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Ciências Humanas
Cultura, identidade e território
1º ano/4º bimestre
1º ano/4º bimestre
Orientação para planos de aulas
(OPA)
Uma parceria entre a
SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna
Ciências Humanas
]
Cultura, identidade e território
Introdução p. 03
p. 05
Sumário
Filosofia p. 06
Geografia p. 22
História p. 30
Sociologia p. 41
Metodologias
Integradoras Presença pedagógica, aprendizagem colaborativa, problematização e formação de
comuns à leitores e produtores de textos na perspectiva dos multiletramentos.
área
Filosofia
“Infinitos espíritos encontram-se arruinados pelas próprias forças e flexibilidade”.
Montaigne
Neste bojo, os novos movimentos sociais, constituídos de uma estrutura sem hierarquia,
buscam criar uma nova versão de democracia, direta e equânime. Porém, o cenário da luta
pelo poder continua sendo o Estado nacional, sobretudo nas crises contemporâneas que
forçam os Estados nacionais a impor medidas de austeridade em prejuízo dos direitos sociais.
Torna-se necessário, cada vez mais, nos posicionarmos. Mas como fazer isso com
conhecimento e responsabilidade num mundo onde todos emitem opiniões que, ao
espremermos, são meras reproduções de discursos sem reflexões? Concordamos com as
limitações do pensamento ocidental na constituição de um processo civilizatório, contudo,
vamos revisitar os clássicos para nos desfazermos da mediocridade dos destinos sombrios
num mundo de invenções maravilhosamente vazias.
Resumo: O percurso esta planejado para 12 aulas com atividades diversas. Aula de
retomada, aula expositiva, aula dialogada, leitura de texto mediada pelo professor, leitura de
vídeo, trabalhos em duplas, trabalhos em times e debates mediados em sala. O objetivo é
problematizar a ideia de verdade e a construção da teoria do conhecimento. Vamos fazer uma
breve viagem por alguns marcos do pensamento filosófico ocidental, discutindo os conceitos
de Doxa e Episteme. As aulas não preenchem todos os tempos do componente curricular,
pois consideramos a diversidade das turmas e, portanto, espaços para que o professor possa
exercitar sua autonomia e propor atividades e/ou avaliações.
Planejar as atividades; aula dialogada - estimular a reflexão dos alunos por meio de perguntas,
paciência e elaboração de perguntas que conduza a reflexão desejada.
Desenvolvimento
2. Reserve os cinco minutos finais da aula para fazer encaminhamentos, recolha a ficha (ou o
caderno), lembrando-se de que ela pode ser usada como parte da recuperação ou oferecer
um panorama mais geral sobre a aprendizagem dos jovens. Assim, não é necessário recolher
o material de todos os estudantes.
Desenvolvimento
3. Depois, faça uma rápida fala dizendo que iniciaremos o bimestre na área identificando o
conhecimento prévio acerca das palavras que formam o tema do bimestre: O público e o
privado: direitos e privilégios em diferentes tempos. Também peça aos estudantes que
relatem o que entendem sobre o tema, identificando o repertório deles acerca desse assunto.
Essa é uma maneira de fazer o diagnóstico do repertório dos estudantes, pois podemos
identificar tanto o vocabulário quanto as referências de conceitos fundamentais na área. É
provável que eles apresentem diferenças de conceituação, e você pode aproveitar para fazer
o registro dessas referências, com vistas a estabelecer critérios de avaliação e planejamento.
Imagem 1
Disponível em: bit.ly/protesto-1 Acesso: 22/05/2017
Imagem 2
Disponível em bit.ly/protesto2 Acesso: 22/05/2017
Imagem 3
Disponível em bit.ly/protesto3 Acesso: 22/05/2017
6. Como forma de desenvolver a aula e atribuir significado à leitura das imagens, proponha um
desafio aos estudantes com as seguintes perguntas: Vocês conhecem a expressão popular
“as aparências enganam”? O que ela quer dizer? Em qual contexto é utilizada? Você já ouviu
ou utilizou essa expressão? O que é ter uma opinião? Quando emite uma opinião, você se
baseia em quê? Qual a origem e o significado da palavra opinião? O que é hipótese?
