Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Indice
Introdução ....................................................................................................................................... 2
Conceito .......................................................................................................................................... 3
Tensões e Deformações .................................................................................................................. 3
O Ensaio de Tracção ................................................................................................................... 5
Elasticidade ..................................................................................................................................... 7
Tensão Admissível .......................................................................................................................... 8
Elasticidade Linear e Lei de Hooke ............................................................................................ 9
Relação de Poisson .................................................................................................................... 11
Deformações de Barras Carregadas Axialmente ....................................................................... 11
Solução .......................................................................................................................................... 13
Vigas ............................................................................................................................................. 14
Apoios ........................................................................................................................................... 16
Classificação.............................................................................................................................. 16
1. CARGAS .............................................................................................................................. 18
1.1. Carga Concentrada .......................................................................................................... 18
1.2. Carga Distribuída Uniforme ........................................................................................... 18
Momento Flector ....................................................................................................................... 19
Vigas engastadas com carga concentrada: .................................................................................... 19
Deformação na Flexão .............................................................................................................. 19
Tensão de Flexão .......................................................................................................................... 21
Dimencionamento ..................................................................................................................... 22
Conclusão...................................................................................................................................... 25
Referências .................................................................................................................................... 26
Page 1
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
1. Introdução
Na engenharia, a resistência dos materiais é estudada para que o engenheiro possa entender e
para que ele possa usar cada material no local certo e de maneira correcta, tendo em mãos, dados
que estudamos nessa matéria como, por exemplo: a capacidade do material resistir a uma força a
ele aplicada. A resistência de um material é dada em função de seu processo de fabricação e
dentre eles estão: encruamento (deformação a frio), adição de elementos químicos, tratamento
térmico e alteração do tamanho dos grãos.
Entretanto, tornar materiais mais fortes pode estar associado a uma deterioração de outras
propriedades mecânicas, por exemplo: na alteração do tamanho dos grãos, embora o limite de
escoamento seja maximizado com a diminuição do tamanho dos grãos, grãos muito pequenos
tornam o material quebradiço.
A ciência de resistência dos materiais é também muito importante para que não se tenha
prejuízos gastando mais material do que o necessário, acarretando também em outro problema
que é o excesso de peso e gastos desnecessários, que através de um cálculo bem feito, podem ser
reduzidos.
Page 2
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
2. Conceito
A resistência dos materiais é um ramo da mecânica aplicada que estuda o comportamento dos
sólidos quando estão sujeitos a diferentes tipos de carregamento.
Os sólidos considerados nesta disciplina são barras carregadas axialmente, eixos, vigas e
colunas, bem como estruturas que possam ser formadas por esses elementos. Geralmente, o
objectivo da análise será a determinação das tensões, deformações específicas e deformações
totais produzidas pelas cargas; se essas quantidades puderem ser determinadas para todos os
valores crescentes de carga, até o ponto da fractura, tem-se um quadro completo do corpo.
3. Tensões e Deformações
Os conceitos de tensão e deformação podem ser ilustrados, de modo elementar, considerando-se
o alongamento de uma barra prismática, Fig. 1(a). Uma barra prismática tem secção constante
em todo o comprimento e eixo recto.
Nesta figura, supõe-se a barra carregada nas extremidades por forças axiais, P, que produzem
alongamento uniforme ou tracção na barra. Fazendo um corte imaginário (corte mm) na barra,
normal ao seu eixo, é possível isolar parte dela como corpo livre, Fig. 1 (b). A força P é aplicada
na extremidade direita, aparecendo à esquerda as forças que traduzem a acção da parte removida
sobre a que ficou.
