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NOVOS DESAFIOS VELHOS: O CASO DA OPERAÇÃO SERENATA DE

AMOR PARA A COMPREENSÃO DA INFLUÊNCIA DAS TICs PARA OS


MOVIMENTOS SOCIAIS
Marcela Ávila1

Resumo: O presente artigo buscará entender qual o papel e a influência das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) para os movimentos sociais. Para isso, foi realizada
revisão bibliográfica na busca por referenciais teóricos sobre o que a internet pode ter mudado
ou não nesses processos. Também buscaremos alcançar esse objetivo através da análise do
caso da Operação Serenata de Amor, onde realizaremos revisão bibliográfica e uma entrevista
com um dos seus colaboradores na busca de informações sobre a sua atuação frente a
sociedade e o papel das TICs nesse processo.

Palavras-chave: movimentos sociais, tecnologias de informação e comunicação, internet,


redes sociais, militância, engajamento, ativismo.

1
Aluna do 5º semestre de Políticas Públicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho busca em revisões bibliográficas e em um caso empírico tentar
entender como a internet está mudando as formas de atuação das organizações sociais e
políticas e dos militantes. Pretendemos entender quais os desdobramentos das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) para a análise das interações sociais na atualidade, assunto
que é determinante para a compreensão do ativismo e suas organizações.
Para isso, a primeira subseção desse artigo busca em referências bibliográficas algumas
produções que buscam trazer para a realidade das TICs as teorias sociais sobre o engajamento
militante. Num segundo momento, será analisada a atuação de uma iniciativa hacker chamada
Operação Serenata de Amor, que se dará a partir dos subsídios fornecidos por revisão
bibliográfica e uma entrevista com um dos seus colaboradores.

2 A MILITÂNCIA DEPOIS DA INTERNET


Há não muito tempo atrás, o intenso aumento da presença da internet nas dinâmicas
sociais desafiou os paradigmas e abordagens utilizadas pelas Ciências Sociais. A busca por
uma maneira eficaz de pensar criticamente as teorias clássicas dominantes tornou-se
inevitável quando, com o uso da “rede mundial de computadores” a partir de sites, blogs e,
mais recentemente, redes sociais, já não era mais possível saber com quem, com quantos e
como devíamos estudar os movimentos sociais (RODRÍGUEZ, 2010). Não é suficiente poder
destacar a importância dessas redes para o ativismo. É necessário trabalhar por uma melhor
compreensão entre a relação que existe entre o ativismo e a tecnologia.
Embora seja intuitivo entender que os mecanismos relacionais são afetados pelas TICs, é
importante lembrar que isso não torna a mobilização mediada por tecnologia como um
fenômeno espontâneo. O que observamos ao acompanhar uma manifestação em uma praça
pública tende a obscurizar processos prévios de organização que dependem do investimento
adequado de tempo, dinheiro e interesse, recursos que são orquestrados por organizações
políticas (SILVA, 2014; MELUCCI, 2001). Assim, a espontaneidade da mobilização social
deve ser questionada, não apenas na compreensão da mobilização e/ou recrutamento de
indivíduos interessados, mas também com relação ao seu financiamento e ação.
Silva (2014) aponta duas ressalvas importantes que devemos fazer na busca por uma
melhor compreensão acerca da influência das TICs na ação dos movimentos sociais e sua
complexidade. A primeira é o fenômeno do “determinismo tecnológico”, que faz com que os
processos sociais sejam compreendidos como fenômenos secundários ou epifenômenos das
dinâmicas da evolução tecnológica. Dessa maneira, retira-se a importância dos atores
humanos e sociais na apropriação e uso das tecnologias, que não são centrais para a ação
embora representem um instrumento que influencia nos processos sociais de mobilização que
já conhecíamos. A segunda ressalva diz respeito a “não-neutralidade dos recursos
tecnológicos”. Eles produzem, por si próprios, efeitos significativos nos movimentos sociais a
partir de suas lógicas de interação e algoritmos. Como o autor destaca,

“a agência de elementos não humanos, como as TICs, que, mesmo sem nenhuma
intencionalidade tal como encontrada entre atores humanos, operam sobre a realidade
e produzem efeitos (diretos ou indiretos) na configuração dos processos sociais”
(SILVA, 2014, p. 5).