Professor(a), solicite que alguns estudantes socializem o que responderam nas questões
acima. Problematize a pesquisa no dicionário e o significado do termo “devir”, como ele se
aplica no nosso cotidiano. Encaminhe a próxima etapa da atividade, dessa vem em duplas,
orientado os estudantes a refletirem sobre a relação do conteúdo com o cotidiano. Ajude – os,
se necessário, retomando os exemplos trabalhados na Ficha 02.
Oriente a realizarem a atividade em dupla:
a) Segundo o texto acima, a “opinião” está relacionada à ideia de mudança, de inconstância,
enquanto o “intelecto” está ligado ao que permanece e, nesse sentido, ao que é verdade.
Procure justificar essa ideia com algum exemplo atual do seu cotidiano.
Professor(a), solicite que algumas duplas socializem o que responderam e os exemplos do
cotidiano, depois de problematizar e comparar os exemplos convide outras duplas para falar
sobre a diferença entre doxa e episteme.
b) Professor(a), estabeleça a diferença entre doxa e episteme. Se necessário, escreva no
quadro, circule a palavras (doxa e episteme), faça as perguntas intercalando-as com as
respostas dos estudantes e problematizando, de maneira que compreendam a diferença entre
emitir opinião e argumentar com base em fatos e fundamentos.
8. Após a atividade em dupla, aprofunde, com os estudantes, os conceitos por meio de um texto.
Distribua a Ficha 4 do Caderno do Estudante e leia com os estudantes o fragmento do texto,
mediando a interpretação e compreensão do texto.
A metáfora utilizada para explicar onde a doxa reside é um ótimo exemplo para que os
estudantes consigam abstrair e entender, mas perceba que este texto exige concentração
e muito estudantes terão dificuldades, então não tenha pressa.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à
Filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1997.
Leia mais sobre o assunto no texto “Platão e a Distinção entre o Mundo Sensível e o
Mundo das Ideias”.
Aproveite este trecho para relacionar com o que já foi estudado e problematizado nas
Fichas 2 e 3, inclusive as imagens.
Aqui está o coração do texto, onde o estudante pode fazer conexões e estabelecer
relações, por isso é fundamental permanecer bastante tempo neste trecho até que todos
entendam. Peça para alguns estudantes citarem exemplos que, por analogia, são da
mesma natureza dos citados no texto. Professor(a), lembre-se do objetivo da área e
destaque esta última frase sobre a desconfiança da episteme.
Aula dialogada, estimular a reflexão dos alunos por meio de perguntas, paciência e
elaboração de perguntas que conduza a reflexão desejada.
Desenvolvimento
11. Após encerrar a atividade da Ficha 5, introduza a próxima atividade, explique que será exibido
um vídeo de 16 minutos.
12. Exiba o vídeo “Teoria do Conhecimento - uma introdução”. Disponível em:
bit.ly/teoria_conhecimento Acesso: 22/05/2017
Antes de exibir, solicite que os estudantes se preparem para realizar registros a partir das
seguintes questões:
Quais as compreensões dos filósofos sobre como conhecemos as coisas? Identifique
cada um dos filósofos e seus pensamentos.
Como Sócrates propõem alcançar a essência da verdade?
Como Platão e Aristóteles pensam o conhecimento?
13. Peça que as duplas socializem o que registraram. Circule a palavra, problematize as respostas
e, para organizar o pensamento dos estudantes, faça um esquema e/ou uma linha do tempo
com os filósofos e suas ideias. Para isso, é fundamental estudar e montar o esquema antes
da aula.
14. Após a atividade de analise do vídeo, convide os estudantes a analisarem as questões do
ENEM.
