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A confecção Lorena Stilluz foi fundada em 2010 pelas sócias Clara Ada e
Cloe Silva. Na época, a Sra. Cloe Silva formada em Design de Moda e retornando
de uma viagem ao exterior comentou com sua amiga Clara Ada o quanto gostaria de
empreender para ser dona de seu próprio negócio e gerir sua empresa de acordo
com suas vontades. Sendo assim, por que não amadurecer a ideia de abrir uma
confecção de roupas femininas na cidade de São Paulo, local onde residiam as duas
amigas. Cloe propôs para Clara Ada a proposta de uma sociedade entre as duas,
ideia que foi aceita imediatamente fazendo com que Ada negociasse sua saída do
atual emprego em uma multinacional em que ocupava o cargo de gerente de
marketing.
A Sra. Clara Ada expôs para todos os presentes na reunião o que, em sua
opinião, considerava ser a origem do baixo desempenho da empresa, julgando como
os mais relevantes: A crise econômica vivida pelo país nos últimos anos, o que
refletiu na queda de rendimento dos consumidores e o aumento do desemprego; o
constante aumento do dólar, uma vez que os tecidos eram importados, a
sensibilidade aos preços das roupas da empresa; a ampliação da concorrência,
principalmente dos chineses; o aumento dos custos de produção.
A Sra Cloe Silva, também expôs o que em sua opinião era muito importante
para a continuidade da empresa que era o potencial de crescimento do consumo de
roupas. A sócia acreditava fortemente neste crescimento, pois tomava como base os
levantamentos realizados do setor. De acordo com o último levantamento realizado
pela ABIT (Associação Brasileira de Indústria Têxtil), o faturamento da Cadeia Têxtil
e de Confecção atingiu US$ 45 bilhões em 2017, ou seja, no Brasil, o setor está em
constante crescimento. Para Cloe a empresa possui grande espaço para ampliar o
seu share, basta apenas traçar a trajetória a ser seguida para sair da estagnação.
Ela acredita que a empresa precisa investir na modernização das instalações da
fábrica e diagnosticou que os relatórios que demonstravam queda na produtividade
dos funcionários de aproximadamente 35% eram justificados pelo obsoletismo de
algumas máquinas de corte, de costura e estamparia. Era preciso modernizar a
fábrica e adquirir mais equipamentos para a automação de processos que,
atualmente, eram realizados de forma manual. Cloe também questionou o modelo
de negócios utilizado pela empresa, ou seja, a estratégia de diferenciação pela
qualidade do produto deveria ser substituída pela estratégia focada na redução de
custos, principalmente para concorrer com os chineses e alcançar um outro nicho de
mercado. Após colocar sua visão de negócios para todos os presentes, Cloe pediu
para que Ada demonstrasse o que pensava sobre todos estes pontos levantados.
Ada se mostrou muito preocupada e argumentou que estes possíveis novos rumos
da confecção podem ser muito arriscados no atual momento de crise em que o país
se encontra. Mudar a estratégia de foco na qualidade pra baixo custo não seria bem
visto pelo mercado, uma vez que, a qualidade sempre esteve presente no DNA da
Stilluz e investir em novas instalações somente agravaria a situação.