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HUTCHEON, Linda. Metaficção historiográfica: “o passatempo do tempo passado”.

In:
______. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

 Contestação da separação entre o literário e o histórico.


 História e ficção como construtos linguísticos e igualmente intertextuais.
 Confiança abalada nas epistemologias empiricista e positivista.
 “A metaficção historiográfica, por exemplo, mantém a distinção de sua auto
representação formal e de seu contexto histórico, e ao fazê-lo problematiza a própria
possibilidade de conhecimento histórico, porque aí não existe conciliação, não existe
dialética” (p. 142).
 “[...] [A] obra não é criada, mas simplesmente existe” (p. 143, grifo da autora).
 Relação da escrita da “estória” e da “história” com a “verdade” e a exclusão.
 Obsessão pelo vínculo entre as estórias (e as histórias) “fictícias” e as “mentirosas”.
 “[...] a metaficção historiográfica procura desmarginalizar o literário por meio do
confronto com o histórico, e o faz tanto em termos temáticos como formais” (p. 145).
 “A metaficção historiográfica sugere que verdade e falsidade podem não ser mesmo os
termos corretos para discutir a ficção, mas não pelas razões que acabaram de ser
apresentadas” (p. 146).
 verdades no plural, e jamais uma só Verdade; e raramente existe a falsidade per se, apenas
as verdades alheias.
 “[...] reescrever ou reapresentar o passado na ficção e na história é – em ambos os casos
– revela-lo ao presente, impedi-lo de ser conclusivo e teleológico” (p. 147).
 “Não é só o romance, mas também a história que está ‘visivelmente entre e no meio’” (p.
149).
 Ficção e história como sistemas culturais de signos.
 “[...] a história é uma ficção em que vivemos e esperamos sobreviver, e a ficção é uma
espécie de história especulativa” (p. 149).
 Metaficção historiográfica como maneira de narrar o passado.
 A diferença entre a ficção pós-moderna e o romance histórico.
 O romance não-ficcional.
 O romance pós-moderno em relação à interação da historiografia e da ficção:
subjetividade, intertextualidade, referência, ideologia.
 “É a narrativa que traduz o saber em termos de expressão, e é exatamente essa tradução
que constitui obsessão para a ficção pós-moderna” (p. 160).
WAUGH, Patricia. Metafiction: the theory and practice of self-conscious fiction. London,
New York: Routledge, 1984.

 Uma teoria da ficção através da prática da ficção escrita.


 A metáfora do mundo como um livro.
 A linguagem enquanto um sistema independente e autônomo.
 Na ficção literária, de fato, é possível apenas" representar "os discursos desse mundo.
 Metaficção e a tradição do romance.
 Vale a pena estudar essa forma de ficção, não apenas por sua emergência
contemporâneo, mas também pelas ideias que oferece sobre a natureza
representacional de toda ficção e a história literária do romance como gênero. Ao
estudar a metaficção, na verdade, estamos estudando o que dá ao romance sua
identidade.
 A escrita metaficcional contemporânea é uma resposta e uma contribuição para uma
sensação ainda mais profunda de que a realidade ou a história são provisórias.
 A experiência do mundo como uma construção, um artifício, uma rede de sistemas
semióticos independentes.
 A metaficção abrange uma grande variedade de ficções, as quais estão: romances em
que a ficcionalidade é o tema a ser explorado; textos que manifestam os sintomas de
insegurança formal e ontológica, mas permitem que suas desconstruções sejam
finalmente recontextualizadas ou 'naturalizadas' e com total interpretação; e aquelas
funções que, ao rejeitarem o realismo mais profundamente, colocam o mundo como
uma fabricação de sistemas semióticos concorrentes que nunca correspondem a
condições materiais.
 Metaficção e o pós-modernismo.
 Os frames e a quebra dos frames pela metaficção.
 Os jogos da metaficção.
 A realidade como construção.

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