15. Trabalhando a questão 14 do ENEM 2014:
Para mediar a resolução da atividade com a turma, sugerimos a explicação presente no site
ResumoV, que pode ser acessada no link a seguir: https://bit.ly/resolucao1 (Acesso:
22/05/2017)
Resolução:
(B) Veja mais de perto o gesto de Platão apontando para cima. Vamos entender o sistema
filosófico proposto por ele para entender a temática da linguagem corporal. Platão
estabeleceu, em seu sistema filosófico, a existência de dois mundos: Mundo das ideias, das
essências, inteligível, que o homem atinge pela reflexão e dialética;
Resolução e mediação:
RESPOSTA CORRETA: D
Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não”
A. Proponha aos estudantes uma discussão sobre “preconceito” como estudo de caso para
diferenciar Doxa e episteme:
Levante a pergunta “O que é preconceito?" e estimule que os estudantes respondam.
Faça a seguinte pergunta: “O que vocês estavam falando é a opinião de vocês ou que
existe de cientifico? ”
C. Após a pesquisa, abra o debate na sala e peça para que as duplas exponham a sua
reflexão, problematize, pergunte a outros estudantes o que entenderam da exposição dos
colegas. Faça isso em, no mínimo, duas aulas e atribua nota, se achar necessário.
Professor(a), não se esqueça de fazer uma pauta de correção para as avaliações e, o mais
importante, de apresentar aos estudantes na orientação das atividades. Para isso, o
planejamento do bimestre é essencial.
Solicite que a turma avalie o percurso do bimestre. Para isso, elabore algumas perguntas para
avaliar o método, os recursos, o tempo e as explicações, a participação da turma e outros
quesitos que considerar importante. Por exemplo:
Como vocês avaliam o método utilizado nas aulas (pesquisa, debates e exemplo)?
Os recursos utilizados (charge, texto, vídeo) facilitaram a aprendizagem? Argumente.
O tempo das atividades foi adequado? Argumente.
As explicações do professor contribuíram para sua aprendizagem? Argumente.
A participação da turma favoreceu a aprendizagem?
1ª e 2ª aulas
1. Como procedimento comum da área, começamos o estudo de algum tema ativando o
conhecimento prévio da turma para, sem seguida, apresentar o que será aprendido nas
próximas aulas.
Professor(a), se, de acordo com o seu planejamento, esta for a primeira atividade do
bimestre, inicie a aula apresentando o Plano de Estudos aos seus alunos. Elucide quais
são as expectativas de aprendizagem do bimestre e conte sobre os instrumentos de
avaliação previstos.
2. Converse com a turma sobre os problemas ambientais dos quais eles já ouviram falar. Mais
importante que criar uma lista com todos os problemas citados é buscar entender, ainda que
de forma introdutória, o que eles têm em comum e quais as suas possíveis causas.
3. Distribua a Ficha 7 do Caderno do Estudante para os alunos e solicite que eles leiam o texto
no horário dos Estudos Orientados para a próxima aula. Eles devem trazer suas dúvidas e
responder às seguintes questões:
3ª e 4ª aulas
Professor(a), utilize a atividade da “pegada ecológica” como convite para que os alunos
a realizem em casa, junto aos pais e familiares. Essa pode ser uma boa ferramenta
para que eles estudem e conversem juntos sobre o tema e, sobretudo, sobre como eles
podem atuar frente aos problemas ambientais estudados em sala.
5ª e 6ª aulas
Atividade 2
O desenvolvimento sustentável e as
Conferências Internacionais em defesa do
meio ambiente
A partir da leitura de textos e discussões em sala, é apresentado o
conceito de desenvolvimento sustentável e o modo como os países têm
Resumo
procurado se organizar para pensar soluções aos problemas ambientais
globais.
Compreender os desafios do desenvolvimento sustentável no século
XXI.
Objetivos
Analisar a importância das conferências sobre o meio ambiente na
orientação das políticas públicas em diferentes países.
Organização da
Em fileiras
turma
Texto “Desenvolvimento sustentável: entenda esse conceito” (Ficha
Recursos e
9 do Caderno do Estudante)
providências
Ficha 10 do Caderno do Estudante.
