica, em concorrida demonstração realizada pelo alemão Schewing que, auxiliado
pelo engenheiro Lazzarinni, um dos construtores da Catedral, instalou um gerador para
informar a Província do mais novo prodígio da ciência moderna. Os portões do Passeio
são históricos e inspirados no portão do Cemitério de Cães de Paris (Cemitière des
Chiens de Asnière-Sur-Seine) e as cercas foram construídas no estilo
Haussmanniano, caracterizado por replicar paisagens naturais por meio de intervenções
artificiais. Nos anos 1980, a estrutura integral foi motivo de tombamento e por isso,
qualquer reforma e intervenção deve passar pela curadoria do Patrimônio Histórico do
Paraná.
O Passeio Público, primeiro zoológico da cidade, foi palco de fatos marcantes na
vida cultural e no folclore de Curitiba. Em 1909, Maria Alda alçou voo num balão para
aterrizar desastradamente no telhado da Catedral Metropolitana, na Praça Tiradentes.
Em 1911, na ilha desde então chamada da Ilusão, o simbolista Emiliano Perneta foi
coroado "Príncipe dos Poetas Paranaenses". Na década de 70, com a concretagem do
lago e a canalização do Rio Belém na Rua Ivo Leão, o lago passou a ser alimentado por
água de poços artesianos. Atualmente, o Passeio funciona como sede do Departamento
de Proteção e Conservação da Fauna e abriga os pequenos animais que permaneceram
quando o Zoológico foi transferido para o Parque Iguaçu em 1982.
O parque possui estruturas e equipamentos em torno do verde de diversas
espécies nativas e exóticas, todas elas plantadas. Carvalhos e ciprestes centenários se
harmonizam às paineiras e jacarandás mimosos, assim como Ipês, canelas, eucaliptos e
plátanos, abrigando sob sua copa a vivência de sabiás, tico-ticos, canários-da-terra,
coleirinhas, chupins, pica-paus, sanhaços, pombos e majestosas garças brancas em
desfile pelo lago. A fauna abrigada pelo zoológico, que faz parte do parque, abriga aves
como a gralha azul, pelicanos, aves de rapina, urubus-reis, araras e flamingos, havendo
ainda duas ilhas para os macacos. Outras atrações são o Terrário que, numa área de 156
m2, abriga 40 animais, entre serpentes e lagartos de espécies exóticas e raras, vindas de
diversas partes do mundo e o Aquário, que é um coreto mourisco instalado sobre uma
gruta estilo art-nouveau, possui 30 variedades de peixes de rios e ornamentais da região
amazônica e da África. Funcionam de terça a sexta, das 09h às 16h30 e aos sábados,
domingos e feriados, das 10h às 15h30.
A ponte pênsil, feita com metal e amarras, advinda de um projeto inglês, liga a
área central do parque à Ilha da Ilusão e foi recuperada, sendo aberta aos sábados. Outra
ponte é a de pedra, uma construção original. Próxima a ela, a chamada Ilha dos Amores,
uma construção artificial feita de pedras. Ali também foi criado o primeiro parque
infantil, com projeto do arquiteto Frederico Kirchgässner.
Quanto à estrutura, possui restaurante, play-ground, aquário, terrário, sanitários,
ponte pênsil, posto da Polícia Militar, pedalinhos, pista para caminhadas, ciclovia,
bicicletário, tomadas, lixeiras com fácil acesso, bancos de madeira, mesas de xadrez,
lugar para guardar/prender as bicicletas, pista de patinação, pipoqueiros, sorveteiros e
barraquinhas de lanhes e doces. Observou-se a presença de uma placa dizendo da
proibição dentro do Parque de moto, bicicleta, walkmachine, cães, skate e patins, mas
observou-se que algumas pessoas estavam andando de bicicleta, de skate, patins e
alguns com seus cães, inclusive sem guia. Encontraram-se também placas informativas
no Parque sobre o zoológico e animais presentes no mesmo, sobre informações
históricas do Parque, sobre a importância da castração e guarda responsável de cães.
Quanto aos frequentadores, percebeu-se a presença de transeuntes tanto do sexo
masculino quanto do feminino, de diferentes classes sociais, que passavam pelo Parque
para cortar caminho rumo a seus destinos finais, assim como aqueles que utilizavam o
Parque como lazer, para correr, fazer caminhadas ou até mesmo sentar nos vários
bancos de madeira (fixos no chão). Muitos estavam sentados ou deitados na grama
disposta dentro do Parque, com expressões de cansaço, alguns rindo, conversando ou
provavelmente embriagados. Pela vestimenta e condição física, percebeu-se no dia da
visita, que muitos eram moradores em situação de rua e utilizam o Parque para
conversar, descansar, dormir ou ter acesso a um grupo religioso que, com o uso de caixa
de som e microfone, traziam uma mensagem religiosa se utilizando da Bíblia. Jovens e
idosos, homens e mulheres, estavam dispostos em fila, muitos com malas, cães, sacolas,
carrinho de material descartável, e aguardavam para que a mensagem terminasse e
assim, os lanches e sucos fossem servidos para os mesmos. Quanto às caminhadas,
percebeu-se que em sua grande maioria era feita em duplas de pessoas dos cinquenta
aos setenta anos aproximadamente. Já as corridas eram feitas de individualmente, sendo
que mesmo os que faziam caminhada ou corriam, utilizavam roupas de corrida, como
shorts e camiseta, próprias para a atividade, ou usavam calças de moletom e camiseta.
Percebeu-se que muitos dos que transitavam ou descansavam no parque, mesmo
fazendo caminhada, estavam com o celular na mão, digitando ou escutando música.
Apesar de alguns desses estar acompanhados, o foco estava no celular, sendo que
poucas vezes se dirigiam a pessoa que estava do seu lado para conversar. Em sua
maioria, verificou-se que a maioria das pessoas que estavam no parque, dentro de tempo
estabelecido, apresentavam expressões de alegria através de seus sorrisos e conversas.
Essa observação se intensificou ao ser verificado o parquinho, com presença de famílias
e muitas crianças que brincavam nas estruturas do parquinho, correndo, andando, rindo,
gritando e conversando com outras crianças que estavam no local. As famílias das
respectivas crianças estavam sentadas ao redor do parquinho, conversando entre si.
Durante o percurso realizado percebeu-se três moças de aproximadamente 35 anos de
idade, que estavam trabalhando como prostituta.
Muitas pessoas tiravam fotos do local, principalmente das aves e animais
presentes no parque. Devido à aproximação de um senhor e conversa com o mesmo,
verificou-se que muitos eram turistas e que estavam a passeio conhecendo um dos
principais parques da cidade de Curitiba. Em determinado local do Parque, verificou-se
a presença de 16 mesas de xadrez, sendo todas fixas com pés de metal, com assento e
tampo de concreto. Um pequeno grupo de homens estava jogando cartas em uma dessas
mesas, sendo sua maioria de 20 a 40 anos e 2 homens que aparentavam ter 60 anos de
idade. Eles riam e conversavam, enquanto tomavam cerveja que retiravam de uma caixa
térmica que estava ao lado deles. Quanto à segurança, estava no Parque uma viatura de
polícia (Van) próximo ao Núcleo de Proteção ao Cidadão. Os 2 policiais (homens) que
estavam dentro do Núcleo foram muito atenciosos quanto aos questionamentos e
pedidos de informação realizados.

Referências bibliográficas
http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/parques-e-bosques-passeio-publico/324
http://www.gazetadopovo.com.br/haus/paisagismo-jardinagem/os-130-anos-de-historia-
do-passeio-publico/

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