1
Nenhuma dessas ressalvas, porém, tira o destaque assumido pelas TICs na mudança da
ação dos movimentos sociais. Esta nova dinâmica dos processos de mobilização foi
denominada por Bennett e Segerberg (2012) como “ação conectiva” (tradução do inglês
connective action). Sua principal característica seria a centralidade da ação dos indivíduos
inseridos em redes sociais mediadas pelas TICs, função antes atribuída às organizações
sociais e políticas da sociedade (SILVA, 2014). Para os autores, isso poderia gerar ações com
baixos níveis de coordenação social e altos níveis de personalização, traduzida numa
expressão política individualizada e que pode ser instantaneamente difundida pela internet.
Isso sugere, portanto, a existência de movimentos mais efêmeros e menos organizados nas
suas lutas por direitos. Em contrapartida, porém, ao diminuir a importância das fronteiras
ideológicas, espaciais e organizacionais, as TICs também trariam uma maior difusão das
mobilizações, que agora tem mais chances de engajar uma maioria de indivíduos que não
fazem parte de nenhuma rede associativa, além de conferir velocidade e dinamismo às
mobilizações sociais (BENNETT E SEGERBERG, 2012; SILVA, 2014).
Entender quais os limites dessas mudanças, portanto, ainda é um desafio. As tradicionais
lógicas de associação e mobilização estão sendo alteradas pelas interações mediadas por
tecnologia, mas é importante buscar bases empíricas para entender seu papel junto às
organizações sociais e políticas. Assim, o próxima subseção trabalhará o surgimento e a
atuação da Operação Serenata de Amor, iniciativa que desafia os antigos paradigmas da
participação social ao utilizar a tecnologia como seu principal instrumento na organização de
uma ação de advocacy junto ao Estado brasileiro.

3 O CASO DA OPERAÇÃO SERENATA DE AMOR

3.1 O QUE É A OPERAÇÃO SERENATA DE AMOR


A Operação Serenata de Amor é, de acordo com a sua página institucional, “um projeto
de tecnologia que usa inteligência artificial para auditar contas públicas e combater
corrupção” (OPERAÇÃO SERENATA DE AMOR, 2017b, online). Sua atuação é focada na
fiscalização dos reembolsos feitos pela União a partir da Cota para Exercício de Atividade
Parlamentar, valor destinado para o custeio da alimentação, do transporte, da hospedagem,
entre outras atribuições consideradas necessárias para o exercício do cargo de deputado. Seu
nome é inspirado no Caso Toblerone, quando uma parlamentar sueca renunciou seu cargo
depois de ter sido flagrada com uma barra de chocolate Toblerone na fatura do seu cartão de
crédito corporativo (OPERAÇÃO SERENATA DE AMOR, 2017a).
O projeto começou a partir da ideia de Irio Musskopf2, que tinha o anseio de utilizar
tecnologia para traduzir e divulgar de maneira organizada os dados que são disponibilizados
para o cumprimento da Lei de Acesso a Informação (LAI) (BRASIL, 2011; BRASIL, 2017).
Ao compartilhar a ideia com alguns amigos, uma equipe de 8 programadores se formou e, no
dia 7 de setembro de 2016, foi iniciada no Catarse3 uma campanha de financiamento coletivo

2
Ele utiliza como descrição do seu perfil no Twitter a expressão “hacker cívico” (tradução do inglês civic hacker),
além de ser engenheiro de software e matemático de formação. É possível encontrá-lo a partir do seu perfil no
Twitter, onde ele utiliza o nome de usuário “irio”, que corresponde ao link <https://twitter.com/irio>. Além de
liderar a Operação Serenata de Amor, Irio também é consultor da Data Science Brigade (MUSSKOPF, 2017).
3
A Catarse é uma plataforma de “financiamento coletivo”, expressão originada do inglês crowdfunding. Seu
trabalho é conhecido nacionalmente pela sua credibilidade e grande alcance na divulgação de projetos em todo o
país. Ela funciona a partir da cobrança de uma taxa de manutenção cobrada em cima do que é ganho pelas