1ª e 2ª aulas
1. Apresente o conceito de desenvolvimento sustentável à classe. Até o momento, discutimos
os impactos ambientais do atual modelo de desenvolvimento e fizemos algumas críticas ao
consumo e à produção em larga escala. Agora, a ideia é começar a descobrir as soluções
para os problemas. As soluções podem ocorrer tanto devido a ações individuais (redução de
consumo, reciclagem, mudança de modo de vida, consciência ambiental...), quanto nas
articulações globais em defesa do meio ambiente (conferências, acordos, tratados,
protocolos...).
3ª e 4ª aulas
1. Entregue o “roteiro para escrita do texto-síntese” (Ficha 10 do Caderno do Estudante). Leia
com a turma as orientações para a produção do texto. Utilize o tempo restante da aula para
solicitar que os alunos iniciem a produção de sua primeira versão. Não se esqueça de agendar
a data para entrega do texto e solicite que eles façam o texto no horário dos Estudos
Orientados.
Atividade 3
“Jornal do Futuro”: o meio ambiente no ano de
2217
Trabalho em times com o objetivo de idealizar e elaborar a primeira página
Resumo
de um jornal imaginário dos anos 2217.
Projetar um cenário futuro a partir de elementos do presente.
Trabalhar em times na elaboração de um produto único.
Objetivos
Reconhecer a importância das ações presentes para a garantia dos
recursos naturais às próximas gerações.
Organização da Os alunos estarão reunidos em grupos de modo que o professor possa
turma circular por entre os times e acompanhar o trabalho.
Agende o uso da sala de informática para a produção do Jornal. Um bom recurso a ser utilizado
na elaboração deste trabalho é o programa “Publisher”. Confira se os computadores da escola
possuem este programa e faça os ajustes necessários para ajudar os alunos na produção do
jornal. Caso isso não seja possível, cuide para que o Jornal seja feito manualmente. Para isso,
providencie papel kraft, canetinhas e outros materiais para serem utilizados pelos alunos na
confecção dos periódicos imaginados (como revistas e jornais antigos, tesouras, colas, etc.).
Desenvolvimento
1. Organize a sala de acordo com os times pré-organizados por você e distribua o roteiro do
trabalho (Ficha 11 do Caderno do Estudante). Leia com a turma a proposta e tire as dúvidas
antes deles começarem a realizar a atividade.
A ideia de se projetar uma situação no futuro vai muito além de um exercício de imaginação
livre. A proposta é que os estudantes possam articular os conceitos aprendidos no decorrer
do bimestre e se posicionar frente a eles, projetando uma situação futura na qual, dependendo
da ação dos sujeitos sociais e das decisões tomadas no presente, pode se revelar um cenário
otimista ou pessimista no que diz respeito à conservação dos recursos naturais.
Por outro lado, um exercício de se projetar uma situação para daqui a 200 anos permite que
os alunos possam criar e inventar situações (até mesmo as mais inusitadas). Eles podem, por
exemplo, “inventar” uma nova conferência para o meio ambiente, que tenha ocorrido no ano
de 2100 e que tenha definido novos rumos para a relação entre os seres humanos e o meio
ambiente. Oriente os grupos a acharem esta equação entre a criatividade, de um lado, e o
rigor com os conceitos e com os fatos já estudados, de outro.
2. É interessante expor as produções finais, sejam elas impressas ou digitais. Conversar com a
turma sobre os diferentes cenários projetados por eles pode revelar interessantes conclusões
sobre a percepção desta geração em relação à nossa relação ao futuro do meio ambiente.
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Estabeleça um ritual de abertura dos encontros e coloque no quadro-negro o tema do
bimestre: Cultura, identidade e território: um diálogo integrador no contexto da expansão
marítima europeia.
Professor (a), inicie o bimestre de forma planejada e transparente, partilhando com a turma
os assuntos que serão abordados, a forma de avaliação, os combinados em relação às
dinâmicas das aulas, as regras para atrasos, uso de celulares e demais detalhes que
permeiam o universo das aulas. Colocar no quadro a data, o tema da aula, circular pela
classe e verificar os registros deve ser parte da sua rotina e servir como um facilitador para
a organização do estudante.