Page 3
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
A força por unidade de área é denominada tensão, sendo comummente designada pela letra grega
. Supondo que a tensão seja uniformemente distribuída sobre toda a secção transversal, pode-se
ver facilmente que a resultante é dada pelo produto da intensidade de pela área A, da secção
transversal da barra, equação a seguir:
P
=
A
Nesta equação, percebe-se que a unidade que mede a tensão é uma força dividida por uma área,
ou seja, N/m2 (Pascal - Pa). Quando a barra está sendo alongada pela força P, como na figura, a
tensão resultante é uma tensão normal de tracção; se as forças tiverem o sentido oposto,
comprimindo a barra, a tensão é de compressão. Inicialmente, supõem-se que a força é aplicada
no centróide da barra. Quando isto não acontecer e houver uma excentricidade na aplicação da
barra, surgirá um esforço de flexão na mesma, sendo este caso, objecto de estudos futuros. O
alongamento total de uma barra que suporta uma força axial será designado pela letra grega .
Assim, o alongamento por unidade de comprimento, ou alongamento específico, denominado
deformação, , é calculado pela equação:
=
L
Page 4
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
4. O Ensaio de Tracção
A relação entre as tensões e as deformações, para um determinado material, é encontrada por
meio de um ensaio de tracção.
Um corpo de prova que pode ser uma barreta circular ou rectangular, é colocado na máquina de
testar e submetido à tracção. A força actuante e as deformações resultantes são medidas à
proporção que a carga aumenta. Obtém-se as tensões dividindo as forças pela área da secção
transversal da barra, e a deformação específica dividindo o alongamento pelo comprimento ao
longo do qual ocorre deformação. Deste modo, obtém-se um diagrama tensão x deformação
completo para o material em estudo.
A forma típica do diagrama tensão x deformação para o aço estrutural aparece na Fig. 2 onde as
deformações axiais estão representadas no eixo horizontal, sendo as tensões correspondentes
dadas pelas ordenadas dos pontos OADCDE. DeO até A, as tensões são directamente
proporcionais às deformações e o diagrama é linear. A partir deste ponto, a proporcionalidade já
não existe mais e o ponto A é chamado limite de proporcionalidade. Com o aumento da carga, as
deformações crescem mais rapidamente do que as tensões, até um ponto B, onde uma
deformação considerável começa a aparecer, sem que haja aumento apreciável da força de
tracção. Este fenómeno é conhecido como escoamento do material e a tensão no ponto B é
denominada tensão de escoamento ou ponto de escoamento. Na região BC, diz-se que o material
tornou-se plástico e a barra pode realmente, deformar-se plasticamente, da ordem de 10 a 15
vezes o alongamento ocorrido até o limite da proporcionalidade. No ponto C, o material começa
a oferecer resistência adicional ao aumento da carga, acarretando acréscimo de tensão para um
aumento da deformação, atingindo o valor máximo ou tensão máxima2, no ponto D. Além deste
ponto, a deformação aumenta ocorrendo diminuição da carga até que aconteça, finalmente, a
ruptura do corpo-de-prova no ponto E do diagrama.
Durante o alongamento da barra, há uma contracção lateral, que resulta na diminuição da área de
secção transversal. Isto não tem nenhum efeito no diagrama tensão x deformação até o ponto C,
porém, deste ponto em diante, a diminuição da área afecta de maneira apreciável o cálculo da
tensão. Ocorre estrangulamento (estricção) na barra, Figura 2 a) que, no caso de ser considerado
Page 5
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
no cálculo de , tomando-se a área real da secção reduzida, fará com que a curva do diagrama
tensão x deformação verdadeiro siga a linha interrompida CE’ da Figura 2 b). A carga total que a
barra suporta diminui depois de atingir a tensão máxima, linha DE, porém tal diminuição decorre
da redução da área e não por perda da resistência do material. Este resiste realmente a um
acréscimo de tensão até o ponto de ruptura. Entretanto, para fins práticos, o diagrama tensão x
deformação convencional, OABCDE, baseado na secção transversal original, dá informações
satisfatórias para fins de projecto.
(a) (b)
Figura 2 – Diagrama tensão x deformação do aço: (a) sem escala; (b) em escala.