2
cuja meta inicial era o custeio de 2 meses de trabalho (OPERAÇÃO SERENATA DE AMOR,
2017b). No final da campanha, o projeto já tinha arrecadado 20% a mais do que precisava,
totalizando mais de R$80.000,00. Assim, desde novembro de 2016, o projeto acontece
regularmente, realizando reuniões diárias entre a equipe responsável pela manutenção do
projeto e das denúncias encontradas pela Operação (OPERAÇÃO SERENATA DE AMOR,
2017b).
A Operação Serenata de Amor obtém seus dados a partir de dados públicos divulgados
pela Câmara dos Deputados, pela Receita Federal, pelo Portal de Transparência, entre outras
plataformas públicas que atendem às demandas da LAI. Fora isso, também são utilizados
dados públicos disponibilizados por empresas privadas como o Google, o Foursquare, o Yelp,
entre outros. Para a análise desse material, a Operação criou uma “robô” chamada Rosie. Ela
é um algoritmo codificado em Python4 que foi “programado para identificar usos ilegais da
verba pública” (OPERAÇÃO SERENATA DE AMOR, 2017a, online). Assim, ela julga cada
um dos reembolsos solicitados por deputados/as a partir de critérios criados com base na lei,
sinalizando quais movimentações podem ser consideradas ilegais e por quê (OPERAÇÃO
SERENATA DE AMOR, 2017a). O código executável que garante a ação da Rosie é livre
(open source), ou seja, é disponibilizado virtualmente para que outros programadores possam
copiá-lo, corrigi-lo e aprimorá-lo com o passar do tempo.

3.2 ENTREVISTA COM UM DOS COLABORADORES


Para entender melhor a atuação dos colaboradores da Operação Serenata de Amor,
busquei um dos atuais membros da equipe central de programadores. Encontrei o contato de
um deles através da sua conta no Twitter5 e, no mesmo dia, conversamos pelo Hangouts6 por
cerca de uma hora e optou por não ser identificado.

3.2.1 Trajetória
Quando criança, ele gostava de montar e desmontar os computadores que tinha em casa.
Ainda pequeno, diz ter começado a executar comandos em computadores com sistemas sem
ícones ou janelas visíveis, como o MS-DOS, tendo aprendido a programar como uma
brincadeira infantil. Quando adolescente, continuou interessado em computação e
programação, embora não cogitasse transformar isso em sua profissão ou ofício. Optou por
cursar graduação fora da área de TI, embora tenha usado seus conhecimentos em
programação “para pagar as contas” desde o período da faculdade. Nesse período,
interessou-se pela área que propõe-se a entender o mercado a partir da compreensão do seu
usuário final, momento em que passou a se interessar por História, Psicologia e, finalmente,
Sociologia. Assim, cursou mestrado em Sociologia e hoje é doutorando na mesma disciplina
em uma universidade fora do Brasil. Sua rotina de trabalho junto à equipe baseia-se em
reuniões diárias, que são feitas pela internet entre todos os membros da equipe, que atuam na

campanhas criadas no site, que podem ser criadas por qualquer pessoa, empresa, coletivo, ONG. Seu código é
aberto e disponibilizado online para consulta, reprodução e aprimoramentos (CATARSE, 2017).
4
Linguagem de programação utilizada por muitas bibliotecas de análise de dados e aprendizagem de máquina
(machine learning).
5
O Twitter <https://twitter.com/> é uma rede social e uma fonte de notícias onde usuários podem interagir entre si
e com outras organizações a partir de mensagens diretas ou postagens públicas, conhecidas como “tweets”, que
podem conter até 280 caracteres (exceto em japonês, coreano e chinês, quando o limite é de 140 caracteres).
6
Serviço de chamadas de áudio e vídeo online que pertence a plataforma Google Inc..