IDENTIDADE TERENA
Durante muito tempo na minha vida, eu comecei a ter vergonha de mim mesmo, de minha
origem, das minhas tradições, do meu povo, até mesmo de meus pais. Mas depois eu
aprendi que sem eles eu nunca seria nada, eu nunca seria um branco, vamos dizer assim...
um branco no sentido de pessoa da cidade, porque eu nasci índio Terena, e também
morrerei um Terena. Então, com esses princípios, eu procurei trabalhar minha formação de
código indígena. Ao mesmo tempo, eu procurei mostrar para a sociedade envolvente que
o fato, por exemplo, de não estar com a orelha furada, de não estar usando o beiço de pau,
de não estar usando cabelo comprido, não significava que eu tinha deixado de ser índio,
mas, sim, que as características de meu povo eram um princípio próprio de meu povo, e
que não me identifica na minha pessoa aquela generalização de ser índio, uma coisa que
na verdade não existe. Então eu peço que os educadores, eles contribuam com a formação
do respeito mútuo desde as crianças. [...]
TERENA, Marcos. Identidade Terena em contextos pluriculturais. In: GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de
(Org.). Diversidade, cultura e educação: olhares cruzados. São Paulo: Biruta, 2003. p. 84.
9. Encerre o encontro solicitando uma pesquisa nas aulas de Estudos Orientados acerca dos
protestos e reivindicações envolvendo os indígenas na atualidade. Temas como a
construção de grandes obras, como a hidrelétrica de Belo Monte, ou os conflitos por terra
no centro oeste do país, são atuais e dispõem de uma serie de informações em revistas,
jornais, sites etc.
Atividade 2
Descobridores ou invasores?
Contextualização e problematização do processo de colonização
Resumo europeia e de seus desdobramentos sociais e econômicos na
atualidade.
Problematizar e identificar as heranças coloniais na formação do povo
Objetivos brasileiro, seus impactos sociais e econômicos e as versões sobre o
processo.
Organização da
Em duplas
turma
Recursos e Ficha 14 do Caderno do Estudante.
providências Computador, projetor e caixas de som.
Desenvolvimento
1. Após o ritual de abertura de aula (pauta, data, assunto, etc.), utilize os primeiros minutos para
uma breve retomada da aula anterior. Escolha dois ou três alunos para comentarem suas
dúvidas e aprendizados. Essa dinâmica é importante para iniciar os encontros e mobilizá-los
para a aula.
2. Faça a pergunta geradora da atividade: O Brasil e o continente americano foram conquistados
ou invadidos pelos europeus? Escute algumas observações da turma e, em seguida, projete
a imagem disponível em bit.ly/dia-descobrimento (Acesso:11/04/2017).
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
Professor (a), uma boa leitura e interpretação das imagens são preponderantes, pois marca
o ritmo da ação e caracteriza a leitura do autor sobre o tema abordado. Tudo é expressão
da intencionalidade do autor. Chame a atenção dos alunos para esses detalhes.
Atividade 4
Exploração e resistência
Apresentar e diferenciar os modelos de colônia de exploração e de
Resumo povoamento. Identificar os instrumentos de controle do trabalho e a
resistência neste processo.
Identificar o modelo de exploração colonial, as relações de trabalho
Objetivos impostas pelo colonizador, a resistência ao processo de escravização
e a herança deste período na América Latina.
Em duplas
Organização da turma
1ª, 2ª e 3ª aulas
1. Faça a abertura da aula, organize o espaço para a atividade conferindo o material necessário
e inicie com o tema das aulas e a exibição do vídeo “A Colonização Espanhola e Inglesa na
América” (disponível em: bit.ly/colonização-esp-ing. Acesso em: 11/04/2017). Aproveite para
registrar palavras-chave destacadas no vídeo e circule pelo espaço de sala de aula verificando
os registros.