Page 6
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
É possível traçar diagramas análogos aos de tracção, para vários materiais sob compressão,
estabelecendo-se tensões características, tais como limite de proporcionalidade, escoamento, e
tensão máxima. Os materiais costumam ser divididos em dúcteis e frágeis. Os materiais dúcteis
que compreendem o aço estrutural e outros metais, se caracterizam por apresentarem um patamar
de escoamento bem definido. Já os materiais frágeis, como ferro fundido, vidro e pedra, são
caracterizados por uma ruptura que ocorre sem nenhuma mudança sensível no modo de
deformação do material. Então, para os materiais frágeis não existe diferença entre tensão última
e tensão de ruptura. Além disso, a deformação até a ruptura é muito menor nos materiais frágeis
do que nos materiais dúcteis.
5. Elasticidade
Os diagramas tensão x deformação apresentados anteriormente, ilustram o comportamento de
vários materiais, quando carregados por tracção. Quando um corpode-prova do material é
descarregado, isto é, a carga é gradualmente diminuída até zero, a deformação sofrida durante o
carregamento desaparecerá parcial ou completamente. Esta propriedade do material, pela qual
ele tende a retornar à forma original, é denominada elasticidade. Quando a barra volta
completamente à forma original, perfeitamente elástica; mas se o retorno não for total, é
parcialmente elástica.
Neste último caso, a deformação que permanece depois de retirada a carga é denominada
deformação permanente. Ao se fazer um ensaio de tracção em determinado material, a carga
pode ser levada até um certo valor (pequeno) e, em seguida, removida. Não havendo deformação
permanente, isto é, se a deformação da barra voltar a zero, o material é elástico até aquele valor
atingido pela carga. Este processo de carregar e descarregar o material pode ser repetido para
sucessivos valores, cada vez mais alto. Em certo momento, atingir-se-á um valor que fará com
que a deformação não volte a zero quando se retirar o carregamento da barra. Desta maneira,
pode-se determinar a tensão que representa o limite superior da região elástica; esta tensão é
chamada limite elástico. Para os aços e alguns outros materiais, os limites elásticos e de
proporcionalidade são aproximadamente coincidentes. Materiais semelhantes à borracha,
entretanto, possuem uma proporcionalidade – a elasticidade – que pode continuar muito além do
limite de proporcionalidade.
Page 7
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
6. Tensão Admissível
Ao projectar uma estrutura, é necessário assegurar-se que, nas condições de serviço, ela atingirá
o objectivo para o qual foi calculada. Do ponto de vista da capacidade de carga, a tensão máxima
na estrutura é, normalmente, mantida abaixo do limite de proporcionalidade, porque somente até
aí não haverá deformação permanente, caso as cargas sejam aplicadas e, depois, removidas. Para
permitir sobre cargas acidentais, bem como para levar em conta certas imprecisões na construção
e possíveis desconhecimentos de algumas variáveis na análise as estrutura, normalmente
emprega-se um coeficiente de segurança, escolhendo-se uma tensão admissível, ou tensão de
projecto, abaixo do limite de proporcionalidade. Há outras situações em que a tensão admissível
é fixada tomando-se um coeficiente de segurança adequado sobre a tensão máxima do material.
Isto é normal quando se trata de materiais quebradiços, tais como o concreto ou a madeira. Em
geral, quando se projecta em função da tensão admissível, uma das equações seguintes deve ser
usada no cálculo da tensão admissível, adm.
lim
adm = ne ouadm =
1 n2
Page 8
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
participação directa na determinação das cargas de trabalho. No cálculo das estruturas metálicas,
tanto o método da tensão admissível quanto o da carga de ruptura são de uso corrente.
Este é o coeficiente angular da parte linear do diagrama tensão x deformação e é diferente para
cada material. Alguns valores de E são apresentados na tabela abaixo (as unidades do módulo de
elasticidade são iguais às de tensão). Nos cálculos, as tensões e deformações de tracção são, em
geral, consideradas positivas, enquanto as de compressão são negativas. O módulo de
elasticidade é conhecido também como módulo de Young, por referência ao cientista inglês
Thomas Young (1773-1829), que estudou o comportamento elástico das barras. A equação é
conhecida como Leide Hooke, pelos trabalhos de outro cientista inglês, Robert Hooke (1635-
1703), que foi o primeiro a estabelecer experimentalmente a relação linear existente entre tensões
e deformações.