3
correção e aprimoramento do código da Rosie a partir de suas próprias análises e das
colaborações de programadores externos à equipe que de alguma forma sugeriram alterações.

3.2.2 Crenças
Hoje, ele se descreve como “alguém que usa a tecnologia como uma voz política” ou
ainda como um “jeito de agir na sociedade de acordo com suas crenças e visão de mundo”.
Esse anseio se traduz na sua atuação na Operação Serenata de Amor, já que as denúncias
feitas pelo seu algoritmo são não apenas difundidas para a sua rede de seguidores do projeto
como também são encaminhadas ao sistema de justiça brasileiro. Ainda assim, quando
questionado, meu entrevistado não se considera um militante. Para ele, a ação em coletivos
e/ou organizações políticas formais não concorda com a preservação dos seus princípios de
individualidade, já que muito provavelmente isso significaria ser representado por ações e
decisões com as quais ele não necessariamente concorda ou apoia. Sua busca é pelo
empoderamento das pessoas, individuais, em detrimento do empoderamento dos coletivos,
para que pessoas sejam mais priorizadas do que as suas associações. Isso não significa, porém,
que ele não concorde com a mobilização através da formação de associações, já que considera
essa uma maneira legítima de incidir sobre a sociedade - embora essa não seja a forma como
ele optou por atuar socialmente.
Essa ideia concorda com Silveira (2010), que afirma que “um verdadeiro hacker não é
uma pessoa de grupos” além de recomendar, fazendo coro às palavras de Galloway (2004, p.
160 apud Silveira, 2010), “trabalhadores do mundo, dispersem-se”. Para ele, o
desenvolvimento de softwares de código aberto incentiva a emancipação individual a partir da
busca por conhecimento, sendo essa a principal premissa para um mundo mais livre (Silveira,
2010). Esse fenômeno, embora hiperindividualizado, produz de maneira colaborativa projetos
como a Operação Serenata de Amor, já que problemas e soluções são compartilhados entre
toda a comunidade. É dessa forma que o ativismo hacker busca produzir sua autonomia:
permitindo que cada um busque conhecimento para si mesmo, realizando uma ação de
resistência que depende da autoformação de indivíduos autônomos e colaborativos. Isso
constitui redes que assim como nascem, somem, dependendo das suas motivações. “Ninguém
pode ser autônomo em uma rede lógica se não sabe quem está no controle e o que estão
fazendo com o seu computador” (Silveira, 2010, p. 38).

3.2.3 Papel das TICs no engajamento militante


Meu entrevistado acredita que o principal papel das TICs nas novas formas de interação
militante é o da aproximação de minorias. Para ele, a internet conecta pessoas que antes não
faziam parte de nenhuma rede associativa, dando voz para as mais variadas causas e
militâncias. Paradoxalmente, porém, essas mesmas redes fazem com que os indivíduos se
isolem em redes que representam apenas seus interesses e anseios, já que a ação não-humana
desses algoritmos força interações a partir de tendências positivas de relações prévias. Isso
significa que, embora estejamos virtualmente conectados a muitos, só interagimos e temos
acesso às informações de um grupo reduzido de indivíduos que passam a representar uma
falsa totalidade e homogeneidade. Essa percepção concorda com o alerta sobre a
não-neutralidade dos recursos tecnológicos, como desenvolvida por Silva (2014). Os
principais riscos disso se relacionam às falsas impressões que isso causa à indivíduos e