2. Em seguida, monte, com a turma, um mapa de palavras referentes ao processo de
colonização Espanhola e Inglesa nas colônias da América. Busque destacar a organização
social complexa existente entre os impérios Pré-colombianos, assim como a permanência de
questões econômicas e sociais oriundas deste processo.
3. Após produzirem, em grupo, um mapa de palavra com as principais informações levantadas
pelo vídeo aula, organize a sala em duplas e peça que os jovens leiam o fragmento de texto
de Eduardo Galeano presente na Ficha 17 do Caderno do Estudante. Faça uma leitura
mediada com o grupo. Neste momento, contextualize obra e autor, explique termos
desconhecidos, circule a palavra pelo grupo durante a leitura, e verifique os registros dos
estudantes.
4. Após leitura mediada com pausas para destaques e esclarecimento de dúvidas, faça uma
breve síntese do tema usando termos chave como: exploração, sistema colonial, relações de
trabalho, colônia de exploração e de povoamento, sistema mercantil, e verifique as dúvidas e
relações estabelecidas pela turma.
5. Encerre o encontro apresentando a questão do ENEM de 2012 (abaixo) e, com o grupo,
resolvam e identifiquem a melhor alternativa (E), sempre fundamentando e entendendo as
alternativas erradas.
(ENEM 2012)
“Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de
Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na
Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem
mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade”.
Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e
a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
Recursos e
providências Ficha 18 do Caderno do Estudante.
Duração Prevista
2 aulas
Para a sua mediação e presença pedagógica:
Explicite aos alunos todas as instruções que contextualizam a atividade: o percurso de estudo
envolvido (conceitos, assuntos, discussões e referências estudadas), o que será avaliado,
critérios de avaliação, peso na composição da nota, regras para consulta, tempo e material
necessário.
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Elabore, de acordo com o modelo das Ciências Humanas, uma breve introdução que ajude o
estudante a se localizar, permitindo uma mobilização maior para o trabalho. Valorizar os
registros, permitindo sua consulta em um momento de avaliação, é uma excelente forma de
avaliar de forma processual o aprendizado.
2. Comunique aos estudantes que eles deverão ler a reportagem da Ficha 18 do Caderno do
Estudante com atenção, grifando as principais informações. Em seguida, farão um texto
dialogando com a reportagem e com os conceitos de memória, racismo, resistência e
estereótipos, no formato dissertativo sobre o que leram. Oriente que um texto dissertativo
deve conter:
a) Introdução: um parágrafo que contextualize o leitor e apresente o raciocínio que o autor
pretende desenvolver.
b) Desenvolvimento: onde o estudante deve apresentar suas referências e argumentos
problematizados ao longo das aulas. (Máximo 2 parágrafos)
c) Conclusão: um paragrafo que conclua os argumentos e retome a introdução.
Abertura para o
Colaboração Comunicação Pensamento crítico
novo
Disposição para Capacidade de Capacidade de
Capacidade de
novas experiências compreender e fazer- analisar ideias e
atuar em sinergia e
estéticas, culturais e se compreender em fatos em
responsabilidade
intelectuais; atitude situações diversas, profundidade,
compartilhada,
curiosa, inventiva e respeitando os investigando os
respeitando
valores e atitudes dos elementos que os
Para dar continuidade ao eixo Cultura, identidade e território e desenvolver o tema do bimestre
O público e o privado: direitos e privilégios em diferentes tempos, o componente curricular
Sociologia propõe retomar o assunto estudado no bimestre passado (gênero e identidades)
por meio de mapa de palavras. Para ampliar o tema é desenvolvido o estudo das cotas de
políticas raciais, tema debatido pela sociedade brasileira de forma bastante polêmica. O
bimestre é concluído com uma discussão sobre a relação entre a desigualdade e a
discriminação racial e de gênero.
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Após a abertura da aula, retome a discussão da atividade sobre identidades e gêneros e os
conceitos desenvolvidos no bimestre anterior. Elabore um mapa de palavras para retomar os
conceitos-chave da atividade. Esse é o momento de rever os conceitos que não ficaram claros
para os estudantes.