Page 9
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
Quando uma barra é carregada por tracção simples, a tensão axial é = P/A e a deformação
específica (alongamento relativo) é = /L, como mostrado nas equações. Combinando-se estes
resultados com a Lei de Hooke, tem-se a seguinte expressão para o alongamento da barra.
P. L
E . A
Esta equação mostra que o alongamento de uma barra linearmente elástica é directamente
proporcional à carga e ao comprimento e inversamente proporcional ao módulo de elasticidade e
à área da secção transversal. O produto EA é conhecido como rigidez axial da barra.
A flexibilidade de uma barra é definida como a deformação decorrente de uma carga unitária. Da
equação anterior, tem-se que a flexibilidade é L/EA. De modo análogo, a rijeza da barra é
definida como a força necessária para produzir uma deformação unitária; então, a rijeza é igual a
Page 10
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
EA/L, que é a recíproca da flexibilidade. Esses dois elementos, flexibilidade e rijeza têm grande
importância na análise de vários tipos de estrutura.
8. Relação de Poisson
Quando uma barra é traciona da, o alongamento axial é acompanhado por uma contracção
lateral, isto é, a largura da barra torna-se menor e seu comprimento cresce. A relação entre as
deformações transversal e longitudinal é constante, dentro da região elástica, e é conhecida como
relação ou coeficiente de Poisson ; assim,
deformação lateral
deformação axial
Esse coeficiente é assim conhecido em razão do famoso matemático francês S. D. Poisson (1781-
1840), que tentou calcular essa relação por meio de uma teoria molecular dos materiais. Para os
materiais que têm as mesmas propriedades elásticas em todas as direcções, denominados
isotrópicos, Poisson achou = 0,25. Experiências com metais mostraram que ,usualmente cai na
faixa de 0,25 a 0,35. Após definir-se o coeficiente de Poisson, pode-se obter então a deformação
transversal,
t = -
Page 11
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
PL
= ∑ni=1 E iAi
i i
na qual o índice i identifica as várias partes da barra, sendo n o número total de partes.
Exemplo 1
1. A barra circular de aço apresentada na figura abaixo possui d = 20 mm ecomprimento
l = 0,80 m. Encontra-se submetida à ação de uma carga axial de 7,2 kN.
Pede-se determinar:
Page 12
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
Dados:
E aço = 210.000 MPa
aço = 0,3 (coeficiente de Poisson)
Solução
(a) tensão normal actuante()
F F 4F
A =d2 =d2
MPa
4.7200N 4.7200N 4.7200N ⏞
106N
(20∗10−3 m)2 + ∗202 ∗10−6 m2 + *
∗202 m2
22,9 Mpa
0,087
L = ∗ 10−3 m
0,80m
Page 13
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
10. Vigas
Estrutura linear que trabalha em posição horizontal ou inclinada, assentada em um ou mais apoios e
que tem a função de suportar os carregamentos normais a sua direcção (se a direcção da viga e
horizontal, os carregamentos são verticais).
Muitos problemas envolvendo componentes sujeitos a flexão podem ser resolvidos aproximando-os
de um modelo de viga, como mostra o exemplo nas figuras abaixo:
Figura 5 - (a) Talha transportadora; (b) o problema representado por um modelo de viga.
A figura acima mostra que um modelo de viga apresenta elementos que a definem, tais como os
apoios e carregamento suportado. Estes elementos podem variar a cada modelo, e por isso são
classificados quanto:
Page 14
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
Page 15
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
11. Apoios
Apoios ou vínculos são componentes ou partes de uma mesma peca que impedem o Movimento
em uma ou mais direcções. Considerando o movimento no plano, podemos estabelecer três
possibilidades de movimento
• Translação horizontal;
• Translação vertical;
• Rotação.
As cargas externas aplicadas sobre as vigas exercem esforços sobre os apoios, que por sua vez
produzem reacções para que seja estabelecido o equilíbrio do sistema. Portanto, estas reacções
devem ser iguais e de sentido oposto as cargas aplicadas.