4
minorias, que podem interpretar seu feed como uma representação válida do todo,
supervalorizando suas próprias causas e superrepresentando seus números.
Este isolamento, que dificulta a criação de novas interações, é um problema novo
causado pela mediação das TICs nas interações sociais. Sua solução, porém, é dada de
maneira tradicional, a partir da utilização de recursos financeiros. Para meu entrevistado, o
dinheiro que antes era gasto na impressão de panfletos e jornais, hoje é investido em
publicações que são priorizadas pelos algoritmos das redes sociais da internet, que agem na
busca pelos mesmos objetivos de sempre, o engajamento. Para ele, “os novos desafios não são
tão novos assim”, já que a natureza humana do engajamento permanece a mesma.
Para ele, a busca pela inserção em bolhas de poder continua sendo uma estratégia válida
para a divulgação de causas que são movimentadas pela tecnologia. Nesse processo, ele
destaca o papel muito consolidado dos veículos de mídia tradicional, como a televisão, as
revistas e jornais, especialmente centralizados no poder da Rede Globo, no caso brasileiro. A
Operação Serenata de Amor tinha 25 mil seguidores na sua página no Facebook até aparecer,
por cerca de 10 minutos, em uma reportagem no Fantástico - programa da Rede Globo que há
décadas forma opinião das famílias brasileiras durante o domingo a noite. No dia seguinte,
esse número tinha dobrado, totalizando 50 mil seguidores. Essa história, curta e simples, torna
claro que o papel das TICs para o engajamento é determinante, mas ainda se insere em uma
arena onde outros atores igual ou mais poderosos também estão presentes, havendo fortes
interações entre os antigos dilemas e suas novas possibilidades, trazidas pelas TICs através de
recursos como os eventos no Facebook, o financiamento coletivo, as hashtags, entre outros
tantos.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa que realizei para esse trabalho deixa claro para mim que as TICs mudam as
formas de atuação das organizações e dos militantes. Sua velocidade e personalização
proporcionam a um número maior de indivíduos a associação a movimentos e o acesso a
informação, o que empodera muito especialmente àqueles que antes eram solitários nas suas
causas. Ainda assim, a falsa percepção de que todos estamos conectados pela internet pode
acabar gerando, paradoxalmente, um isolamento cada vez mais difícil de ser quebrado pela
ação de indivíduos não organizados. Isso fortalece, cada vez mais, o controle de grandes redes
proprietárias sobre a opinião, as interações e as intenções de muitas pessoas, ação que já
conhecemos a partir das nossas experiências com os veículos tradicionais de mídia.
Dito isso, acredito que as TICs tenham alterado muito pouco os dilemas e desafios
vividos pelos movimentos sociais. Recrutar, sustentar, decidir, envolver outros atores, ganhar
e perder (JASPER, 2016) continuam sendo questões chave para os movimentos sociais, e os
problemas e soluções que foram enfrentados até hoje continuam sendo válidos para a
compreensão do engajamento na era da tecnologia. Acredito que a principal influência das
TICs hoje se reflita em alterações nos pesos e nas medidas que devemos utilizar para entender
o papel das organizações nesses processos, mas nada pode ser descartado. A internet vem
como um instrumento poderoso, com características e poderes específicos, mas não
necessariamente inviabiliza os métodos e as teorias anteriores a sua existência para que
possamos compreender e fazer parte dos movimentos sociais da nossa atualidade.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. CASA CIVIL. SUBCHEFIA PARA
ASSUNTOS JURÍDICOS. 12.527. Lei de Acesso à Informação (LAI). 18 nov. 2011.
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GALLOWAY, Alexander. Protocol: how control exists after decentralization. Cambridge:
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MELUCCI, Alberto. A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades
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RODRÍGUEZ, Israel G.. El activismo informacional y la política en red. Educació Social,
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SILVA, Marcelo Kunrath. #vemprarua: o ciclo de protestos de 2013 como expressão de um
novo padrão de mobilização contestatória? In: CATTANI, Antonio David (Ed.). #protestos:
análises das ciências sociais. São Paulo: Tomo Editorial, 2014.
SILVEIRA, Sérgio Amadeu Da. Ciberativismo, cultura e o individualismo colaborativo.
Revista USP, São Paulo, p. 28–39, 2010.

6 ANEXOS

6.1 ROTEIRO SEMIESTRUTURADO DA ENTREVISTA

6.2 TERMO DE CONSENTIMENTO DO ENTREVISTADO

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