Atividade 2
Introdução de políticas afirmativas:
cotas de políticas raciais
Debate sobre as cotas de políticas raciais no qual os estudantes
Resumo expressam seus conhecimentos prévios e posições sobre o tema.
Recursos e
Ficha 19 do Caderno do Estudante
providências
1ª e 2ª aulas
1. Após a abertura da aula, devolva aos estudantes o mapa de palavras com suas interferências.
Por exemplo: houve coerência na justificativa da relação da palavra-chave com as demais
palavras? Faça um breve comentário retomando a proposta e o que você considera um bom
trabalho.
3ª e 4ª aulas
1. Após a abertura da aula, explique à turma que será feito um debate e que, para isso, eles
devem se dividir em três grandes times: os que são a favor, os que são contra e os que são
a favor ou contra as cotas raciais, mas com algumas restrições.
2. Organize com eles o debate. Recomendamos que você faça uma proposta inicial de como
será a “dinâmica” da atividade e que, ao apresentá-la aos jovens, sejam feitas adaptações de
acordo com as sugestões apresentadas por eles. Para planejar o momento do debate, é
preciso:
Estipular o tempo de duração total do debate.
Estipular como será a dinâmica do debate (você pode, por exemplo, propor algumas
questões a respeito das quais os times terão que se posicionar).
Professor(a), é importante que os estudantes passem por várias etapas de discussão: oral
entre os colegas, depois em grupos pequenos e, em seguida, com o grupo classe. Nessa
sequência, eles terão a oportunidade de refletir sobre suas colocações iniciais.
ROTEIRO
Introdução
Apresentar o assunto abordado.
Situar o leitor no debate ocorrido pelo grupo classe.
Apresentar as questões propostas – a favor, em termos ou contra as cotas.
Desenvolvimento
Explicar as fundamentações das diferentes posições.
Descrever o debate (como foi organizado e como ocorreu).
Conclusões
Apresentar as posições mais fundamentadas, os aspectos mais relevantes e as conclusões
tiradas da escrita desse relatório.
Desenvolvimento
1ª e 2ª aulas
1. Após a abertura da aula, solicite a um estudante que leia o relatório a respeito do debate sobre
cotas raciais. Em seguida, abra a discussão para o grupo classe, para complementar,
estabelecer considerações ou dúvidas. Intervenha sempre que for necessário.
2. Para que os estudantes possam ampliar a discussão, peça que leiam duas entrevistas: uma
com Frei David e outra com Demétrio Magnoli (Ficha 20 do Caderno do Estudante). Você
poderá selecionar os trechos significativos caso as considere longas.
4. Solicite que observem o roteiro da leitura de entrevista para que identifiquem as posições e
os argumentos dos entrevistados (Ficha 21 do Caderno do Estudante). Divida a classe em
times e proponha que cada time trabalhe com uma entrevista.
5. Circule pela sala e auxilie na leitura e registro das entrevistas, destacando as posições de
Demétrio Magnoli ou de Frei Davi.
6. Peça para terminarem a leitura e registro das entrevistas no tempo de Estudos Orientados.
3ª e 4ª aulas
1. Após a abertura da aula, organize a classe em “U” para que os times possam expor as
posições dos entrevistados sobre as cotas de políticas raciais. (Ficha 21 do Caderno do
Estudante).
2. Solicite que dois grupos iniciem uma pequena apresentação dos entrevistados: quem são, as
instituições que publicaram as entrevistas e a data em que foram publicadas.
3. Peça para os demais estudantes complementarem. Finalizado esse item, chame dois outros
times para expor as posições dos entrevistados.
4. Abra para o grupo classe a discussão e estimule que também se posicionem com
fundamentação.
5. Lembre-os que o percurso da discussão deve ser registrado. Peça para organizarem os
registros no tempo de Estudos Orientados e trazerem as anotações no próximo encontro.
5ª e 6ª aulas
1. Após a abertura da aula, chame um estudante para ler o registro da discussão sobre as
entrevistas de Frei Davi e Demétrio Magnoli. Em seguida, abra para o grupo classe. Solicite
que completem os seus registros.