12. Classificação
Os apoios são classificados de acordo com o grau de liberdade, ou seja, os movimentos
que permitem. Desta forma temos:
Page 16
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
Embalanço (c)
Page 17
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
13. CARGAS
a. Carga Concentrada
Classificamos como carga concentrada, quando a superfície ocupada pela carga quando a
superfície ocupada pela carga e relativamente pequena em relação a viga. Exemplos: pés das
bases de máquinas; rodas de veículos, etc.
Page 18
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
Page 19
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
Figura 14 - Superfície e linha neutra apresentadas num trecho de uma viga flectida.
Page 20
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
Figura 15 - Diferentes distribuições de tensão para um mesmo perfil tipo “U” utilizado no
modelo de viga, conforme sua posição em relação ao momento flector aplicado.
A distribuição de tensões para o caso de perfis com secção assimétrica a linha neutra, como
apresentado Figura, deve ser observada durante o dimensionamento de componentes fabricado
Page 21
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
sem materiais que apresentam valores diferentes para os limites de resistência, como o ferro
fundido.
17. Dimencionamento
Para a equação de distribuição de tensões apresentada no item anterior, podemos observar que as
dimensões da viga estão associadas ao momento de inércia (I) e a distância da linha neutra a
fibra mais distante (y). A relação entre estas grandezas pode ser expressa pelo módulo de flexão:
Page 22
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
, onde Mmax e o momento c máximo. Para que uma viga trabalhe em segurança, e necessário
que a tensão admissível estipulada para o projecto seja igual ou maior que a tensão máxima de
flexão:
Page 23
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
Essa relação mostra que a tensão máxima e inversamente proporcional ao modulo resistente W,
de modo que uma viga deve ser projectada com maior valor de W possível, nas condições de
cada problema. Em nosso estudo, o problema de dimensionamento estará associado a
determinação de W. Com esta grandeza, podemos decidir quanto ao perfil a ser utilizado, de
acordo com as restrições de projecto. O valor de W calculado na fórmula anterior serve como
base para escolhermos uma viga de um fabricante.
Exemplo 2:
Determinar o modulo de flexão para uma barra de secção rectangular de 3x8 cm, para (a)
b=3cm e (b) b=8cm.
b∗h2 3∗82
W= = = 16mm3
12 12
b∗h2 8∗32
W= = = 6mm3
12 12
Page 24
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
18. Conclusão
O conhecimento e a habilidade da elaboração de um Diagrama correcto é sem dúvida um
diferencial para o profissional da engenharia nos dias de hoje. Juntamente com Elementos
Finitos, a elaboração de Diagrama vem sendo cada vez mais solicitado em virtude de sua ampla
utilidade, como por exemplo, para se projectar uma determinada peça muito custosa para a
empresa, a engenharia de projectos utiliza-se desses artifícios para retirar materiais de sobra de
uma área ou mudar o tipo de reforço nos locais mais frágeis da peça.
Concluímos, portanto, que não basta saber quais as forças externas actuantes em uma peça, o
mais importante são as forças internas à ela.
Page 25
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS
Mecânica Aplicada -Resistência dos materiais
19. Referências
1. Apostila_resmatIX (Acessado em 27/08/2015 as 11h: 01mim);
2. ApostilaTensao-usada paravtrabalho de Vicente (Acessado em 27/08/2015 as
13h:13min);
3. Capitulo1 e resmat2007a (Acessado em 28/08/2015 as 16h:15min);
4. DUTRA, K., Resistência dos materiais, aprenda praticando, 2005;
5. GASPAR, R., Mecânica dos materiais, São Paulo, 2005;
6. http://www.cesec.ufpr.br/etools/firstapplets/montanha/java/tarefas/tarefa4/resistencia/resi
stencia.html (Acessado em 05/09/2015 as 14h:10min);
7. http://www.civil.ist.utl.pt/~cneves/estatica/Folhas/Diagramas%20de%20esforcos.pdf
(Acessado em 27/08/2015 as 10h: 29min).
Page 26
20 ANO T. B C/D
LIC. ENGENHARIA DE MINAS