2. Para sistematizar, forme duplas e proponha que produzam um texto de opinião discutindo a
política de cotas raciais. (Ficha 22 do Caderno do Estudante).
3. Para elaborar o texto eles devem ler o texto que esclarece a da Lei nº 12 711/2012 – Política
de cota racial, o relatório sobre o debate da política de cotas raciais e os registros sobre a
entrevista (Ficha 21 do Caderno do Estudante). É importante que, no texto, os alunos
argumentem, comparando as várias posições dos colegas e as estudadas nos textos
desenvolvidos na atividade.
4. Recolha o texto no final da aula.
Atividade 4
As desigualdades de várias ordens
Estudo de diferentes posições sociológicas dos conceitos de
Resumo desigualdade e diversidade, preconceito e racismo.
Compreender os conceitos de desigualdade, diversidade, racismo e
preconceito.
Objetivos Distinguir as diferentes fundamentações sociológicas sobre
discriminação racial.
Desenvolver habilidades de leitura, registro e de debater.
Organização da
Duplas, fileiras.
turma
Ficha 23 do Caderno do Estudante
Recursos e Ficha 24 do Caderno do Estudante
providências Ficha 25 do Caderno do Estudante
4 aulas
Duração Prevista
Para a sua mediação e presença pedagógica:
Trabalhar com diferentes concepções sobre discriminação racial e desenvolver habilidades de
debates.
Para saber mais sobre o assunto em pauta, consulte as indicações a seguir:
“A sociologia de Florestan Fernandes”, de Octávio Ianni. Disponível em: bit.ly/sociologia-
florestan . Acesso: 11/04/2017
Entrevista com Carlos Hasenbalg - por Antonio Sérgio Alfredo Guimarães. Disponível em:
bit.ly/entrevista-hasenbalg . Acesso: 11/04/2017
“O legado de Oracy Nogueira ao estudo das relações raciais”, de Márcia Lima. Disponível em:
bit.ly/legado-oracy . Acesso: 11/04/2017
2. Em seguida, converse com estudantes sobre a relação da política de cotas raciais com a
desigualdade social, público e privado, direitos e privilégios. Proponha a leitura do texto
“Brasil, um país de desigualdades?”, presente na Ficha 23 do Caderno do Estudante.
Professor(a), é importante que você planeje as atividades e o momento de cada aula: qual
o assunto a ser tratado, como será desenvolvido e quais as competências necessárias para
a apropriação de um conceito. Tudo isso ocorre em um tempo determinado, então calcule
a duração do desenvolvimento da aula e do percurso das atividades: qual o tempo
necessário para a introdução do assunto, a leitura de um texto, as explicações após
perguntas dos estudantes, a correção e a devolutiva de uma atividade. Enfim, são muitas
as possibilidades de ensino e aprendizagem. O papel do professor é fundamental.
3. Faça a leitura compartilhada do texto e, sem seguida, abra a discussão, retomando as
questões finais do texto: Será que no interior dos grupos e das classes, distribuídos em seus
lugares específicos na estrutura social, homens e mulheres têm acesso semelhante às
oportunidades oferecidas? Há diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho,
por exemplo? Ou, pensando nas etnias, os diversos tipos brasileiros classificados por cor –
brancos, pretos e pardos – recebem tratamento semelhante ou se beneficiam das mesmas
chances?
4. Em seguida, forme duplas para lerem a matéria jornalística “Mulher negra é a maior vítima da
desigualdade, diz estudo”, cujo link de acesso está disponível na Ficha 24 do caderno do
Estudante: bit.ly/mulher-desigualdade. Lembre aos jovens dos procedimentos de estudo
trabalhados nos bimestres anteriores. Chame atenção para a data de publicação da matéria
jornalística. A matéria jornalística trabalha com dados estatísticos produzidos pelo SPM,
IPEA, IBGE e UNIFEM. É importante que compreendam o que explica o gráfico e os dados
estatísticos.